quarta-feira, 31 de agosto de 2016

ÚLTIMOS LIVROS LIDOS

Agosto foi um mês de muitas e variadas leituras.  As que constam na colagem acima, para ser mais exata. Sobre o livro de Kate Morton escreverei após a reunião do Clube de Leitura (em meados de Setembro), sobre a tetralogia de Elena Ferrante o mais brevemente possível (ainda tenho de ver como, sem revelar demasiado sobre os enredos e o desfecho). Em relação aos restantes, devo explicar o seguinte: embora sempre tenha referido livros, leituras, apresentações, feiras e afins,  este blogue nunca teve a pretensão de se dedicar exclusivamente à literatura. Portanto, quando leio mais, não dou vazão a opiniões literárias - e, diga-se em abono da verdade,  nem todos os livros o justificam.

Um que justificaria seria "Bifes mal passados", de João Magueijo, que não sendo de todo o meu género de leitura me fez rir até às lágrimas. Aliás, devo esclarecer que me foi sugerido num texto da Graça Sampaio e, como o tinha na estante, resolvi "espreitar". Acabei de ler as cerca de 180 páginas nessa madrugada... Já o policial de Mary Higgins Clark é de agradável leitura, mas semelhante a tantos outros, o de Jo Nesbo está longe de ser o melhor do autor (e isto de publicar os livros na ordem inversa da sua edição também prejudica um bocado o seu interesse, no meu entender), "Solar" de Ian McEwan é uma grandiosa seca. Mas lá está, não há espaço nem tempo para falar de todos, fica apenas esta opinião sucinta.

Em Julho, as leituras foram estas:
Por acaso referi aqui quase todos, o que não mencionei foi uma releitura, relacionada com um tema infelizmente ainda muito atual: o da violência doméstica. É neste livro que Clara Pinto Correia relata um antigo caso verídico, de um proeminente juiz que mata a mulher e o filho paraplégico (vítima de um acidente de mota), pois culpa a mulher do sucedido, uma vez que foi ela que ofereceu a motorizada ao rapaz no seu aniversário. Ou seja, aquela ideia que só campónios labregos fazem da vida das suas mulheres um inferno, moendo-as de pancada até à morte, é falsa, acontece em todas as classes sociais. Pior, é que se mesmo o tal hipotético labrego tem sempre algum vizinho que se mostra muito admirado pela desgraça e afirma que o homicida era um "santo homem", quando se trata de gente da "alta" os casos são abafados e muitas vezes nem chegam aos jornais. No caso do livro (como no real) parece que o próprio PGR se meteu ao barulho, tentando culpabilizar a mulher/vítima por não dar apoio suficiente ao marido homicida... (?!?)

Bom, entretanto já comecei a ler outro livro que entrará para o rol dos lidos em Setembro, e que por sinal também me foi recomendado aqui na blogosfera...

BOAS LEITURAS!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

PAVLOVAS

Foi no fim de junho que, no aniversário de uma amiga, comi uma pavlova de morangos feita por ela. Na verdade ela é uma cozinheira de mão cheia, não tenho a veleidade de querer equiparar-me, mas se me disse que era fácil é porque é. E vai daí que este verão tenha sido parcialmente passado em tentativas de fazer algo parecido e igualmente delicioso. Às vezes com a batota de comprar os suspiros já feitos - que também fica bom e dá muito menos trabalho - outras tentando fazer tudo by the book, ou seja, o suspiro por esta receita

De resto é só juntar uns 3 ou 4 iogurtes naturais (há quem prefira chantilly, mas pessoalmente considero o iogurte mais agradável e refrescante, tornando a sobremesa menos doce e calórica) e as frutas a gosto. Claro que os morangos e os frutos silvestres caem que nem ginjas neste topo, mas cerejas ou pêssegos em lata também. Tudo dependerá dos gostos de cada um e da estação do ano.

Fica a sugestão, para os mais gulosos e...

BOM APETITE!

§ - se alguém souber como evitar que o suspiro fique tão quebradiço, agradeço a informação. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

LAGOA, COM TRILHO AO MEIO

Em abono da verdade, o trilho não corre no meio da lagoa dos Salgados, mas na sua berma, dividindo a paisagem entre canaviais e ervas rasteiras e secas. Do outro lado destas, erguem-se as dunas que se espraiam no extenso areal frente ao mar. Assemelha-se a uma divisão entre norte e sul, entre plantas verdes e vicejantes num ambiente fresco em clima ameno e aquelas que rastejam douradas nos desertos, sem nome ou categoria, servindo apenas de habitação a cobras, lagartos e outras bichezas afins.

É sem espanto, portanto, que a lagoa transborde de vida e passarada, enquanto na aridez desértica apenas se topem um ou dois pássaros a cruzarem os céus a grande velocidade. Andorinhas e pardais, essencialmente, que as gaivotas preferem a lagoa ou o mar, ali é que não param.

Observar os pássaros não é exatamente um hobby que tenha, o que não impede que quase todos os anos percorra este trilho, no intuito de tirar umas fotos. Mas tem sido quase sempre uma desilusão, este ano não foi exceção, suponho que o excesso de turistas e curiosos não seja muito vantajoso, quer para a simples observação, quer para conseguir captar boas imagens. As aves esvoaçam muito, que querem? Ficou decidido que lá voltarei em setembro, que talvez num ambiente mais calmo seja mais fácil "caçar" a passarada. 

No entanto, não deixa de ser frustrante ver lindas fotos de flamingos e garças captadas no local, enquanto da minha máquina só saíram patos, gaivotas e tartarugas. E não é que não goste dessa bicharada mais comum, como é evidente, mas conseguir flagrar uma ave dessas espécies mais raras é quase como ganhar um troféu. Há que insistir, portanto, em setembro lá voltarei!

E nessa altura publicarei todas as melhores imagens que conseguir fotografar, que é para não ficarem com a sensação que tenho a mania da patada... (que foi essencialmente o que consegui fotografar!)

Entretanto, fiquem com as tartarugas. Ou serão cágados?


terça-feira, 23 de agosto de 2016

CARICATURA

A caricatura tem mais de 3 décadas e é a que figura no meu livro de curso, de autoria de Francisco Zambujal, tal como referi um dia destes. Se há parecenças ou não, são outros 5 paus. No entanto, mesmo dadas as diferenças entre uma rapariga de 25 anos e uma mulher de 50 e tais, suponho que são algumas. A avaliar pelo espelho e pelo que as pessoas dizem...  

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O JUVENAL

Há publicidades que nos caem no goto. Como esta do Juvenal, que em vez de beber licor Beirão bebeu o que não gostou e ficou com cara de whisky. Ainda teve sorte, que encontrou a Tucha com cara de shot e assim só se estragou uma casa...


Anúncios parvos não faltam nas nossas televisões, mas este faz-me sorrir de cada vez que o vejo e fico com os olhos colados no ecrã a olhar para a cara do Juvenal, na ingénua esperança que ele desfaça aquele esgar de desagrado. Em vão, escusado será dizê-lo. E se isto não é uma publicidade bem conseguida, não sei qual seja...

E agora pergunto eu: qual ou quais são os vossos anúncios atuais prediletos?

terça-feira, 16 de agosto de 2016

A DECISÃO FINAL DO MAJOR PETTIGREW

Como alguns certamente estarão lembrados, este romance foi recomendado pela Catarina a 28 de junho deste ano, aqui.

Na altura fiquei entusiasmada com a sinopse e, com calma, fui bisbilhotando em livrarias e feiras de livros a ver se o encontrava.  Fui bem sucedida - lá estava ele na feira do livro de Portimão, em saldo, a piscar-me o olho com o convidativo preço de 5,60 €.

Grande defensor dos valores tradicionais, o major Pettigrew leva uma vida solitária e pacata no campo, desde que enviuvou. As suas preocupações prendem-se com evitar as coscuvilheiras lá da terra, a futilidade e a ganância do seu único filho e a urbanização desenfreada que ameaça os arredores da sua casa. Mas parece que de repente tudo e todos se conluiaram para não lhe dar sossego...

A morte do seu irmão propicia uma amizade inesperada com a senhora Ali, uma paquistanesa também viúva e dona da loja da aldeia, que também atravessa um período crítico, com a família a querer decidir por ela o seu futuro. A solidão e o amor pela literatura aproxima o casal, mas a sociedade considera este improvável romance no dealbar da terceira idade como inadequado, dadas as diferenças culturais e religiosas. Será que eles arranjam maneira de ultrapassar todos os preconceitos ainda vigentes no século XXI?

Este despretensioso livro de estreia de Helen Simonson cedo se tornou num bestseller, por razões que me parecem óbvias: à ingenuidade enternecedora de um romance tardio alia-se um sentido de humor very british, um pouco cínico, mas certeiro e irresistível. Muito bom!

Citações:
"O Major desejava que os jovens não refletissem tanto. Parecia sempre dar origem a movimentos revolucionários absurdos ou, como no caso de vários dos seus antigos alunos, a poesia muito má."

"Não se fala de religião, de política, de sexo só através de insinuações, não admira que vocês os britânicos sejam obcecados pelo tempo, querido."

"Já se faziam as coisas mais espantosas no Oriente enquanto nós ainda andávamos a ver se aprendíamos a  construir casas com paus e lama e a tentar encontrar ovelhas tresmalhadas. [...] Infelizmente, nada disso conta a menos que entreguem as patentes antes dos americanos."

sábado, 13 de agosto de 2016

AINDA ATUAL!

O cartoon de Francisco Zambujal é antigo, até porque o famoso cartoonista e caricaturista já morreu há mais de duas décadas. Nele podemos reconhecer Mário Soares e Álvaro Cunhal, figuras de proa da política nacional da época. Mas fora esse pormenor continua atual, ainda mais em fim de semana grande que engloba o feriado de 15 de agosto, enquanto uns vão e outros regressam de férias e Lisboa fica literalmente às moscas. E quem diz Lisboa, diz outras grandes cidades, obviamente.

Qualquer que seja o vosso caso, tenham...

UM MARAVILHOSO FIM DE SEMANA!

Imagem do facebook. (mas tenho uma caricatura minha realizada pelo caricaturista, nos meus tempos de faculdade...)

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

(AINDA) NAVEGANDO PELO ALGARVE...

As férias já voaram, mas ficaram as fotografias. Não estranharam não haver nenhuma de um barquinho? Ah, pois é, essa é uma coleção à parte. É que à falta de um bote verdadeiro de borracha, madeira ou acrílico, entretenho-me a fotografar os que topo nos arredores. Ou as suas representações...

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"Oops, este é de outro álbum, não pertence a esta coleção", pensarão os mais distraídos. Engano deles: as gaivotas da praia da Rocha andavam todas assim disfarçadas!

Este está definitivamente ancorado.

O de areia.

Evidentemente não podiam faltar os de azulejo: dois em casas particulares e um de um bar...

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Enfim, pode-se afirmar que andei literalmente a ver navios: uma mania como outra qualquer! Com a vantagem de ser barata e inofensiva para os demais...

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O DOMADOR DE LEÕES

Estar de férias com um calor abrasador a ler um livro cuja ação se passa na Suécia em pleno inverno não deixa de ter a sua piada - eu a derreter e as personagens a baterem o dente. Foi o que aconteceu com "O Domador de Leões", o último livro de Camilla Läckberg editado em Portugal.

Sinopse:
Patrik e a sua equipa investigam o caso de várias adolescentes desaparecidas, que suspeitam ter tido o mesmo infeliz destino de Victoria Hallberg: esta ainda estava com vida quando saiu da floresta repentinamente e foi dar à estrada onde foi atropelada, mas evidenciava sinais de ter sido barbaramente torturada durante os 4 meses de cativeiro. Por seu turno, Erica também segue o seu rumo de investigações, que lhe parece estranhamente associado a Laila, uma mulher de meia idade a cumprir pena de prisão pelo assassínio do marido, mas que se recusa a falar do passado. Será que Erica e Patrik vão conseguir conjugar esforços e descobrir o criminoso?

Opinião:
Como todos os livros de Camilla, os crimes são particularmente violentos, pelo que nem todos os leitores de policiais os apreciam: não há cá Perry Masons a defender casos em tribunal com argumentos inventivos, nem deliciosas velhinhas a fazer tricot enquanto resolvem o crime lá da aldeia como se fosse um puzzle. Os tempos são outros e os crimes são puros e duros. Mas para os múltiplos fãs da escritora sueca é mais um policial de leitura compulsiva, desta vez a roçar o fantástico (no sentido do género). Gostei imenso do enredo, embora seja parcialmente previsível e o final me desiludisse um pouco...

Citação:
"«Se conseguires ter os pés e a cabeça quentes já te podes dar por satisfeito», dizia o avô. Gösta começava a compreender o que ele queria dizer: tudo consistia em não ter grandes pretensões."

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

ALGARVE "À LA MINUTE"

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Suponho que as fotos são suficientemente elucidativas do Algarve que encontrei este ano, com um tempo absolutamente fabuloso. Possivelmente menos notório será o mar de gente que o inundou, nacionais e estrangeiros, pessoalmente nunca o tinha visto assim - e vou todos os anos nesta quinzena. Convenhamos que a malta citadina ia um bocadinho stressada da silva, com a matula pouco faltou para que alguns desatassem à batatada, por um lugar no estacionamento ou por uma cadeira da piscina. Estes tugas são loucos, é o que é...

Portanto, há mar e mar, há ir e voltar em setembro (preferencialmente com menos gente e menos stressadinhos)!