quarta-feira, 30 de junho de 2010

NUMEROLOGIA

A ciência ainda tem muita coisa para explicar, em face de esoterismos ou das ditas "ciências ocultas" ainda mais.

Ontem à tarde, antes do jogo com a Espanha (note-se!) recebi um mail explicativo do campeonato mundial, através da numerologia.  Para os crentes nessa "ciência", o número de ouro é o 3964. Porquê? Porque o Brasil, a Argentina e a Alemanha somaram vitórias nos anos que perfaziam esse número:

Brasil - 1970 + 1994 = 3964
Brasil - 2002 + 1962 = 3964
Argentina - 1978 + 1986 = 3964
Alemanha - 1990 + 1974 = 3964

Então e pode-se saber quem vai ser o vencedor do campeonato a decorrer na África do Sul, segundo a numerologia? Claro, basta diminuir:

3964 - 2010 = 1954
Quem ganhou nesse ano? A Alemanha!

Mas pronto, agora basta esperarmos sentados até dia 11 de Julho (eventualmente antes) para verificar a base "científica" desta previsão. Acredito? Nem por isso! Embora sejam todas grandes equipas, a teoria parece ter algumas falhas, nomeadamente se juntarmos anos que não perfazem o tal número. E mais, ainda ficávamos com o fado de nunca conseguir ganhar... tal como todas as restantes que nunca levaram a taça para "casa"! Ai, ai...

Imagem da net.

terça-feira, 29 de junho de 2010

MEIA HORA PARA MUDAR A MINHA VIDA

"Desde criança que o Sr. Vicente Mascarenhas sonhava com o teatro.
O pai ainda tinha tentado tirar-lhe esse «vício» do corpo.
- Olha que não é a fazeres de palhaço que ganhas a vida! - repetia-lhe muitas vezes.
- Por acaso há palhaços que ganham muito bem a sua vidinha - murmurava às vezes o avô, que vivia com eles."

Ainda jovem recém-casado e com a fortuna que herdara do avô veio conhecer a cidade, donde nunca mais saiu, dando asas ao seu sonho: encontrou um casarão com quintal no meio de um bairro popular e ali mesmo colocou em cena uma peça de Gil Vicente - "O Auto da Feira" - que foi muito bem recebida pela vizinhança. A casa passou a ser conhecida por Feira, em homenagem a essa estreia e os actores amadores chamados pelos nomes das personagens que interpretavam no palco. É lá que nasce Branca-a-Brava, quando a mãe (que representa o papel) entra em trabalho de parto durante a actuação, aplaudida no final por um público que mais não ouve que as deambulações por trás da cortina, entretanto encerrada.

Em "Meia Hora Para Mudar a Minha Vida" Alice Vieira retrata a vivência de  alguns grupos de Teatro amador que, com esforço e perseverança, conseguem colocar em cena obras teatrais a cair no esquecimento do povo. 153 páginas que se lêem num ápice e das quais gostei imenso, mesmo que  eventualmente enquadradas numa literatura dita juvenil. (para ser franca, até me comovi em alguns capítulos, mas não vou explicar porquê, quem quiser que leia...)  
Por falar em Teatro amador e em Gil Vicente, ontem assisti a uma peça intitulada "As Mulheres Vicentinas", num auditório da Igreja da Portela, escrita e encenada por professoras do Instituto de Odivelas e protagonizada pelas alunas do 9º ano. Afinal, o "pai do teatro português" continua igual a si próprio e intemporal, quase 500 anos após a sua morte...


 Parabéns a todas as participantes, miúdas e graúdas!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

VOLUNTÁRIOS À FORÇA!

Cada vez mais preocupada com uma situação que se arrasta neste país (e não só!) pelo menos há uma década: a redução de pessoal nas empresas significou trabalho extra para os restantes, muitas vezes ao ponto de terem pouco tempo para a família, descansar ou manter os seus hobbies. Com receio de perder o emprego - que todos nós sabemos que não está fácil e não é de agora - acatam todas as exigências do patronato, sem horários de trabalho (das 6 da manhã às 11 da noite?! OK!), por vezes quase sem férias, nem por isso com melhor remuneração ou reconhecimento...

Já vi este filme acabar mal ou de vez e nem sequer estou a referir divórcios, que isso é o menos! O stress associado a toda esta dinâmica é absolutamente arrepiante, a incompatibilidade para gerir as situações que não sejam de trabalho avolumam-se. Ensanduichados já se sabe, mas quando passa a 3D e os próprios nem se apercebem que estão a ser escravizados, há alguma coisa que se possa fazer?

Imagem da net.

sábado, 26 de junho de 2010

BONS VENTOS...

O futebol acaba por espelhar bem os sentimentos contraditórios dos portugueses, em várias nuances que transcendem o próprio esférico a rolar nos relvados: uns pessimistas em demasia, outros optimistas até mais não...

O que me aborrece nos malucos da bola, assim numa contagem superficial, é que dos 10 milhões de portugueses que vivem no país, cerca de 6 são treinadores de bancada... ou do sofá lá da casa deles! Todos têm palpites e recriminações a fazer aos jogadores, treinadores, dirigentes desportivos, por vezes até às equipas médicas que os acompanham. Nos clubes de cada um ou na selecção, tanto faz, toda essa malta tem a convicção firme e inabalável que fazia melhor!

Pertenço à outra equipa, que apoia sempre o Benfica, a selecção ou os outros clubes nacionais em jogos internacionais, sem criticar jogadores ou treinadores, independentemente dos resultados. Mas isso deve ser por perceber pouco de bola, sei que os resultados contam! Irrita-me imenso que, conforme os golos, alguns passem de bestas a bestiais, ou vice-versa. E ainda mais que se dê tanto tempo de antena a divagações dessas, que mudam consoante o vento...


Que continuem os bons ventos para a nossa selecção e para todos nós este fim de semana!!!
(com um grande aplauso para Carlos Queirós e toda a equipa que escolheu, que aos oitavos de final de um campeonato mundial foi apenas a terceira vez...)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

MAFALDINHA... SEMPRE ACTUAL!

Quino, aliás Joaquín Salvador Lavado, dispensa apresentações, mas não deixa de ser curioso como as suas vinhetas da pequena contestatária -  escritas entre 1964 e 1973 - continuam a manter-se actuais...

Imagem obtida no Facebook.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

ESCOLHAM OS FERIADOS!

Fotografia de Ian Britton

Calha sempre bem, em pleno campeonato mundial de futebol, que apareçam umas deputadas a trabalhar afincadamente na Assembleia da República em prol do aumento de produtividade nacional. Com soluções simples, como a de cortar quatro feriados nacionais, num total de 13 (será que dá azar?), fora o de cada município. E deram as suas próprias sugestões sobre os que deviam ser banidos, que não vêm agora ao caso.

Como vivemos numa sociedade livre, todos nós podemos dar os nossos próprios palpites, portanto escolham neste calendário do próximo ano os menos significativos para cada um (o Domingo de Páscoa e o municipal não contam para o efeito):

1 de Janeiro - Ano Novo
8 de Março - Carnaval
22 de Abril - Sexta Feira Santa
25 de Abril - Dia da Liberdade
1 de Maio - Dia do Trabalhador
10 de Junho - Dia de Portugal
23 de Junho - Corpo de Deus
15 de Agosto - Assunção de Nossa Senhora
5 de Outubro - Implantação da República
1 de Novembro - Todos os Santos
1 de Dezembro - Restauração da Independência
8 de Dezembro - Imaculada Conceição
25 de Dezembro - Natal

Com a enxurrada de notícias futebolísticas - os que adoram futebol só vêem essas, os restantes não têm pachorra para aturar tanta futebolada e deixam de assistir aos noticiários televisivos - resta a dúvida se a proposta foi rejeitada, aprovada ou ainda está em discussão. Mas não sonhei com ladrões (de feriados), li, vi  e ouvi em vários locais, nomeadamente aqui. Mas também, se bem me lembro, a queda do cavaquismo começou quando Cavaco Silva - homem alegre, espirituoso e brincalhão - decidiu acabar com o Carnaval por decreto! 

Mas fiquem à-vontade nas vossas decisões, que cá por mim não quero influenciar ninguém...

terça-feira, 22 de junho de 2010

A ESTRADA

O filhote elogiou tanto o filme "A Estrada" - "The Road", no título original - a ponto de pretender ler o livro de Cormac McCarthy (que venceu o prémio Pulitzer), que me convenceu a ver o DVD. Não devia ter suspeitado ao ver esta capa (fotografia da net), no mínimo, bastante elucidativa?  

Reinava a boa disposição depois da goleada de Portugal - nem costumo assistir a jogos de futebol, mas ontem vi a segunda parte quase toda - confesso que nem prestei grande atenção! Resultado: 107 minutos em constantes sobressaltos, num mundo atingido por uma catástrofe natural, em que pai e filho empreendem uma jornada em busca de comida e em luta pela sobrevivência, num planeta onde a vida animal e vegetal está moribunda. Para piorar ainda mais o quadro, a maioria dos humanos resistentes anda pela estrada em bandos armados, dedicando-se à prática do canibalismo, os restantes tentando fugir desse triste e sangrento destino...

A realização de John Hillcoat parece-me ter algumas falhas, nomeadamente o trailer explica melhor a catástrofe que deu origem a tamanho desespero:



Muito deprimente, nem entendi muito bem o final, eventualmente o livro será mais esclarecedor. Fica a sugestão para quem apreciar este género de thriller... de quase terror!

*******
PARABÉNS, MOYLE!!!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O MUNDO É PEQUENO?

O convite aos antigos alunos partiu do actual director do Liceu/Escola Secundária D. Pedro V,  via Facebook: visitar as instalações recentemente remodeladas e participar num almoço de convívio. Confirmei a minha presença atempadamente, como não poderia deixar de ser, mas estranhei não obter resposta (depois viria a entender porquê). Aí lá fui bisbilhotar para a página do convite facebookiano, para verificar se seria caso único e descubro alguém com a mesma dúvida. Reparo no nome e penso com os meus botões: "Tive uma colega com este nome!" Depois olho para a foto e ia tendo um baque: "Mas eu conheço esta Teresa da blogosfera!!!" E não é que a antiga colega (do ciclo e do liceu) e a bloguista era a mesmíssima pessoa?! Claro que no meio de cerca de 150 pessoas nos reconhecemos imediatamente!

Estes encontros têm sempre cenas caricatas, afirmava uma amiga da primária que também encontrei por lá: "A minha turma fez um jantar aqui há uns anos, o meu marido levou-me ao restaurante que não sabíamos bem onde era, às tantas disse 'deve ser ali, onde estão aqueles velhos todos!' E não é que era mesmo?" Risota. Em frente ao portão onde a malta se reuniu toca o telemóvel de uma, era outra a perguntar onde ela estava: "Já cá estou!" e foi audível o "eu também" da outra, ambas concentradas no telelé e toda a gente a rir, que estavam a 5 passos de distância "daquele abraço"! Uma professora de Filosofia presente "reconheceu-me", com a certeza que tinha sido aluna dela, que nunca fui. A um colega muito mais despistado (e atrasado) tiveram de o ir buscar, perdendo-se lá dentro e já sem se lembrar onde era a sala de convívio...

Inevitável também foram algumas notícias sobre a morte de vários professores, o que não é para admirar, tendo em conta que a maioria dos participantes frequentou o Liceu na década de 70 e alguns já não eram jovens. O nosso Joãozinho "da voz doce" ainda é vivo, mas infelizmente está doente, não pôde participar.

Apesar destes pesares adorei abraçar antigas amigas (mais elas que eles, mais "desaparecidos" nestas ocasiões, mas também mais irreconhecíveis), que o tempo se encarregou de afastar por percursos diferentes...

(sobre as obras, e como leiga, só acrescento que algumas me pareceram fundamentais e funcionais, outras entristeceram-me bastante: mais betão e menos verde, resumidamente!)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

(A)TRAPALHADA!

Apetecia-me alterar as cores do blog, mas descobri que o processo complicou! Não é porque não goste delas, mas de vez em quando apetece mudar e com esta inovação do "Design" e "Gerar Receitas" (?!?) nem sequer consigo alterar a coluna lateral sem mexer no template e formato existente. Porque esse não pretendo modificar! Gostei destes a que chamavam de strech/alargado, que não existe actualmente nas escolhas possíveis, além de dispensar fundos cheios de avezinhas, florinhas, livros, nuvens, sei lá que mais, muito visíveis, mas no dia em que se escreve um pouco mais o texto parece uma "tripa" infindável! Para lá da vantagem de comportar os vídeos mais amplos e de continuar a adorar os smiles na caixa de comentários, favor que pedi ao Vício. (julgavam que conseguia colocar aquilo sozinha? nananinaná!)

Assim, se alguém me conseguir explicar como posso fazer essas alterações - como se eu fosse muito burra, o que não está longe da verdade no que respeita à informática - agradeço! E sim, como o outro blog serve para experiências, já  fiz algumas mas não consegui retroceder ao formato inicial. E lá está com as avezinhas em marca d'água, com um tonzinho de camarão pastel... (OK, esse até é fácil trocar para azul bebé, beje, verde, rosa ou amarelo claro, etc.) Não é nenhum problema, mas também não faz o meu género e preferia não ter aqui!

Entretanto, tenham um...

BOM FIM DE SEMANA
E
DIVIRTAM-SE!!!


Fotografia da net.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

3, TRÊS, THREE, TRES, TROIS, DREI...

Tudo começou com as obras em casa - uma vez que a antiga estante ameaçava derrocada, resolvemos construir uma de parede a parede, com 54 prateleiras, para alojar os cerca de 1128 livros. Quer dizer, não fomos nós que a executámos, que nos falta habilidade para tanto, foi uma pequena empresa de ucranianos, que deram um orçamento em conta, sendo que os carpinteiros portugueses contactados nem se interessaram pelo serviço... 

Tal e qual ilha, rodeada de livralhada por todos os lados, enquanto os homens pintavam o "escritório", serravam as tábuas e martelavam a parede para as fixar, descobri que o anterior blog fechara para "manutenção". Assim, resolvi iniciar um novo no blogger. Em boa hora! Faz hoje 3 anos...

Nunca houve a pretensão de escrever um diário, de impingir livros, filmes, músicas ou outras formas de arte, de convencer alguém que os meus gostos, ideias ou ideais estão 100% correctos! Cada um com os seus, certo?

Dizem que as palavras são como as cerejas, mas as vossas têm sido fundamentais para manter o espaço aberto a partilhar: informações, factos, opiniões, não importa se concordantes ou discordantes! Diga-se ainda, em abono da verdade, que também tenho aprendido imenso com todos e as diferentes experiências pessoais, em muitas e variadas vertentes...

OBRIGADA, THANKS, GRACIAS, MERCI, DANKE!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

NUNCA É TARDE!!!

Aos 80 anos Janey Cutler resolveu concorrer ao concurso "Britain's got talent" e emocionou todos os espectadores presentes na sala e os membros do júri com o seu vozeirão. Com grande coragem, apesar de uma breve hesitação ao entrar no palco - em que o apresentador, num gesto de simpatia, a conduziu até lá...

Sem arrependimentos, demonstrou o seu talento, que não depende da idade:


Nunca é tarde, basta haver vontade!

Imagem da net.
(Obrigada, Kim!)

terça-feira, 15 de junho de 2010

NOS PRIMÓRDIOS DAS VUVUZELAS...

Fotografia encontrada no Facebook, publicada por um  tal de Fernando Silva (originalmente?) e repassada noutros cantos.

Não vou explicar o que penso das vuvuzelas no Mundial. Nem como o seu som afecta jogadores, treinadores e público em geral (lá, como cá)! Ninguém precisa de poluição sonora, se bem que noutros tempos pudesse dar jeito às tribos africanas para contactarem entre si. Como os sinais de fumo entre os índios americanos. Percebe-se culturalmente, não se entende a ideia de se tornarem símbolo e imagem do Campeonato, nos dias que correm...

Enfim, antes de se buzinar a corneta, deve-se indagar a sua origem. Ilustrada na foto e sempre "à mão de semear". A única esperança é que todos tenham a mesma habilidade para a apitar como a deste jogador espanhol:


Ah, não sei se o jogador é craque ou não, mas facto é que os jogos de futebol se costumam ganhar com os pés, não com bocas...

(Obrigada, Aninhas!)

domingo, 13 de junho de 2010

NOIVAS DE SANTO ANTÓNIO

Fotografia de Ian Britton.

Sempre gostei das festas populares, da de Lisboa em particular: em miúdas pedíamos "um tostãozinho para o Santo António", comprávamos fogo de artifício que lançávamos da varanda do 3º andar onde morávamos, antes de sairmos para a rua para saltar a fogueira, onde encontrávamos os nossos parceiros de brincadeiras de férias, bem como grande parte da vizinhança. Em suma, era uma verdadeira festa! Mas ao mudarmos de casa, para uma zona mais moderna e "selecta", todas essas brincadeiras acabaram - ali não moravam essas tradições!

Mais  tarde, já estudante universitária, lá íamos dar uma volta pelos bairros típicos de Lisboa, bebíamos uns copos e comíamos umas sardinhas, algumas vezes era divertido, outras nem tanto, com pessoal a cair de bêbado por todo o lado e a arranjar escaramuças com outros grupos. Quando a minha irmã casou foi viver para o Castelo, passávamos a noite lá em casa, mas no meio da festa popular que se vivia na rua. O único senão é que todos os amigos e vagamente conhecidos batiam lá à porta pela madrugada fora, assim de surpresa, com uma trupe de desconhecidos a acompanhar, o que raramente tinha graça. Até que ela e o marido decidiram que não voltavam a passar lá o Santo António, antes de se mudarem para outra casa - por outras razões, logicamente, que o prédio já tinha cerca de 100 anos... 

Na verdade, as festas passaram a ser outras, porque o maridão nasceu precisamente no mesmo dia. E há 20 anos comemorámos o nosso noivado, oficial mas informalmente, só para a família mais próxima se conhecer. Eheheh, vendo bem, até fui uma noiva de Santo António! Certo é que desde aí nunca deixámos de celebrar a data do "santo" cá de casa. A música não tem nada a ver com marchas populares, santos ou pecadores, só uma que gosto e já do século XXI (coisa rara), evidentemente dedicada ao aniversariante - meu companheiro, amigo, amante e pai do filhote:




PARABÉNS, MEU AMOR!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O HOMEM INVISÍVEL

Liu Bolin não é propriamente um homem invisível, mas aprimorou uma técnica que consiste em pintar-se a ele próprio de acordo com o fundo onde é fotografado, de modo a confundir-se com as paisagens urbanas.

Segundo consta, não utiliza photoshops ou outros truques fotográficos.

Lembram-se daqueles livros para os putos descobrirem o Wally, no meio de uma multidão? É quase a mesma coisa...

À semelhança de um camaleão, é preciso estar atento para se perceber a sua presença.

 Esta última pareceu-me a mais difícil. Encontraram?

Curioso também é que com tanta gente desejosa das luzes da ribalta - sem importarem os motivos desses escassos minutos de "fama" - haja um chinês que faz da sua "camuflagem" arte...

BOM FIM DE SEMANA!

Imagens recebidas por mail.
(Obrigada, Paulinha!)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

EXAMES À PORTA...


... e lá vem mais uma polémica, que francamente não entendi: o Ministério da Educação resolveu permitir aos alunos que chegaram ao limite de idade da escolaridade obrigatória (15 anos) que se proponham ao exame do 9º ano. Lá andaram as televisões num virote, a entrevistar os "especialistas" do costume (incluindo aquele sindicalista bigodudo), quase todos a concordarem que só contribuía para o facilitismo no ensino, para  as escolas se desembaraçarem da presença dos adolescentes mais velhos, para "dar" certificados de habilitações a quem não os merece, etc. e tal.

Acontece que nada disso é novidade: tive vários colegas de liceu que, por estarem dois ou três anos atrasados, por opção própria ou dos pais, resolveram completar os estudos liceais fora do ensino oficial - inscreveram-se em escolas de preparação aos exames e fizeram um 2 em 1, ou um 3 em 2. Com esforço deles, evidentemente! E exames "Ad Hoc" para adultos de ingresso na Faculdade também já existiam, não sei como é agora mas a única condição era terem o exame da 4ª classe. Queimar mais etapas do que todos esses anos de escolaridade é impossível, certo é que muito poucos conseguiam passar e entrar - e também não é garantido que todos esses concluíram a licenciatura. Então para quê esta indignação toda?!

Já aqui referi o que penso sobre as "Novas Oportunidades" e o mesmo se diga sobre aqueles cursos profissionalizantes para alunos que andam a engonhar sem conseguir terminar o 9º ano, que dão direito ao diploma com um grau de exigência muito menor - são uma treta! A isso chamo facilitismo! A possibilidade de qualquer pessoa poder fazer um exame, em igualdade de circunstâncias com os restantes estudantes pré-universitários, independentemente da sua escolaridade, é uma questão de justiça! Que nem sequer é para todos, porque autodidactas não existem por aí aos pontapés...

Imagem da net.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

JUNTO AO RIO ARADE SENTEI...


... e comi sardinhas assadas com uma bela salada algarvia (tomate, cebola, pepino e pimento, cortados em pedaços mais pequenos que o habitual)! Não é especialmente poético, mas a mais pura da verdade. 

Mas pronto, a malta chega a Lisboa ainda pouco refeita das férias curtas, quase sem livros e TV, muito menos notíciários, apenas passeatas, alguns petiscos e convívio com vários amigos - também havia a festa de aniversário da mana no "roteiro" -  e TRAZ! começa o Meo a falhar (vá que lá se recompôs), mailitos para troca de fotografias e tal, e TARUZ! o rato resolveu prolongar as férias e deixou de funcionar! Disseram-me que ele é snob, que só gosta de ser tratado por mouse, mas se gosta tanto de inglesices passo a tratá-lo por cat, que sempre é um bichano mais simpático!

Entretanto, tenho muita leitura para pôr em dia! E já está outro feriado aí à porta...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

AS SAUDADES QUE EU JÁ TINHA...


... duma alegre fugidinha, para arejar...
Ai como é bom gostar
de estar junto ao mar,
e bem perto do céu... céu... céu!

Enfim, o palavrório pode não ser muito original (já ouvi semelhante em qualquer lado, ihihih!), mas corresponde ao espírito do momento. This is heaven to me:

A imagem é minha, já do ano passado, espero renovar o stock! Entretanto,  tenham um...

EXCELENTE FIM DE SEMANA!!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ATRÁS DAS GRADES!


Todos sabem que sou benfiquista de coração, mas nem por isso sou fanática. Gosto que ganhem e tal, no futebol, no basquete (já referi que tenho uma sobrinha que faz parte de uma equipa juvenil e que a irmã mais velha também fez?), no andebol, etc.

Não leio jornais desportivos, nem nada disso, só esporadicamente vejo jogos, mas a notícia que alguns meliantes do "No Name Boys" foram condenados a duras (?) penas de prisão, por tráfico de droga, posse de armas, agressões físicas aleatórias a várias pessoas nem-sempre-independentes-dos-cachecóis-pendurados-no-pescoço e um incêndio num autocarro de uma equipa do FCP, não me fez confusão. Aliás, até aplaudi! Daí até confundir todos os benfiquistas ou identificar a claque com aqueles sujeitos, já é outra história.

Vi na net, em blogs e em jornais (televisivos ou de papel), que dos 38 acusados 29 foram condenados, sendo que só 13 tiveram prisão efectiva e absolvidos foram só 8. Os números nem sempre batem certo, é o que dá recorrer a várias fontes de informação. Aconteceu na 6ª feira passada e até já tinha o assunto na ponta dos dedos, mas ao Sábado já me pareceu tardio, Domingo ainda mais! OK, não esqueci mas fica para outra ocasião.

Acontece que o jornal  "A Bola", resolveu não noticiar o assunto, segundo entendi. E o director ainda fez um editorial ambíguo, o que suscitou algumas indignações entre os não-benfiquistas, nomeadamente adeptos do FCP. Compreende-se!

Mas, independentemente dos crimes de que estes fulanos foram acusados justamente, há um pormenor nas entrelinhas que poucos devem ter percebido: eles foram apanhados (e bem!) através de escutas telefónicas, que o tribunal considerou válidas, face à gravidade dos crimes. O mesmo não aconteceu com Pinto da Costa, o "digníssimo" Presidente do FCP, que não tendo sido absolvido dos processos que o envolveram, conseguiu (os advogados dele) que as escutas que o incriminavam não fossem consideradas provas. Mas estão no Youtube, para quem as queira ouvir, que mais claro que aquilo é impossível...

Comparativamente, as escutas do Sócrates com o Vara, parecem de meninos do coro!!! 


Imagem da net.

terça-feira, 1 de junho de 2010

JOÃOZINHO DA VOZ DOCE

Há alcunhas que não funcionam para atazanar a vida das pessoas, mas como uma imagem de marca que fica para a vida inteira. Carinhosa, até!

É o caso de "Joãozinho da Voz Doce", professor de Educação Musical do Liceu D. Pedro V (depois passou a chamar-se Escola Secundária, porque o que os MECs, MEICs e afins souberam fazer foi trocar os nomes, os números aos anos, etc. e tal) e do qual todos os antigos alunos se lembram. João Chafes, assim se chamava ele, era um professor empenhado, que incentivou muitos discípulos a participarem no coro de canto coral, com ensaios à hora do almoço, aos Sábados, quando desse.

Claro que também tinha de aturar os desafinados, como eu e muitos mais, durante as aulas. Lembro-me de um puto cheio de estrica - o Gica - combinar com o pessoal: "Hoje vamos todos desafinar!" E desafinávamos como ó caraças, propositadamente, e o professor cheio de paciência só dizia: "Vamos repetir!" E lá voltávamos nós:

"Minhas botas velhas cardadas,
palmilhando léguas sem fim,
quanto mais velhinhas e estragadas,
tanto mais vigor sinto em mim."

Até que no final, ele dizia: "Está melhor!" Ao fim de várias repetições...

A certa altura, começou a colocar num placard da sala de música, a "anedota da semana": normalmente era um recorte de jornal, tipo cartoon, um pouquinho simplório. Vai daí que numa turma mais inventiva, na época do Carnaval, combinaram que alguns iriam lá ler a anedota e largar uma bombinha de mau-cheiro. Dito e feito! Nem com isso se atrapalhou: mandou os alunos fazerem um teste, que ficassem sossegadinhos, que ele tinha de ir à secretaria. E lá ficaram todos a aturar o pivete que eles próprios provocaram, enquanto ele foi arejar!

Durante um jantar de antigos alunos do liceu, em que graças às "intempéries" nem todos se reconheceram - mais velhos, mais gordos, mais carecas ou com cabelos brancos, desmemoriados - tentando perceber os elos que em tempos nos ligaram, TODOS se lembravam do "nosso Joãozinho". Bons professores nunca se esquecem, nem no coração dos desafinados...


A fotografia encontrei no blog de João Gonçalves, "Portugal dos pequeninos", aqui.