sexta-feira, 30 de abril de 2010

ZUNZUNS

Não entendo nada de política económica, nem pretendo entender. Aliás, nos últimos tempos mal tenho visto noticiários. Mas aqui e ali oiço uns zunzuns que a situação económica portuguesa anda pelas ruas da amargura, que se inventam uns PECs e assim, mas não chega...

Como é que há-de chegar? Vai fazer 15 anos que vivo nesta casa, ainda me chegam notificações do tribunal pelo correio dirigidas ao antigo proprietário. Pior, já tive polícia à porta para as entregar em mão, de carão feito como se a "criminosa" fosse eu, e até um telefonema de um funcionário das Finanças a afirmar que o homem devia um balúrdio em impostos, que se soubesse como o poderiam contactar agradeciam. Expliquei que a única indicação que tinha era pôr as cartas na caixa de correio do vizinho de baixo, o que tinha feito, não fazia a mínima ideia onde ele morava, embora de vez em quando o visse aqui na zona a passear no seu carrão. (desconfio que topo de gama, mas disso também não percebo patavina!)

Entretanto os serviços das Finanças modernizaram-se e começaram a cruzar informações entre repartições. Nesse ano para receber o IRS foi uma cegada, tinha uma dívida antiga que nem sabia que tinha, pois tinha ido parar à morada anterior. Num montante irrisório, diga-se de passagem, mas com juros de mora rondava os 30 euros, tornados em 50, por via de multa. Andei de Pôncio para Pilatos (leia-se, entre as diferentes repartições) para resolver a situação. Consegui. Aí, um dia, o dito "cavalheiro" bateu-me à porta. Com uma grande lábia, que os serviços estavam péssimos, tinham feito umas confusões com ele, um simples empresário imobiliário. O que é que ele queria? Pois, que não me esquecesse de pôr as cartas que viessem na caixa do vizinho...

Como é que alguém consegue dormir descansado na sua almofada, quando deve 150 mil contos (ou euros, já não sei ao certo) às Finanças, é algo que me escapa! Nem como alguém se "esquece" de dar o novo endereço da residência, durante tantos anos... De uma coisa estou certa: é por causa destes lords que todos pagamos as favas!!! (ciganos?! pois, ainda teriam muito a aprender...)

Com ou sem zumbidos, tenham um

EXCELENTE FIM DE SEMANA!!!


Fotografia da net, de autor desconhecido.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

JANELAS QUE SE ABREM...

É comum dizer-se que "os livros são janelas abertas para o mundo", mas ignoro a origem da expressão, que existem muitas similares. Nem interessa muito! Certo é que concordo inteiramente e hoje abrem-se imensas janelas com a 80ª Feira do Livro de Lisboa, como de costume no Parque Eduardo VII. Até dia 16 de Maio, com horário entre as 12h30m e as 23h30m em dias úteis e das 11h às 23h30m em Sábados, Domingos e feriados. (grrrr, não há feriados que calhem em dias úteis, dahh!) Horário idêntico terá no Porto, cuja Feira começa a 27 de Maio e se prolonga até 13 de Junho, na Avenida dos Aliados. Tanto quanto consegui pesquisar na net, a de Coimbra está em curso até ao próximo Domingo e as algarvias estão agendadas lá para o Verão.

Dito isto, actualmente também existem outras janelas que ampliam os nossos horizontes (mais modestas, é certo!), identificando outras formas de ser, de estar, de sentir, de conhecer ou até de rir: estou a falar de blogs, evidentemente! A princípio ninguém sabe quem está do lado de lá desta janela transformada em ecrã, mas aos poucos vamos levantando a ponta do véu e desvendando "segredos" atrás de nicks mais ou menos encapotados. Nem sempre a visão ou compreensão é agradável. Tal como na vida real, também na virtual há gente mesquinha, agressiva, controladora, insultuosa até! Não peço desculpa por não lhes ligar nenhuma!

Acontece que não estou sempre atrás do teclado e do ecrã (alguém está?), muitos posts novos só vejo a horas tardias. E aí, sim, talvez a influência de uma moçoila que perguntou num blog alheio porque é que eu estava a comentar às 3 da matina, ou coisa, tenha contribuído para me deixar disso. Se não buzinou nenhum apito no ouvido dela, no meu buzinou! Aqui, tirei logo a hora a que chegam os comentários, que ninguém tem nada a ver com isso. Além de que o número de blogs que costumo visitar aumentou e não dá para comentar todos, no dia seguinte logo se vê se ainda lá estão, eheheh!

Afinal de contas, se a interactividade blogosférica se torna em obrigação e assunto sério, vira uma chatice...

A fotografia é minha, a serigrafia é cá de casa, mas só me lembrei de a fotografar depois de ler/ver este post da Marta, porque, tal como ela, adoro as janelas (e os telhados) da Maluda!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

ANTES E DEPOIS, PÁ!

Chico Buarque compôs "Tanto mar" em comemoração ao 25 de Abril de 1974, em Portugal. Canção proibida pela censura brasileira, em época de ditadura, e que soava assim:



Poucos anos depois, não esmorecendo na motivação, modificou a letra e explicou:



Tomara que essas sementes ainda resistam e que todos entendam que a Revolução não aconteceu em vão...

(estou a repetir-me? ah, pois é! mas os vários "descambares" revolucionários têm porta certa onde bater...)


Fotografia da net.

terça-feira, 27 de abril de 2010

DURA LEX, SAD LEX

Já aqui referi que Stieg Larsson era um activista dos direitos humanos que, entre outras causas, defendia acerrimamente a igualdade entre sexos ou raças. Assim, empenhou parte da sua vida a desmascarar grupos da extrema-direita sueca, o que lhe valeu várias ameaças de morte, ao revelar (como jornalista, conferencista e co-autor de um livro) os aspectos mais tenebrosos dessas organizações. Como morreu repentinamente de ataque cardíaco, aos 50 anos, chegou a ser ponderada a hipótese de homicídio, o que nenhum relatório médico ou policial confirmou.

Bom, mas se ele já era conhecido na sua terra natal pelo seu activismo político, depois de morrer e do posterior sucesso da trilogia "Millennium", a sua fama expandiu-se a nível mundial. Até aqui nada de especial, mas o que se seguiu parece um filme de argumento duvidoso: desde 1972 que Stieg vivia com Eva Gabrielsson (também ela activista), sem terem filhos ou casado de papel passado. Uma das razões óbvias era proteger a companheira das ameaças que lhe dirigiam, porque segundo as leis suecas (da época?) para casar tinham de registar a morada oficial do casal - o que, convenhamos, não é a melhor ideia para quem foi várias vezes ameaçado de morte por grupos radicais.

Consta que o escritor escreveu um testamento nos anos 70, em que legava todos os seus bens a um movimento socialista, mas que o tribunal sueco não considerou válido, por falta de requisitos formais. Assim, perante a lei, foram considerados seus herdeiros o pai e o irmão - Erland e Joakim Larsson, respectivamente - com quem mantinha apenas contactos esporádicos. Aí começou a luta de Eva nos tribunais, não só pelo apartamento de Estocolmo onde viviam em conjunto e respectivo recheio, como pelos direitos de autor dos livros do companheiro, onde alegadamente também colaborou. Resumindo: ela acabou por ficar com a casa e os tarecos, os familiares com o restante montante exorbitante.

Curioso é que, tal como um mágico a tirar coelhos da cartola, a história não acaba aqui: ao herdar o laptop do malogrado escritor, ao ter acesso aos documentos como possível colaboradora (há quem afirme que foi Eva a escrever e Stieg a engendrar o enredo e a pesquisar), ela pode estar com "a faca e o queijo na mão" para publicar pelo menos mais um volume da série, senão mais três. Mas porque é que ela faria isso, se o resultado do seu trabalho iria directamente encher os bolsos daqueles familiares, que em nada contribuíram para a obra e nunca ligaram às causas que ele e ela defenderam?

Não me compete criticar decisões de tribunais estrangeiros (mesmo em relação aos portugueses é relativo), mas, no mínimo, parece-me ridículo que ao fim de 32 anos de vida em comum ainda se questione se @ companheir@ tem direito a herdar os bens. Há leis muito tristes nesta Terra...


Fotografia Eva Gabrielsson e Stieg Larsson em jovens, da net.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

É JÁ AQUI!

A ideia inicial era dar uma voltinha por Sintra e comer umas queijadas.

Embora alguém garantisse que o Castelo dos Mouros, lá no alto da serra, ficava apenas a meia hora de distância a pé (por uns atalhos), acabámos por decidir um passeio mais calmo, até ao Palácio de Seteais: "É já aqui! E o caminho é plano!", assegurou o mesmo.

"Plano inclinado!", acrescentei a meio do percurso. Mas lá chegámos! (confesso que um "bocadinho" mais afogueada que os restantes companheiros!) Como para baixo "todos os santos ajudam", aproveitei para ir tirando umas fotos:

Nesta, o Palácio da Pena, vista do arco do Palácio de Seteais.

Ainda no jardim de Seteais, uma visão parcial do Castelo dos Mouros.

O Palácio da Regaleira

Outro pormenor do mesmo Palácio...

... logo sucedido por esta fonte natural...

... até regressar à vila e ao comércio tradicional (para turistas)! Onde comemos as deliciosas queijadas, perto do ponto de partida.

Adorei a companhia e o passeio! (embora, em relação a este último item, as minhas pernas não concordem inteiramente, vamos lá ver se não entram em greve nos próximos dias...)

domingo, 25 de abril de 2010

ELES VOLTARAM...

Há muito, muito tempo, era eu uma adolescente... já existiam multinacionais em Portugal.

Assim, no dia 1 de Abril de 1974, depois da hora de almoço, um empregado recentemente admitido naquela multinacional apresentou-se ao serviço. Foi recebido pelo seu chefe hierárquico, um inglês que adorava o nosso tintol, que apresentava sinais evidentes desse seu gosto no nariz vermelhusco e na fala entaramelada, que lhe perguntou: "Então começa a trabalhar no Dia das Mentiras?" Mas a azáfama era grande, que a empresa estava em mudança de instalações, havia muito encaixotanço em curso, com os altos funcionários americanos, franceses e ingleses a dar as ordens e o pessoal a acarretar as tralhas. Mudaram!

O 25º dia amanheceu com a Revolução! Assustados perante o "perigo vermelho", metade desses chefes de alto gabarito pegaram nas malas e apanharam o primeiro avião de volta à sua terra natal. Os restantes ainda permaneceram o tempo suficiente para observar que existem revoluções em que florescem cravos vermelhos nos canos das metralhadoras, sossegadas, sem carnificinas nas redondezas. Mas via contrato muitos regressaram também ao seu país, as chefias estavam desfalcadas e, durante algum tempo, não houve director internacional que parasse muito por cá, nem os "qualificados" tinham vontade de vir. Os trabalhadores iam desempenhando as suas funções.

Até que a direcção competiu a um mais teso, que já tinha posto ordem na sucursal de um país-terceiro-mundista-qualquer. Não desistiu após um primeiro desaguisado: contratou dois guarda-costas, discretos, que o acompanhavam até à porta dos locais onde ia! Entre outras funções, competia-lhe reunir com os administradores das empresas que não pagavam, que eram mais que muitas. Contudo, nessa época, ainda era frequente os pagamentos serem em dinheiro vivo e, para azar do homem, estava no local e hora errada, quando uns meliantes (FP's ou quejandos) resolveram assaltar as instalações de uma delas. E lá teve que se encostar à parede com as mãos no ar, como o restante pessoal, petrificado, pensando que chegara o seu último dia de vida. Não foi, mas, por via das dúvidas, no dia seguinte também apanhou o avião!

A historieta não será exactamente assim, mas surgiu em torno de uns pires de caracóis e de umas imperiais, com muita gargalhada à mistura! E sim, foram os caracóis que voltaram, que os outros duvido...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

GOSTAR DE LER...

... não é crime, nem sinónimo de ser intelectual ou "rato de biblioteca", sempre com o nariz enfronhado nos livros!

Hoje é o Dia Mundial do Livro! Os "dias de..." são tantos que até chateiam, mas desta vez vou abrir uma excepção e dar-lhe ênfase. Porquê? Simples: a 80ª Feira do Livro de Lisboa abre as tendas já no próximo dia 29 e estou aberta a sugestões de leitura. Embora já tenha algumas "na manga".

Ou seja, o que vos proponho é que indiquem um, dois, três ou mais livros daqueles que adoraram ler. Adorar mesmo, o que normalmente significa que não o(s) largaram até chegar à última página! Inteiramente ao vosso critério...

Entretanto, tenham um ÓPTIMO FIM DE SEMANA!!!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A RAPARIGA QUE SONHAVA COM UMA LATA DE GASOLINA E UM FÓSFORO

Por diversas razões, Lisbeth Salander resolve afastar-se da Suécia (e de Mikael Blomkvist) durante cerca de um ano. De visita a uma ilha até presencia um tornado (que não foi apelidado de "tromba d'água", só por não ser habitual na zona!), embora esse seja mero pormenor no segundo volume da trilogia Millennium, de Stieg Larsson, intitulado "A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo".

Porém, pouco depois de regressar à sua terra natal, torna-se suspeita de triplo homicídio. A perseguição policial que se segue - a par da de jornalistas e investigadores, na sua maioria convencidos da sua culpabilidade - dá o mote à acção, em que apenas Blomkvist e escassos amigos acreditam na sua inocência.

Se bem que o primeiro livro da série Millennium - "Os Homens que Odeiam as Mulheres" - tenha princípio, meio e fim, neste volume apercebemo-nos que ficaram algumas pontas soltas pelo caminho, que obtêm agora novos contornos e seguimento, encaixando-se como peças de um puzzle ao longo das suas 611 páginas.

Obviamente não se pretende revelar o final, que de final tem pouco (ou, enfim, é só parcial!), mas a conclusão de Lisbeth Salander (personagem baseada em Pippi Langstrump - aka Pipi das Meias Altas - da escritora infantil Astrid Lindgren, como se torna notório...) só pode ser uma: "Não há inocentes. Há apenas diferentes graus de responsabilidade."

Urgente, agora, é adquirir o terceiro volume desta leitura absolutamente viciante...

terça-feira, 20 de abril de 2010

AQUI HÁ GATO!!!

Apesar da "atracção fatal" por montras de livrarias, neste caso não foram os livros a prender a minha atenção! E não, o bichano não era embalsamado, nem de peluche (ou pelúcia, para os fundamentalistas do bom português) ...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

COLEGAS DE LICEU...

A maior parte dos contactos que tínhamos dos nossos antigos colegas de liceu evaporaram-se no espaço! Aí, apareceu aquela coisa com "cara de livro" - vulgo facebook ou féisbu - e promoveram-se encontros que já ninguém esperava...

Este reencontro foi organizado assim quase de supetão, até porque uma amiga estava de visita a Lisboa e em vésperas de regressar a Berlim (de avião ou de carro, depende das tais cinzas do vulcão!), onde vive, adiar era impossível! O local escolhido foi o terraço panorâmico de um hotel do Chiado, onde compareceram meia dúzia de convivas, que se reconheceram (quase?) instantaneamente. Mas a tertúlia mal tinha começado, quando aquelas nuvens cinzentas cumpriram a promessa e desataram a pingar. Não dava para ficar por ali!

Assim, em ritmo de aguaceiros, lá fomos andando, conversando e parando, no sobe e desce daquelas ruas e vielas. Até que abancámos numa tasquinha do Bairro Alto, onde pusemos a converseta em dia, frente a um prato de queijos, de chouriço assado e de uma salada de polvo, acompanhados por um vinho verde frutado. Velhos tempos (a PIDE, a Revolução, o PREC e o que se seguiu) foram abordados, alguns outros colegas e professores relembrados, sem cair em demasiados revivalismos, que ninguém se esqueceu da actualidade. Rimos e divertimo-nos, como há mais de trinta anos não fazíamos, em conjunto!



ADOREI!
(os sinais de todos!)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

18 ANOS!

Fotografia de Ian Britton

Faz hoje 18 anos que o meu filhote nasceu! Provavelmente o momento mais emocionante da minha vida, como já descrevi aqui. Houve outros, logicamente, alguns até bastante tristes, mas não vêm agora ao caso.

Já por várias vezes li que ter um gato ou um cão é quase o mesmo que ter um filho. Concordo, muito parcialmente, porque os animais domésticos também precisam de atenção e carinho, de ser alimentados ou de ir ao veterinário de vez em quando. E ainda armam umas cabriolices em casa, em que ficamos com os cabelos em pé. Mas o quase faz uma enorme diferença!

Nem crianças nem animais vêm com manual de instrução incorporado, os (nossos) erros são frequentes! Mas desde o primeiro instante, em que não entendemos se o choro é de fome, sede, cólicas ou da fralda "inconfortável", até às primeiras doenças e febres (por contágio de outros bebés no Infantário, onde ele entrou aos 5 meses de idade) surgem uma panóplia de dúvidas. E daí em diante também, com a fala que não se percebe, com os primeiros trambolhões, com os múltiplos porquês sempre na ponta da língua, aos quais não conseguimos dar resposta quando estamos a conduzir o carro ou a realizar um trabalho mais burilado. Resposta adequada para os seus ouvidos, note-se...

Fase atrás de fase, apercebemo-nos que se vai construindo uma personalidade, diferente da nossa, mas que de algum modo tem a chancela das histórias que lhe contámos, das músicas que lhe cantámos (até gostava de me ouvir cantar, quando ainda não tinha os ouvidos "poluídos", eheheh!), dos livros que leu e dos amigos e professores que teve.

Aos 13 anos comunicou-nos, formalmente, que ele e um amigo achavam os pais muito chatos (que os obrigavam a tomar duche, lavar os dentes e tudo!) e que, portanto, tinham decidido que aos 18 iam viver debaixo do viaduto mais próximo! Concordei!

Mas ainda não foi hoje que concretizou essa decisão, está a dormir sossegadamente na sua cama...



PARABÉNS, MEU QUERIDO!!!
(juizinho e "cabeça fresca", agora que já que estás tããão crescido!)

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!!!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

VOLTANDO AOS PATOS...

Aqui há uns dias escrevi que costumava "cair como uma pata" nas mentiras do 1º de Abril, mas que não conhecia a origem da expressão, agradecendo antecipadamente a quem soubesse que informasse.

A Teresa e o Rui da Bica avançaram com algumas hipóteses, mas recebi outra por mail, que reza mais ou menos o seguinte, presumindo que o brasileiríssimo "pagar o pato" tem o mesmo significado: "A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal, em que se amarrava um pato a um poste e o jogador, montado num cavalo, deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia é que pagava pelo animal sacrificado. Assim passou-se a empregar a expressão para representar situações nas quais se paga por algo sem obter um benefício em troca." Conclusão saída deste link internético.

Não fiquei com nenhuma certeza, até porque parte da história do Rui sobre Renato Canini é verídica, ainda não consegui indagar até que ponto, porque existem outros floreados de permeio, gentilmente "apagados" por todos os que não desejam denegrir a simpática imagem de Walt Disney...

(Obrigada, Michel!)

terça-feira, 13 de abril de 2010

NÃO FOI ERRO DE 'CASTING'!

Alice Vieira apresentou o seu último livro - "Meia Hora Para Mudar a Minha Vida" - na segunda feira passada, pelas 18 horas e 30 minutos, na Academia de Santo Amaro.

A escolha do local relaciona-se com o tema do livro: o teatro de amadores, expressão que a autora prefere a teatro amador, pois designa todos aqueles que amam o Teatro. A ponto de, com muito sacrifício e empenho, depois de um dia de trabalho "lá fora" ainda subirem ao palco à noite, para encarnar outras personagens...


Mas não só, porque como o próprio editor notou nas palavras escritas, há uma clara alusão àquela Academia:
"A casa ficava no meio de um bairro popular da cidade, no alto de uma colina, mesmo ao lado de um miradouro onde se dizia que, em tempos muito antigos, as mulheres iam dizer adeus aos marinheiros que partiam para as descobertas - e esperar por eles no regresso.
Via-se o Tejo ao fundo e, desde o primeiro espectáculo, a casa caiu nas boas graças da vizinhança, que, a partir daí, sempre se encarregou de encher a sala."

A apresentação propriamente dita ficou a cargo de Virgílio Castelo, que em meia dúzia de palavras, quase poéticas, explanou a convicção inexplicável dos actores, que entre alegrias, angústias e incertezas entendem que, a cada momento, "aconteça o que acontecer, nascemos para isto". Onde acrescentou que "viver na memória dos outros é o único paraíso a que os actores têm acesso".

Sobre o livro, esclareceu: "Se em vez de nome próprio todos tivéssemos alcunhas como as personagens da Alice Vieira, pedidas por empréstimo a Gil Vicente, talvez a organização do mundo desse menos trabalho: ninguém poderia representar um papel que não fosse aquele para o qual tivesse nascido. Não teríamos erros de casting, como tantas vezes nos queixamos, na política, na sociedade, nas empresas, nas instituições, etc."

Não, não foi erro de casting, que ele desempenhou lindamente o seu papel! Pena não lhe ter tirado uma fotografia de jeito, que as da plateia para o palco saíram... impróprias para consumo... (para dizer o mínimo!) As minimamente aceitáveis foram tiradas momentos antes do início do lançamento, no pátio da Academia, enquanto a escritora convivia alegremente com alguns amigos e familiares.

Voltarei a escrever sobre o livro, depois de o ler...

Post-scriptum - na primeira fotografia com Manuel Luís Goucha e Victor de Sousa, na segunda com a filha, Catarina Fonseca.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

LONDRES 4EVER!

Fotografia de Ian Britton

Londres, Abril de 1977 (viagem de finalistas do liceu)!

Dia 1
Chegámos entusiasmados! Instalaram-nos num hotel de estudantes, cujo gerente é muito antipático, o que lhe valeu logo a alcunha de "boca de sapo". Houve trocas e baldrocas com os quartos - individuais, o que é uma grande chatice!
À noite estávamos na conversa no meu quarto e batem à porta. Dissemos "entre!" e surgiu um negro enorme, com aspecto de ter acabado de sair do duche (as casas de banho são no corredor), ainda envolto num roupão turco e com uma toalha na cabeça, a reclamar que não conseguia estudar com a nossa barulheira. Com ar de gozo, obviamente, porque como é que se estuda no duche?!
Assustámo-nos um pouco, mas baixámos o tom de voz!

Dia X, Y e Z
A primeira saída, com o professor a acompanhar, não nos convenceu: o grupo era muito grande, em Picadilly parecia um saloio a gritar - "agarrem-se uns aos outros!" Mas partiu à desgarrada, assim que vislumbrou uma "Sex Shop" nas redondezas. Muito didáctico...
Um carteirista fanou a carteira da minha irmã no metro, sem ela dar por nada. Lá nos quotizámos para ela não ficar sem dinheiro nenhum!

Decidimos seguir em grupos mais pequenos e percorremos o centro da cidade de lés a lés, a pé, com um mapa na mão! Ao fim do dia estranhámos que as meias brancas estivessem pretas. (de tanta poluição?)
Passeámos ao longo do Tamisa, sentámo-nos nos bancos de Hyde Park, visitámos o Museu da Cera, de História Natural e outros, fomos a um pub típico e ainda patinámos no gelo. Aqui uma amiga torceu um pé, mas não foi muito grave e felizmente já nos últimos dias. E no Madame Thussauds também houve quem se assustasse com um Beefeater, que afinal não era de cera...
Dos grandes armazéns londrinos - Marks & Spencer e Selfridge - a Portobello, demos as voltas da praxe e comprámos umas prendinhas para os familiares, consoante os nossos bolsos limitados.
Uma noite resolvemos fazer uma 'dancing party' num dos quartos, carregámos a escassa mobília para outro e toca a dançar! O "boca de sapo" não gostou, fartou-se de vociferar contra os portugueses e chamou a polícia. Não era caso para tanto, que esta não encontrou nada de anormal a assinalar!

Mas numa seguinte fomos a uma bôite a sério (hoje chamam-se discotecas), éramos novamente muitos e fizemos o gosto ao pé. Tanto na dança, como no regresso ao hotel, coisa aí para duas horas de caminho...
Ah, o estudante negro e matulão ainda nos convidou para uma festa no quarto dele, mas declinámos, por já termos este programa!

Dia 10 de Abril de 1977
Comemos mal durante todos estes dias - uns hamburguers, salsichas e ovos estrelados nuns Wimpys e afins, para além dumas latas e coisas que trouxemos de casa, a acompanhar as fatias de pão do pequeno almoço do hotel, de que nos servíamos à fartazana. Mas o mesquinho do "boca de sapo" deu ordens no self-service para que limitassem as fatias de pão que podíamos tirar (só duas), o que coincidiu com o Domingo de Páscoa, em que esteve tudo fechado na cidade! Uma amiga mais esfomeada saiu à rua em busca de comida, mas voltou duas horas depois completamente desiludida. Estivemos reunidos na sala da TV/convívio, onde só passaram filmes sobre a vida de Jesus (mais actuais dos que os passam nas nossas, mas isso é mero pormenor), para entreter a fome ficámos até às tantas da matina a ouvir e a contar anedotas.

Regresso a casa
Alguns saíram para umas últimas compras, soubemos que quatro deles foram presos pela polícia num grande armazém, por gamarem anéis de pechisbeque, caixas de fósforos e um guarda-chuva! (voltaram uns dias depois com um carimbo no passaporte, com uma inscrição de "personna non grata"!) Não sei se pelo nervosismo causado pela notícia, a viagem de regresso a casa decorreu muito mal: o vôo, numa companhia dinamarquesa (será que ainda existe?) foi turbulento e várias alunas se sentiram mal, mas alguns patetas de serviço encarregaram-se de pular no meio do avião, apesar dos apelos das hospedeiras para se aquietarem. Resultado: três meninas desmaiaram e foram as primeiras a sair do avião assim que aterrou, em braços. Quando pus os pés em terra ainda julguei que era mentira!

Apesar de tudo, Londres continua a ser uma "Cidade da Minha Vida", daquelas em que sempre fui muito feliz, como diria o Malato! Não foi a primeira nem a única vez que visitei, embora esta seja a mais memorável. Também não sei se serve como resposta ao desafio lançado pelo Carlos Barbosa de Oliveira, nas suas "Crónicas do Rochedo", mas que me deu muito gozo relembrar, lá disso não restam dúvidas...

domingo, 11 de abril de 2010

UM SONHO POSSÍVEL

Baseado numa história verídica, "Um Sonho Possível" ("The Blind Side", no título original) retrata a mudança de vida de um adolescente negro, pouco instruído e sem residência fixa, ao ser acolhido por uma família da alta sociedade norte-americana. Por mero acaso, o físico imponente do jovem e o seu jeito para jogar basquete capta a atenção do treinador desportivo de uma escola cristã, que convence os restantes membros da direcção a aceitá-lo como aluno, apesar das reticências destes ao analisar o seu cadastro escolar.

Um dia, quando vai buscar o seu pequeno filho à escola, Leigh Anne (Sandra Bullock) vê-o a conversar com aquele "gigante" e fica intrigada, mas só algum tempo depois encontra o rapaz a vaguear numa noite de invernia, vestido apenas com uma t-shirt e uns calções. E quando ele lhe diz que não tem onde ficar, ela toma a decisão de o levar para sua casa, uma mansão luxuosa numa zona chique de Memphis. Aos poucos, o tristonho e ensimesmado Michael Oher (Quinton Aaron), que todos conhecem pela alcunha de "Big Mike", começa a sorrir e a confiar mais nos que o rodeiam, apesar de alguma maledicência sobre a sua "adopção" - os preconceitos do costume, lá como cá! Mas o caso vai mudando de figura, à medida que o jovem se torna num importante jogador da equipa escolar de futebol americano...

Realizado por John Lee Hancock, que também adaptou o argumento do livro de Michael Lewis, conta ainda no elenco com Kathy Bates, Tim McGraw, Jae Head e Lily Collins, entre outros.

Menos lamechas do que seria de esperar, um caso de vida que dá que pensar: será que as instituições dos países ditos civilizados têm capacidade de resposta para auxiliar as crianças que nascem em meios desfavorecidos e disfuncionais?Hummm... muito duvidoso! Eis o trailer:




Imagem de cena do filme da net.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

CRIATIVIDADE FOTOGRÁFICA

Algo se quebra dentro de nós,

quando vemos um Mundo esparramado e maltratado,

onde a nefasta mão do Homem não pára, para respeitar a Natureza ou os seus semelhantes.

Queremos esquecer e isolamo-nos em ilhas só nossas, em que ninguém possui a chave para lá entrar. Somos livres, mas essa liberdade tem o amargo travo da solidão...

Começamos a construir o percurso a preto e branco, tentando retirar as pedras do caminho, mas o espelho devolve-nos a imagem nuns tons sépia em que descremos...

Um dia, finalmente, acabamos por pintar o mar que enfrentamos da nossa cor preferida...

... e derretemos!

Erik Johansson é um jovem estudante sueco apaixonado pela manipulação da fotografia digital, em que trabalha como freelancer. É o autor das sete fotografias apresentadas, mas tem muitas mais, como podem ver aqui.

ADOREI a criatividade e o engenho! As "legendas", meio toscas, foram as que saíram no momento, mas tenho a certeza que muitos poderão fazer bastante melhor. E sim, este é mais um DESAFIO para quem o quiser apanhar, pegando numa, em todas ou noutras fotos do autor, sem esquecer de o referir...

DIVIRTAM-SE!!!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

NÃO HÁ PAZ NESTA CASA?

Fotografia de Ian Britton

Andam uns a sonhar com o sol e o calor, para arrumar os kispos e os sobretudos no roupeiro pelo menos até ao próximo Outono, e outros a correr para a neve! Assim, o filhote e os colegas da escola partiram Domingo em viagem de finalistas para Andorra, mais propriamente para Pas de la Casa. Num entusiasmo pegado, como é normal...

Para além de um atraso de duas horas na partida (e consequentemente na chegada) só por um breve momento conseguimos falar com um deles e saber que já lá estavam, mas a chamada caiu logo a seguir. Soubemos que ele tinha visto o jogo do Benfica (eheheh, coitado, até ali o Benfica persegue o meu lagarto preferido!), num bar "tuga". A partir daí, silêncio, nunca mais soubemos nada da rapaziada: o local tem má rede e os contactos telefónicos (ou de sms) são difíceis.

Contava ter notícias mesmo que esporádicas, mas aí lembrei-me que quando fui na minha viagem de finalistas de liceu, a Londres (ainda hei-de escrever sobre esse assunto), não as demos a ninguém, porque as chamadas telefónicas eram caras e não íamos especialmente endinheirados, além de que os telemóveis (ou afins) só existiam em filmes de ficção científica. Portanto, resolvi que ia dedicar o meu tempo a Lisbeth Salander e ao preenchimento dos papéis do IRS (acaba já dia 15, para quem envia pela net), para além das actividades habituais.

Entretanto telefonou a mãe de um grande amigo do meu filho - daqueles poucos com quem nunca perdeu o contacto desde os 5 anos de idade, pois frequentaram sempre as mesmas escolas - a perguntar se sabia alguma coisa deles. E aí complicou, porque se estou ligeiramente preocupada, ela tem razões para estar muito mais: o filho saiu de Lisboa constipado (ou assim supunha), o seu estado agravou-se durante a longa viagem, chegou lá com um grande febrão e foi directamente para o médico, que lhe diagnosticou uma amigdalite e proibiu-o de sair do apartamento. Muito calma está aquela mãe, mas já não sei até que ponto a falta de novidades não será para não nos alarmar, julgando que estamos alheados do problema...

Acabou-se o suposto sossego: aquela conversa de "no news, good news" é uma treta!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

BEIJOS INFLAMADOS

Quem não se lembra do olhar compungido de José Rodrigues dos Santos ao noticiar, na abertura do Telejornal, mais casos da "pandemia" da gripe A (aka, H1N1 ou gripá) anunciada durante o Verão passado? Em que os números cresciam a olhos vistos, sem no entanto se dar conta dos doentes que entretanto se curavam? Enfim, longe ser o único, o assunto foi batido de toda a maneira e feitio pelos media, tornado sensação, pondo em pânico a população - já de si tendencialmente queixosa e enfermiça na sua imaginação - e depois... PUFF!... o "papão" eclipsou-se!

Para lá de todos os possíveis contornos de conspiração de indústrias farmacêuticas, negociatas governamentais e sei lá que mais, consta que este ano o número de casos de gripe (A + a outra) até diminuiu significativamente, em Portugal! Hummm... assustar a malta com doenças e divulgar cuidados higiénicos básicos parece que ainda dá resultado...

Mas vá, enquanto o pessoal continuar a conviver, tocar e beijar, sem entrar em paranóia que vai cair para o lado no momento seguinte, não é grave!


Composição fotográfica na net, de autor desconhecido.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO?!

O antigo namorado de uma amiga minha - que só vi uma única vez nos últimos 20 anos e ao qual dei o meu endereço de mail, após uma breve conversa amistosa - tornou-se meu amigo no Facebook recentemente. Até aqui, nada demais!

Ele é membro activo de várias causas (não tenho nada contra, obviamente!), desde políticas ou religiosas (budista ou coisa), em favor dos animais ou até de artes marciais (não perguntem, que não sei quais, para mim são todas iguais!) e sexta-feira enviou-me um mail. Em inglês, que é a língua em que ele escreve, pois afirma ter muitos amigos estrangeiros, embora seja alentejano de gema. Acho um bocado possidónio, mas pronto, ele é que sabe.

Com o que me fartei de rir foi com a mensagem (em spam, o que a tornou ainda mais deliciosa...), em que avisava que fazia anos no dia seguinte e que este ano prescindia de prendas. "Olha, está preocupado com a crise!", pensei momentaneamente. Mas, logo a seguir, acrescentava um link para onde todos os seus "amigos" deviam enviar donativos - uma das muitas causas que defende com "unhas e dentes" - em compensação de pouparmos no presentinho dele... E ainda enviou segundo mail, com o mesmo teor, não fosse o primeiro ter-se extraviado...

É impressão minha, ou há gente com uma GRANDE LATA?!

E por falar em aniversários (e não, não tem nada a ver com o "cromo" anterior!):

PARABÉNS, FATIFER!!!


Imagem da net.

domingo, 4 de abril de 2010

VELHAS TRADIÇÕES...

Na ceia de Natal a tradição manda que se sirva bacalhau cozido com batatas e grelos ou peru recheado, para além do belo bolo-rei, das filhós e das broas assim em jeito de sobremesa. Vinhos conforme a ementa escolhida.

A Passagem de Ano já se sabe que se celebra com champanhe (muito!), as comezainas ficam ao critério de cada um, mas convém que haja fartura, nunca se sabe se à última hora não aparece um convidado desgarrado...

Na Páscoa é o cabrito com batatinhas assadas que se apresenta à mesa, entretanto já foram distribuídos ovos de chocolate pela criançada, e amêndoas açucaradas de vários tipos aos restantes, mas no final também não pode faltar o folar.

Nos santos populares a bela da sardinha assada, com batatas cozidas e salada (ou em cima do pão), clama o seu lugar, depois de um caldo verde, enquanto marcham os copos de tintol, cerveja ou sangria, sem esquecer uma entradita de chouriço assado... só para aconchegar!

No São Martinho são castanhas e vinho (ou água-pé)! E não há aniversário que se preze sem bolo de anos e uma taça de espumante a acompanhar, a multiplicar por tantos familiares e amigos quantos aqueles que tiver. Claro que os maluquinhos da bola não desdenham de uma paragem nas roulottes, para uma refeição ligeira de pregos, cachorros, torresmos ou afins, bem regados com uma ou duas belas imperiais. E os cinéfilos também adoptaram aquela americanice de engolir um hiper-balde de pipocas durante a sessão, enquanto sorvem um copázio de coca-cola.

Resumindo: as tradições engooooordam!!!


Fotografia da net.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CAIR COMO UMA PATA!

Fotografia de Ian Britton

Não conheço a origem da expressão "cair como um pato", que aliás deve ser algo burilada, como as de "estar fresca que nem uma alface" (porquê esse legume e não um outro qualquer?) ou "ser esperta que nem um alho" (não me parece grande esperteza acabar no tacho!), entre tantas em que a língua portuguesa é pródiga. Adiante!

Vem isto a propósito do dia das mentiras! Ora se ninguém mentisse, até teria piada tentar descobrir as alheias em jeito de comemoração anual. Como está longe de ser o caso, a sugestão óbvia seria a de que o calendário apontasse uma data fixa para só se ser sincero e verdadeiro. Talvez fosse duro de encaixar, mas pelo menos sempre era uma variante...

Traumatizada por cair sempre como uma pata nas mentirolas do 1 de Abril - já li algumas na blogosfera, ai, ai! - tentei concentrar-me para não duvidar de tudo e de todos. Enfim, depois logo se vê quem foram os brincalhões.

Mas se alguém souber a origem da expressão, que faça o favor de alvitrar!

(Ah, e não, não vou para fora de fim de semana prolongado, como alguns sortudos!!!)