segunda-feira, 30 de agosto de 2010

BRINCADEIRAS À PARTE!

Fotografia de Ian Britton

Após passar uns dias em casa de um amigo na zona de Faro, o meu filho pôs a mochila às costas para apanhar o comboio para Albufeira, sabendo de antemão o horário dos mesmos. Ao chegar à bilheteira, teve o seguinte diálogo com a funcionária:
- Quero um bilhete para o próximo comboio para Albufeira.
- Ah, mas o próximo comboio é só às 16h15m...
- Deve estar a brincar comigo!
- Eu nunca brinco em serviço -  replicou a sujeita, amofinada.
- Então não há um comboio às 14h55m?!
- Ah!!!... Sim... mas esse é mais caro!

domingo, 29 de agosto de 2010

CHÁ, CHÁ, CHÁ!

Adoro chá preto, preferencialmente de Ceilão, com uma concha bem cheia de açúcar. Quentinho ou gelado, tanto faz, a dar energia ao acordar!
Desta vez a chávena chegou em forma de prémio - da Lopesca e da Ematejoca - que agradeço, pela simpatia!
Sirvam-se, se quiserem!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

BATEM LEVE, LEVEMENTE...

... como se chamassem por mim.
São ondas algarvias,  certamente,
e eu... estou muito a fim!

BOM  FIM DE SEMANA PARA TODOS!
(vou só mergulhar os pés e já volto!)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CHIADO... 22 ANOS DEPOIS!

Nunca se percebeu bem como um curto-circuito nos antigos Armazéns do Chiado provocou um grande e inesquecível incêndio na baixa lisboeta, a 25 de Agosto de 1988. Foi necessária mais de uma década para reconstruir a zona, sobre o "olhar" impávido da estátua de bronze de Camões:

Actualmente, também colocaram lá a estátua de Fernando Pessoa, sentado numa mesa do café "A Brasileira", como quem descansa do expediente, ao fim de um dia de trabalho.

O traçado dos edifícios mantém-se quase inalterável desde a época de Eça de Queiroz,  beneficiado até com a reconstrução...

... e obras de pintura e manutenção!

Verdade seja dita, as obras ainda não acabaram nas redondezas, nos edifícios que, não tendo sido atingidos pelo fogo, continuam a apresentar vestígios dessa história "recente" nas suas paredes enegrecidas!


Entretanto, o Tejo, sereno, continua a correr para o mar...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A JUÍZA, O HOMEM E A BURRA

Um agricultor de Salgueirais - apanhado pela GNR a conduzir uma carroça puxada por uma burra em estado de embriaguez - foi a tribunal e sentenciado numa multa de 450 euros e na interdição de conduzir veículos motorizados durante sete meses. Isto porque a juíza de Celorico da Beira, Cláudia Jesus, considerou o crime de "muito grave". Ahn?!? Como é que é?!? 
A malta clica no botão da TV, começa a ver noticiários e são homicídios, raptos, violações, corridas de carros ilegais e uma parafernália de outros crimes com várias vítimas - para já não referir os acidentes de viação com mortos e feridos em barda, normalmente provocados por excesso de velocidade - e o crime "muito grave" é o do homem bêbado a conduzir uma carroça lá na aldeia???
Por estas e por outras é que a justiça portuguesa não vai para a frente! Anda emburrada...

Imagem da net.

domingo, 22 de agosto de 2010

PEGGY SUE CASOU-SE

Vale a pena rever alguns filmes que nos agradaram, uns tempos depois. Por vezes são uma autêntica desilusão, pois tornam-se datados e  as cenas românticas, dramáticas ou de efeitos especiais perdem a força que tinham na época e provocam mais sorrisos ou até gargalhadas, do que as sensações de então. Não foi o caso de "Peggy Sue casou-se" - "Peggy Sue Got Married", no título original - que gostei de rever na TV.
Ao desmaiar numa reunião de antigos alunos de liceu, Peggy Sue - que está à beira do divórcio do seu marido e único namorado de sempre - regressa ao passado, mas recordando com algum azedume e desalento o que o futuro lhe reserva. Uma segunda oportunidade para viver o que não viveu e alterar o seu destino, se bem que contagiada pela ingenuidade da juventude dos anos 60, que acredita piamente que todos os seus sonhos (mais ou menos ambiciosos) se concretizarão, sem grandes alterações no mundo tal como o conhecem...
Para além de Kathlen Turner e Nicolas Cage nos principais papeis, no elenco de actores encontramos também Helen Hunt (quase no início da sua carreira cinematográfica), Jim Carrey, Joan Allen, Maureen O´Sullivan e até Sofia Coppola, nesta película de 1986.
Francis Ford Coppola aposta aqui na eterna questão: se pudéssemos voltar atrás no tempo, com o que sabemos hoje, modificaríamos as escolhas e decisões do passado? Acredito que não, no essencial, mas sintam-se à vontade para ter outras opiniões...

Imagem de cena do filme da net.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DONDOQUICES...

A proverbial sabedoria popular tem muito que se lhe diga, mas nos últimos anos arranjou um parente ainda mais pobre, normalmente via mail: qualquer um pode inventar umas frases, mais ou menos engraçadas, e enviá-las para os seus contactos pessoais, que mais tarde ou mais cedo vão parar às caixas de correio de  quase todos nós. Até aqui tudo bem, se a ideia inicial é provocar risos ou sorrisos...
Mas quando algumas mulheres tomam a sério uma 'pérola' deste género - "Se fores chata, as tuas amigas perdoam; se fores agressiva, as tuas amigas perdoam; se fores egoísta, as tuas amigas perdoam; agora experimenta ser magra e linda: tás lixada!" - garanto que me irrita! E rematar com um "é por isso que eu gosto tanto de homens!", parece-me ainda mais absurdo!
Bruxas, cabras e invejosas sempre existiram, mas uma amiga nunca se confunde com elas! E, verdade seja dita, a maior parte dos problemas das mulheres prende-se com homens: chatos e egoístas, quando julgam ser donos do pedaço; distantes e alheados, quando não querem compromissos para lá de uns encontros esporádicos; e agressivos, de todas as maneiras e feitios, quando a "escrava" não está pelos ajustes! Ou julgam que tanta mulher assassinada anualmente, pelos seus actuais ou antigos companheiros, é obra do acaso?
Dito isto, concordo que o mulherio tem pouca solidariedade entre si, mas acrescento que todas as minhas amigas são lindas! E se o sexo masculino não lhes dá o devido valor, eu dou!!!
(recuso-me a alinhar com dondocas, que crêem que a sua carinha laroca ou cinturinha de vespa vai produzir milagres entre os homens, forever; com o tempo, vão entender...)
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Hoje é o Dia Mundial da Fotografia! Aproveitem para ficar bem no retrato e não abrir a boca para dizer asneiras...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

POSTAL PARA AS "CRÓNICAS DO ROCHEDO"

Olá, Carlos!

Tal como prometido, aqui segue o postal para as "Crónicas do Rochedo". Lembrança destas, mas sobretudo de outras férias, em que o destino era o Algarve. Em criança raramente aqui vim - o meu pai tinha apenas 8 dias de férias por ano, portanto íamos visitar a minha avó paterna a Vila Praia de Âncora, o que era sempre uma incógnita sobre se chovia ou fazia sol... nevoeiro pela manhã era quase certo, com a sirene a buzinar bem cedo, para guiar os pescadores até à praia da lota, onde vendiam o pescado. Felizmente passou a ter mais dias de férias e começaram a ser repartidas entre o Minho e o Algarve.

Teria 13 anos (e a minha irmã 12) quando finalmente conhecemos as belas praias algarvias da zona de Albufeira, com aquele mar calmo de águas calientes. Passávamos o dia inteiro na praia, por vezes até jantávamos por lá! Foi o que valeu, já que o meu pai tinha alugado uma casa de pescador, que era apenas um corredor, com uma porta de entrada e outra nas traseiras, sem janelas sequer, e com um pequeno sótão onde nós as duas dormíamos (ou tentávamos) sufocadas pelo calor, até descobrir que se abríssemos os postigos de ambas as portas corria uma aragem mais respirável . Mas fizemos amigos e quisemos voltar. Não para aquela casa, obviamente, mas para o convívio com aqueles alegres companheiros de veraneio. Ainda voltámos durante uns 2 ou 3 anos, pelo meio aconteceu o 25 de Abril, nem sempre o meu pai conseguiu tirar férias nessa época (em que se corria o risco de ser "saneado", sem se saber porquê), de modo que os contactos foram-se perdendo...

Mais tarde "corri" o Algarve de Lagos a Montegordo, com duas amigas da faculdade, uma das quais tinha um Morris mini e a carta de condução acabada de tirar... Isto depois do pesadelo que passámos ainda com os meus pais em Pedras d'el Rei  - um "comboio" para a praia, que descarrilava e eram os próprios veraneantes a sair para o meter de volta nos carris, com água nas canalizações a só funcionar 3 horas por dia. Por duas vezes fui acampar (não sou fá), outras estive em casa de amigos.

Desde esses primórdios até hoje a paisagem algarvia mudou bastante: a urbanização desenfreada e sem condições foi dando lugar a estruturas mais bem pensadas, daí continuar a ser o destino predilecto depois de adulta, casada, mãe do filhote, com a mana, cunhado e sobrinhas (com uns interregnos por Isllantilla, quando a exorbitância dos preços foi incomportável). A restauração também evoluiu, as doses boas-para-anorécticas foram substituídas por normais, algumas instalações já não correm o risco de levar com um pedregulho em cima, por estarem à "sombra" do penhasco...

Concluindo: como diz o outro, já fui muito feliz no Algarve! (com alguns "sustos" pelo caminho, que felizmente se resolveram!)

Jinhos!
Teté

terça-feira, 17 de agosto de 2010

OS DEVORADORES DE LIVROS

É um pequeno livro de contos que se lê numa penada - tem apenas 159 páginas - que o maestro, compositor, escritor, realizador de cinema, etc. e tal assume ter escrito algures no tempo antes do seu primeiro livro, nomeadamente em redacções de liceu. Com revisão actualizada, como é óbvio. Encontradas em "gavetas de esquecimento" razão pela qual António Victorino d'Almeida se alegra de as ver "ressurgir à luz do dia".
Embora algumas das 13 estórias (histórias, para os fundamentalistas do português "puro e vernáculo") demonstrem a capacidade de síntese do escritor - eivada de non sense, como é seu hábito nos livros de ficção, que os outros não li - a que mais gostei foi precisamente a mais longa: "Um caso de bibliofagia"! A pergunta que se impõe é: os homens devoram os livros ou são devorados por eles?
Genial, como sempre, com um sentido de humor refinado, por vezes ingressando no negro!

Citação única (e resumida):
"O Coronel chamou o Professor de parte e concordou em que Leonardo não era, de facto, louco... Era esquisito, apenas isso. E chegou a segredar que, entre todos os irmãos, talvez fosse até o mais esperto.[...] O velho Aristides, o pai, tornara-se mesmo conhecido pela estupidez; contavam-se histórias picarescas, talvez inventadas... Parece que tinha comprado 'electricidade em pó' a um cigano! Introduzira esse pó, cimento, areia, não sabia, numa tomada e constava que ficara electrocutado, embora a família negasse esta versão do falecimento súbito..."

domingo, 15 de agosto de 2010

O ESCRITOR FANTASMA

Um escritor pouco conhecido aceita escrever as "Memórias" de um ex-Primeiro Ministro britânico, Adam Lang, em substituição de um seu assessor, que morreu num acidente de contornos pouco claros.
Mas o que se afigurava uma grande oportunidade monetária para o escritor, que tem de se mudar para uma ilha da costa leste norte-americana onde Lang reside temporariamente, numa mansão luxuosa e ultra vigiada a lembrar um bunker, a par de um prazo relâmpago de um mês para finalizar o livro, depressa levanta as suas suspeitas: ainda mais quando encontra algumas fotos e documentos escondidos no quarto do seu antecessor, onde constata que as "memórias" do político não correspondem à realidade.
Por outro lado, as recentes declarações de um ex-ministro do Gabinete de Lang indiciam o envolvimento deste em crimes de guerra, pelo que as atenções do mundo em geral e dos jornalistas em particular incidem agora novamente sobre o ex-Primeiro Ministro. Será que o escritor fantasma, pisando terreno desconhecido em que nem tudo é o que parece e temendo pela própria vida, consegue terminar a sua missão?
Um excelente filme de suspense, com um naipe de actores de luxo - Ewan McGregor, Pierce Brosnan, Kim Catrall, Olivia Williams, entre outros, nomeadamente Eli Wallach, de 93 anos, num pequeno papel - e que valeu a Roman Polanski o Urso de Prata do Festival de Berlim 2010, na categoria de melhor realizador.
Fica o trailer, para quem quiser espreitar:

 

Imagem de cena do filme da net.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MÚSICAS AO DESAFIO...

O desafio partiu do RAFEIRO PERFUMADO e é musical! Mais difícil do que parece à primeira vista, até porque se tem de nomear 5 amigos para o seguirem, com uma música dedicada a cada um. Então e os outros não ficam chateados com a exclusão, embora muitos não apreciem desafios? Toca a fazer alguma batota... ihihih! Ah, e a música que ele me dedicou foi "Friends will be friends", dos Queen.
Esta há-de ser sempre uma música que associo à blogosfera, e ao VÍCIO, em particular - para quem não sabe, foi o primeiro comentador aqui do canto, mas manteve-a bastante tempo como "ambiental" no dele (não interessa nada se entretanto já mudou, né?):


A VANI também é uma amiga dos primórdios, com preferências musicais selectivas, mas um dia destes fez-me rir a bandeiras despregadas com este vídeo (e sim, era a intenção!):


Para o RAFEIRO e para a GATINHA seleccionei este (OK, sei que as preferências deles são diferentes, mas umas ele já "esgotou" e outras desconheço, de modo que antes que saísse "argolada", segui para o "clássico", eheheh):


CAPITÃO, SUN IOU MIOU, REI DA LÃ e CONDADO esta tenho a certeza que vão gostar tanto como eu...


Para a SAFIRA e para a PARISIENSE, uma canção francesa romântica de outras eras - com umas legendas estranhas, mas parece que as outras foram eliminadas lá por causa de uns direitos de autor de uma multinacional americana:


Last but not least, para TODOS os restantes amigos blogosféricos (na impossibilidade de descortinar as preferências musicais de cada um ou de enveredar por concertos clássicos) elegi esta:


UM ÓPTIMO FIM DE SEMANA PARA TODOS E DIVIRTAM-SE!

ps - não se aceitam reclamações, mas podem trocar de músicas à vontade, OK?!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

FIESA 2010

Pelo oitavo ano consecutivo está em curso o Festival Internacional de Esculturas em Areia (FIESA) - em Pêra, no Algarve - desta vez subordinada ao tema "Mundo Vivo". Como sempre destaco a genialidade dos escultores que com 35 toneladas de areia (não, não é a mesma da praia, senão não aguentavam a temporada de 22 de Maio a 22 de Outubro e descambavam à primeira chuvada) constroem estas autênticas obras de arte.
No entanto, depois de ter visitado alguns dos festivais anteriores com temas tão diversos como "As Maravilhas do Mundo", "Cinema de Hollywood", "Histórias de Encantar", entre outros, este pareceu-me mais fraco, nomeadamente porque "Mundo Vivo" não foca apenas o reino animal passado e presente - o ser humano incluído - às tantas perde-se em figuras históricas e mitológicas, civilizações, arquitecturas, divindades e indústrias, sem muito nexo. Sem demérito para os escultores, obviamente!

Medusa, Centauro e Pégaso, o labirinto "desenhado" pertence à figura seguinte do Minotauro...

... e o conde Drácula também não podia faltar!

Sim, Darwin faz sentido quando se fala de mundo vivo, mas junto a figuras de ficção? Com sereias e o Iéti incluído?! No "quadro" ao lado uma sequência da evolução do Homem, que tem a sua piada, mas pouco a ver com as teorias darwinianas (clicar para ver melhor, que a foto não saiu grande coisa):

Um esquimó...

... a par de um pastor alentejano, com os seus cães e lancheira - constituída por um garrafão de vinho, pão, queijo e chouriço - não podiam falhar...

... bem como um urso de peluche e um patinho de borracha para colmatar! (indústria de brinquedos, que é um mundo extremamente vivo, note-se!)
Resumindo: gostei das esculturas, mas o tratamento da temática pareceu-me bastante desnorteado... para não dizer estapafúrdio!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A FÚRIA DAS VINHAS

"Recortado no horizonte, sentado sobre as patas traseiras no cimo da escarpa, o lobo levantou o focinho aos céus. Soltava um uivo de mau agoiro que se dissolveu nos silvos da ventania rasgada pelas arestas afiadas dos penhascos que apertavam o Rio. Soprava de nortada, gelado e rijo, em vagas alteradas, vergando o que restava das videiras, encarquilhadas e retorcidas, roídas na alma e na seiva pela fúria da praga que ainda há pouco chegara, vinda das encostas do Peso e do Pinhão."
Assim começa este romance de Francisco Moita Flores  (com enredo policial, note-se!), que nos leva ao mundo da Ferreirinha e do seu combate à filoxera nas margens do Douro do século XIX, enquanto a populaça persegue e mata lobos de contornos demoníacos, segundo as superstições comummente aceites por padres, bruxos e pelo barbeiro-regedor, "homem de verdades feitas", na crença de serem os culpados da morte de algumas raparigas da região. Quem não acredita nisso é Vespúcio Ortigão - um bacharel (graças à generosidade de D. Antónia em pagar-lhe os estudos), depois de uma infância de mendicância e penúria, devida à morte do pai, cónego de Trancoso - que dá os primeiros passos na investigação criminal, tal como hoje a conhecemos.
Contudo, "não se admirava o jovem advogado da vaga de medo cuspida pela autoridade do barbeiro. Cada comunidade era um mundo fechado sobre si, que as montanhas separavam de outros mundos, ao mesmo tempo que retinham a história, permitindo que o velho tempo medieval resistisse às arremetidas da racionalidade."
Embora possa nunca ter referido aqui, aprecio bastante a escrita de Moita Flores, simples e clara, por vezes quase poética ou irónica, mas muito agradável e compreensível por todos. Nestas 318 páginas o protagonismo é dividido por D. Antónia Ferreira, com o seu amor às terras e vinhas do Douro, e por Vespúcio Ortigão, tido como doido pela maioria do povo, dadas as suas ideias avançadas para a época (fruto de muitas e variadas leituras)! Mesmo incompreendido não esmorece e o final... é para quem o queira ler! 

Citação (só mais uma!):
"[...] Esta gripe pode também surgir como um sinal de 'Morbus litteratorum'.
Foi Crisóstomo quem perguntou:
- O quê?
- Uma doença que ataca pessoas que estudam ou escrevem em excesso. Os humores precipitam-se, o espírito descontrola-se e os órgãos perdem a vitalidade. Foi a doença que vitimou Pascal, que antecipou a morte de Mozart e de  muitos outros iluminados. É uma doença que é um castigo directo porque quem se apaixona pelo saber até aos limites da cegueira não cumpre o respeito que merecem dias santos e festas de guarda, absorvido pelo entusiasmo que mais não é do que o sintoma maior da doença."

MUITO BOM!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"FAT MAN" INESQUECÍVEL

Faz hoje precisamente 65 anos que a segunda bomba atómica foi lançada sobre a cidade japonesa de Nagasaki, por ordem do presidente dos EUA, Harry S. Truman - três dias depois de "Little Boy" ter deflagrado dos céus de Hiroshima. Ambos os alvos eram civis, a mortandade imensa e incalculável, mesmo com dados actuais (discrepantes nos que morreram instantaneamente, como em todos os "sobreviventes" que pereceram devido às radiações).
A rendição do Japão surgiu poucos dias depois (a 14) e assim terminou a II Guerra Mundial. Dúvida é se essas bombas de urânio e plutónio eram absolutamente necessárias para acabar com a Guerra - sim, também existiam os tais kamikazes malucos a atirar-se contra tudo que era alvo inimigo, como muitos anos depois contra as torres gémeas de Nova York  - ou se a violência não foi excessiva...
Memórias que felizmente não vivi, mas que não esqueço de tudo o que aprendi!

Imagem da net (como não poderia deixar de ser!)

domingo, 8 de agosto de 2010

NO REGRESSO A CASA...

...  depois de muito chapinhar em ondas cálidas e de mergulhar em piscinas de águas azuis, ou vice-versa, o único protesto é o mesmo da Gabriela de Jorge Amado: "Sapato não, seu Nacib!"
Claro que não tenho nenhum Nacib atrás de mim a obrigar-me a usar sapatos, mas que vai ser difícil largar o pé descalço ou as chinelas, lá isso de certeza...
Quanto ao resto, todos sabemos que as férias acabam, o "programa" segue dentro de momentos!

BOM DOMINGO PARA TODOS! 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

RUPTURA


Há filmes assim, que nos passam ao lado, mesmo que protagonizados por actores de grande gabarito, naquele género de thriller policial que nos agrada. (quer dizer, a mim agrada-me especialmente!) 
Em "Ruptura" ("Fracture", no título original), Anthony Hopkins desempenha o papel de Ted Crawford, um engenheiro meticuloso que elabora um plano para assassinar a sua mulher Jennifer (Embeth Davidtz) - adúltera, que o trai com um polícia -  escapando da devida pena de prisão. Para o efeito conta com a previsibilidade da actuação policial e dos trâmites do processo judicial, em que se defende a si próprio, enquanto a acusação está a cargo de um ambicioso jovem advogado, William Beachum (interpretado por Ryan Gosling), inebriado pelo seu sucesso e em vias de se mudar para uma prestigiada empresa de advocacia privada.
A confissão inicial é considerada inválida pelo tribunal, as alegações do réu e a falta de provas redundam na absolvição do homicida, bem como no total descrédito do advogado de acusação. Mas o filme realizado por Gregory Hobit não fica por aqui... Segue o trailer, para quem quiser espreitar:

Muito bom! Pena exibirem estes filmes na televisão "fora de horas", a acabar lá para as 3 e meia da manhã!!!

Imagem de cena do filme da net.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PORREIRO, PÁ!

Fotografia de Ian Britton

Sinceramente, não esperava boas notícias durante as férias! Nomeadamente sobre as notas do filhote, que foi a exame a três cadeiras do 12º ano: a Língua Portuguesa já sabíamos que tinha tido 12 (o que lhe baixou a média de 15 para 14, mas quando a média nacional foi de 8 vírgula qualquer coisa, nem é mau de todo!); e a História que chumbou sem estar à espera, bem como o Inglês (opcional, ou nem tanto, já que a "opção" partiu da escola...) que anulou a matrícula,  ambos em segunda época.
Ele para mim, quando soube que tinha chumbado a História, com um 7, que nem era equivalente às notas que tinha tido nos testes do período: "Oh, mãe, se calhar o prof até me quis ajudar, que se me desse o 9 eu ficava com média de 10!" O mesmo professor que lhe disse que se ele não sabia estudar a disciplina, também era incompetente como Presidente da Associação de Estudantes. "Ah, sim, chumbar um aluno deve ser para o ajudar! Acorda, pá!", exclamei assim a dar para o irritada. Adiante!
Os exames não lhe correram muito bem, especialmente o de Inglês - para o qual ele acha sempre que não é preciso estudar, porque já sabe tudo - mas safou-se com um 10 entre escrita e oral. A História, que o vi estudar, embora o exame incluísse o "tratado de Lisboa" do Sócrates (isso é História?! talvez da carochinha...), teve 18! E sim, desta vez louvei com um "Porreiro, pá!"
Agora o plano B que já tinha arquitectado para o caso de chumbar não funciona, curioso é que não tinha o A, para a hipótese de passar... e ainda está na dúvida sobre onde se vai inscrever! Mesmo assim, para nós, foi o melhor "presente" que nos podiam ter oferecido...