segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O QUE FAZER COM UMA ABÓBORA?

O que fazer com uma abóbora? Para lá de doces, sopas e outros acepipes culinários não sobra muito,  pois não? Mas há quem dê tratos à imaginação e criatividade e dá nisto:

Depois de muito matutar;

depois de analisar os prós e os contras e de...

suar as estopinhas a dar volta à cabeça, de repente...

surge aquela sensação de ter levado um soco e saído do marasmo!

O plano é terrível!

Mas não é para isso que o dia das abóboras bruxas serve? Abóboras, unidas, jamais serão vencidas a assustar o pessoal! As bruxas agradecem, está claro...

DIVIRTAM-SE!

Imagens daqui.
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sábado, 29 de outubro de 2011

AS AVENTURAS DE TINTIN

O título completo do filme é  "As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne". Ao qual deveriam acrescentar ...e "O Caranguejo das Tenazes de Ouro", já que o argumento engloba as aventuras destes dois álbuns de Hergé num só!
Apesar do entrelaçar dos dois enredos - o momento e as circunstâncias em que Tintin conhece o capitão Haddock e a perseguição de que ambos são alvo quando o repórter compra numa feira a miniatura de uma caravela capitaneada por um antepassado longínquo do capitão - e mesmo que por isso seja uma outra história, facto é que ao filme não falta ação, emoção e aventura do princípio ao fim. Ao qual Steven Spielberg ainda acrescentou algo de Indiana Jones, num percurso tridimensional...
Não vi em 3D (se quiserem saber, borrifo completamente para essa "novidade"!), mas achei um piadão a esta espécie de desenhos animados com gente dentro e à técnica usada de captura de movimentos reais, que realçam e animam estas personagens da BD. Também nunca suspeitaria que o famoso Daniel Craig "entraria" no corpo do maquiavélico Sakharine, ainda menos reconheceria Jamie Bell ou Andy Serkis nos papéis de Tintin e de Haddock, respetivamente. Vejam lá as diferenças:


Claro que nunca faltam (ou faltaram) críticos a Hergé, acusando-o de racista, fascista e misógino, entre outras características pouco simpáticas. Mas facto é que ele nasceu em 1907 e julgar um homem dessa época com os olhos de hoje parece-me ridículo. Ou imaginam que os nossos antepassados possuíam uma mentalidade tão aberta que aceitassem a liberdade de escolha de cada um - a igualdade entre homens e mulheres ou entre povos de diferentes raças, a par de outros credos ou  tendências sexuais, por exemplo - com o espírito democrático atual?!
Acima de tudo, Spielberg nunca foi suspeito de ser apoiante nazi e ao realizar este filme, produzido por Peter Jacskon (o realizador da trilogia "Senhor dos Anéis"), conseguiu mais uma vez demonstrar o que sabe fazer melhor: divertir o público! 

Imagem da net.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

JÁ TARDAVA...

A chuva, o vento, as árvores a despirem-se da folhagem, os primeiros e inequívocos sinais de outono? Chegaram tarde? O verão também, como por vezes acontece, embora ainda haja gente que se espante muito, como se fosse uma grande novidade! Mas adiante, que não é sobre as estações do ano que quero escrever...
O que tardava mesmo era uma "limpeza outonal" ali na faixa lateral dos links preferidos - muitos desistentes, mudanças de "casa", etc. e tal, e ali estavam ainda uma série deles inativos, parados, esquecidos. A decisão de abandonar a blogosfera pertence a cada um  individualmente: a vida dá muitas reviravoltas inesperadas, e por vezes deixa de haver apetência para a escrita, para a troca de comentários, para a partilha de informações, fotografias, músicas, opiniões, experiências e outras coisas mais. Contudo, existem sempre novos bloguistas que surgem ativos e empenhados, que também merecem destaque - e tenho vindo a acrescentar à lista, aos poucos. Mas perdiam-se naquele "canteiro" já meio desfalcado de "flores". Portanto estava na hora da limpeza geral!
Note-se que é coisa que não gosto de fazer - quase todos eles de uma maneira ou de outra me tocaram. À medida que os fui abrindo, para confirmar a sua inatividade, trouxeram-me lembranças. Mas o tempo passa e não volta para trás, por mais ou menos saudosos que possamos ser. Limpei, arrumei e não mexo mais! Quer dizer, isto se na minha fúria de limpezas não varri algum link por engano. Caso verifiquem que me excedi e limpei demais, basta reclamarem - todos serão atendidos. (após o fim de semana, que a gerência também tem direito a descanso!)  
Aproveitei ainda para trocar a mobília antiquada, dando um novo visual  e colorido ao estaminé,  que logo se verá se mantenho ou ainda altero algumas coisinhas. O estilo minimalista é propositado - keep it simple, para destacar o relevante. Mas podem sempre dar a vossa opinião! Entretanto, tenham...

UM FELIZ FIM DE SEMANA!
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ORGANIZAÇÕES ESPINHOSAS!

Uma antiga colega de liceu dispôs-se a organizar um convívio como "nos velhos tempos", com muita música dos anos 70 e 80, envolvendo também um jantar, pois a festa começaria às quatro ou cinco da tarde e prolongar-se-ia até à meia-noite. Tarefa árdua, convenhamos! Para o efeito anunciou o evento no grupo de alunos do facebook, pedindo aos cerca de 900 membros que confirmassem a sua presença e pagassem 15 euros, pelo programa completo, numa conta bancária da qual forneceu o NIB...
Estão a ver o resto do filme, não estão? Por acaso combinei com umas amigas que tantas horas nem pensar, dávamos lá uma saltada à tarde (só pelo "módulo" convívio pagava-se 5 euros à porta, com direito a duas bebidas - nada de estranhar!), se estivesse animado ficaríamos até à hora da janta, quando não vínhamos embora quando nos apetecesse. Depois logo se veria se cada uma regressava à sua casa ou se combinávamos outro programa conjunto.
Convém também salientar que uma coisa são as lembranças que temos dos antigos colegas e da amizade que partilhávamos, outra muito diferente as pessoas que são hoje em dia, mais de 30 anos volvidos. As próprias quezílias em comentários facebookianos, já dava para dar uma ideia: um opina assim, outro pensa o contrário, um ofende-se, aqueloutro passa para o insulto, enfim, nada de novo!
À última hora foi tudo desmarcado pela organizadora, que adiantou uma nova data, para cerca de um mês depois. Sem grandes explicações - pareceu-me estar doente ou coisa! Não seria motivo para adiar, mas tendo aquela trabalheira toda provavelmente não queria deixar de participar. Não me lembrei sequer dos que já tinham pago a sua entrada. E estes, se se lembraram, também não reclamaram por aí além. A coisa passou, nunca mais se ouviu falar do assunto, a página do convite também desapareceu.
No passado fim de semana, a mulher posta para lá uma despedida, que vai abandonar o FB, pois a vida dela mudou e vai para o norte, mas que ficassem todos descansados que o dinheiro dos que pagaram o festarú seria devolvido e que de vez em quando regressaria a Lisboa para estar com os amigos. Devo esclarecer que ela nunca foi minha amiga no tempo de liceu, se o é (ou era?) no FB foi por via deste seu empenho organizativo. Certo é que teve vários comentários simpáticos de "cá te esperaremos quando voltares" e afins, até que uma lhe perguntou porque é que ia abandonar o FB, se no norte também há. Não respondeu, como aliás não tinha respondido aos comentários anteriores.
A única dúvida que tenho é se a mulher é uma totó completa ou se se tratou de um esquema engendrado para sacar algumas massas ao pessoal...
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AS SERVIÇAIS

Eugenia "Skeeter" Phelan (Emma Stone) regressa à sua cidade natal - Jackson, capital do estado do Mississipi - após terminar os seus estudos e encontra todas as suas amigas casadas e com filhos, mas dedicando-se sobretudo a reuniões de bridge e a obras de beneficência: as crianças são criadas por mulheres negras, a maioria descendente de antigos escravos, que também se ocupam de todas as lides domésticas na casa dessas famílias brancas e afortunadas. Estranha também que Constantine, a mulher que a criou desde a mais tenra infância, tenha abandonado o serviço doméstico da casa dos seus pais sem lhe dizer nada. Decidida a abraçar a profissão de jornalista e escritora, ela pretende impressionar uma editora nova-iorquina e arranja emprego num jornal local - vai escrever uma coluna de resposta às dúvidas das leitoras sobre organização doméstica.
Como é assunto sobre o qual percebe pouco ou nada, e não tendo Constantine por perto, pede à sua amiga Elizabeth Leefoth (Ahna O'Reilly) para questionar a sua empregada Aibileen (Viola Davis), pedido ao qual esta acede com relutância, não vá esta última descurar as suas tarefas. Por seu turno Aibileen é grande amiga de Minny (Octavia Spencer), a criada de Hilly Holbrook (Bryce Dallas Howard), sendo esta a maior defensora da segregação racial das redondezas, que advoga até que devem ser construídas casas de banho no exterior das residências, para a criadagem não usar as mesmas sanitas dos patrões e contagiá-los com as suas doenças de pretos! Todavia, Hilly não se cinge a infernizar a vida dos afro-americanos "subalternos": Celia Foote (Jessica Chastain) também é alvo dos seus ódios de estimação, por ter nascido noutra cidade e ter casado com o seu antigo namorado de liceu...
Confuso? Não é! Um retrato da América sulista do início dos anos 60, quando o KKK ainda atuava impunemente, e onde reina a hipocrisia e futilidade das empertigadas patroas, a par da subserviência e do medo das serviçais. Mas chega sempre o dia em que a história muda e a jovem pretendente a escritora se empenha em descobrir o ponto de vista daquelas mulheres negras... que têm-muito-que-contar:


Realizado e adaptado ao cinema pelo "principiante" Tate Taylor, segundo o romance de Kathryn Stockett, a ação desenrola-se num ambiente quase exclusivamente feminino - com desempenhos fantásticos de todas as atrizes, que nos emocionam, impressionam e, por vezes, nos fazem rir...
Um dos melhores filmes deste ano, sem dúvida nenhuma!

Imagem de cena do filme da net
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

A PERSPECTIVA DAS COISAS

1. Claude Monet
O que fazer  num domingo chuvoso? Por acaso desta vez até existiam várias perspetivas, umas delas esta das coisas, exposição que está em exibição no museu Calouste Gulbenkian. As primeiras seis imagens são todas da net e representam algumas das obras expostas de que mais gostei. Esclareço também que não fazem justiça aos quadros, quer na cor, dimensão, profundidade ou na sensação que dão ao vivo...

2. Henri Fantin-Latour

3. Paul Gauguin

4. Vincent Van Gogh

5. Victoria Dubourg (por vezes atribuído a parceria com seu marido Henri Fantin-Latour)

6. Paul Cézanne
Entretanto, se quiserem, podem tentar adivinhar quem são os pintores de cada um deles, sendo certo que uns são mais conhecidos que outros. Com muita pena minha não consegui incluir Umberto Boccioni ou Dominique Rozier neste leque de pintores, pois não encontrei as imagens das telas que me impressionaram (de)mais. Enfim, mas o espaço também é limitado, né?
Os bilhetes foram grátis (por ser domingo), e embora a rececionista avisasse que a fila de espera demoraria cerca de uma hora não desistimos, apesar da hesitação inicial: uns 15 minutos depois entrámos no museu...

E pronto, foi assim que enquanto chovia abundantemente lá fora, aproveitámos para "lavar as vistas"... (exposição a não perder por todos os amantes da pintura, que vivam por perto ou visitem Lisboa!)

ADENDA a 26/10/2011: Como todos os que aqui passaram puderam constatar, a Sonhadora indicou o nome dos pintores de quase todas as telas, falhando apenas numa. O Miguel referiu quais as que tinha a certeza de estarem certas, o Moyle apontou a que pensava estar errada e ambos também acertaram. Acrescentam-se portanto as legendas a laranja, deixando para amanhã a identificação do/a autor(a) da tela que falta, caso alguém ainda se queira candidatar a adivinhar. Quando não... depois acrescento a respetiva legenda, num tom acastanhado (para distinguir)! Obrigada a todos pela participação! E pronto, o Rui acertou na que faltava, já devidamente legendada!
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domingo, 23 de outubro de 2011

NOITE SOBRE AS ÁGUAS

"Era o avião mais romântico de todos", assim começa este livro de Ken Follett, que me cravou logo umas ruguinhas na testa - "há aviões românticos?", pensei. Mas mais adiante prossegue: "Uma multidão apinhava-se em seu redor: entusiastas da aviação com os seus binóculos, garotos e simples curiosos. Luther calculou que aquela fosse a nona vez que o Clipper da Pan American amarava em águas de Southampton, mas ainda constituía uma novidade. O avião era tão fascinante, tão encantador, que as pessoas acorriam a vê-lo mesmo no dia em que o seu país acabava de entrar na guerra. Ao lado, na mesma doca, estavam dois paquetes magníficos, de dimensões imponentes, mas os hotéis flutuantes tinham perdido a sua magia: todos olhavam para o céu."
A partir deste momento o escritor vai apresentando as várias personagens que vão fazer a travessia do Atlântico e os motivos que as levam a viajar, a par da tripulação encarregue de as conduzir ao seu destino - Nova Iorque: a aristocrática família Oxenborg, liderada com austeridade pela figura paterna, apoiante do regime de Hitler, que não permite que os filhos adolescentes se oponham à sua vontade; um sedutor ladrão de jóias de meia-tigela; um cientista judeu alemão; um gangster e o agente que o escolta; uma esposa em fuga com o amante; dois empresários do mundo do calçado; e uma famosa atriz americana, entre outras secundárias. O que ficamos a perceber logo desde os primeiros capítulos é que Eddie, o engenheiro de voo, está a ser chantageado por um bando de malfeitores que raptaram a sua mulher, de modo a que este cumpra as suas ordens sem prevaricar. Portanto, em Setembro de 1939, o luxuoso hidroavião decola das águas britânicas rumo à Irlanda, onde faz a primeira escala, e depois...
Como é óbvio, não vou revelar o enredo, mas posso assegurar que ação e suspense não faltam ao longo de 521 páginas alucinantes. Quer dizer, não é daqueles livros que se levam para a cama na esperança que embalem o sono ou substituam um soporífero - impossível:  no seu desenrolar encontramos romance e sexo, política e espionagem, aventura e crime, amor e traição, coragem e cobardia, rebeldia e medo, em sucessivas emoções a que qualquer leitor minimamente atento não consegue escapar, como se se tratasse de uma marioneta à qual o autor deliberadamente movimenta os fios!
Gostei muito de "Noite Sobre as Águas" - o primeiro livro que li deste escritor de best-sellers - originalmente publicado em 1992. Tenho a certeza que dava um bom filme de ação hollywoodesco. Já não tenho certeza é se ao fim de ler outros três ou quatro livros de Ken Follett, em enredos igualmente repletos de dinamismo, não se tornará numa leitura cansativa com sabor a déjà vu. O tempo o dirá...
CITAÇÕES:
"Diana achou curioso que, sempre que um marido perdia a cabeça com uma rapariga bonita, a mulher ficasse com ódio à rapariga e nunca ao marido. Não que ela estivesse minimamente interessada em algum daqueles maridos pretensiosos e encharcados em uísque."
"- Já conheci alguns fascistas. [...] Mas no fundo estão apavorados. É por isso que gostam de marchar e de usar fardas: fazer parte de um grupo fá-los sentirem-se seguros. É por isso que não gostam de democracias: são demasiado imprevisíveis. Sentem-se mais felizes numa ditadura, porque sabem de antemão o que vai acontecer e que o governo não pode ser derrubado assim sem mais nem menos."
"O heroísmo existia apenas na sua imaginação. O seu sonho de transportar mensagens, montada numa motocicleta, para a frente de batalha, não passava de uma fantasia; ao primeiro tiro que ouvisse, correria a esconder-se atrás de algum arbusto. Perante um perigo real, tornava-se absolutamente inútil." 

post-scriptum - segundo nota do autor, o voo, os passageiros e a tripulação são todos fictícios, mas o avião existiu mesmo, embora hoje já não exista um único exemplar deste modelo no mundo.
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sábado, 22 de outubro de 2011

FAIRPLAY?!?

Parece anedota, mas não é!
Ao competir na maratona de Kielder, em Inglaterra, o britânico Rob Sloan sentiu-se cansado. Acontece! O que já é menos frequente acontecer é o atleta sair do percurso, apanhar um autocarro até perto da meta, esconder-se nuns arbustos e depois finalizar a prova, ganhando uma medalha de bronze.
Quer dizer, foi sol de pouca dura, porque felizmente para o verdadeiro terceiro classificado - incrédulo quando chegou à meta em "4º lugar", porque só tinha visto dois adversários a ultrapassarem-no - outros desportistas e espetadores perceberam a marosca. Além dos outros viajantes do autocarro e dos condutores dos veículos que seguiam atrás deste, que o viram entrar ou sair do transporte-para-a-meta!
Podem ler a notícia aqui e verificar o ar ufano do maratonista a exibir a sua medalha de bronze, antes da organização do evento ter sido alertada da sua "proeza"...
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CADA VEZ MAIS BELAS?

Num passado não muito longínquo, as mulheres portuguesas quando atingiam a meia-idade faziam questão de não se distinguir umas das outras: trajavam uma escuridão quase enlutada, em peças disformes que não lhes contornavam o corpo, encarrapitavam o cabelo num chinó ou cortavam-o curto, maquilhagem pouca ou nenhuma, como jóias apenas a(s) aliança(s) e porventura aqueles brinquinhos de ouro colados às orelhas, que as próprias avós lhes tinham oferecido na infância. Exceções só em dias de festa, quando acompanhadas pelos maridos, filhos ou outros familiares podiam exibir um pouco mais a sua feminilidade... permanecendo discretas!
Assim ditavam os rígidos padrões morais da sociedade, apadrinhados pela Igreja, e ai daquelas que extrapolassem esses ditames - de flausinas a velhas gaiteiras (... ou pior!), poucas escapavam  à má-língua da vizinhança! Uma espécie de fado: quando as mulheres envelheciam tinham de parecer velhas e o preto era a cor mais apropriada para vestirem! O que determinou a paródia de Ivone Silva, num programa televisivo dos anos 80, que gozava essa mentalidade tacanha:: "com um simples vestido preto, eu nunca me comprometo"...
Muita coisa mudou entretanto. Para melhor! As mulheres aprenderam a envelhecer mais alegremente, a cuidarem da sua pele antes, durante e depois do aparecimento das primeiras rídulas, a esquecerem os carrapitos, a madeixarem ou pintarem os cabelos, a permitirem que este cresça naturalmente envolvido em cãs ou em cortes mais sofisticados, a tratarem e a envernizarem as unhas das mãos e dos pés, a maquilharem-se subtil ou mais exoticamente, a extravasarem adiposidades extra no ginásio ou noutros exercícios físicos, a combinarem diversos acessórios com a roupa que usam e a deixarem o luto dentro do armário... pelo menos parcialmente!
Não, as mulheres portuguesas não são mais belas do que as suas avós ou bisavós. Mas a aparência cuidada faz uma enorme diferença quando se olham ao espelho: têm a liberdade de escolher a imagem que querem ver refletida e só isso torna-as mais felizes...

UM BELO FIM DE SEMANA PARA TODOS!

Imagem da net.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PARA TODOS OS ASSALTANTES!

O Rubizinho vai completar 23 anos de existência dentro em breve. Para quem não sabe, o Rubizinho é o nome carinhoso que dei ao meu bólide vermelho, que não sendo descapotável, ainda está aí para as curvas: aquele motor de Peugeot 205 raramente falha, portanto por mim está OK!
Acontece que este ano já foi assaltado duas vezes. Como dorme na pensão estrela (ou mesmo que tivesse outra residência), está longe de ser o meu guarda-jóias ou guarda-qualquer-outra-coisa-de-valor: umas papeladas daquelas que colocam no limpa-pára-brisas, que nem sempre me lembro de levar para o lixo doméstico;  um rolo de papel higiénico para limpar vidros, espelhos ou whatever; uma moedinha de plástico para os carrinhos do supermercado. Como não tem porta-luvas, está tudo à vista. Mesmo assim, no primeiro assalto escavacaram-lhe a fechadura. Logicamente, não levaram nada. Mas como a ladroagem anda cada vez mais inventiva, no segundo rapinaram as ferramentas do carro - oh, céus, o que fazer sem o macaco e aquela coisa que desatarraxa as porcas dos pneus??? - e o triângulo. Aí sim, fiquei chateada, porque estava quase novinho em folha! E representou uma despesa extra, porque tive de comprar um novo, que me custou 6€ nos chineses...
Agora é impressão minha, ou os ladrões portugueses também andam armados em autênticos pindéricos?
Bom, mas para todos os assaltantes desejo um futuro tão próspero como o deste:


Vídeo recebido por mail.
(Obrigada, Michel!)

Imagem da net, dos irmãos Metralha da Disney.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DE VOLTA À "MEDICAÇÃO"...

Muitos se lembrarão que a 25 de Janeiro de 2004, durante o jogo Vitória de Guimarães-Benfica transmitido pela televisão, o jogador Miklós Fehér sentiu-se mal, teve uma paragem cardíaca e acabou por morrer, aos 24 anos de idade. Uma situação anómala mas não única, os jornalistas televisivos passaram os dias seguintes a encontrar outros casos, que reportaram até à exaustão.

Nessa época o meu filho tinha 11 anos e o professor de Ciências começara o ano letivo a avisar os alunos que todos iriam morrer (o que sempre considerei muito científico e didático, mas adiante!), mas nem por isso a rapaziada era menos faladora, inquieta e insubordinada - o que originou várias queixas da diretora de turma aos pais dos respetivos rebentos, às quais não escapei. Acontece que os miúdos, perante a morte do jogador "em campo", ficaram absolutamente siderados, durante uma ou duas semanas pouco falaram, muito menos discutiram, risos e sorrisos banidos das suas faces de garotos. Tanto que os professores estranharam o seu comportamento, mas alguns aperceberam-se do que se passava: estavam cheios de dúvidas existenciais! A eles, cujo passatempo prioritário era jogar à bola no recreio, podia-lhes acontecer o mesmo que ao jogador benfiquista? A morte não estava reservada apenas para aqueles velhinhos e doentes, mesmo que da sua família, mas que todos já sabiam que iam partir em breve?
Há momentos assim na vida de todos nós, miúdos ou graúdos! E se a tristeza e o desespero são contagiantes, num círculo limitado de catraios, alargados a nível nacional... Pois, é o que mais se tem visto pela blogosfera e  facebook, salvo raríssimas exceções. A realidade muitas vezes é dura, mas há que a encarar! Certo é que o pior  rei de Portugal não vai ressurgir das brumas de um amanhã para nos salvar, mas os temores que todos temos não nos devem conduzir ao desalento, ao baixar dos braços a chorar fados e esperanças perdidas. Fórmulas secretas não existem aqui, cada um saberá se prefere gritar e reclamar, se esconder os seus receios como se imitasse a avestruz, se cingir-se apenas a uma temática, se..., se... e se... Todas preferíveis ao contágio!
Por mim, vou continuar a tomar os mesmos remédios de sempre... (o livro é que já é outro, enquanto não chegar o próximo do Rauf!) e continuar de cabeça erguida! Reservando o direito a indignar-me, sempre que considerar necessário...

TENHAM UM BOM DIA!
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

DORMINDO COM O INIMIGO

Laura e Martin Burney aparentam ser um casal maravilha: jovens, belos, elegantes, com uma vida social ativa e confortavelmente instalados num luxuoso casarão à beira-mar, nada lhes parece faltar para a felicidade ser completa. Contudo, as aparências iludem e ainda mal o filme começou apercebemo-nos que Martin é um fanático pela organização e limpeza da casa, controlando todos os movimentos da mulher e até a roupa que ela veste, chamando-lhe a atenção para qualquer "desalinho" e onde também não faltam alguns estalos e pontapés, quando ela "pisa o risco"...  Até que durante um passeio de barco, quando se levanta uma tempestade inesperada, ela desaparece no mar! Será?
Torna-se visível para o espetador o pavor e o asco que ela tem do marido, portanto prevê-se que não... e a metragem ainda é curta! Mas se até aí falha um pouco como thriller, na perseguição que se segue já não... 
Julia Roberts, Patrick Bergin e Kevin Anderson interpretam os principais papéis neste filme de 1991, realizado por Joseph Ruben e baseado no romance de Nancy Price - adaptado para o cinema por Ronald Bass - que nos leva sempre à velha questão: como é que é possível  existirem homens que esperam amor, obediência, lealdade e fidelidade, quando maltratam as suas companheiras por "dá cá aquela palha"? 
O trailer que se segue é em língua inglesa, mas foi o que se conseguiu arranjar:


Tenho a certeza que já tinha visto algumas cenas deste filme, não sei é se anteriormente o consegui ver até ao fim, porque este tipo de violência (também física, mas sobretudo psicológica) choca-me demasiado...

Imagem de cena do filme da net.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

OUTUBRO SOALHEIRO*

"Cada uma das minhas pinturas reflete os meus sentimentos, sensibilidade, paixão e a música da minha alma. A verdadeira arte é viva e inspirada pela humanidade. Acredito que a arte nos ajuda a libertar da agressão e da depressão", sintetiza o pintor bielorusso, Leonid Afremov, no seu site (que podem ver aqui).
Não há muito a acrescentar sobre Leonid Afremov, para além do ali especificado - nasceu em 1955, em Vitebsk, na antiga URSS, onde estudou na escola de arte fundada por Chagall, em 1990 mudou-se para Israel onde viveu pouco tempo e posteriormente fixou residência nos EUA - a curiosidade é que não usa os tradicionais pincéis, mas sim uma espátula que utiliza com a tinta de óleo. Apesar de tudo, o que mais me impressionou na sua pintura  foram as tonalidades fortes e multicoloridas, sobretudo em paisagens campestres, citadinas ou marítimas, que aparentam ser as suas temáticas favoritas na vasta obra realizada. Deixo aqui alguns exemplos das telas que me encantaram:




Ah, se quiserem visualizar o artista em ação, num resumo de menos de dois minutos, cliquem aqui. Existem talentos fantásticos, não é verdade?

* "Outubro Soalheiro", ou, melhor dizendo, "Sunny October"  é o título do primeiro quadro.
Imagens da net, certamente efetuadas pelo pintor ou alguém da sua confiança.

domingo, 16 de outubro de 2011

NÃO FORAM PASSOS PERDIDOS!

A indignação saiu à rua em 951 cidades de 81 países do mundo, para protestar contra o capitalismo feroz e desvairado e os governantes que o apoiam e sustentam, exigindo cada vez mais sacrifícios à população, já de si a debater-se com o desemprego, o trabalho precário, salários baixos e uma acintosa perda dos seus direitos laborais. 99% da população mundial sustenta o enriquecimento desmedido e desenfreado do 1% que lidera a economia e controla os políticos a seu bel-prazer. Mesmo em países democráticos estes rapidamente se esquecem que representam o povo que os elegeu e cedem à ganância do poder económico. Afinal, que justiça é esta?

Não sendo apoiante de nenhum partido, muito menos dos três que nos têm governado nos últimos 30 e tal anos (já estou a descontar o desvario do período do PREC), com a incompetência e a troca de cadeiras conhecida, desta vez alinhei no protesto - mais que justo! - e marchei do marquês de Pombal até à Assembleia da República. Convém também salientar que se tratava de uma manifestação pacífica e, tanto quanto vi, ordeira. 

Do alto do meu metro e sessenta não deu para vislumbrar se eram muitos ou poucos os manifestantes que participaram. Sei que caminhei entre eles, rodeada de pessoas de todas as idades e de extratos sociais aparentemente diferentes (à exceção do tal 1%, suponho). 

Ao longo do percurso, muitos assistiam das suas janelas ao desenrolar da marcha. Eram essencialmente idosos, mas também famílias com crianças pequenas. Estas, evidentemente, acenavam alegremente aos participantes, que muitas vezes lhes correspondiam, com sorrisos e acenos. Era um protesto, não exatamente uma marcha fúnebre!

Gritavam-se palavras de ordem e cantavam-se músicas de Zeca Afonso, no largo do Rato, os apupos, as vaias e os assobios aumentaram. Naquele palacete ninguém estava à janela e as portas interiores de madeira estavam até semicerradas. Imagina-se o porquê!

Mas o caminho era em frente, via rua de São Bento, havia que continuar. Aí o cenário manteve-se: mais pessoas à janela, mais palavras de ordem, mais cantorias...

Quando chegámos ao palácio de São Bento, ainda não havia muita gente, mas foi chegando cada vez mais, que aproveitou para descansar um pouco da caminhada que, não sendo longa, foi lenta com algumas paragens.
Fiquei cansada, mas não dei os meus passos por perdidos!
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A INDIGNAÇÃO VAI SAIR À RUA!

"Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem!"
Provérbio oriental

Imagem do facebook.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CREPÚSCULOS NOS 5 CANTOS DO MUNDO...

1. Um sol tardio (quase da meia-noite), em Oslo, Noruega
Não sendo muito viajada, há viagens que ninguém me impede de realizar, nomeadamente em livros, em programas televisivos ou através da internet. Assim, hoje o "passeio" foi mesmo virtual, por crepúsculos dos 5 cantos do mundo...

2. Humber Bay Park, Toronto, Canadá
Para tornar esta viagem mais aliciante, proponho que descubram as cidades ou países onde estas fotografias foram tiradas. Bem sei que as duas primeiras não são fáceis...

3. Macau, China
... mas também que graça tinha colocar aqui a Torre Eiffel, o Big Ben ou o Corcovado? Não sendo imagens mais que óbvias,  pelo menos para quem nunca visitou, tentei não complicar demasiado.

4. Rio de Janeiro, Brasil
Sei também que alguns dos comentadores habituais já lá viveram ou passearam, mas, mesmo para os restantes, penso que certos pormenores podem ser facilmente identificáveis.


5. Luanda, Angola
Como é evidente, todas estas maravilhosas paisagens exibem águas abundantes, que refletem a luz e a cor do nosso planeta, enquanto lhe conferem vida, para lá de uma poderosa força imagética.  O que (me) leva sempre à velha questão: porque é que o Homem trata tão mal um recurso natural, essencial à sua própria sobrevivência?

Adenda a 15/10/2011: Acrescentei as respetivas legendas a rosa. O Paulofski e o Psimento acertaram na identificação da foto 4 (Rio de Janeiro), a Nina e o Rui da Bica em todas as restantes. Obrigada a todos pela participação!

Imagens da net. (obviamente!)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CALOTEIROS... MAS SOBRANCEIROS!

Uma tarde por semana vem a empregada para dar uma ajuda aqui nas lides domésticas. Como é óbvio, ela tem outras casas onde trabalha a dias (e horas) combinados e também faz limpezas num escritório. 
Ora esse escritório vai cessar a sua actividade, devido à idade avançada do patrão, que após um problema de saúde foi internado num lar. Assim, os restantes sócios e presumíveis herdeiros do homem - já que pertencem todos à mesma família - decidiram despedir os funcionários da pequena empresa e manter apenas a advogada e outra empregada, para tratarem das papeladas inerentes à dissolução. E, claro, a funcionária da limpeza. Até aqui, nada de novo!
Acontece que os familiares não se entendem entre si e a Maria (chamemos-lhe assim) já vai para o terceiro mês sem receber o ordenado, nem produtos tem para a limpeza - aspirador, água e pano de pó e já está com sorte. Acontece também que a Maria não é propriamente de dizer amén a tudo e todos, posso até confirmar que tem um bocado de "pelo na venta"! Facto é que já lá trabalha há 16 anos, nunca teve problemas com o patrão, agora os ordenados em atraso estão a cheirar-lhe a esturro...
Segundo a própria, a dita advogada chamou-lhe a atenção para que tinha de ir lavar a escada do prédio, pelo que ela se queixou que já não existiam produtos de limpeza. A outra respondeu que isso não era preciso para nada (nota-se que percebe muito da poda!) e ainda rematou que no horário de expediente não era para atender telefonemas particulares. E a Maria, já danada da vida, assegurou que tivera de atender, pois tratava-se da cobrança de uma dívida que ainda não pagara e acrescentou: "Vocês aqui não me pagam e depois..."
- Vocês?!? Veja lá como fala! Os SENHORES! - indignou-se a jurista.
- Sim, sim, os senhores, os doutores, isso... - atrapalhou-se ela, mas, sem se calar, lá foi desfiando o rol do que lhe deviam de agosto, setembro e parte de outubro.
- Mas isso são só 200 e tal euros, há gente que está muito pior...
- Eu com os outros não tenho nada a ver, só sei que trabalhei para ganhar e o dinheiro faz-me falta.
- Descanse que lhe vão pagar! Agora tenha tento na língua, porque lhe podemos abrir um processo disciplinar... blá, blá, blá!
Enfim, tal como referi a mulher não é "pêra doce", mas mentirosa também não e quando chegou cá a casa só lhe faltou chorar. Infelizmente, tenho a sensação que o caso dela não será único. E "patrões" destes também não...

Imagem do Facebook. (que não tendo muito a ver, dá uma ideia!)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

VAIDADE FATAL

Não se pode dizer que este seja o melhor livro de Ruth Rendell - um policial, onde a páginas tantas nos interrogamos "afinal, onde está o crime?", já nos diz bastante sobre o enredo...
Mas pronto, neste livro originalmente publicado em 1966 com o título "Vanity Dies Hard" (que me fez logo lembrar Bruce Willis, sei lá porquê...) a ação gira em torno das muitas preocupações da protagonista Alice Whittaker, uma mulher de 38 anos recentemente casada com um homem 9 anos mais novo - e que por isso se julga uma velhinha a cair da tripeça, para lá do complexo de nunca ter sido uma autêntica beldade - que procura a sua amiga Nesta, uns tempos depois desta se ter mudado de apartamento. Quando descobre que ela nunca foi viver para o local que lhe indicou, a primeira coisa que lhe passa pela cabeça não é que a amiga lhe mentiu, mas que foi assassinada. Pois, normalíssimo, ontem como hoje!
Entretanto a coitada também anda muito enjoada, longe de perceber o óbvio, imagina que alguém a anda a envenenar...
Resumindo: o enredo é fracote! O que não sabia ao comprar este livro, é que este é um dos seus títulos iniciais (segundo a wiki), que denota ainda alguma imaturidade. Não na escrita em si, mas na estrutura do romance, meio hesitante para o lado que vai cair. Verdade seja dita, considero Ruth Rendell uma das melhores escritoras no género policial da atualidade, pelo que não fiquei inteiramente desapontada - alguns "desajustes" nos primórdios acontecem a todos. Garanto é que ela tem uma vasta obra, com títulos muito mais empolgantes que este, que nos prendem à leitura da primeira à última linha!
CITAÇÕES:
"Os dentes grandes eram todos dele, mas raramente os mostrava, mantendo o lábio inferior uma postura a que ele chamava determinação e os restantes belicosidade."
"Dez mil anos de civilização por água abaixo de um momento para o outro quando se põe uma mulher ao volante de um carro. - Poisou a chávena como se a tivesse visto e apercebido de que estava a segurá-la pela primeira vez. - Para que quero eu chá a estas horas da noite? - perguntou, a ninguém em particular, e depois a Alice, abanando a cabeça. Não sei onde vais buscar estes costumes proletários."
(nota: a "simpática" personagem secundária  das citações é a mesma, mas não deixa de ser interessante o modo subtil como a escritora vai caracterizando a personalidade das suas personagens, aqui e ali dando umas achegas, como que a construir uma imagem...)
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domingo, 9 de outubro de 2011

O REGRESSO DE JOHNNY ENGLISH

Sou suspeita ao escrever sobre este filme, porque confesso que cá em casa somos todos fãs de Rowan Atkinson. Tanto que até fomos todos em excursão ao cinema, a minha mãe só não se juntou também,  porque já tinha outro compromisso...
Após mais uma das suas (muitas) trapalhadas, da qual resultou a morte de um líder moçambicano, Johnny English é demitido do MI7 e retira-se para um mosteiro tibetano, onde aprende artes marciais e a filosofia desses monges, em que a mente comanda o corpo para lá da dor física. Entretanto, em Londres, descobre-se que está em curso uma conspiração para matar o primeiro ministro chinês, mas o informador só aceita falar com o ex-agente, pelo que English é chamado para mais uma missão... cinco anos depois de ter abandonado os serviços de espionagem! Contrariada, a actual diretora Pamela Thornton (Gillian Anderson) lembra que os métodos do MI7 mudaram, pelo que insiste que o ex-agente seja acompanhado pelo jovem agente Tucker (Daniel Kaluuya) nesta missão. Por seu turno, English fica contente por rever velhos amigos como Simon Ambrose (Dominic West),  por encontrar a nova psicóloga do departamento Kate Sumner (Rosamund Pike) e por se familiarizar com os novos gadgets que agora os espiões têm à sua disposição. Mas será que ele, trapalhão como sempre, conseguirá dar conta do recado? 
Esta e outras respostas estarão num cinema próximo, para quem quiser ver o filme, mas para já fiquem com um "cheirinho" da hilariante ação, através do seu trailer oficial:


A não perder... para todos os que adoram o humor britânico! Especialmente numa altura em que Rowan Atkinson anunciou a sua decisão de não voltar a interpretar o papel de Mr. Bean, a personagem que o tornou mundialmente famoso, porque a imagem deste é a de um homem imaturo que reage com a mesquinhez  e o egoísmo próprios de uma criança, que deixou de ser compatível com a de um homem a caminho dos 57 anos. Temos pena, mas ele lá terá a sua razão!

Imagem de cena do filme da net.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

POETA (QUASE) DESCONHECIDO

Foi anunciado ontem ao meia-dia o prémio Nobel da Literatura 2011 - o poeta sueco Tomas Transtromer! (escreve-se com trema no "o" do apelido, mas esse não consta no meu teclado). Descobri uns 5 minutos antes da hora que ia ser divulgado e abri a TV. Num canal, a pivot revelou o nome do laureado, acrescentando que por sinal não conhecia. Mudei de canal. No outro, a jornalista teclava vigorosamente no seu portátil, para informar os espetadores, mas sem grande sorte na pesquisa em direto. Verdade seja dita que não é para admirar o desconhecimento das jornalistas: parece que não tem nenhum livro traduzido em português (de Portugal), embora alguns poemas desirmanados já o sejam.
Assim, encontrei meia dúzia deles via Google, pelo que transcrevo um, para os que - tal como eu - nunca tiveram oportunidade de ler este poeta:

"A Árvore e a Nuvem
Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva,
Com pressa, ante de nós, derramando-se na cinza.
Leva um recado. Da chuva arranca a vida
como um melro ante um jardim de fruta.

Quando a chuva cessa, detém-se a árvore.
Vislumbramo-la direita, quieta em noites claras,
à espera, como nós, do instante
em que flocos de neve floresçam no espaço."
Tomas Transtromer (1962)

Dito isto, confesso não ser grande leitora de poesia. Suspeito também que à excepção de outros poetas, escritores e inteletuais poucos portugueses o conheciam. Resta saber se a visibilidade conferida por este prémio vai colocar Transtromer nas estantes das nossas livrarias...
Enquanto traduzem (ou não?) a sua obra, aproveitem para ter um...

EXCELENTE FIM DE SEMANA!
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

QUEM FOI?

Ao passear perto da baixa pombalina, dei "de caras" com este busto. O nome do representado só me trazia uma vaga recordação da história e da toponímia da cidade. Curiosa, quando regressei a casa fui investigar...
O que li na wiki não me impressionou agradavelmente, mas facto é que não podemos ajuizar personagens de séculos passados com a mentalidade atual. Quer dizer, se já na geração anterior por vezes é difícil entender a razão e as argumentações, imagine-se um século antes ou mais! Na enciclopédia, a entrada ainda era mais sucinta, só informação básica (e coincidente, note-se!).
Vai daí, toca de pesquisar mais sobre o homem ou sobre alguns dos outros homens da época com quem se relacionou ou desentendeu. Pouco, muito pouco, que a grande maioria dos artigos/posts eram uma cópia descarada da wiki (só num se indicava a fonte) ou de outro, igualmente ali baseado, mas mais imaginativo... digamos assim!
Portanto, resta a pergunta: quem foi ele?

ADENDA A 07/10/2011:
Então lá vai mais uma ajudinha!

Ah, a senhora da foto não é a mulher dele, com a qual teve seis filhos! Se mesmo assim não descobrirem, amanhã dou a resposta!


ADENDA A 08/10/2011: A Nina pesquisou e descobriu que se trata de Manuel Joaquim Pinheiro Chagas (1842-1895), escritor, jornalista e político, que entre outros cargos foi deputado e Ministo da Marinha e Ultramar. Monárquico e conservador, parece que num artigo sobre a Comuna de Paris (1871) defendeu que para "pôr na ordem" Louise Michel - uma das líderes - bastava "levantarem-lhe as saias e darem-lhe um bom par de açoites". Foi muito criticado por essa apologia à violência doméstica contra a emancipação das mulheres e, ofendido pelas palavras contundentes de Manuel Joaquim Pinto, também ele jornalista e professor primário, pediu-lhe explicações. E estas surgiram, em forma de umas "valentes bengaladas" que o dito professor lhe aplicou publicamente, para lhe demonstrar a "bondade" do método por ele defendido - este foi julgado e condenado a prisão de 18 meses e multa. A "senhora" esculpida ao lado do seu busto é a personagem principal da sua peça teatral "A Morgadinha de Valflor".
Mesmo que a única fonte desta adenda seja a wiki,  e que obviamente ajuizar monárquicos conservadores do século XIX não faça sentido atualmente, esse apelo à violência contra as mulheres que defendiam a emancipação desagradou-me bastante. E mesmo que não se aprove a reação de Manuel Joaquim Pinto, enfim... foi didática!
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

COMO NAVEGA ESTA REPÚBLICA?

Brrrr...

Ui!

Imagens da net / facebook, de autores desconhecidos. (ou, se alguém conhecer, que avise!)
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