terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014 À VISTA!

2014 é só um número, os chineses preferem associar os anos a um animal: este que vai entrar é o do Cavalo e começa a 31 de janeiro. Dizem os entendidos nestas chinesices que o signo está relacionado com mudança, portanto não percamos a esperança de ver um certo coelho a milhas...

Crendices e politiquices à parte, janeiro vai ser um mês importante para os amantes de cinema: não só estreiam uma série de novos (e aparentemente interessantes) filmes, como serão entregues os Globos de Ouro dia 12 e conhecidos os nomeados aos Oscar a 16. Contudo, a cerimónia de entrega do maior galardão da indústria cinematográfica só terá lugar dia 2 de março.

Devido a ter perdido tudo quanto é estreia nos últimos 3 meses, este ano não farei o habitual balanço dos filmes que mais gostei - depois dos Globo de Ouro e dos Oscar pode ser que tenha oportunidade de ver os que falharam e mais me seduziram nos trailers.

Quanto a literatura, o balanço dos 28 livros lidos este ano será feito, mas só após escrever sobre o último livro lido, que não houve tempo para postagem (sim, o PC continua de amoques, mas não foi esse o único motivo - fins de semana que intercalam feriados baralham um bocado os timings), mas será feita em breve. 

Porém, antes de todos esses escritos e conversas, e porque já está quase na hora, desejo a todos... 

UM 2014 PLENO DE FELICIDADE!

domingo, 29 de dezembro de 2013

CINEMA EM CASA

Adoro cinema, mas já não vou há mais de 3 meses: quando posso, já os filmes que me interessam saíram de cartaz e de um modo geral as estreias não me têm seduzido por aí além. E até gosto de desenhos animados! Portanto, nos últimos tempos tenho visto muito cinema em casa, via TV. Se as estreias nas salas lisboetas já não são muito sedutoras, as televisivas então nem vos conto - repetitivas (alguém tem saco para ver "Mùsica no Coração" ou "Sozinho em Casa" no dia de Natal pela milionésima vez?), de pancadaria em barda, de ficção científica, comédias completamente esparvoeiradas ou filmes com barbas.

Bom, mas com o PC semi-avariado - de princípio só estava lento (mesmo com mais memória vinda dos States, a lentidão continua), agora o YouTube só soluça e os programas só abrem quando lhes dá na veneta - e entre livros, quase só resta a TV como entretenimento.

Entre tantos filmes que tenho visto, ou mais ou menos, que por vezes o João Pestana prega-me a partida, escapam-me muitos dos seus títulos. Sei que vi "Os Cinco", "A Maldição da Pantera", "Sob o Sol da Toscânia" mas acaba por aí. À excepção deste "Através da Noite", escrito e realizado por Woody Allen, que "apanhei" uma noite lá para a uma da madrugada. Sem ser propriamente uma das suas obras-primas, gostei bastante. 

O filme é de 1999 e conta a história de um obscuro guitarrista de jazz na América dos anos 30 - Emmeth Ray. Dizem os entendidos (da net) que o homem realmente existiu e tinha imenso talento, mas a sua pouca fiabilidade em manter compromissos contratuais determinou que nunca obtivesse grande sucesso. Protagonizado por Sean Penn, Ray chega sistematicamente atrasado, bêbado ou nem sequer aparece nos palcos onde deve atuar, de modo que é invariavelmente despedido. Perdulário e vaidoso, gasta o que tem e não tem, principalmente no jogo. Sem igualmente querer compromissos com mulheres, mantém uma relação com Hattie (Samantha Morton), uma lavadeira muda, que um dia abandona, para mais tarde casar com Blanche (Uma Thurman), uma mulher da alta sociedade que está a recolher dados sobre as personagens do bas-fond noturno, para as incluir num livro que está a escrever. Mas também é Sol de pouca dura...

Woody Allen é um dos narradores, que nem sempre concordam entre si com o desenrolar dos acontecimentos. Pontuado com 7,3/10 na IMDb, foi dos poucos que valeu a pena!

Imagem da net.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

JARDIN D'HIVER

O tempo passa depressa: ainda há poucos dias o Inverno começou, o Natal já passou, caminhamos a passos rápidos para a passagem de ano. Está na hora de balanços anuais e de listar as boas intenções para 2014. Se se cumprem ou não, já é outra conversa...

Para fazer uma pausa neste ritmo acelerado em que vivemos, nada melhor que música. Desta vez a escolha recaiu na serena melodia "Jardin d'Hiver", na voz de Stacey Kent:

  

O tempo passa depressa. Demais. Mas... c'est la vie!

Imagem da net.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL 2013

Contava vir postar mais qualquer coisinha, mas os dias passaram a correr... e nada! OK, também foi preguiça, mas a blogosfera "às moscas" não incentiva. E será assim até ao final do ano, pois há bastante gente de férias. Como não é o meu caso, espero ainda passar por aqui, mas é melhor nem dizer nada...

Para já, resta-me desejar a todos um FELIZ NATAL 2013! Com tudo a que têm direito, pois está claro!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

NATAL: PASSADO E PRESENTE

Faltam poucos dias para o Natal e este ano ainda não escrevi sobre árvores, presépios, prendas, embrulhos, luzes natalícias na cidade, etc. e tal. Por acaso já fui ver estas, mas o fim de tarde foi mal escolhido: ao sábado não dá, especialmente no dia em que é inaugurado o espetáculo de luz no Terreiro do Paço (esse não vi, nem me parece que vá ver), de modo que foram duas horas presos no trânsito intenso. Gostei especialmente da decoração da rua Augusta, da árvore no Rossio e do colorido mutante dos "chupa-chupas" da avenida da Liberdade - OK, não é assim muito natalício, mas pelo menos é cheio de cor!

Bom, mas a razão porque não falei de nada disso, é que este ano a tarefa foi facilitada: o maridão fez a árvore e o presépio, e também tem feito as compras quase todas. Ele e a mana, conforme o presenteado. Assim, a minha "árdua" missão cinge-se a embrulhar umas poucas lembranças que não venham feitas das lojas, etiquetar todas (ainda faltam uns chocolates para a "miuçalha") e a acender diariamente as velas espalhadas pela casa... 

Enfim, como sempre adoro o Natal, mesmo que como mr. Scrooge vislumbre sempre o fantasma dos natais passados - essa melancolia também faz parte da época, se bem que sobressaiam as recordações de bons momentos. Mas há lá presente melhor do que passar a consoada rodeados daqueles que amamos? Pois é, é aproveitar bem o presente, com a alegria, a harmonia e a paz possível, que contrariedades e tristezas já temos q.b. o resto do ano.

Ah, e não, não me estou a despedir até ao Natal, que esse é só daqui a 7/8 dias, e com tamanha "trabalheira" ainda conto vir aqui postar mais qualquer coisinha até lá... 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

GRITOS DO PASSADO

Quando um rapazinho vai brincar numa manhã de verão e encontra um cadáver numa gruta conhecida como a Fenda do Rei, a polícia de Fjallbacka é chamada a intervir e o inspetor Patrick Hedstrom fica encarregue do caso. Caso esse que se complica, ao encontrarem no mesmo local dois esqueletos de duas raparigas desaparecidas há mais de 20 anos.

Todas as pistas parecem apontar para a família Hull - os descendentes de Ephraim, um antigo pregador/curandeiro - que estão de costas voltadas há duas décadas, desde o desaparecimento das raparigas, pois um irmão acusou o outro de ter dado boleia a uma delas, o que este sempre negou. Mas será que havia alguma verdade nessa acusação ou era apenas o ciúme do irmão a falar mais alto?

Não sendo exatamente uma saga, tenho lido os livros de Camilla Lackberg como se de uma se tratasse. Não só porque gosto da escritora e dos seus enredos policiais, aqui e ali a rondarem o terror, como porque entretanto me ofereceram os livros. Com tempo para ler e os policiais mesmo à mão de semear, não há maneira de resistir...

Tal como os anteriores, a leitura das 427 páginas foi absolutamente viciante!

Citação:
"Martin esforçou-se bastante para não sorver a sopa, mas não conseguiu evitá-lo. Esperava que ela tivesse lido Emil in Lonneberga, de Astrid Lindgren: «Têm de a sorver, caso contrário não saberão que é sopa...»" 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

HOME, AGAIN!

Tive alta, depois de mais 8 dias de internamento hospitalar. Isto após tratamento com doses maciças de antibióticos, claro está. Mas é sempre uma felicidade voltar para casa. Recuperada ainda mais...

Madiba, um dos três grandes homens do século XX que mudaram o curso da História, morreu e não tive ocasião de lhe prestar aqui a minha modesta homenagem. Aliás, só soube quase 24 horas depois. Resta-me portanto desejar que descanse em paz.

Entretanto, para tentar atualizar-me com as novidades da blogosfera, já dei uma espreitadinha em alguns blogues amigos, embora ainda não tenha deixado comentários - amanhã, que é como quem diz mais logo, também é dia! 

FIQUEM BEM! 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"MANIFESTAÇÃO" CANINA...

O jardim do Campo Grande esteve parcialmente vedado durante vários meses, para obras de requalificação. Assim, quando recentemente reparei que já estava aberto ao público, não resisti a espreitar. 

Começando pelo que me pareceu menos bom, o antigo centro comercial Caleidoscópio continua vedado, bem como o relvado circundante: suponho que não será fácil encontrar solução para um espaço tão característico dos anos 70, sem as grandes superfícies hoje em voga, mas que dá dó ver o edifício degradar-se de ano para ano, lá isso...

Também por abrir, a bela esplanada sobre o lago...

De longe pareciam umas instalações sanitárias, mas temo que seja mais um mono... quer dizer... "monumento"!

Boa nova é que os barquinhos já voltaram a navegar e, apesar do frio que se fazia sentir, intrépidos navegantes não deixaram de dar o ar de sua graça!

Courts de ténis, espaços relvados e/ou betonados para propiciar a prática de vários desportos, mesas para animados piqueniques ou jogos de sueca e os proverbiais banquinhos para descansar do passeio fazem parte dos novos equipamentos do jardim.

Mas a novidade que me pareceu estar a fazer um enorme sucesso, é a que veem na foto: um parque de diversões para cães! Em que a única dúvida que me restou foi quem demonstrava mais animação: os bichos ou os donos?

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O TÍMIDO E AS MULHERES

Pelo tempo que levei a ler este romance de Pepetela, com apenas 301 páginas, poder-se-ia pensar que considerei o livro desinteressante: antes pelo contrário, achei um dos melhores do autor. Às vezes o problema não está no livro, mas no leitor... Aliás, suponho que se não tivesse o interesse que tem, tinha sido recambiado para a prateleira!

Um dos motivos porque a história nos prende até ao final é ela passar-se em Angola nos dias de hoje. Aí, ainda que de passagem, vamos verificando  a vivência de uma sociedade onde coabitam os maiores contrastes, aqui e ali sublinhados com o humor de Pepetela

"Heitor é nome de herói. Os nomes são importantes. Os heróis às vezes também." Assim começa o livro, que nos fala de um homem tímido e dos seus desaires amorosos, que por sinal se chama Heitor, mas sem nenhuma particularidade heróica. Quando julga ter encontrado a mulher da sua vida, ela troca-o por outro namorado, e ele larga tudo para se enfiar num casebre no meio do mato, cheio de auto-comiseração. E escreve uma novela de amor. Apesar de nem ter telefone, um dia um velho amigo aparece e promete ler o livro. Lucas gosta e passa-o a Antunes, amigo de ambos, que por sua vez gaba a novela a Marisa, a radialista mais na berra do momento. E ela também o quer ler, para isso o autor exige que ela o visite. Ela fica encantada com livro e autor, mas Heitor também não fica imune à beleza estonteante dela. Problema é que ela é mulher casada e fiel ao seu marido deficiente... Aos poucos Heitor vai saindo da redoma onde se encafuou, visitando os pais e amigos, arranja um cão, carro, telefone e até amigos na vizinhança: dona Luzitu, feirante (zungueira), e suas filhas com nomes de flores - Rosa, casada com Anselmo, e Orquídea, uma bela jovem estudante de História. Só Narciso, o filho caçula de dona Luzitu não parece simpatizar com o "herói"...

A escrita de Pepetela é saborosa, bem-humorada e aparentemente humilde: dá ideia que escrever assim até é fácil. Duvidem das aparências!

CITAÇÕES:

"Domingo é dia de missa para os fiéis e de acordar tarde e ir à praia para o resto dos mortais."

"Outro preconceito existente é o de ser possível  esconder o mal de amor. Tentativa inútil, ele parece estar escrito na nossa cara, nos olhos de cão abandonado, no verdor incrustado na pele, independentemente da cor original, por mais escura que seja. Nunca viram um negro verde? Então nunca viram um negro sofrendo do mal de amor."

"Acontecia  ele seguir um jogo de futebol, enquanto ela passava pelas brasas. Sem ser preciso pedir, Lucrécio baixava o som para não lhe incomodar a sesta. De qualquer modo, dizia ele, os comentários idiotas dos tipos da televisão eram perfeitamente dispensáveis, bastava ver o jogo."

"É sempre a ideia que se tem daquele país, lhe tinha contestado uma vez Lucas, gente simpática e boa comida. Um lugar comum, claro, mas eu tenho pena que agora estejam na maior merda, acrescentou Heitor, obrigados a emigrar para cá e outros sítios.  Triste país em que o seu símbolo maior, o poeta Camões, foi enterrado numa vala comum para pobres e sem-abrigo!"

(Obrigada, Paulinha e Fausto!)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

THOSE WERE THE DAYS

Pode parecer que ando a copiar os títulos do Carlos, mas sempre que leio este, que ele inclui numa série de posts, lembro-me de um dos primeiros singles que tive na minha modesta coleção, e que tinha a extraordinária capa acima. Mary Hopkin já era uma grande modernaça, que usava mini-saia e tudo... 

Quanto à música dos anos 60, continuo a gostar: há sonhos que nunca morrem, apesar das muitas voltas que a vida dá!


Imagem da net.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

QUEM QUER SER MILIONÁRIO?

Imagino que os candidatos a milionário sejam mais que muitos, daí não faltarem concorrentes a esta nova temporada do concurso "Quem quer ser milionário?", desta vez apresentado por Manuela Moura Guedes. E aqui devo dizer que a RTP acertou em cheio na aposta que fez na apresentadora, longe das polémicas em que se envolveu com vários entrevistados, enquanto jornalista demasiado opiniosa e ofensiva: consegue o à vontade necessário nas conversas com os concorrentes e acompanhantes, diz as suas piadas, mas sem veleidades de humorista, e, sobretudo, não deixa que as indecisões dos participantes tornem o programa monótono e desinteressante para o telespetador.

Como há antipatias e rancores que não se perdoam, já a acusaram da eliminação de uma concorrente, devido a uma pergunta mal feita - segundo creio, um provérbio inexistente. Mas obviamente que essas questões competem à produção, culpabilizar quem apresenta é ridículo.

Contudo, o que considero mais estranho no concurso é o nível (ou falta dele) de alguns concorrentes. É certo que as primeiras perguntas são mais fáceis e depois o grau de dificuldade vai aumentando à medida que se vão passando as várias etapas. E há malta muito jovem, daquela com ar sabichão, mas que não acerta uma. Mas e os mais velhos? Os que não sabem que a tartaruga é um réptil ou que petinga é uma sardinha pequena? Na verdade, há pessoas que parecem ter prazer em gastar os seus cinco minutos de fama tirando as dúvidas a todos sobre a sua ignorância... 

BOM FIM DE SEMANA!

Imagem da net.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A SOMBRA DA SEREIA

Este é o último livro desta série de policiais de Camilla Lackberg, que já li há mais de um mês, sendo que não tenho seguido a sua cronologia. O que diga-se em abono da verdade não faz grande diferença, sendo a única o número de elementos do agregado familiar Erica/Patrik - sempre a aumentar ou em vias de...

Cia aparece semanalmente na esquadra, após o desaparecimento de Magnus, seu marido, sem deixar rasto e sem que nada o fizesse prever - três meses depois o corpo dele é encontrado congelado no gelo das águas do rio. Mas em Fjallbacka o mistério adensa-se quando Christian, amigo do malogrado homem, confessa ter recebido cartas anónimas, que continuam a chegar. Mas será que essas cartas estão relacionadas com o homicídio ou com o recente romance que Chistian publicou, intitulado  "A Sereia"? E será só ele a receber cartas anónimas ou Erik e Kenneth, os outros amigos de Magnus, também as receberam? Cabe a Patrik e à sua equipa investigar o caso...

Um livro cheio de suspense e mistérios, que nos prende da primeira à 468ª página, que é como quem diz a última!

domingo, 17 de novembro de 2013

SOL DE OUTONO...

Pelo (pouco) que entendo, a expressão francesa "l'été indien" significa qualquer coisa como aquilo que designamos de "verão de São Martinho": um tempo de verão em plena época outonal. Não se deixem portanto enganar pela foto - apesar dos tons alaranjados no horizonte, o mar aparentemente calmo e o céu quase límpido, o danado do frio já se fazia sentir. E bem!

Mas "L'Été Indien" vem a propósito de uma das minhas músicas favoritas de Joe Dassin, aquele cantor romântico dos anos 70, que nos tempos de liceu ninguém tinha coragem de confessar que gostava. O que estava a bombar era o rock, essas "lamechices" eram mal vistas. Era como dizer que se gostava de fado ou de Francisco José. Vinguei-me uns anos mais tarde: nada de rock na carripana, só jazz, música brasileira e... Joe Dassin. E ainda hoje gosto de ouvir, daí ser esta a música de sempre seleccionada hoje! Espero que também gostem...


BOA SEMANA!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

DITADO FELINO

Palavras para quê? É Garfield filosofando...

Imagem do facebook, segundo cartoon de Jim Davis.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

PRÉMIOS E AGRADECIMENTOS

Há coisas curiosas. Todos nós adoramos flores (ou quase) e cada um tem as suas preferidas - uma específica ou duas ou três que mais gosta.  Ora os amores perfeitos, para mim, pertencem a esse grupo de elite. O que estou por descobrir é como a Afrodite - que resolveu homenagear todos os seus visitantes no primeiro aniversário do seu blogue, "Jardins de Afrodite" - adivinhou essa minha preferência. De qualquer das formas, não quero de lhe deixar de agradecer o simpático selinho, as flores e a música maravilhosa, claro está.
Como tenho andado muito arredada das lides, reparei ainda recentemente que ficou por publicar um outro selinho, que dá pelo título "Un Blog Real", desta vez vindo da Janita, do blogue "O Cantinho da Janita", mas como prometido é devido espero que ainda vá a tempo...


Mas, acima de tudo, gostava de agradecer a todos os familiares, amigos pessoais e virtuais, antigos colegas de liceu e de trabalho e a tantos outros que fizeram parte de um passado mais ou menos distante (e de quem não imaginava voltar a ter notícias), pelas inúmeras mensagens, comentários e SMS recebidos. Todos, sem exceção, de uma enorme ternura e carinho. BEM HAJAM! 

sábado, 2 de novembro de 2013

CADA VEZ MAIS EXIGENTES...

Naquele tempo foi considerado milagre. E hoje, seria?

BOM FIM DE SEMANA!

Imagem do facebook.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

VAMOS FISCALIZAR A BICHARADA?

Será possível que um totó qualquer do ministério da agricultura se lembre um dia de propor à ministra que é urgente legislar sobre o número de animais que podem viver em cada apartamento e ela vá na conversa? Pois, não queria acreditar...

Mas pelos vistos não só é possível, como o diligente funcionário até estabeleceu o dito limite, a inscrever na futura lei: máximo dois cães ou quatro gatos. Ah, e se forem cães e gatos, pode-se somar? E se além disso houver também periquitos, guppies, hamsters e cagados, por exemplo? Estes também têm limites, ou nem por isso? E como é que se fazem as contas, nesses casos? 

Outra questão pertinente é a da fiscalização e da punição dos eventuais culpados pelo incumprimento da lei:

(Cena 1)  Truz, truz! "Quem é?" "Aqui é o fiscal da brigada de combate ao excesso de animais domésticos. Abra a porta, pois estou autorizado por lei a vasculhar a sua casa e verificar quantos animais possui!" Pouco consensual... no mínimo!

(Cena 2) Pressupondo com muito boa vontade que alguém deixa entrar em sua casa este fiscal com a ladroagem que aí anda (e toda esta conversa soa a malandragem), qual será o intuito dele, uma vez que não se ouviu falar em recenseamento animal? Aplicar uma multa aos prevaricadores, é mais que certo. E é imaginar o homem de maquineta em punho a fazer as contas: "um cão a mais, dois gatos, a maternidade do aquário também está cheia (não consegui contar os peixes, mas façamos por uns 20, que é por ser para si) e... oh, diabo, tenho de telefonar prá central, para saber se os ovos da canária contam!" "O quê, não é canária é periquita? Não faz mal, a multa é a mesma. Já se fosse uma papagaia..." 

Voltando ao totó da agricultura: será que ele não tem mesmo mais nada para fazer do que inventar estes "serviços ao país"?

Imagem da net.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

WHEN YOU'RE SMILING

Billie Holiday, também conhecida por Lady Day, foi uma vocalista de jazz que deixou um vasto reportório, apesar da sua morte prematura aos 44 anos de idade. No meu entender, uma das melhores vozes de sempre. 

Apesar do graffitti da imagem, Billie não teve uma infância fácil e deu voz a muitas músicas melancólicas. Esta de "When You're Smiling" é um pouco mais alegre:


E porque todos os dias são bons para ouvir música, keep on smiling...

sábado, 26 de outubro de 2013

O ESTRANHO "RAPTO" DE MARIA


Uma menina lourinha foi encontrada a viver junto de uma família cigana grega. A polícia deteve os pretensos progenitores sobre a acusação de rapto e os órgãos de comunicação social ventilaram o caso até à exaustão. O casal de ciganos acabou por declarar que a criança lhes tinha sido dada para criar por uma mulher búlgara. 

Feitos testes de ADN, confirma~se que a pequena Maria é filha dessa búlgara, também de etnia cigana, que na altura do parto se encontrava na Grécia, já mãe de 10 filhos, pelo que entregou a recém nascida ao casal. Agora a grande questão das autoridades é se a menina foi dada ou vendida - nesta última hipótese, os pais búlgaros podem incorrer numa pena de prisão. Tanto quanto se sabe, ambas as famílias são miseráveis e têm uma grande prole... Pagar com quê? Um prato de sopa ou uma carcaça pode ser considerado pagamento?

Entretanto, Maria foi entregue a uma instituição e os exames médicos a que foi sujeita não revelaram abusos físicos ou psicológicos... Por seu turno,  os pais adotivos gregos continuam sobre prisão preventiva, pois as autoridades pretendem investigar a paternidade das outras crianças.  É impressão minha ou toda esta história está mal contada desde o início e é baseada sobretudo em preconceitos rácicos? Antes de qualquer julgamento, já os mídia os apelidavam de raptores... 

BOM FIM DE SEMANA!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O PAR DO ANO

Como é que é possível que este filme me tenha passado ao lado em 2001? Uma comédia romântica com Julia Roberts e Billy Crystal? Facto é que passou, mas o canal Hollywood às vezes até repõe uns filmezecos que valem a pena, para lá das milésimas repetições de "Matrix", "Potter" ou "Mad Max", só para falar dos últimos.

O título original é "America's Sweethearts", onde um casal de estrelas de cinema se separa, após interpretarem muitos filmes juntos: ela troca o ator-marido por um "macho" espanhol e ele vai para um retiro curar a depressão. Acontece que o separação do casal também afetou o seu sucesso nos ecrãs e o produtor - a braços com um realizador lunático - contrata Lee (Billy Crystal, que também é co-autor do argumento), uma espécie de relações públicas dos meios cinematográficos para conseguir transmitir a ideia aos media que entre o casal tudo corre bem, apesar da separação. O truque que Lee tem na manga é a amizade que o une a Kiki (Julia Roberts), irmã e assistente da célebre atriz (Catherine Zetta Jones), que parece ser a única a conseguir contrariar o seu mau feitio. Será que Eddie (John Cusak) continua obcecado pela ex-mulher, ou o ano de separação já lhe abriu a pestana?

Espreitem o trailer aqui:


Vi no sábado passado no canal Hollywood, pelo que suponho que ainda vão a tempo de o "repescar". Para quem gosta de filmes que disponham bem, claro está, que para violência e tiroteios também têm a opção das "obras" supracitadas.

5.6/10 na IMDb, o que diz bastante sobre a cotação das comédias na indústria cinematográfica americana, mas esse é o lado para que dormimos melhor... 

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terça-feira, 22 de outubro de 2013

O ESTILETE ASSASSINO

Pois é, o livro já o li durante o verão, até para o emprestar a uma parceira do Clube de Leitura. Mas, dados os últimos acontecimentos, não compareci à reunião - pela primeira vez em mais de 6 anos. Sei no entanto que Alice Munro foi a escritora sugerida para uma próxima sessão, mas não me parece que uma contista propicie grande discussão...

Este título de Ken Follett liga o género policial ao de espionagem, já que a ação decorre durante a II Guerra Mundial. O enredo parte de um facto verídico: em 1944, as comunicações britânicas referiam um imenso exército "estacionado" a sul de Inglaterra. Tratava-se de um embuste, um cenário criado com tábuas e materiais velhos, de forma a enganar a força aérea alemã sobre o potencial bélico inglês e dar a falsa ideia que o ataque se daria em Pas de Calais e não na Normandia, como veio a acontecer a 6 de junho de 1944. A partir daí a história é de ficção, se bem que os líderes políticos e militares sejam identificados pelos seus nomes e características, para dar o devido enquadramento histórico ao enredo.

Henry Faber é o espião alemão que atua na zona de Londres, escapando sempre às malhas dos serviços de contra-espionagem britânicos, que nem suspeitam da sua existência. Utiliza vários disfarces e liquida sumariamente quem se interponha no seu caminho. E só quando 5 elementos de uma patrulha próxima da zona interdita é assassinada, o MI6 deteta a sua presença. E descobre que quatro anos matou a senhoria da casa onde estava alojado, disfarçando o crime como sexual. Começa a caça ao homem! Desconfiamos que o seguimento é ainda mais sangrento, quando ele mata outro militar e, já na posse de provas que podem dar outro rumo à guerra, vai parar a uma ilha onde apenas vivem quatro pessoas: um velho pastor, um ex-piloto da RAF que perdeu as pernas num acidente, Lisa, a mal amada mulher dele e o filho de ambos, apenas com 3 anos de idade. Aí a leitura ganha um ritmo alucinante, por vezes a suscitar a dúvida "porque é que uma ilha com uma localização tão importante como aquela  não tem lá um militarzinho para amostra?" Não é que o experiente espião germânico não o "limpasse" à mesma, mas pelo menos sempre dava ideia que as elites militares britânicas não eram "ingénuas" de todo...

Mesmo assim, um livro empolgante, ao longo das suas 383 páginas!

Citações:
"Os estrangeiros têm espiões: a Grã-Bretanha tem o Military Inteligence. Como se o eufemismo não fosse suficiente, a denominação foi abreviada para MI."

"Tom deitou chá forte em três canecas e juntou um cálice de uísque a cada uma. Os três homens sentaram-se e beberam-no em silêncio, David a fumar um cigarro e Tom o cachimbo, e Faber teve a certeza que os outros dois passavam muito tempo juntos desta maneira, a fumar, a aquecer as mãos e sem dizer nada." 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

FASES DIFÍCEIS!

Detesto falar sobre doenças e 23 dias de internamento hospitalar não me fizeram mudar de opinião. Se bem que só tenha a agradecer às equipas de enfermagem (especialmente a elas) a simpatia, ternura, carinho e alegria com que tratam e lidam com os pacientes. Mas, entretanto, vários amigos me perguntaram se estava melhor, em comentário ou via mail.

Não respondi a ninguém: primeiro porque não sabia, segundo porque o diagnóstico não passava de uma suspeita. Que posteriormente se confirmou. Segundo os médicos tenho um linfoma, que terá de ser tratado nos próximos meses com tratamentos agressivos, que é como eles designam a quimioterapia.

Claro que é uma "batalha" que preferia não ter de travar, mas a vida é assim, por vezes reserva-nos fases difíceis. De qualquer das formas, não tenho a menor intenção de fazer disto temática do blogue, que não pretendo largar, embora provavelmente siga a um ritmo mais lento... (de igual modo também agradeço que se abstenham de contar histórias de primos, vizinhos ou  namorados de não sei quem que padeceram do mesmo - cada caso é um caso, os "exemplos" não servem de nada)

Muito obrigada a todos pelo interesse demonstrado, mas nem sempre "no news is good news". Agora uma coisa é certa: se familiares e amigos se veem nas ocasiões, sou uma sortuda!    

domingo, 20 de outubro de 2013

JÁ NÃO HÁ CANÇÕES ROMÂNTICAS?

Há, pois! Embora algumas não tenham o glamour de outrora, nem façam parte de bandas sonoras de filmes míticos, como este "Casablanca". À ordem de Ingrid Bergman - "Play it, Sam!" - Doodley Wilson dá voz a "As Time Goes By":


Claro que o título deste post é de Carlos Barbosa de Oliveira, que o publicou todo o verão recordando antigos sucessos musicais, mas infelizmente não consegui acompanhar todas as suas publicações. Se ele se esqueceu deste, aqui fica, se não, vale sempre a pena voltar a ouvir e relembrar o filme...

Imagem da net.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PONTES PERIGOSAS?

Quando as notícias são tão deprimentes ou ridículas - umas tais de pontes sobre o Tejo que já foram cenário de anúncios publicitários a detergentes e à EDP, almoçaradas, maratonas e sei lá que mais e agora são consideradas perigosas para manifestações - resta-me apenas desejar-vos um...

MARAVILHOSO FIM DE SEMANA!
(e esperar que a silly season fora de época passe...)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O PARECER DE RAP

"Caro Sr. primeiro-ministro, O conjunto de medidas que me enviou para apreciação parece-me extraordinário. Confiscar as pensões dos idosos é muito inteligente. Em 2015, ano das próximas eleições legislativas, muitos velhotes já não estarão cá para votar. Tem-se observado que uma coisa que os idosos fazem muito é falecer. É uma espécie de passatempo, competindo em popularidade com o dominó. E, se lhes cortarmos na pensão, essa tendência agrava-se bastante. Ora, gente defunta não penaliza o governo nas urnas. Essa tem sido uma vantagem da democracia bastante descurada por vários governos, mas não pelo seu. Por outro lado, mesmo que cheguem vivos às eleições, há uma probabilidade forte de os velhotes não se lembrarem de quem lhes cortou o dinheiro da reforma. O grande problema das sociedades modernas são os velhos. Trabalham pouco e gastam demais. Entregam-se a um consumo desenfreado, sobretudo no que toca a drogas. São compradas na farmácia, mas não deixam de ser drogas. A culpa é da medicina, que lhes prolonga a vida muito para além da data da reforma. Chegam a passar dois ou três anos repimpados a desfrutar das suas pensões. A esperança de vida destrói a nossa esperança numa boa vida, uma vez que o dinheiro gasto em pensões poderia estar a ser aplicado onde realmente interessa, como os swaps, as PPP e o BPN. Se me permite, gostaria de acrescentar algumas ideias para ajudar a minimizar o efeito negativo dos velhos na sociedade portuguesa: 1. Aumento da idade de reforma para os 85 anos. Os contestatários do costume dirão que se trata de uma barbaridade, e que acrescentar 20 anos à idade da reforma é muito. Perguntem aos próprios velhos. Estão sempre a queixar-se de que a vida passa a correr e que 20 anos não são nada. É verdade: 20 anos não são nada. Respeitemos a opinião dos idosos, pois é neles que está a sabedoria. 2. Exportação dos velhos. O velho português é típico e pitoresco. Bem promovido, pode ter aceitação lá fora, quer para fazer pequenos trabalhos, quer apenas para enfeitar um alpendre, um jardim. 3. Convencer a artista Joana Vasconcelos a assinar 2.500 velhos e pô-los em exposição no MoMa de Nova Iorque. Creio que são propostas valiosas para o melhoramento da sociedade portuguesa, mantendo o espírito humanista que tem norteado as suas políticas. 
Cordialmente, Nicolau Maquiável"

Como andei um bocado a leste das politiquices nacionais, fui apanhada de surpresa pelo tal de Orçamento de 2014, que não parece augurar nada de bom. Até ver ainda ando a tentar digerir o que me dizem, mas sem acreditar muito em tamanho despudor. Assim, fica um texto humorístico de Ricardo Araújo Pereira, encontrado no facebook... Neste caso, não sei se rir é o melhor remédio! 

Imagem do facebook.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

AVE DE MAU AGOIRO

Na pacata cidade de Tanumshede um acidente de viação é comunicado à polícia - aparentemente, uma mulher alcoolizada espetara o carro contra uma árvore, perdendo a vida.  Patrick vai tomar conta da ocorrência, desta vez acompanhado por Hanna, a nova colega da esquadra. O mais estranho da questão é que a vítima não tocava numa gota de álcool...

Simultaneamente, um programa televisivo tipo Big Brother chega à cidade e com ele a região transforma-se radicalmente, com grupos de fãs por todo o lado. Mas, fatalmente, uma das concorrentes é assassinada e os suspeitos são muitos.

Erica e a sua irmã Anna estão ocupadas com os preparativos de casamento da primeira, dentro de poucos dias, mas o noivo, Patrick, pouco contribui, pois não tem mãos a medir com as investigações das suas mortes, que às tantas lhe parecem relacionadas. Será?

Os policiais da sueca Camilla Lackberg são tão envolventes, que os leitores não descansam enquanto não acabam de ler as suas páginas - 404, neste caso. Contudo, desta vez o desenlace do enredo pode ser um pouco previsível, para os leitores assíduos de romances policiais...

Citações:

"As câmaras já estavam montadas e as filmagens decorriam a todo o gás. Satisfeito., embora um pouco atarantado, Erling observava a reação frenética que a chegada dos concorrentes provocara. Não conseguiu deixar de se interrogar porque ficava a juventude atual tão excitada com tudo aquilo. Como podia aquele bando de miúdos ranhosos despertar tal histeria?"

"O pai nunca dizia não, porque o seu sentimento de culpa o obrigava a continuar a pagar. Continuava a despejar coroas no buraco que Calle tinha no peito, mas o dinheiro esfumava-se simplesmente, sem nunca preencher o vazio."

"Parece uma teia gigantesca, só não fazemos ideia de onde se terá metido a aranha."  



§ - Este foi o terceiro livro que li da autora, mas no momento em que li o segundo não tinha material para escrever ao meu alcance. Mas voltarei a ele, numa próxima ocasião, depois de ter relido e relembrado algumas partes...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

BLUE JASMINE

Francamente, nem sei o que dizer do último filme de Woody Allen. Eu, que nunca fui fã do realizador, mas que gostei da maioria dos seus filmes mais recentes. 

Jasmine é uma mulher da alta sociedade apenas preocupada com o seu umbigo e futilidades, mas quando a vida lhe corre para o torto - que é como quem diz, fica sem cheta - aloja-se de malas Vuiton e restante bagagem em casa da irmã, a quem nunca ligou grande importância. Escusado será dizer que considera a casa um pardieiro, sempre detestou o ex-marido da irmã (e o novo namorado desta também vai pela mesma) e nem conhece os sobrinhos, já com os seus 8/10 anos. Ou seja, a vida modesta e honesta da irmã não é para ela, mas como não tem habilitações decide estudar, enquanto arranja um emprego temporário e catrapisca um marido rico. O que não é propriamente fácil no meio social onde a irmã vive. Como se tudo isso não bastasse bebe excessivamente, tem ataques de ansiedade e mente compulsivamente, impingindo a tudo e todos uma versão romantizada do seu passado...

Cate Blanchett é sem dúvida uma séria candidata ao Oscar por este papelão, bem coadjuvada por Sally Hawkins, Bobby Cannavale e restante elenco (só Alec Baldwin parece estar a fazer o mesmo papel de sempre...), mas isso não chega para o exagerado 7.8/10 de pontuação da IMDb. Dito isto o filme vê-se, mas o argumento não ultrapassa a banalidade.

Fica o trailer, para os eventuais interessados:


Imagem de cena do filme da net.

domingo, 13 de outubro de 2013

SEM ARREPENDIMENTOS!

Fez esta semana 50 anos que Édith Piaf desapareceu, facto que a Luisa (francófona empedernida) não se esqueceu de evidenciar atempadamente.

Em meados (ou finais?) dos anos 80 ouvia muito do seu vasto reportório - interpretado por Mila Ferreira, acompanhada ao piano pelo seu marido - num pequeno bar ali para as Janelas Verdes. Não sei se foi daí que me veio o gosto pelas suas canções. Certo é que tantos anos volvidos ainda a oiço (não a ouvimos todos?) com enorme prazer e possivelmente o seu mito perdurará ainda por várias décadas... ou mais. "Non, je ne regrette rien" deve ser uma das suas canções mais famosas e é também a minha preferida: 


Tenham um bom domingo, sem qualquer espécie de arrependimentos...

Imagem da net.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

HOME SWEET HOME

Por vezes os sonhos são tramados. Anda uma pessoa uma vida inteira a sonhar com uma viagem de alguns dias a Roma, já se visualizando no Coliseo, na Fontana di Trevi ou na Capela Sistina naqueles minutos que antecedem sonos mais profundos, para depois na véspera ir parar ao hospital e acabar internada. Há quem apelide estas "contrariedades" de Grande Galo Universal mas, independentemente da denominação, para pessoas de menor tolerância e paciência (como a je), a vontade de rosnar em vez de falar civilizadamente ataca desde o primeiro instante.

Contudo, não há dúvida que a mente humana se adapta e muda constantemente. E se a vontade rosnar ainda não passou inteiramente - coitados dos que me aturaram, com enorme paciência! - os sonhos sobre Roma depressa desapareceram, para dar lugar a outros mais prosaicos... e repetitivos. Este era um dos mais frequentes:

Desejo esse já satisfeito ontem ao jantar, logo após o regresso a casa de 23 dias de internamento hospitalar. OK, era um sonho mais modesto, mas que o franguinho estava uma delícia, lá isso...

BOM FIM DE SEMANA (E BOM APETITE)!

Imagem da net.

domingo, 6 de outubro de 2013

NUVEM PASSAGEIRA

E porque hoje é domingo, sai mais uma musiquinha de sempre, desta feita de autoria de Hermes Aquino, cantor e compositor brasileiro, que fez grande sucesso com esta "Nuvem passageira" em 1975, quando ela foi integrada na banda sonora da telenovela "O Casarão".


O portátil que me foi emprestado no fim de semana vai voltar para a sua legítima dona, pelo que o meu acesso à net vai ser ocasional, mas não deixarei de espreitar os vossos cantinhos sempre que possível.

Imagem da net.

sábado, 5 de outubro de 2013

A VIDENTE

O que não falta nesta espécie de "retiro" é tempo para ler, pelo que já vou abalançada no terceiro livro, embora nos primeiros dias não tivesse grande concentração para leituras. O último que li é mais um policial da dupla sueca Lars Kepler: desta vez, num abrigo para crianças orfãs e difíceis, uma das jovens internadas e a vigilante morrem espancadas durante a noite. Vicky, uma das outras raparigas que reside no centro Birgitta desaparece nessa mesma noite, pelo que as autoridades policiais se inclinam a culpabilizá-la pelos crimes. Para agravar o caso, e ainda nessa mesma noite, uma mãe solteira pára o carro à beira da estrada devido a uma necessidade fisiológica e qual não é o seu horror quando vê o veículo ser levado, com o filho de 4 anos sentado no banco traseiro - a assaltante parece ser uma jovem mulher, que corresponde à descrição de Vicky.

Mais uma vez Joona Linna não acredita na versão oficial e investiga por sua conta e risco, uma vez que está parcialmente retirado do serviço ativo, devido a uma investigação interna sobre si próprio. E é aí que conhece Flora, uma estranha criatura que diz falar com os mortos...

532 páginas de uma leitura tão viciante e empolgante quanto "O Hipnotista", sobre o qual já aqui escrevi em março deste ano.

CITAÇÕES:

"- Desapareceu, o carro desapareceu... Devia estar aqui, mas não aparece... Fechámos a porcaria das estradas todas que há, mas ele desapareceu, simplesmente..."

"Joona ergue-se e inspeciona os parafusos que fixam a grelha de ventilação. O olhar desliza para o lado e pousa numa das palavras garatujadas na parede: mamã."

"- Fomos obrigados a mandar-te para outro sítio porque tu eras uma grande mentirosa - diz ele. - E agora estás a mentir outra vez." 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PAUSA IMPREVISTA

Caros amigos:

Por motivos alheios à minha vontade, não tenho tido acesso à net.

De facto, encontro-me hospitalizada desde o passado dia 17 de Setembro, a realizar múltiplos e variados exames, para determinar a origem de uma infeção - o que, infelizmente, a equipa médica ainda não conseguiu.

Apesar de alguns picos de febre não me sinto particularmente doente, pelo que não esperava estadia tão prolongada. De qualquer das formas, espero regressar a casa dentro em breve.

Até lá, fiquem bem e uma grande beijoca para todos!

Teté

terça-feira, 17 de setembro de 2013

VIGARISTAS...

Escrito e apresentado por Alexis Conran e Paul Wilson (com a co-participação de Jessica-Jane Clement na apresentação), a série televisiva "The Real Hustle" tem a chancela da BBC e ensina uma série de vigarices em que qualquer pessoa pode cair, especialmente os mais distraídos. Simultaneamente, também alerta os para as muitas esparrelas que podem aparecer pela frente de qualquer um. De truques de magia, habilidades de mão, ilusões óticas, etc.há de tudo um pouco.

Todos os intervenientes no programa foram realmente burlados com um dos muitos "contos do vigário", mas o dinheiro foi devolvido e as pessoas autorizaram a utilização da sua imagem, para divulgar junto do grande público estes esquemas.

Basicamente, este trio chama a atenção para o seguinte: "O hábito não faz o monge!" Portanto, não é pelo facto de uma pessoa estar fardada de polícia, com uma bata branca e um estetoscópio ao pescoço, com o boné de motorista de táxi na cabeça ou à porta de um hotel com ares de porteiro que a torna num desses profissionais. Para ter a certeza, há que pedir a identificação. Em segundo lugar, que todos devem desconfiar de propostas demasiado vantajosas ou supostas promoções - ninguém dá nada a ninguém. Ah, e o descaramento dos "meliantes" costuma ultrapassar todas as marcas - falam delicadamente com as pessoas, não fogem a correr dos locais dos crimes, têm a aparência de verdadeiros gentleman. E se por acaso alguém chama a polícia, por exemplo, escapam o mais sorrateiramente possível...

Mas vejam lá um dos muitos esquemas que usam:


E sim, estar prevenido é muito útil, se bem que muitos destes contos do vigário nunca cheguem ao conhecimento da polícia, pois as pessoas envergonham-se de terem sido embarretadas com tanta facilidade!

Imagem da net, suponho que promocional da própria BBC.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O MORDOMO

Em 1926, Cecil Gaines é um rapaz negro que trabalha numa quinta do Sul dos EUA na apanha do algodão, mas o patrão abusa da mãe a mata o pai à sua frente. Enquanto o rapaz chora junto ao corpo baleado do pai, a matriarca dessa quinta (Vanessa Redgrave) diz-lhe que não é tempo de choradeiras, que vai ensiná-lo a ser um bom criado doméstico - tão discreto, como se fosse invisível! O que acontece realmente, mas quando o rapaz cresce resolve abandonar a quinta, com receio de não ser tão invisível assim para o homem branco que lhe matou o pai. Depois de um longo período de fome e vagabundagem, encontra por fim um emprego ao balcão de um bar, mais tarde é convidado para um clube chique de Washington e, em 1952, para mordomo da Casa Branca.

Os 34 anos que se seguem são a servir os presidentes americanos - aí já a interpretação está a cargo de Forest Whitaker - ao longo de 8 administrações, em que estão em causa os direitos civis dos negros, bem como várias guerras. Mas se ele continua um poço de discreção e de alheamento político, o mesmo já não se pode dizer do seu filho mais velho, Charlie (Isaac  White), que é detido e preso várias vezes, por aderir a movimentos negros. E é do dia a dia do modesto mordomo, sempre ocupado a engraxar sapatos, a limpar pratas ou a servir tão ilustres homens que o filme se debruça, bem como na sua má relação familiar com o filho mais velho, das discussões com a mulher Gloria (Oprah Winfrey)  ou das gargalhadas com o mais novo, que acaba por morrer na guerra do Vietnam. sem esquecer o relacionamento com os rstantes mordomos da Casa Branca, todos eles negros, até que em 1986 e durante a presidência de Reagan acaba por pedir a sua demissão...

O filme é um pouco longo e bate muito na mesma tecla de coitadinhos dos negros que foram tão injustiçados durante tantos anos - e foram, mas toda a gente sabe isso e não era necessário evidenciá-lo ao ponto de mostrar dois homens enforcados nas ruas - sendo que também dá ideia que o papel de Oprah foi desenvolvido demais, dando azo a que a apresentadora e atriz pudesse brilhar. Dito isto, o filme vê-se bem e a pontuação de 6.5/10 da IMDb ao filme de Lee Daniels é uma rematada sovinice. Sobretudo se compararmos com aquele grande "sucesso" de Spielberg que dá pelo nome de "Lincoln" e que foi o maior pastelão que vi este ano, que embora a descer significativamente ainda vai em 7.5/10. Whitaker arrisca-se até a ser candidato ao Oscar de melhor ator do próximo ano... Mas o filme está também recheado de estrelas em pequenos papéis, como podem verificar no trailer:



Imagem de cena do filme, da net.

domingo, 15 de setembro de 2013

AMOR É...

... comemorar todos os aniversários de casamento a dois, ao longo dos anos. Com um jantarinho num restaurante mais inusitado, para quebrar a rotina.

Por acaso, festejamos hoje o 23º aniversário! E fiquei muito satisfeita por (re)encontrar uma série de recortes de cartoons publicados diariamente no jornal "A Capital" dos anos 70 e assinados por Kino, que colecionava romanticamente na adolescência. Ou seja, este hoje caiu que nem uma luva... (também há alguns assim a dar para o machista, mas facto é que, embora lentamente, as mentalidades têm tido algum progresso positivo) 

E já que a data convida ao romantismo, "O Meu Amor" de Chico Buarque é a "música de sempre" escolhida, já que ambos adoramos o vasto repertório do cantor e compositor brasileiro:


Imagem

sábado, 14 de setembro de 2013

PATOS... AO DESAFIO!

Que fique claro que não se trata de um novo desafio: estou a referir-me ao desafio fotográfico do Rui Espírito Santo (ex-da Bica), no blogue "Coisas da Fonte", que esta semana decorreu em grande animação, com a participação de 18 bloguistas - muitos deles "conhecidos", outros nem tanto.

Como é óbvio, só posso dar os parabéns ao Rui pela iniciativa e pela enorme trabalheira que estes desafios acarretam, uma vez que é necessário responder aos muitos comentários, para manter o interesse. 

Contudo, o que não sabia (e provavelmente o Rui e muitos outros também não) é que ao fim de mais de 200 comentários o blogger não permite visualizar os últimos, a não ser que se clique lá num link (e mesmo assim, só às vezes!), o que veio criar alguma confusão. Aliás, devo acrescentar que no passado dia 11 o blogger estava em dia de "travadinha" - pronto, OK, não é habitual, mas às vezes acontece - e também se recusou a fazer atualizações (ou só as fez parcialmente).

O desafio era mais difícil do que o costume e estive para desistir à partida. Depois, o entusiasmo da Ematejoca e da Afrodite foram-me contagiando, porque "certezas" eram poucas (e uma delas errada). E já estava para desistir novamente, sem conseguir ver a resposta ao meu último palpite, quando a Afrodite me enviou um mail a explicar como conseguiria ter acesso aos novos comentários. 

Resumindo: fui a primeira a identificar todas as fotos, mas há vitórias muito injustas, que tanto uma como outra já tinham chegado mais perto e há bastante mais tempo. Mais teimosia e lógica, vasculhando os palpites da Rosa, que na foto dela não havia meio de acertar... Mas esclareço ainda que numa coisa a Ematejoca se enganou redondamente: embora os patos possam parecer todos iguais, nunca publiquei aqui a foto que enviei ao Rui. (e era isto que gostaria de comentar no seu post, caso a caixa não estivesse "entupida" e pouco visível para a maioria dos leitores...)

BOM FIM DE SEMANA!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SINOPSE

A sinopse de David Horsey sobre o "Homem e a Religião". O cartoonista e comentador político norte-americano é colaborador do jornal "Los Angeles Times" e se estiverem interessados poderão ver alguns dos seus cartoons publicados recentemente aqui. Porque a política também se pode comentar com humor... 

Cartoon de David Horsey, via facebook.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

JESUS CRISTO BEBIA CERVEJA

O título estranha-se, a tal ponto que numa tarde, numa sala de espera que mais parecia uma sauna, uma mulher perguntou se o livro era meu, pousado que estava na cadeira ao lado. Respondi que sim - quase a medo, não estivesse perante uma daquelas almas cristãs que tentam converter os outros à sua Fé, custe o que custar - e acrescentei rapidamente: "é humorístico!" Ela riu e comentou que "por alguma razão ele tinha transformado a água em vinho"... numa insinuação pouco subtil que Jesus gostava da pinga!

Bom, ao terminar a leitura fiquei com menos certeza de se tratar de um livro humorístico - o que Afonso Cruz nos propõe é uma espécie de viagem intemporal pelo Alentejo e um rápido vislumbrar das gentes que o habitam, cruzando histórias de vida que se sucedem a um ritmo alucinante e muitas vezes inverosímil. Rosa, abandonada pela mãe e que perde o pai depois de um acidente com um trator, vê-se a tomar conta da avó Antónia, que já não está no seu juízo perfeito e cujo maior sonho na vida é visitar Jerusalém. Apesar de pobre, a moça atrai as atenções masculinas da terra, desde o padre que gosta de a açoitar, ao pastor Ari, tão abrutalhado quanto amigo, ou até ao professor Borja, um setuagenário que perdeu a filha e a mulher e que se dedicou à ciência para compensar, mas cujos textos cheios de sabedoria são ignorados por todos. E é este que sugere que levem a avó a uma viagem fictícia a Jerusalém, sem saírem do Alentejo,  apenas a uma aldeia próxima que foi comprada e restaurada por uma excêntrica miss Whittemore, que se prontifica a ajudá-los no plano.

Original, imaginativo e pleno de humor, o livro vai semeando mortandade ao longo das suas 248 páginas. A que não deve ser alheio o facto das leituras preferidas de Rosa serem westerns...

Ah, e a leitura é um dois em um, já que na badana lateral está um mini-livro (um fascículo, digamos assim), com a história preferida de Rosa, intitulada "A Morte Não Ouve o Pianista".
  
Citações:

"Os bombeiros deveriam andar a combater o fogo, o elemento de Heráclito. Em vez disso, lutam contra o tempo. Uma luta quimérica. Para combater o fogo usam o seu grande inimigo, a água, mas para combater o tempo só têm uma maca, um medidor de tensão e uma garrafa de oxigénio. E, claro, os velhos continuam a morrer. Os bombeiros deveriam ter mangueiras a deitar juventude, deveriam andar a apagar a velhice." 

"Quando uma pessoa é criança, é ele; quando é velho, também é ele. Mesmo que entre essa criança e esse velho haja mais distância e menos semelhanças do que entre outras duas crianças ou entre dois velhos." 

"Parece-lhe que se a morte de um animal não acabar no forno, não valeu a pena a vida. Curiosamente, nunca pensaria isso de si mesmo.  Ser comido depois de ter sido atropelado não seria jamais o culminar de uma vida plena." 

"É certo e sabido que o final feliz é uma invenção humana, uma necessidade de obliterar a morte. A via nunca acaba bem. Porque todas as histórias de seres vivos acabam misturadas com a terra, acabam no caixão."