sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CARTA ABERTA

"Meus caros amigos:

Considero uma injustiça só as personalidades proeminentes enviarem cartas abertas a outras pessoas igualmente famosas, nem sempre pelas melhores razões, note-se! E como não desejo que vos falte nada, esta carta é para todos vós. Sem politiquices, que dessas acredito já estarmos todos fartos! (se bem que não as possamos ignorar, por razões óbvias...) 

Vem esta missiva a propósito do passatempo que vos propus de me enviarem um cartão de "Boas Festas", cujo prazo termina hoje. Como surgiram algumas "reclamações" em relação ao prazo, "demasiado curto" - o que não vou contestar - havia necessidade de tomar uma decisão: prolonga-se, ou não? 

Ora como mera brincadeira, ainda por cima visando essencialmente incentivar o espírito natalício e adivinhar quem é @ autor/a do cartão, adiar o prazo para quê? Sabendo-se de antemão que dezembro costuma ser assoberbado por múltiplos compromissos, para além dos profissionais, e que lá para os meados do mês a blogosfera fica meio abandonada - não é critica, cada um sabe de si! - não pareceu muito útil "à gerência" adiar o prazo ou a publicação dos cartões já recebidos...

Como serão todos publicados na próxima segunda-feira, dia 3 de dezembro (em um ou dois posts, consoante os que entretanto receber), para não ser demasiado rígida em relação às "regras" iniciais, admitem-se excecionalmente os enviados até às 23h e 59m do dia 2 de dezembro. Repito: é apenas uma brincadeira, quem teve tempo, oportunidade, disposição ou tudo isso em conjunto enviou (ou envia) atempadamente, no "regulamento" não consta nenhuma cláusula de exclusão a quem não pôde ou não lhe apeteceu - amigos como sempre!

Grata a todos pela participação, desejo-vos um excelente fim de semana!

Beijocas 
Teté"

ps - o pato da foto não tem nada a ver com a carta, só para mostrar à Catarina que, por uma vez na vida, encontrei um pato fotogénico, que não me virou costas, rabo ou penas, como de costume! Obrigada pelo incentivo fotográfico, espero que consigas resolver esse problema de publicação de fotos no blogue rapidamente... que  qualquer dia também nos bate à porta!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

UM CANTINHO SOSSEGADO!

Não é o que os bichanos preferem para dormir ou fazer a sesta? Após o doce ripanço e a par de outras atividades essenciais, logo chega a brincadeira e a folia...

Na fotografia apresento-vos a Pixel - a gata de uma das minhas sobrinhas e o mais recente membro da família - que deve o nome aos pontos brancos e acastanhados no luzidio pelo negro, segundo creio. Não está à venda, nem para doação ou à procura de um lar, ao contrário dos muitos bichos que proliferam por aí nas fotos das redes sociais, com ampla divulgação dos amigos dos animais, mas também de gente que descobriu súbitas alergias ou indisponibilidades de todo o género, para além dos que passam e repassam sem ver ou ler... Adiante!

Seis anos depois da primeira experiência blogosférica (e apesar de outras andanças iniciais), a sensação de entrar no blogue diariamente deve ser idêntica à da bichana na hora de recreio. Like the first morning, de outro "gato":  


E sabe tão bem manter um cantinho sossegado, apesar das eventuais divergências de opinião de percurso...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A INFORMAÇÃO TELEVISIVA...

... também se presta ao humor dos cartoonistas, que assim retratam aquele pequeno ecrã que invade o nosso espaço diariamente com notícias, informação e programas recreativos de várias índoles. Quer dizer, invade se o ligarmos, mas quem resiste? E não, não é fundamentalismo contra a TV, só achei piada aos cartoons e às tirinhas...

De Jim Davis,

de Quino

e de Bill Watterson!


Ou de outros que não entendo a autoria pelos rabiscos da assinatura, quando a têm, mas igualmente bons no que toca ao humor!

Onde é que já vi isto? Tenho ideia que até recentemente...

Ah, e claro que não podia faltar um exemplo de censura - que de um modo menos evidente ainda existe, na TV como nos outros órgãos de comunicação social, dando por nomes mais pomposos como "linha editorial" ou afins - mas aqui naquela área mais bacoca e moralista, igualmente pelas mãos do talentoso Quino.

Divirtam-se!

Imagens do facebook, dos autores já referidos.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE?

O ano ainda não acabou e não há palavras para exprimir a indignação, perante a divulgação do mais recente relatório do Observatório de Mulheres Assassinadas, que podem ler na íntegra aqui.

O relatório é extenso, mas resumidamente revela o seguinte: 36 portuguesas perderam a vida até ao dia 21 de novembro de 2012, maioritariamente às mãos (ou armas) dos seus maridos, companheiros, namorados ou ex-qualquer-situação-análoga; outras 49 foram alvo de tentativas de homicídio; há registo de mais 3 homicídios e 1 tentativa, em relações homossexuais; e ainda há a assinalar outras 76 vítimas - 4 delas mortais - resultantes deste autêntico banho de sangue.

A violência doméstica, o ciúme, conflitos familiares e aquela ideia troglodita de que o "macho" é dono e senhor da sua mulher, estão na origem da maioria destes casos. Um total de 165 vítimas, sem contabilizar filhos ou netos que certamente assistiram a cenas que os vão traumatizar e marcar pela vida inteira?

"Até que a morte nos separe" significa um compromisso, mas apenas enquanto os restantes votos de amor, carinho, apoio e respeito se mantiverem recíprocos... 


Imagem da campanha da APAV, via facebook.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

OPERAÇÃO OUTONO

Há muitos anos que não ia ver um filme português, numa sala de cinema. Mas este versa o assassínio do general Humberto Delgado, baseado em factos verídicos que o seu neto - Frederico Delgado Rosa - conseguiu recolher, para escrever a biografia do avô, e a curiosidade prevaleceu.

A ação decorre entre o outono de 1964 e o final do julgamento em 1981. O plano da emboscada, o duplo homicídio do general e da sua secretária (em fevereiro de 1965, em Villanueva del Fresno, na província de Badajoz), a posterior descoberta dos cadáveres, a investigação da polícia espanhola, o discurso de Salazar na época, a morte do ditador, a revolução de abril e os testemunhos controversos dos alegados autores do crime em tribunal conduziram a sentenças leves dos réus presentes, com a culpa toda em cima dos ausentes, condenados à revelia a penas maiores...

Bruno de Almeida realiza esta versão dos acontecimentos, que deve estar muito próxima da realidade, se bem que nunca tenha sido provada em tribunal, com juízes a acreditar na "quase-inocência" dos agentes da PIDE/DGS. Fica o trailer:


Pontuado com 7.7/10 na IMDb, até ao momento - note-se que por 11 votantes, provavelmente todos portugueses - gostei do filme! Não só do argumento, como do elenco de atores, em que Diogo Dória sobressai no papel de Mário de Carvalho (o traidor da confiança do general), especialmente quando argumenta frente ao espelho as respostas que o ilibam de qualquer cumplicidade no crime. Uma cena curta, mas marcante. João D'Ávilla, Ana Padrão, Nuno Lopes e Carlos Santos, representando amigos ou carrascos, também não lhe ficam muito atrás...

Vergonha, talvez seja a justiça portuguesa, nas últimas décadas. Neste caso, como em tantos outros! Mas, acima de tudo, o filme é um reavivar da memória de todos os que acreditam que, na História, não existem "esponjas" que apaguem os momentos mais sórdidos!   

Imagem de cena do filme, da net.

sábado, 24 de novembro de 2012

E SAI O LEMBRETE...

... do cartão de "Boas Festas" virtual, para animar a quadra natalícia que se aproxima e que vos sugeri aqui.  E sim, bem sei que é chato carregar na mesma tecla, mas a experiência de alguns anos de blogosfera avisa que, sem lembrete, os esquecimentos tendem a acontecer...

Também acontece que estes passatempos só têm piada com um quórum suficiente, daí a insistência, já que detesto pedinchices: uma foto ou um desenho servem perfeitamente, não é necessário ter dotes artísticos especiais! Obviamente, a imagem acima não é minha, mas do facebook, serve apenas para ilustrar o espírito. 

Por motivos que desconheço, o link do meu e-mail não está a funcionar, mas o endereço não mudou:: quiproquo.tete@gmail.com

Entretanto, aproveitem o fim de semana e DIVIRTAM-SE!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

FRUTAS E LEGUMES!

Enquanto aguardo que a minha "horta" cresça e se desenvolva (ou não?), vou dando uma espreitadela pelas alheias (espero também que o Kim não se esqueça da promessa de mostrar a sua no blogue, que já vi algumas fotografias e ainda fiquei com mais vontade de me tornar agricultora!), mas já em formato de frutos e legumes. E há de tudo um pouco, incluindo trabalhos artísticos...

Lembram-se que os jardins suspensos da Babilónia já foram uma das sete maravilhas do mundo? O que dizer então de uma horta de abóboras suspensas? OK, não deve ser grande ideia contemplar a obra no terreno, porque em vez da ideia luminosa de Newton, a contrapartida poderia valer um galo monumental!

E na arquitetura?! Paredes com painéis de abóboras não resulta num colorido tão giro? Com a vantagem de no dia em que se vai fazer sopa, se faltam os ingredientes na cozinha, estão ali uma panóplia deles à mão...

Mas voltando às artes, porque será que mochos e corujas são um tema de eleição para os artistas? Por serem símbolo de sabedoria ou pela maior facilidade em os esculpir?

Ora aí está um legume que detesto e não entra cá em casa! Em versão verde, ainda vá, mas mesmo essa não tem muitos adeptos por aqui... No efeito escultural, até resulta!

Outro mocho? A sério? Lindão, é certo, mas haja criatividade e imaginação para variar o mote...

Ah, e claro, não podiam faltar as utilizações culinárias, para aguçar o apetite dos mais niquentos. Esta, por sinal, de um chefe do Café de São Bento, que não deixa os créditos por mãos alheias! (nham, nham)

BOM FIM DE SEMANA!

Imagens do facebook.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

J' ♥ PARIS!

Nem sei porque é que me enfiei numa camioneta rumo a Paris - provavelmente porque a minha amiga Zezinha me convenceu - em Agosto de 1985. Estava no rescaldo do pior ano da minha vida, desalentada também porque a empresa onde fazia uns biscates ia encerrar portas, um estágio onde não aprendia rigorosamente nada e os amigos, quase todos casados ou em "vias de" a programar férias de casalinhos muitos felizes e contentes. Nada contra, obviamente, mas mesmo que me convidassem faltava o dinheiro e não me apetecia segurar velas...

Esse ano foi decretado como o internacional da juventude, até aos 25 anos, para azar meu já tinha 26! Com espírito aventureiro igual a zero, no dia em que Zezinha bateu à minha porta com o convite, que incluía alojamento na casa de uns amigos do irmão dela, declinei. Viagem, mesmo que baratucha, mais alimentação, pois, não estava ao alcance do meu bolso, não é que tivesse programa melhor! A minha mãe, que sempre adorou viajar, considerou que não devia perder a oportunidade e prontificou-se a subsidiar parte da estadia. E o meu avô também deu uma ajuda. E depois lá se conseguiu que mesmo com 26 anos tivesse o desconto dos jovens - o que incluía viajar numa camioneta só com malta nova (e a minha amiga), e não de emigrantes desconhecidos, previsivelmente carregados com garrafões de tinto e de chouriços cá da terra (na época eram assim "retratados", quando ocasionalmente apareciam nos noticiários!) - de 50%, que fazia uma grande diferença. Portanto... fui!

Um total de 11/12 dias em Paris - a camioneta consumiu 3 no conjunto da ida e da volta - com uma anfitriã fantástica, quem não gosta? O companheiro dela também era impecável, mas só aparecia de vez em quando, quando os seus dois empregos o permitiam. Saíamos de manhã e entrávamos à noite, em passeio por vários museus, Louvre incluído (mas um dia não deu para ver tudo), nos Champs Elysées, junto ao Sena (e nos bateaux mouche, que não podiam faltar!), no Quartier Latin, em Montmartre, na Igreja de Notre Dame e em todas as magníficas paisagens parisienses. Só não subimos à torre Eiffel - em agosto? a bicha não tinha fim à vista! - nem entrámos no Moulin Rouge ou afins. Mas visitámos alguns bares noturnos, um deles denominado "Chez Lapin", com música francesa ao som do acordeão, e pelo menos noutro da preferência dos nossos anfitriões, com música brasileira.  

Se não foram as férias da minha vida - que me ajudaram a arejar a cabeça de tantos problemas acumulados - foram certamente umas das melhores, que lembro com alguma nostalgia, ainda mais depois de ver e ouvir este vídeo clip:


Ingrata nunca fui, mas quando a minha amiga Zezinha me telefonou, alguns anos mais tarde, a dizer que o nosso anfitrião da época estava em Lisboa e tínhamos um jantar agendado, referi que já tinha outro compromisso e não podia comparecer, o que era verdade. Tão importante e relevante, que nem me lembro qual nem com quem! Por acaso ainda o vi, uns dias depois, mas se há coisa que me arrependo na vida, foi dessa desatenção. Porque há situações em que nunca podemos agradecer o suficiente! E a imaturidade já não é desculpa, nessas idades...

Imagem da net, que tirei muito poucas (e más) fotos em Paris, com uma máquina de disco, se é que alguém ainda se lembra delas! 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

AS PALAVRAS

Clay Hammond (Dennis Quaid) é um conceituado escritor que vai ler dois capítulos do seu novo livro, "The Words", perante uma audiência. Nele relata a história de um jovem que se dedica à escrita, Rory Jansen (Bradley Cooper), mas ao longo de dois anos de esforços para publicar a sua primeira obra não obtém sucesso, apesar do apoio incondicional da sua companheira Dora (Zoe Saldana). Pressionado pelo pai acaba por arranjar emprego numa editora, casa com Dora e viajam para Paris, em lua-de-mel, onde esta lhe oferece uma pasta de cabedal que descobrem num antiquário. De regresso a casa, certo dia encontra num compartimento dessa pasta um texto datilografado, que o fascina tanto que o copia para o seu computador, sem lhe alterar uma única vírgula, nem o título - "The Window Tears". Por acaso Dora acaba por ler o texto, insiste que é o melhor que ele já escreveu e ele não tem coragem de lhe contar a verdade, incentivando-o a que o entregue ao editor. 

O livro é um sucesso e Rory recebe um prémio literário. Mas um velho homem (Jeremy Irons) segue os seus passos, até o confrontar com a dura realidade: o texto foi escrito por ele e relata um dos episódios mais marcantes da sua vida, quando pouco depois da II Guerra Mundial viveu um trágico romance com Celia na cidade luz, tendo esta perdido inadvertidamente a pasta que o continha num comboio. O sentimento de culpa pelo plágio faz com que Rory pretenda contar a verdade, mas nem o velho, nem ninguém parece estar interessado em que ela se saiba...

Com realização e argumento de Brian Klugman e Lee Sternthal, este filme tem a paupérrima classificação de 6.4/10 na IMDb e tem sido alvo preferido dos críticos cinematográficos: que é semelhante a "As Horas" (que não vi, portanto não tenho termos de comparação!), mas para pior; que o casting não é brilhante à exceção de Jeremy Irons; que não se entende como um escritor "falhado" vive num apartamento em Manhattan e vai de lua-de-mel a Paris; que não aprofunda o tema e mais não sei o quê. Hello?!? Cinema é ficção, neste caso ainda baseado num livro ficcional (ou não?), que narra o longo processo de edição de outro livro e das pessoas envolvidas. Querem lá ver que toda a gente acredita que  as aventuras de Indiana Jones ou de 007 são verídicas? 

Vejam o trailer:

  

Obrigada pela dica, Rosa dos Ventos: gostei! E a minha mãe também! Não será o filme do ano, mas se nos fiamos muito nos críticos, acabamos todos a ver cinema de autor e "magníficos" ângulos de câmara... 

Imagem de cena do filme da net.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

UMA LONGA CAMINHADA...

... de ida e volta, até ao hospital de Santa Maria, não me pareceu que fosse muito útil em dia de greve geral.  O chato da questão é que, em princípio, nessa consulta marcada atempadamente devia conhecer o diagnóstico médico! Após vários meses de análises e outros exames. Nada de grave (pelo menos até ver!) que perturbe o dia a dia com dores ou outras maleitas.

A primeira tentativa foi a de adiar a consulta via telefone. Gravador automático, carregue na tecla 1, 2 ou 3 para as urgências X, Y ou Z, para as consultas externas havia outra. Cliquei nessa, outro menu consoante a consulta, também não constava a minha, carreguei na tecla para as restantes. E aí a chamada caía!

Três tentativas frustradas depois, resolvi enviar um mail. Enviei, não houve registo de receção ou resposta, mas também não me foi devolvido. Pensei que a médica ia recebê-lo mais cedo ou mais tarde, mas que ainda ia ter de penar um bocado até conseguir nova consulta, lá para o próximo ano ou coisa.

Mas não! A carta chegou ontem pelo correio, com nova data marcada para o início de dezembro. Não sei se é sorte ou azar, facto é que nunca tive razão de queixa do hospital de Santa Maria. Antes pelo contrário! OK, talvez o serviço telefónico devesse ser remodelado. Mas não podem ser sempre más notícias, pois não? 

Adenda a 21 de novembro de 2012: E não é que recebi resposta ao mail, dois dias depois, mas nem reparei, no meio de tantos outros a tentar "vender-me" tanta coisa? Fica a retificação!

Colagem de fotos do exterior do hospital.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CARTÃO MISTERIOSO?


A pouco mais de um mês do Natal, o espírito natalício tarda em bater à porta. É escusado enumerar as razões, todos sabemos porquê e como se refletem no dia a dia. Mas facto é que tristezas não pagam dívidas: há que seguir em frente e ultrapassar todos os desânimos - por nós próprios e por todos aqueles que nos são queridos!

Tradição é tradição e a de enviar cartões de "Boas Festas" perdeu-se no tempo, senão totalmente em grande parte. E é essa que sugiro "reanimar" aqui, virtualmente! A ideia é a seguinte:

1º Criar um cartão de "Boas Festas" - em desenho, pintura, fotografia, colagem ou do que mais se lembrem, numa única imagem alusiva ao Natal, com todos os meios ao vosso alcance, podendo incluir "obras" oferecidas por filhos, netos, sobrinhos, primos, etc. e tal, atuais ou antigas, desde que não identifiquem o autor nem estejam na net;

2º A imagem escolhida deverá ser enviada para o meu mail:  quiproquo.tete@gmail.com  - até às 23h e 59m do dia 30 de novembro;

3º O cartão poderá conter ou não as mensagens habituais, mas para simplificar a identificação de cada autor, cada um poderá acrescentar uma ou duas pistas sobre si próprio (extra cartão e em frases sucintas, note-se!);

4º Todos os cartões serão publicados no Quiproquó em dezembro, desde que conformes com o espírito natalício do passatempo, e posteriormente identificados;

5º Obviamente, a gerência deste blogue (moi!) responsabiliza-se por esclarecer dúvidas, decidir sobre eventuais problemas e em não utilizar as imagens para outros fins. (mas, atenção, não é linear que outros não o façam, ingenuamente ou não!)

Agora basta pôr a "mão na massa"... e participar! Ou não desejamos todos uma quadra feliz e serena, dentro das nossas possibilidades? 

Para já, identifico o desenho da minha sobrinha Ritinha, que tão gentilmente colaborou nesta postagem! 

domingo, 18 de novembro de 2012

À PROCURA DO AMOR

"Eu vejo-a [a história] de trás para a frente. Como um filme a ser rebobinado." - salienta Rebecca, uma das protagonistas deste livro de Jodi Picoult, logo no capítulo inicial. Palavras que li, mas a que não prestei a devida atenção, o que me valeu chegar à página 80 um bocado baralhada. E irritada, porque gosto de perceber o que leio. Então a nuance é a seguinte: todos os capítulos estão divididos pelas  personagens e respetivos pontos de vista - diferentes, tal como na vida real, mas paralelos. Só que se a maioria segue uma sequência cronológica, Rebecca não. Também é a única a indicar a data dos acontecimentos. Mas não achei piada, porque aí também tive de rebobinar e (re)ler para trás, para entender.

Após uma violenta discussão com o marido, Oliver, Jane sai de casa com a filha adolescente, Rebecca, e iniciam uma longa travessia de carro pelos EUA -  não só de costa a costa, como numa diagonal de sul (San Diego) para norte (Boston) de cerca de 5000 kilómetros - para se juntarem a Joley (irmão e tio), que se encontra a trabalhar numa quinta de macieiras dirigida  por Sam, com a preciosa ajuda de Hadley. Por sua vez, Oliver, adivinha o rumo da mulher e filha e tenta adiantar-se, para lhes pedir que voltem para casa. Entre passado e presente, recordações e paixões sucedem-se a um ritmo acelerado...

O título original deste primeiro livro da escritora é "Songs of the humpback whale", que resultou nesta moda de inovar-no-entitular - já que tradução nem tenta ser! A escrita simples e clara é uma vantagem (embora um pouco prejudicada por gralhas e erros de tradução ou revisão), mas 372 páginas com narrativas repetitivas (e se não fosse uma estar de trás para a frente, ainda mais seriam)? E as incongruências no enredo e na caracterização das personagens? Terá sido inexperiência de primeiro romance? 

Desta vez houve unanimidade no Clube de Leitura: da escrita todas gostámos, das cenas dramáticas (pouco convincentes e por vezes a raiar o anedótico) nem por isso! Assim, as diferenças de opinião resumiram-se a meros pormenores. Uma indecisa e tentadora "Eva" a destruir a paz no paraíso dos homens das maçãs? Americanice pura, mainada!  

Citações:

"Na China, uma pessoa só pode ser enterrada após um número adequado de pessoas ter vindo prestar homenagem - não duvido dele, e não pergunto como sabe isso. Tratando-se do Sam, tudo é uma certeza. Lê muito. - Até os turistas podem entrar na sala mortuária e fazer uma vénia diante da viúva do morto, e isso conta. Não interessa se conhecemos a pessoa que morreu." 

"Na verdade, a maçã mencionada na Bíblia provavelmente não era uma maçã. Não havia macieiras na Palestina, mas as primeiras traduções da Bíblia foram feitas num país do Norte, e as maçãs vêm de Inglaterra, por isso aí têm." 

"Numa idade tão precoce conseguia distinguir a diferença entre abusos físicos e verbais. Ficava a olhar para os cortes e inchaços das mulheres vítimas de maus tratos. A minha mãe contava sempre uma história. Em comparação, eu achava que tínhamos sorte." 

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Agendada para 19 de janeiro de 2013, a próxima "discussão" recairá sobre o livro "Verão Quente", de Domingos Amaral.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

DIAS DE CHUVA...

"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem, cada um como é." - Fernando Pessoa.

E não é que o poeta estava carregado de razão? Todos os dias são bons para sair, conversar, brincar, ler ou namorar. Quem sabe se debaixo dum único chapéu de chuva, partilhando o espaço limitado e alguma cumplicidade...

Let's fall in love, na voz de Diana Krall (uma cantora e pianista de jazz predileta!), que por sinal completa hoje 48 anos. Mas o amor não escolhe idades, independentemente do que diz a letra da canção:


UM ALEGRE FIM DE SEMANA PARA TODOS!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

UM TIRO FAZ A DIFERENÇA?

Esta notícia correu mundo o mês passado: uma adolescente paquistanesa foi baleada na cabeça dentro do autocarro escolar onde seguia, após um grupo talibã o ter assaltado com o propósito de a assassinar, ferindo também duas das suas companheiras. Malala Yousafzai, assim se chama a rapariga de 15 anos, sobreviveu e está a recuperar num hospital inglês, onde a sua família já a pôde visitar no final de outubro. O "hediondo crime" que a jovem cometeu foi o de manter um blogue e de ter defendido publicamente o direito à educação das mulheres, num território parcialmente ocupado pelos talibãs.

Apesar do alegado apoio do governo paquistanês, os talibãs - que confessaram a autoria do crime - afirmam que vão voltar a tentar matá-la, bem como ao pai, um professor e poeta muçulmano, mas não tão fundamentalista como eles entendem "dever ser". A casa da família foi igualmente vandalizada e a televisão doméstica destruída. Mas as minhas perguntas são: se (ou quando) a rapariga recuperar convenientemente, vão mandá-los de volta para o Paquistão? E com que cara ficam se forem atacados novamente? Já agora, porque é que não voltou a ser notícia nacional ou internacional?

Os cartoons até estão bem apanhados, mas certo é que fundamentalistas não se acanham tão facilmente, especialmente quando têm armas nas mãos.

Nem se diga que por cá (em Portugal ou na Europa) o acesso das mulheres à educação foi tarefa fácil. Não foi! Essa "luta" teve início no dealbar do século XX e prolongou-se por algumas décadas, fora raríssimas exceções nas elites sociais. Não consta é que baleassem miúdas com vontade de estudar. Memórias curtas não resolvem, solidariedade... precisa-se!

Viva Malala e o seu espírito!

Cartoons do facebook.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ESTÁTUAS LISBOETAS

1. Maria da Fonte - jardim Teófilo Braga - Campo de Ourique
Não serão as estátuas mais óbvias e que saltam aos olhos de lisboetas, turistas e outros transeuntes ocasionais, mas as perguntas são as seguintes:

2. D. Manuel I - castelo de S. Jorge
- Quem representam?

3. Afonso de Albuquerque - praça Afonso de Albuquerque - Belém
- Onde se situam?

4. Neptuno - avenida da Liberdade
Uma por cada estação do ano e na sequência em que cada fotografia foi captada. Sobre "monos" escultóricos já escrevi aqui em tempos - há quem goste! - mas prefiro estas mais tradicionais. E nada me move contra outras visões artísticas, obviamente... 

(e não, nada deste desafio tem a ver com a estátua que um prestimoso ministro aventou que devia ser erigida a PPC!) 

Adenda a 15 de novembro de 2012 - Todas as legendas a verde. E não foi um pleno, mas esteve quase lá: a Nina acertou as três primeiras (via mail), a São a primeira (parcialmente) e as duas últimas, o Rui da Bica, o Carlos Barbosa de Oliveira e a Catarina, com ou sem as dicas anteriores, também chegaram lá. Obrigada a todos pela participação. Fácil demais, não foi? :) 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

ARGO

Baseado em factos reais, Ben Affleck realiza e interpreta este thriller, na figura de Tony Mendez, um agente da CIA que congemina um plano para retirar do Irão seis funcionários diplomáticos, que conseguiram escapar à invasão e tomada de 52 reféns na embaixada dos EUA pela populaça enfurecida - uns meses após a fuga do xá Reza Pahlevi  para os States e pouco antes do líder religioso islâmico Khomeini ter assumido o poder - em novembro de 1979.

Então o plano de Mendez era o seguinte: aproveitar o argumento de um filme de ficção científica de 5ª categoria, que envolvesse paisagens exóticas, para convencer os governantes iranianos que uma equipa de filmagens se dirigiria ao local; ele entrava no Irão sozinho, contatava as entidades do pelouro e regressava com a "equipa" completa pelos seis funcionários da embaixada, todos com passaportes falsos e personalidades fictícias. Canadianos, já que os americanos não estavam muito bem vistos (e percebe-se porquê, na introdução inicial, que resume os antecedentes da situação!) Mas para o efeito ser o pretendido, havia que dar credibilidade ao projeto, montar o esquema em Hollywood, com a necessária divulgação na imprensa. E aí entram um caracterizador (John Goodman) e um produtor (Alan Arkin), que se prestam ao papel. Inverosímil, não parece?

Um argumento empolgante e bem filmado, geralmente traduz-se num bom momento de cinema, como é o caso. Classificado com 8.4/10 pela IMDb e cujo trailer podem ver aqui:


Segundo li no relato dos acontecimentos de um dos intervenientes, que confessou ter saído suado da sala de cinema após ter assistido à estreia, o cerne da história está presente no ecrã, embora de uma forma mais resumida, simplificada e romanceada, tendo sido omitidos alguns dos intervenientes que possibilitaram a fuga. Gostei muito! E, ao contrário do que é costume, até da barba de Affleck, que lhe favorece bastante o rosto um tanto "cavalar"...

Os verdadeiros protagonistas, com o então presidente Jimmy Carter:  


Imagens da net.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A FRAU & SUS MUCHACHOS...

A receção a Merkel, na sua visita relâmpago a Lisboa, prevê-se movimentada, duvidoso é que em meras seis horas tenha ocasião de verificar a "tradicional hospitalidade" do povo português: protestos, estátuas enfaixadas com panos pretos, gente vestida de luto, murais alusivos a ela "y sus muchachos", uma eventual "tomatada", polícia em prevenção máxima, etc. e tal. Sem novidade, proliferaram os cartoons e outras mensagens jocosas no facebook - cada um faz o que pode! Eis alguns:

Pombos prevenidos, valem por muitos...

Wunderbar?!? Só se for na terra dela!

E acabar com esta mama? Isso sim, é que era...

... a par destes "jobs for the boys"!

O Zé, à Darwin, retrata bem a evolução do povo português ao longo de mais de um século.

Nem se pode dizer que seja só cá...

Acrescentar o quê, a uma missiva tão clara?

Nem se diga que a culpa da situação que vivemos é da exclusiva responsabilidade da chanceler alemã, porque obviamente não foi nela que votámos para dirigir o destino do nosso país. Os governantes (nos quais não votei, note-se!) têm nome, preferem é sacudir a água do capote e atribuir culpas ao anterior PM, à troika, a Merkel, aos mercados financeiros e a todos que se ponham a jeito de caminho, como se fossem apenas meninos de coro... Não são, e isso é que é importante não esquecer!

Mas rir não é o melhor remédio... no meio de toda esta fantochada?

Imagens do facebook.

domingo, 11 de novembro de 2012

VIVA O MAGUSTO!

O que se pode acrescentar à lenda e à tradição do magusto de São Martinho? A lenda reza que ele era um jovem soldado romano em serviço na Gália e, quando num dia tempestuoso um mendigo semi nu lhe pediu esmola, não tendo mais nada para lhe oferecer, não hesitou em cortar com a espada a sua própria capa em dois, entregando-lhe metade. E aí a tempestade desapareceu e fez-se sol...

O curioso das lendas (desta e de outras!), é que atualmente ninguém consideraria isso um milagre. Mas chegou até hoje, associada a uma tradição de castanhas e vinho, água-pé ou jeropiga, que fazem parte do repasto do dia, em comemoração. Alimento e bebida de pobre noutras eras, hoje em dia nem tanto! Com variantes de terra para terra, mas normalmente envolvendo um convívio e partilha entre a população.

Pesquisei na net, não encontrei nada de novo que já não soubesse, e considerei que não merecia publicação. Isto até ver, por acaso, um programa televisivo em que a apresentadora se limitou a papaguear tintin-por-tintin o que tinha lido num site juvenil, o que foi notório por algumas ressalvas. Ora bem, para quê ter trabalho, se 'tá tudo tão "explicadinho" na net?

Mas venham as castanhas, sempre bem-vindas nesta casa...

sábado, 10 de novembro de 2012

PLANTAR E COLHER!

No ano passado tentei plantar salsa e resultou, como se pode ver na fotografia! Tive salsa até julho, cortei toda antes de ir de férias, sem ninguém que regasse o vaso entretanto. Mesmo assim, no regresso a casa, ainda tinham rebentado uns pezinhos, que reguei e deram até setembro.

Logicamente, repeti a experiência. E, não satisfeita, juntei todos os vasos desocupados e destituídos das anteriores funções, para  novas plantações de "agricultora" doméstica. Se florescerem, a minha cozinha vai virar uma horta...

Depois conto tudo sobre o sucesso (ou insucesso) destas novas tentativas!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O OUTONO DO NOSSO DESCONTENTAMENTO...

Em tempos que já lá vão, as senhoras da alta sociedade lisboeta reuniam-se em chás-canasta, com múltiplos objetivos: jogavam às cartas, distraíam-se da habitual desocupação, conversavam sobre boatos ou trivialidades, comiam do bom e do melhor e, em alguns casos, ainda angariavam fundos para instituições de caridade ou para os pobrezinhos. Tudo dentro da moral e dos bons costumes cristãos do antigo regime.

A minha mãe - que durante quase toda a sua vida adulta foi "dona de casa" - a certa altura tornou-se monitora da "Tupperware", para ajudar ao orçamento familiar. A promoção e venda dos produtos era efetuada em casa de outras senhoras (a primeira, normalmente, era do seu círculo mais chegado), que por sua vez convidava meia dúzia de amigas, a ideia era convencer uma ou duas destas a realizar a reunião seguinte. Regra geral também envolvia chá, torradas e/ou um bolinho, pois na sua maioria eram agendadas para a hora do lanche. Eram quase todas mulheres burguesas, que não trabalhavam fora de casa, mas que  costumavam cozinhar para a família: sabiam que aproveitar e acondicionar devidamente os restos das refeições era fundamental, para não desperdiçar comida...

Assim, numa ocasião, a minha mãe foi apresentar os produtos a casa de uma dessas senhoras de alta sociedade. Que, talvez para não assoberbar demais a criadagem ou por medida de poupança, se decidiu por uma reunião multifacetada - além da apresentação "Tupperware", juntou um chá-canasta e uma angariação de fundos. Claro que as madames não estavam nada interessadas em saber como é que as suas sopeiras guardavam os alimentos, foi um fiasco de papaguear para o boneco. O lanche começou a ser servido e uma criada, impecavelmente fardada, aproximou-se da dona da casa e perguntou: "a monitora come na sala ou na cozinha?" 

"- Come aqui!", respondeu a senhora, educada. Mas a minha mãe perdeu o apetite - o mesmo não acontecendo com as restantes convidadas, que se atafulharam "à grande e à francesa" do lauto repasto de doces e salgadinhos - e pirou-se assim que pôde, com a nítida sensação que mulher que trabalhasse só era admitida naqueles salões com alguma condescendência!

Ontem lembrei-me deste episódio, ao ler a crónica de António Lobo Antunes, "Os Pobrezinhos", que, erroneamente, circula no facebook como tendo sido dedicada a Isabel Jonet, diretora do Banco Alimentar Contra a Fome, após as suas polémicas e "moralistas" declarações televisivas. Não foi, mas seria merecido! O futuro dela não me preocupa minimamente! Temo é que idiotas desta laia, que debitam disparates com ar entendido e professoral, a instituição e as muitas famílias mais carenciadas que auxilia venham a sofrer as consequências... Isto é ou não o outono de todo o nosso descontentamento?

BOM DESCANSO!

Imagem do facebook.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

50 FILMES INESQUECÍVEIS!

A par dos livros, o cinema incentiva a sonhar noutras dimensões de aventura, romance ou fantasia, extravasa fronteiras reais ou imaginárias, transportando-nos para palcos de guerra ou de paz em épocas passadas ou presentes, acentuando o tom de drama ou de comédia, consoante a visão do realizador.

Com tantos e bons filmes ao longo de cerca de um século, o difícil é escolher só 50 entre todos aqueles que mais nos impressionaram positivamente, até porque corremos os risco de nos esquecermos momentaneamente de alguns, outros não visionámos e, nas "franjas", é complicado decidir se um filme que vimos há muitos anos é melhor que um outro mais recente. Isto para além da idade e do estado de espírito do momento, mais recetivo ou não a determinado argumento, porque no meu modesto entender, não há bons filmes sem uma boa história: a realização, as técnicas de filmagem e/ou montagem, o elenco de atores, a fotografia e por aí fora podem ser uma mais valia, mas não chega! Eis a minha lista, tendencialmente mutável e sem sombra de dúvida subjectiva, daqueles que considero dos melhores filmes de sempre, por ordem cronológica:

1939 - E Tudo o Vento Levou - 8.2
1939 - Mulheres -7.8
1940 - O Grande Ditador - 8.5
1941 - Citizen Kane - O Mundo a Seus Pés - 8.5
1941 - Rebecca - 8.3
1942 - Casablanca - 8.7
1945 - A Casa Encantada - 7.7
1948 - O Retrato de Jennie - 7.7
1950 - Eva - 8.4
1954 - Chamada para a Morte - 8.2

1955 - A Leste do Paraíso - 8.0
1957 - 12 Homens em Fúria - 8.9
1958 - Gata em Telhado de Zinco Quente - 8.0
1964 - My Fair Lady - 7.9
1965 - Música no Coração - 7.9
1971 - Melody - 7.4
1973 - Papillon - 8.0
1973 - Jesus Christ Superstar - 7.0
1975 - Voando Sobre um Ninho de Cucos - 8.8
1979 - Kramer Contra Kramer - 7.7

1981 - Les Uns et Les Autres - 7.1
1981 - A Guerra do Fogo - 7.3
1981 - Os Salteadores da Arca Perdida - 8.7
1981 - Excalibur - 7.4
1982 - Oficial e Cavalheiro  - 7.0
1983 - Os amigos de Alex - 7.1
1985 - A Cor Púrpura - 7.7
1986 - Platoon - 8.2
1987 - Império do Sol - 7.7
1987 - O Último Imperador - 7.8

1987 - Bom dia, Vietname - 7.2
1987 - O Feitiço da Lua - 7.0
1987 - Os Dias da Rádio - 7.5
1988 - Cinema Paraíso - 8.5
1989 - Um Amor Inevitável - 7.6
1991 - O Silêncio dos Inocentes - 8.7
1993 - A Lista de Schindler - 8.9
1994 - Forrest Gump -8.7
1994 - Os Condenados de Shawshank - 8.9
1995 - Os Suspeitos do Costume - 8.7

1996 - A Raiz do Medo - 7.6
1997 - A Vida é Bela - 8.5
1999 - O Sexto Sentido  - 8.2
2006 - Babel - 7.5
2006 - Cartas de Iwo Jima - 8.0
2008 - O Rapaz do Pijama às Riscas - 7.8
2008 - O Leitor - 7.6
2009 - O Segredo dos Seus Olhos - 8.2
2010 - O Discurso do Rei - 8.2
2011 - As Serviçais - 8.1

À frente de cada um está a pontuação na IMDb (também ela mutável), numa escala até 10. Quais destes, ou de outros, elegiam como os vossos filmes preferidos de sempre?  

Imagem da net.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

GATOS E MAIS GATOS

Se ao começar a ler este livro pensei que iria conhecer um enredo consentâneo com uma autora laureada  com o Nobel da Literatura, depressa descobri que não seria o caso: a escrita de Doris Lessing está lá, evidentemente, mas do modo mais despretencioso possível, evidenciando apenas uma das suas facetas - a enorme atração que sempre sentiu por gatos. Ou, dito de outra maneira, estas 165 páginas poderiam ter sido intituladas como "Os gatos da minha vida" ou algo do género. 

Nitidamente autobiográfico, as personagens humanas diluem-se em mãe, pai, ela própria e um vago nós (referindo-se às pessoas que com ela viviam em determinada época), concedendo todo o protagonismo aos felinos. Na verdade, o livro é composto por duas histórias, a primeira escrita em 1967 e a segunda em 1989, embora nesta última refira novamente a gata cinzenta, protagonista da história anterior. De qualquer das formas, ambas as histórias não são inteiramente cronológicas, por vezes recordam a meio episódios ocorridos com outros gatos.

A gata cinzenta e a gata preta, que coexistiram simultaneamente na sua vida, rivalizaram sempre pela sua atenção. Mas a autora demonstra algum arrependimento por uma decisão que sentenciou o destino diferente de ambas: a cinzenta foi "preparada", a preta não! E se a primeira se tornou solitária e numa insensível torturadora e caçadora de ratos e pássaros, que exibia como troféus, embora se recusasse a comê-los, a segunda dedicou-se aos prazeres da maternidade, dando à luz ninhadas atrás de ninhadas, que educava com desvelo até serem entregues a gente da vizinhança. E ainda "chamava um figo" às vítimas da outra, já desinteressada das infelizes criaturas...

Noutra fase e com outros dois gatos, a escritora encontra Rufus, um gato abandonado e doente, que intencional e lentamente se aproxima dela (ou assim interpreta a escritora), no intuito de encontrar novamente um lar. Esta segunda história é mais curta e comovente, revelando o enorme carinho da autora pelos bichanos. Que partilho, daí ter gostado tanto desta leitura tão singela quanto aprazível - se bem que, eventualmente, possamos estabelecer algum paralelismo entre o comportamento dos felinos e dos seres humanos!

Citações:

"A gata teve quatro gatinhos, e o filho ficou sentado a seu lado durante o parto olhando, lambendo-a nas pausas de trabalho, e lambendo os gatinhos. Tentou meter-se no ninho com eles, mas levou uma patada nas orelhas por esta recaída no infantilismo."

"«Todos os dias», disse ele, amargo, amargo, «telefonam. Eu vou. Há uma árvore linda. Levou cem anos a crescer - o que somos nós comparados com uma árvore? Eles dizem, corte a árvore, está a estragar as minhas rosas. Rosas! O que são rosas, comparadas com uma árvore? [...]»"

"Tudo isto se passava na cozinha, geralmente na cadeira, que ele tinha medo de deixar. O seu lugar. O seu pequeno lugar. O seu buraquinho na vida. E quando saía para a varanda, vigiava-nos, não fosse o caso de lhe fecharmos a porta, porque mais que tudo, receava ser fechado fora da porta, e se fizéssemos qualquer movimento parecendo que iríamos  fechar a porta, ele apressava-se dolorosamente para dentro de casa e para cima da cadeira."

terça-feira, 6 de novembro de 2012

TOP CHEF

Sou espetadora assídua de programas televisivos de culinária. Sem pretensões a grande cozinheira, facto é que se aprende sempre qualquer coisa com os grandes mestres-cucas do mundo inteiro, inclusivamente a inovar um pouco os sabores e paladares das ementas do dia a dia ou a empratar de uma forma mais atraente e apelativa, já que "os olhos também comem"... 

Bom, mas enquanto alguns chefes procuram ensinar algumas das suas técnicas a "donas de casa", quando toca a concursos, estrangeiros ou nacionais, a coisa fia mais fino. Os concorrentes costumam ser profissionais, o júri também, mas as exigências destes raiam o absurdo: frequentemente dão pouco tempo para a confeção e o uso obrigatório de ingredientes que não combinam torna a tarefa mais complicada. Depois, no final, ainda torcem o nariz ao provar - ou porque ficou demasiado simples, ou porque a salganhada é grande, ou mais uma série de críticas parvas, face às circunstâncias. O que também dá azo a cenas caricatas, como daquela vez em que nenhum dos concorrentes conseguiu cozinhar a galinha ou o pato em 20 minutos, de modo que os jurados provaram o "pitéu" semi-cru. Eheheh, fartei-me de rir!

"Top Chef" é um desses concursos americanos, que já está a exibir em Portugal a sua 7ª temporada.  Das que vi (falhei as duas primeiras), a 6ª foi, sem dúvida, a competição de mais alto nível - fiquei absolutamente fascinada  pela dedicação e perícia dos finalistas, os irmãos Michael e Bryan Voltaggio e Kevin Gillespie. O primeiro acabou por vencer,  mas os outros dois deram luta renhida até ao fim e sem "golpes baixos", como vem sendo habitual. Engraçado é que mesmo sem provar ou sentir o aroma dos pratos, logo de início ficamos com uma ideia bastante clara que quem são os prováveis vencedores. Embora o júri seja exageradamente crítico, picuinhas e arrogante em relação a todos...

Escapou-me que a RTP também estava a exibir a versão portuguesa do programa. Que já vai no 9º episódio, mas perdi os seis primeiros. Porém, desta vez, não tenho a mínima pista de quem poderá vencer. Porquê? Porque muitas vezes a apreciação do júri faz-se mais por esgares e caretas - fala pouco e de modo imperceptível, para lá de um "não presta", "não gostei" ou um raríssimo "tá bom" e... fim de conversa. Sem duvidar da competência profissional dos jurados, facto é que nem toda a gente é capaz de falar clara e concisamente perante as câmaras de televisão, que é  técnica que também se aprende!

As provas são igualmente disparatadas, numa sessão os candidatos tiveram de confeccionar um prato usando três técnicas da gastronomia molecular e, claro, houve quem achasse que os pratos não faziam sentido nenhum. Mas então não foi o que pediram? 

No entanto, diga-se em abono dos concorrentes portugueses que a competição entre eles é muito mais salutar, sem as sacanices dos seus congéneres americanos, que não se acanham em alterar as temperaturas do forno dos colegas, "esquecer" a porta de um frigorífico aberta ou, cerejinha no topo do bolo, gamar literalmente um molho ao parceiro do lado, sem que este possa provar o gamanço. Valha-nos isso!

Imagem da net.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

♥ FIBDA 2012!

O Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, patente ao público no fórum Luís de Camões até dia 11 de novembro, revelou-se uma boa surpresa para os visitantes, especialmente os amantes de BD!

É quase injusto para os autores fazer colagens das múltiplas fotos captadas no local, mas já se sabe que o espaço blogosférico é limitado. Mas de alguma forma assim os que não tiverem oportunidade de visitar a exposição, ficam com um breve vislumbre da mesma: cenários giríssimos e muito bem enquadrados, para expor os trabalhos de artistas de todas as idades e de todos os cantos do mundo, tanto na realização final, como nos diversos passos da execução. Como neste exemplo - em cima o esboço, em baixo o resultado:

No primeiro piso, para além dos premiados nos concursos deste ano, divididos por escalões consoante a faixa etária - dos 12 aos 16, dos 17 aos 30 e dos 31 em diante - estão expostos a maior parte dos trabalhos em pequenas "salas" labirínticas, cada uma coadunando-se com o tema ou o artista, para além de outra sala onde a criançada se pode entreter a desenhar e pintar e cujas obras forram as paredes. Grande ideia!

O meio século do Homem-Aranha também não foi esquecido, estando em destaque em duas salas, não só com algumas pranchas, como com cartazes dos filmes, bonecos baseados na personagem e uma explicação da sua história.  

No centro de uma delas postaram uma aranha estilizada de pernas luminosas e no meio um aquário, que pode passar despercebido aos mais desatentos...

... e cujo conteúdo é este:

O piso inferior tem uma disposição mais simples: um amplo corredor a meio, com stands de venda de álbuns de ambos os lados (com preços baratinhos, em alguns casos, em primeira ou segunda mão!), uns painéis de destaque a autores nacionais premiados a meio, sala de conferências e/ou apresentação, sala de autógrafos, bancos e mesas de formas geométricas que permitem algum convívio entre visitantes e participantes.

Aí ainda existem mais alguns espaços de exposição, os dois dedicados à autobiografia de Zep, autor de "Titeuf" (também a comemorar os 20 anos de existência), e o seguinte com o tema "Happy Sex", são simplesmente geniais em termos de criatividade e bom humor - a história está desenhada na parede, com "balões" explicativos das várias etapas de vida, muito ao jeito da própria banda desenhada. Adorei!