quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

ALMOÇO DE FIM DE SEMANA!

É, parece que agora está na berra ir almoçar a estes locais, pelo menos aos fins de semana. Pessoalmente, nunca tinha ido, mas também não fiquei grande fã - não por causa da comida, que era boa, mas pela multidão que enchia o recinto àquela hora (e, dizem os entendidos, que ao jantar ainda é pior!). Mas pronto, foi um almoço diferente e em excelente companhia...

Adivinham onde fui almoçar?



ADENDA a 1 de fevereiro de 2015: Como quase todos adivinharam, trata-se do mercado de Campo de Ourique; tanto quanto sei, no mercado da Ribeira funciona um esquema idêntico, sendo que a "oferta" é um pouco mais gourmet e, consequentemente, mais cara - parece que tem ainda mais gente às horas do repasto. Obrigada a todos pela participação!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

CRÓNICA DO PÁSSARO DE CORDA

Murakami foi o escritor escolhido para iniciar as leituras do ano, até porque não me costuma desiludir. E, de facto, não lhe posso chamar desilusão, mas esperava melhor. Ou menos confuso, pelo menos.

Quem é fã do autor conhece o seu hábito de intercalar histórias, muitas vezes misturando o mundo real com o onírico, o místico ou o esotérico. Acontece que 632 páginas depois, em que uma carta por exemplo começa num capítulo e é acabada dois ou três depois, com outros assuntos pelo meio, prestam-se à tal confusão. 

Toru Okada leva a vida mais sem graça à face da terra - despediu-se do seu emprego, para repensar a carreira que pretende seguir, portanto limita-se a tratar da casa enquanto a mulher trabalha, a preparar as refeições, ir à lavandaria e procurar o gato (que fugiu) - mas de repente tudo lhe acontece: estranhos telefonemas, múltiplos encontros com pessoas desconhecidas que aparecem e desaparecem misteriosamente, a sua mulher sai de casa sem lhe dar qualquer satisfação, enfim, a sua vidinha leva uma reviravolta de 180º. Entretanto, os desconhecidos que vão surgindo na sua nova vida vão-lhe contando histórias mirambólicas, nomeadamente dos tempos em que o Japão esteve em guerra (antes e durante a II Guerra Mundial) e de algumas atrocidades cometidas por ambos os lados, e relatadas tão minuciosamente como se de um filme de terror se tratasse. E essas, tanto quanto se sabe, são as que fazem parte do mundo real...

Enfim, não chegou a ser desilusão, mas este livro escrito em meados dos anos 90 está longe de ser Murakami no seu melhor. Na minha modesta opinião, está claro, uma vez que há outras. Devia ter desconfiado com aquela crítica do cruzamento entre Woody Allen e Frans Kafka, dois autores que abomino. Mas não é tanto assim, porque senão não tinha passado da página 40. Quando muito!

Citações:

"Penso que, para a grande maioria dos japoneses, a guerra com a China ameaçava tornar-se um lodaçal do qual não lograríamos sair. Isto para os japoneses que tinham dois dedos de testa, pelo menos. Por mais batalhas localizadas que pudéssemos ganhar, a longo prazo nunca o Japão poderia ocupar e manter debaixo do seu jugo um país tão grande."

"E quando uma pessoa vive como se não passasse de um invólucro vazio, não se pode dizer que tenha vivido de verdade."

"Na linha da frente era um pandemónio, e o abastecimento tinha sido cortado. Não havia água nem víveres. Não havia ligaduras. Não havia munições. Foi uma guerra cruel, aquela. Na retaguarda os manda-chuvas só estavam interessados numa coisa: ocupar território, e quanto mais depressa, melhor. Ninguém queria saber do aprovisionamento das tropas para nada."

"O nosso querido Lenine só aproveitou o que quis das teorias de Marx e para usar como bem entendeu, e o nosso querido Estaline só aproveitou das teorias de Lenine o que foi capaz de entender (o que não era muito), e ainda por cima para seu próprio benefício." (em itálico, no original, já que é opinião de um personagem russo)

domingo, 18 de janeiro de 2015

STORMY...



Este verão decidimos mudar a persiana e a janela da sala, que ainda eram originais, mas deixavam escapar todos os ruídos da segunda circular - acidentes incluídos - vento e água da chuva pelas frinchas. Um sucesso! Com os vidros duplos não voltámos a ouvir os acidentes da via, que são uma constante em tempo de chuva: basta dizer que cheguei a contar 3 no mesmo dia.

Mas, há sempre um mas, agora o vento não entra (quase nada, comparativamente) mas assobia à grande e à francesa lá fora. De tal maneira, que me faz lembrar as férias passadas em casa da minha avó, que vivia na encosta de encosta de um monte, em que o "assobio" servia de música de fundo para adormecer...

Sem ser para dormir, fiquem com a fabulosa voz de Ella Fitzgerald, em "Stormy Wheather"


(boa semana, preferencialmente menos stormy!)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

MALÉFICA

Na altura da estreia em cinema não deu para ver, sendo que nem estava particularmente interessada - o quê, a milésima versão da "Bela Adormecida"? Não há pachorra! Mas depois quase todos os amigos e conhecidos adoraram - há sempre UMA honrosa exceção, que achou chatóide - de modo que fiquei a aguardar uma próxima oportunidade. Que surgiu agora. E voto com a maioria: adorei!

Toda e qualquer semelhança com a "Bela Adormecida" é pura ilusão, trata-se, quando muito, de uma desconstrução do famoso conto de fadas. E, por sinal, mais interessante que a história em si... 

Angelina Jolie também faz um papelão, sem cair na tentação de exagerar a personagem! Para primeiro filme do ano, mesmo sem ser em sala de cinema, foi um bom começo...

BOM FIM DE SEMANA!


Imagem de cena do filme da net.