Não se pode dizer que este seja o melhor livro de Ruth Rendell - um policial, onde a páginas tantas nos interrogamos "afinal, onde está o crime?", já nos diz bastante sobre o enredo...
Mas pronto, neste livro originalmente publicado em 1966 com o título "Vanity Dies Hard" (que me fez logo lembrar Bruce Willis, sei lá porquê...) a ação gira em torno das muitas preocupações da protagonista Alice Whittaker, uma mulher de 38 anos recentemente casada com um homem 9 anos mais novo - e que por isso se julga uma velhinha a cair da tripeça, para lá do complexo de nunca ter sido uma autêntica beldade - que procura a sua amiga Nesta, uns tempos depois desta se ter mudado de apartamento. Quando descobre que ela nunca foi viver para o local que lhe indicou, a primeira coisa que lhe passa pela cabeça não é que a amiga lhe mentiu, mas que foi assassinada. Pois, normalíssimo, ontem como hoje!
Entretanto a coitada também anda muito enjoada, longe de perceber o óbvio, imagina que alguém a anda a envenenar...
Resumindo: o enredo é fracote! O que não sabia ao comprar este livro, é que este é um dos seus títulos iniciais (segundo a wiki), que denota ainda alguma imaturidade. Não na escrita em si, mas na estrutura do romance, meio hesitante para o lado que vai cair. Verdade seja dita, considero Ruth Rendell uma das melhores escritoras no género policial da atualidade, pelo que não fiquei inteiramente desapontada - alguns "desajustes" nos primórdios acontecem a todos. Garanto é que ela tem uma vasta obra, com títulos muito mais empolgantes que este, que nos prendem à leitura da primeira à última linha!
CITAÇÕES:
"Os dentes grandes eram todos dele, mas raramente os mostrava, mantendo o lábio inferior uma postura a que ele chamava determinação e os restantes belicosidade."
"Dez mil anos de civilização por água abaixo de um momento para o outro quando se põe uma mulher ao volante de um carro. - Poisou a chávena como se a tivesse visto e apercebido de que estava a segurá-la pela primeira vez. - Para que quero eu chá a estas horas da noite? - perguntou, a ninguém em particular, e depois a Alice, abanando a cabeça. Não sei onde vais buscar estes costumes proletários."
(nota: a "simpática" personagem secundária das citações é a mesma, mas não deixa de ser interessante o modo subtil como a escritora vai caracterizando a personalidade das suas personagens, aqui e ali dando umas achegas, como que a construir uma imagem...)
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Também gosto de policiais. Já mencionei que andava a ler (durante meses porque havia muito para ler) os livros de Donna Leon.
ResponderEliminarE a propósito de livros, hoje ofereceram-me um livro de Rosa Lobato de Faria, “Vento Suão”.
Continuação de boa leitura.
Abraço
Ah, o Bruce Willis! : )
Lembraste-me que tenho que ir à Fnac.:)
ResponderEliminarbeijinhos
Cá em casa há a colecção completa da Ruth Rendell, mas eu quase nem tenho tempo para ler os livros que ainda tenciono ler antes de deixar Portugal.
ResponderEliminarSaudação tripeira!
e também é uma das melhores escritoras da actualidade?
ResponderEliminarpor falar em actualidade, ontem disseste que a Pamela Thornton era a ACTUAL diretora :e
E eu ainda não li nenhum dela :(
ResponderEliminarMas vou comprar...já anotei dois ou três títulos dela que recomendaste...depois mando-te a conta, ok?;))
Beijinho :)
Muito sinceramente nunca tinha visto ouvido falar, nem lido nada sobre a autora.
ResponderEliminarVou continuar seguindo os policiais da Agatha, pelo menos, sei que não vou me desiludir :)
Esse não me convence.
ResponderEliminarAndo a ler mas ainda não consegui postar opiniões :s
Um dia ;)
Ora aí está uma escritora que ainda não li, CATARINA! Mas tenho de ver se a encontro por cá, já que adoro policiais. Gracias pela dica! :)
ResponderEliminarDa Rosinha já li alguns contos e livros em parceria, tenho aí um dela para ler. Do que já li, gosto bastante... :D
O tio Bruce é indissociável de "Die Hard"!
Abraço!
E fazes muito bem, NINA! :D
ResponderEliminarBeijocas!
Ai, que inveja, EMATEJOCA! Estes, de bolso, consegui encontrá-los na Feira do Livro deste ano, mas foi um sufoco para os encontrar, que estão todos esgotadíssimos... :[
ResponderEliminarEntão boas leituras para ti e abraço alfacinha! :)
Mas eu até avisei que ia ter alguns enganos de percurso, VÍCIO! Aliás, ainda tenho o corretor antigo... (com receio que dê "raia" um novo!) :e
ResponderEliminarNão, não está nada OK, MARIA! Amigos, amigos, contas de livros à parte! =))
ResponderEliminarBeijocas!
É verdade que Agatha Christie nunca desilude, MIGUEL, mas esta escritora também não costuma desiludir, embora este tenha estado um pouco aquém do habitual... ;)
ResponderEliminarBom, LOPESCA, aqui também só dou meras opiniões, não pretendo convencer ninguém... Além de que gostos são gostos, evidentemente! :D
ResponderEliminarraia que os parta a todos os que tiveram essas ideias... :-w
ResponderEliminarPois, OK, mas tiveram e agora não há muito a fazer, VÍCIO! :P
ResponderEliminarClaro.
ResponderEliminarAté já sabes que gosto de livros de vampiros e eu sei que tu não gostas ;)
Pois, vampiros, lobisomens, fantasmas e ETs dispenso completamente, LOPESCA! :D
ResponderEliminarPois antes desta nova moda de vampiros, lobisomens, fantasmas eu gostava mais e sobre ficção científica sempre adorei :)
ResponderEliminarLá está, li dois ou três livros de ficção científica até ao fim (e porque eram bons), porque os restantes abandonei todos ao fim de meia dúzia de páginas, LOPESCA! Gostos... :))
ResponderEliminar"As Benevolentes" está a revelar-se um desafio de fôlego (para o leitor porque para quem escreveu não é preciso dizê-lo). Para já, tenho esse tijolo (quase literalmente) mãos. Depois talvez o Umberto Eco :)
ResponderEliminarJá ouvi falar desse livro, MOYLITO! Tenho de ir espreitar... ;)
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