sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ONDAS, LUAS E MARÉS...

Agosto chega ao fim e com ele a "Onda fotográfica" que vos propus no início do mês - para quem ainda não enviou, recordo que ainda está a tempo, até às 23h e 59m de hoje. Tal como já referi, todas as fotos recebidas serão publicadas na próxima segunda-feira, dia 3 de setembro. Provavelmente repartidas por dois ou três posts, dado o número de participantes, a quem desde já agradeço.

Bom, mas nestas andanças internéticas também ficámos a saber o que é uma "lua azul" - a lua cheia que se repete duas vezes no mesmo mês, o que acontece mais ou menos de 3 em 3 anos. Por coincidência, também aprazada para hoje, a partir das 19h 47m da tarde. A avaliar pela de ontem bem redonda e amarelinha, olhar para o céu, estrelas e lua não fará mal a ninguém, mas de azul... só se for esta, na voz de Chris Isaak:


UM FIM DE SEMANA DE BOA MARÉ PARA TODOS!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MADAGÁSCAR 3

Alex, Marty, Melman, Gloria e o rei Juliano encontram-se novamente no coração de África, saudosos do zoo de Nova Iorque onde eram estrelas, enquanto os pinguins e os macacos rumaram no decrépito avião para Monte Carlo, com todas as riquezas acumuladas, prometendo voltar. Mas eles estão a tardar e os quatro amigos e o lémur trapalhão resolvem ir ter com eles. Como subtileza não é o seu forte, estragam o estratagema de batota dos macacos e pinguins no casino, assustando a clientela. Durante a perseguição policial que se segue é chamada uma tenebrosa e implacável agente de controle animal - a capitã Chantel DuBois - que tem um "faro" muito especial para caçar animais, cujas cabeças exibe como troféus nas paredes do seu gabinete. Falta-lhe a de um leão, o que a faz interessar-se ainda mais pela caça.

Acossadas e com dificuldade de permanecer incógnitas durante muito tempo, as antigas estrelas de Central Park conseguem apanhar boleia num comboio para Roma, junto de um circo, que os donos vendem de bom grado. O que eles não sabem é que o cabeça de cartaz - o tigre russo Vitaly - está a atravessar um período difícil, após um fiasco num espetáculo anterior, que o afetou a todos os níveis. Mas será que juntamente com Gia, a bela jaguar, e Stefano, o leão marinho, artistas circenses e amigos do tigre, não conseguem  ultrapassar esses problemas? Quem está nas nuvens é o rei Juliano, que se apaixona perdidamente...

Estas são as novas personagens de "Madagáscar 3" e este o trailer dobrado em português, a que atores e músicos nacionais, bem conhecidos de todos, emprestaram a voz (dobragem muito boa, por sinal!):


Classificado com 7.2/10 na IMDB, o filme é alegre, colorido e tem uma banda sonora variada e condizente! Ah, que aqui e ali a história não faz sentido? Pois, são desenhos animados, não se destina propriamente a uma elite inteletual... Gostei, está claro!

Imagens da net.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O 24 NÃO É O 28 (nem o 29)!

Desde que a Catarina escreveu este post, já há quase um ano, que fiquei com vontade de voltar a andar de elétrico. Na carreira nº 28, mais especificamente. Por razões várias - outros compromissos, mau tempo, greves, trânsito cortado por via da "Volta a Portugal em bicicleta" ou acontecimentos afins - não tem dado.

Ontem, após uma consulta médica na Pontinha, saí de lá um bocado distraída. A médica aconselhou-me a fazer uma pequena cirurgia - nada de grave, embora não propriamente muito apelativa, principalmente após ter visionado parte do programa da tarde da TVI enquanto esperava, em que se referia a morte de uma rapariga durante uma intervenção cirúrgica para colocação de banda gástrica - e vinha a pensar no assunto. Para lá fui de táxi, de modo que quando cheguei à paragem de autocarros (que raramente uso, naquela zona), fiquei na dúvida de qual o melhor para regressar a casa. Só sabia que havia, dei uma rápida olhada no itinerário e meti-me no 24, embora houvesse para lá umas ruas desconhecidas pelo meio...

Confiante que estava no bom caminho, deixei passar paragens relativamente próximas (nada que não se consiga calcorrear em 15 minutos a pé) e, de repente, o autocarro ruma para Monsanto. OK que não era muito longe, mas na primeira nem parou, depois já estava no bairro da Boavista, não ia sair ali. Resumindo: fui parar a Alcântara!

Enfim, não estava com pressa para ir a lado nenhum, saí e voltei a entrar no mesmo veículo (usando novo módulo, claro está!), concluindo que afinal não era o 24 nem o 28 que devia ter apanhado, mas sim o 29! Caraças, será que estou a ficar gagá?

Mesmo assim, pior deve ter ficado o elemento do FMI que foi alvo de um ganancioso carteirista no elétrico  (28, por sinal!), com o desaparecimento da sua supostamente bem recheada carteira... Coitado! (se alguém me souber explicar porque é que a polícia começa logo a atuar mais prontamente depois de casos destes, também agradeço!)

Imagem do facebook.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O CORAÇÃO DA TEMPESTADE

Elisabeth Hunter (Charlotte Rampling) encontra-se limitada ao seu leito, numa fase terminal da vida, intercalando momentos de lucidez e de demência. Rica e pertencendo à elite social australiana do início dos anos 70, habituou-se a manipular os que a rodeiam (e rodearam), resolvendo chamar para perto de si os seus filhos, que intitula de "meninos", se bem que ambos já tenham entrado na meia idade. Basil (Geoffrey Rush) é um ator em fase de decadência, embora nutra múltiplos projetos para relançar a sua carreira nos teatros londrinos, enquanto Dorothy (Judy Davis) ganhou o título de princesa de Lascabanes, ao casar com um nobre francês do qual já está divorciada, lutando com dificuldades financeiras. A pose arrogante e sobranceira é apanágio de toda a família, o carinho e o afeto não fazem parte do seu modo de ser.

Simultaneamente, as duas enfermeiras, a cozinheira/bailarina alemã e o administrador dos bens - que servem a velha senhora habitualmente - parecem pretender aproveitar a sua senilidade para conseguir um quinhão maior das suas jóias e/ou fortuna. Aparentemente rodeada de interesseiros, a matriarca destila veneno em seu redor de cada vez que abre a boca, sem ninguém entender se se trata de "um momento difícil" em que ela perde a noção do que diz ou se é pura maldade... Fica o trailer, para quem quiser espreitar:  


Apesar das excelentes interpretações, detestei o filme: demasiado deprimente! Sem admiração, constatei que tinha a paupérrima classificação de 6.1/10, na IMDB. Depois de o ter visto. Mas também, quem é que se guia por opiniões de críticos cinematográficos?

Imagem de cena do filme, da net.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

MOMENTOS ZEN...

... arrebatam a vontade de entrar em polémicas inúteis!

Ah e tal, que é uma infâmia que agora não se possam fazer compras com cartão multibanco numa cadeia de hipermercados, se de valor inferior a 20 euros? Não é novidade nenhuma, que há muito pequeno comerciante que nem sequer tem serviço multibanco como forma de pagamento. A não ser que se lamentem os coitadinhos dos bancos, que vão ficar mais "pobres", onde é que reside o problema?

Aquela escritora de meia tigela escreve crónicas disparatadas a atacar as "gordinhas", já que ela se considera o suprassumo da elegância, beleza e inteligência? Epá, surpresa seria se ela escrevesse qualquer coisa de interessante, para quem tem mais de dois dedos de testa...

Agosto está a chegar ao fim e a silly season costuma desaparecer com o final do mês. Tenhamos esperança que a "tradição" se mantenha... e sorrir:



domingo, 26 de agosto de 2012

LINGUAGEM UNIVERSAL

E não é que a menina tem razão?

Desde as primeiras descobertas...

... passando pelo amor,

 religião,

política,

medicina,

educação...

até aos confrontos sociais e

casos mais bicudos!

Será que sorrir não é o melhor remédio?

Imagens do facebook.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

IDEIAS LUMINOSAS...

... ou nem por isso?

É curioso verificar como, num primeiro olhar, podemos ter uma perceção errada da realidade, como no caso desta fotografia. O que veem num primeiro relance e, depois, num olhar mais atento? Não devo ser a única a ter ilusões de ótica...

Bom, mas a foto - sem dúvida, profissional - serve para relembrar o passatempo "Onda Fotográfica" que lancei a 1 de agosto. A proposta é enviarem para o meu mail  - quiproquo.tete@gmail.com -  uma fotografia  de um objeto próprio e pessoal à vossa escolha, com o material fotográfico que tenham ao alcance. Até às 23h e 59m do dia 31 de agosto de 2012, tal como referido inicialmente, se seguirem o link

Facto é que já recebi várias participações (escusam de se acusar, eheheh!), que muito agradeço desde já, mas aproveito para esclarecer que todas as fotos recebidas serão publicadas no dia 3 de setembro de 2012. E depois é só adivinhar quem fotografou o quê! Para facilitar a tarefa, os nomes próprios, diminutivos, alcunhas ou nicknames pelo qual cada um é conhecido na blogosfera será divulgado a par das fotografias. Contudo, a identificação de cada foto só será efetuada três dias depois, para dar tempo a todos poderem adivinhar... 

Para os "distraídos": a uma semana do final do prazo, do que é que estão à espera? De ideias luminosas? Pois eu espero que todos tenham...

UM LUMINOSO FIM DE SEMANA!  
(independente de qualquer fotografia, evidentemente!)          

Imagem do facebook.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CADÊ?

Conheço a expressão brasileira desde que aprendi a ler, nomeadamente nas revistas de banda desenhada da Disney, como "Zé Carioca", "Tio Patinhas" e afins. Numa época em que ainda não eram "traduzidas", como posteriormente passaram a ser. Pelo sentido das frases nos "balões", quase todas as crianças acabavam por entender o sentido "que é de...?"  implícito.

Os adultos - aqueles chatos do costume - não achavam piada nenhuma a que os miúdos usassem aquela contração de palavras, como também embirravam solenemente com "chato" (que era liso) ou "giro" (exclusivo do verbo girar). Depois de ultrapassada a fase infanto-juvenil, essas novas gerações criticaram outras palavras que os putos empreg(av)am com frequência, como o "bué", o "mitra" e outras que tais. Há coisas que nunca mudam...

Outra coisa que parece não mudar, são os casos que se arrastam há anos em investigações e tribunais, com avanços e recuos, sem fim à vista. Embora, de vez em quando, alguém se lembre que é importante dar outro rumo à justiça portuguesa! 

Cadê os documentos dos submarinos?  Mais difícil que descobrir o Wally, hein?
(e já nem se pergunta pelos milhões de euros desaparecidos em bolsos desconhecidos, que nem vale a pena!) 

Certo?!? É que vem aí muita tinta...

Imagem do facebook.  


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

BOLOS E BOLINHOS

O Califa sempre foi uma referência na pastelaria fina (como costumava dizer-se!) de Benfica ou até de Lisboa. No início da adolescência mudámos para um apartamento das redondezas, de vez em quando a minha mãe pedia que fôssemos comprar lá uns bolos, especialmente quando íamos visitar os meus avós, o que acontecia quase todos os domingos. E ditava a encomenda: dois pasteis de nata, dois duchesses, duas delícias de morango, dois palmiers e por aí fora, consoante lá supunha o número de pessoas presentes na  hora do lanche. Raramente era inferior a uma dúzia de bolos, porque nunca se sabia se as vizinhas eram convidadas, o que também acontecia quase sempre, desde que elas próprias não tivessem visitas.

Também era certo e sabido que a sôdona Emília, que não era obrigada a comer pão antes de atacar os bolos, como nós, não se inibia nada em começar a comer o bolo que já tínhamos apontado a dedo como sendo aquele que queríamos comer a seguir às torradas. OK, era falta de chá da nossa parte, mas fazer o quê perante aquela gulosa empedernida? Por vezes até comia o meu e o da minha irmã, passando às torradas em seguida...

Porém, a partir de determinada altura era raro comer bolos, como ainda hoje em dia é. A minha irmã, que durante os tempos de liceu teve quase sempre aulas no turno da manhã (enquanto eu tinha de tarde!), ia ao Califa frequentemente, a pedido da minha mãe, comprar o lanche de ambas: nada menos que dois bolos para cada uma! Obviamente, nas férias contavam comigo, mas não sei se enjoei ou coisa, deixei de comer. Dai que a minha irmã, um ano mais nova e alguns centímetros mais alta, tenha terminado o liceu com mais 20 quilos que eu! Que foi perdendo durante os tempos universitários, quando já não lanchava diariamente dois bolos com chantilly!

Apesar disso, continuamos a encomendar os bolos de aniversário no Califa, que a pastelaria de confeção própria continua fresca e cinco estrelas. Mas nunca frequentámos o snack-bar ou o restaurante, porque os clientes habituais eram demasiado "queques" para o nosso gosto....

Ontem, esporadicamente, passei pelo Califa! Era tarde, não tinha almoçado, pensei sentar-me na esplanada e comer uns croquetes (que, por sinal, também costumam ser bons), mas não havia lugar. Fui ao balcão pedir, com a intenção de fazer a refeição ligeira em casa. E qual não foi o meu espanto quando, em vez dos bolos de outrora, observo uma vitrina pejada de miniaturas. Bolinhos muitos, bolos no tamanho original poucos! Vale que ainda não reduziram nos croquetes, mas de caminho aproveitei para trazer estes dois para a sobremesa do jantar:

Escusado será dizer que do tamanho original, não? (e sim, cada um comeu o seu bolo inteirinho!)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

JARDINS TRANQUILOS...

O dia mundial da fotografia foi no passado domingo, mas dia da fotografia não é sempre que quisermos e tivermos uma máquina por perto? Aconteceu recentemente, após uma visita gorada ao Museu do Brinquedo, em Sintra. Não conseguimos lá chegar, devido ao trânsito caótico - se é que se pode chamar caótico a uma fila de carros parados, sem andar para a frente nem para trás! Meia volta e toca a rumar noutra direção...

Até que nos deparámos com um jardim desconhecido (para nós!) e a passeata apetecia, para desenferrujar as pernas depois da monótona viagem. Não tardou a que a máquina fotográfica saltasse da mochila... como não podia deixar de ser!

Patos, galos, pavões, gatos e cágados circulavam livremente pelos caminhos, entre as flores e o arvoredo, ou  nadavam calmamente nos lagos, enquanto as crianças brincavam nos relvados ou no parque infantil, vigiadas de perto por familiares.

No romântico palácio, onde funciona um museu e uma biblioteca, de que começámos por vislumbrar a torre (tentámos não incomodar o parzinho a namorar lá por perto, como ele não incomodou a foto!), encantou-nos a arquitetura e o lindíssimo fontanário próximo da entrada. 

Do lado oposto, encontrámos este sossegado recanto - e um banco de azulejo a gritar por restauro, mas pronto! - com vista para uma língua da enseada.

Na capela e noutros locais pudemos visionar outros exemplos da belíssima azulejaria, com hortenses, arbustos e árvores a compor o perfil paisagístico.

A citação latina no topo daquele painel, traduzida pela wiki (que o meu latim está muito enferrujado, eheheh!), significa qualquer coisa como: "Deus concedeu-nos esta tranquilidade"

Muito mais haveria a explorar: uma zona de jogos tradicionais, percursos pedestres e de manutenção e claro, o museu/biblioteca e a capela, que estavam encerrados.   

A esplanada estava a abarrotar de gente, de modo que fizemos uma breve pausa noutro jardim, portão a meias com este, mas mais sossegado e com música no ar... 

Regressámos pelo caminho inverso, com a ideia de uma tarde muito bem passada. Ficam as questões:

1. Que jardins visitámos?
a) Trata-se do Parque Marechal Carmona, em Cascais, inaugurado em 1944 e reunindo as propriedades dos condes de Castro Guimarães (que cederam o palácio e parte do jardim, para o efeito, e onde se encontram sepultados) e do visconde de Gandarinha. Pós 25 de abril houve a tentativa de alterar o nome para parque da Gandarinha, mas nunca pegou, resultando daí que mantém a sua designação original;
b) Bom, aqui é que estava a pequena "armadilha": ao lado fica o "Jardim da Cerveja", que não é propriamente um jardim, mas um bar-restaurante!

2. Dia da fotografia, mesmo que amadora, não é sempre que quisermos?!?
Esta era retórica!

ADENDA a 22 de agosto de 2012:  Tudo o que esteja escrito a verde. Parabéns à Rosa dos Ventos, que foi a primeira a adivinhar qual era o jardim principal, à Nina, ao Vício e ao Carlos Barbosa de Oliveira que por pesquisa ou por conhecimento próprio lá chegaram! Obrigada a todos pela participação!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

BRAVE INDOMÁVEL

Desde pequenina que Merida se interessa mais pelo arco e flecha, por aventuras e cavalgadas, do que propriamente pelas regras de etiqueta que a mãe lhe tenta incutir, como mais adequadas a uma princesa. Aos seus três jovens irmãos mais novos todos os comportamentos são permitidos e perdoados - mesmo que o maior entretenimento destes seja roubar bolinhos às cozinheiras - e ela não entende porque não pode ser uma arqueira como os rapazes. Mas o caso piora um pouco quando lhe são apresentados os pretendentes à sua mão, filhos primogénitos dos senhores das terras, companheiros e aliados do seu pai: não só não se sente preparada para casar - nem sabe se algum dia se sentirá - como os referidos rapazes não são de molde a incentivar-lhe pensamentos românticos...

Como a rainha continua a insistir que a filha tem de aceitar o seu destino, ela recorre a uma velha e excêntrica bruxa para o mudar. Acontece que a bruxa já não se recorda bem dos efeitos colaterais que o feitiço acarreta, e a princesa vê-se metida numa grande embrulhada!

Mark Andrews e Brenda Chapman realizam e escrevem o argumento deste filme da Disney / Pixar, coadjuvados por uma vasta equipa, que obtém até ao momento a classificação de 7.6/10 na IMDB e cujo trailer podem espreitar aqui:


Digno de nota também o desenho animado de curta metragem que antecede o filme - "La Luna" (2011), de Enrico Casarosa - que foi candidato ao Oscar na categoria e está pontuado com 7.9/10 na IMDB. Uma boa aposta para uma tarde de cinema com a pequenada... ou para todos aqueles que simplesmente adoram desenhos animados!

Imagem da net.

domingo, 19 de agosto de 2012

DE VOLTA AO JAZZ...

A  programação de jazz em Lisboa, durante os meses de verão, costuma ser variada e animada. Contudo, já se sabe que somos nós que temos de seguir esse "roteiro", não é ele que se conforma com os nossos planos.

Assim, não existindo espetáculo gratuito e ao ar livre - como convinha numa bela noite de verão sem compromissos - rumámos em direção ao Hot Club de Portugal, no novo espaço que ocupa desde dezembro do ano passado, na mesma Praça da Alegria. Recorde-se que as anteriores instalações, numa cave de um prédio degradado, foram devastadas por um incêndio num piso superior (em 2009) e, consequentemente, alagadas pela água que os bombeiros usaram  para o apagar. 

O atual ambiente é semelhante ao antigo: pequeno, intimista e minimalista, embora com um espaço exterior mais amplo (digo eu, que já lá não ia há muitos e muitos anos!). Mais moderno e bastante menos claustrofóbico, também!

Quanto ao resto, não sei o nome dos jazzistas portugueses que tocaram, nem o quê, mas boa música ouve-se sempre bem... 

  
(esta não foi de certeza, que o jazz foi só instrumental... nem vi a Diana por lá!)

Imagem da net.

sábado, 18 de agosto de 2012

O MUNDO AMORDAÇADO!

O mundo está a tornar-se um lugar cada vez mais perigoso! Os governantes e os detentores do poder económico conluiam-se no esforço de calar as vozes dissonantes, o desrespeito pelo direitos humanos torna-se visível a cada dia que passa. 

A Grã-Bretanha, tida como uma das democracias mais antigas da Europa, acolheu em tempos o ex-ditador Pinochet, que nunca chegou a ser julgado pelos crimes de genocídio, de enriquecimento ilícito e mais uns quantos que colecionou ao longo dos anos que liderou o destino dos chilenos. Crimes contra a humanidade, nada de somenos importância! Mas em relação a Julian Assange - aquele sujeito que teve o "descaramento" de publicar documentos "Top Secret" que revelam a podridão que grassa entre governantes e reinantes económicos do mundo inteiro, e que os EUA tem debaixo de olho para julgar por alta traição e possivelmente condenar à pena de morte - o caso já fia mais fino e o governo de David Cameron já ameaçou retirar a imunidade da embaixada da República do Equador, em Londres, onde o australiano se encontra alojado e conseguiu asilo político. Ou seja, esquecendo todas as regras do direito internacional...

Para a hipocrisia ser maior, a "digna" demanda inglesa é entregar Assange às autoridades suecas, onde duas moçoilas (que o convidaram para sua casa) o acusaram de violação... consta que um pouco depois da cabeça dele estar a prémio! Isto não vos lembra aquele fulano do FMI, acusado de violar uma empregada do hotel onde estava hospedado, quando bem cotado para assumir a Presidência da República francesa? Extraordinária coincidência, não é? Escusado será dizer que, independentemente do resultado do julgamento, logo de seguida Assange seria recambiado para os States... e o suspiro de alívio audível por todo o Universo!

Há métodos muito imaginativos (e legais) para manter as pessoas caladas no seu descontentamento - e os legisladores e tribunais, encarregues pelo próprio poder, tratam do assunto com empenho e dedicação. Que o digam as Pussy Riot, uma banda musical russa de rock punk constituída por três jovens mulheres, que ontem foram condenadas a dois anos de prisão, por vandalismo. O que é que se atreveram a fazer? Cantaram uma cantilena numa catedral de Moscovo, pedindo a Deus o afastamento de Putin. Um verdadeiro sacrilégio, que incomodou os crentes, no entender da juíza... 

Nem são os únicos exemplos dos abusos de autoridade nos últimos dias, mas, de repente, não vos dá a sensação que estamos todos sentados num barril de pólvora?

Imagens da net.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

ENCONTRO IMAGINÁRIO?

Da esquerda para a direita: Ernest Hemingway, Paulo Leminski, Fernando Pessoa, Zelia Gattai, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis, Virginia Woolf, Cruz de Sousa, Cecília Meireles e Clarice Lispector.

Certamente! Impossível no tempo e no espaço, em redor de uma mesa e de livros, em simultâneo e com a imagem mais característica de cada personagem. Maioritariamente brasileiros, mas não só, imagina-se que a conversa deveria ser animada... 

E agora, alguém adivinha quem foram eles? (e não se acanhem, porque à partida só acertei em três!)

(Obrigada, César!)

Adenda a 18 de Agosto de 2012: legenda a verde, referindo nome dos respetivos escritores; a Nina acertou quase todos (ou não fosse ela uma mestre nas pesquisas!) e a São também identificou bastantes. Obrigada a todos pela participação!



BOM FIM DE SEMANA! 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

LIVRE E RADICAL

Não alimento agressividades gratuitas! Mas quando uma mera opinião minha dá azo a discussão, promessa de traulitada (não a mim, bem entendido!) e ainda insultos em blogues alheios, a minha paciência acaba! E de vez, que nesse aspeto sou radical!

Lições de moral? Não dou! Mas aconselho todos que não apreciem receber opiniões contrárias às suas, na caixa de comentários, que optem pela respetiva moderação - poupava-se tempo, teclados e chatices de parte a parte. Pelo menos na parte que me toca, não volto a blogues onde me considerem persona non grata...

Navegar na blogosfera é bom e gosto muito! Livremente e em mares calmos, sem tempestades em copos de água, embora possa não se partilhar dos mesmos pontos de vista. Como é que se acaba com uma polémica inútil e desnecessária, com tendência a incomodar outros (blogues) amigos?

Fácil! Clique. Já está! (do mesmo modo - e como aviso à navegação - "varro" outros comentários insultuosos... as always!)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

LADIES AND GENTLEMEN?

Não é um pedido de desculpa, apenas uma mera constatação. Se fosse, a música seria esta:



Imagem do facebook.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O POSTAL... E OS MARCADORES!

Em tempos idos, sempre que ia de férias munia-me de papel de carta e envelopes, selos, comprava uns postais de caminho e escrevia aos familiares e amigos mais próximos. A bastantes, o trabalho de escrita era diário, para as avós do filhote ainda enviava algumas fotografias, reveladas num fotógrafo local. Mas a correspondência era relativa, eu escrevia e eles telefonavam a agradecer. Batatas! Só pretendia um postal de volta, quando eles (também) estivessem de férias, não era questão de agradecimentos...

Quando a minha própria mãe começou a trazer uns postais das suas férias, entregues em mão quando regressava a casa, desconfiei que tinha sido ultrapassada no tempo. Quer dizer, uns telefonavam e ela -colecionadora de postais de longos anos! - julgava que só me interessavam as paisagens por onde tinha passado? De redução em redução, acabei só a conversar "postalmente" com uma amiga, a única que me envia postais quando está de férias, tal como faço para ela - e, provavelmente, até falhei com uma amiga bloguista (e não só!), que me enviou dois em tempos, aos quais não correspondi. Escaldada, é no que dá: perdi o hábito de os escrever... e os CTT também não ajudam nada! (nem sei o preço dos selos atuais!)

Bom, mas esta semana tive a alegria de receber o postal da minha amiga. Que por acaso chegou depois de a ter encontrado (enviado de Sitges, perto de Barcelona, uma semana e tal atrás - para não se dizer que só cá é que os correios funcionam mal!), num jantarito cá em casa e ainda ter recebido de presente dois marcadores de livros! E não foi a única a oferecer-me marcadores, que a B. também trouxe alguns das Américas e doutros sítios por onde passou.

Isto de não ter gostos luxuosos, tem as suas vantagens! Se fosse "vidrada" em carros topo de gama, jóias caras ou roupas da marca XPTO, ninguém se lembrava da minha coleção de marcadores de livros...

TENHAM UM BOM FERIADO!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O ESPERTO E O PARVO

A conversa surgiu por acaso, no final de um almoço familiar, quando nos deslocámos para o varandim com vista para o mar... noutros tempos! Situado numa encosta, o apartamento que o casal anfitrião aluga todos os anos durante as férias, tem agora a visão de ramagens de pinheiros, que um vizinho de um piso inferior resolveu plantar. 

O fulano foi avisado que as árvores plantadas estavam a prejudicar a vizinhança, mas provavelmente por querer sombra no quintal e pinhões no Natal, não ligou nenhuma...

- Se fosse com o Esperto, isso era limpinho: pegava numa serra e durante a noite resolvia a questão dos pinheiros! - comentou um primo. Rimos daquela solução radical, longe de ser viável para o comum dos mortais. Para além de implicar descer e trepar por muros alheios e de serrar umas árvores à socapa, sem que se desse por nada nas redondezas, não pareceu tarefa fácil (ou legal) a ninguém.

Mas ele insistiu que o Esperto era mesmo assim e que tinha aprendido muito com o seu antigo companheiro de trabalho, que basicamente sabia resolver os problemas da forma mais prática, efcaz e de vez. Só não gostava que o chamassem de Esperto, sendo esse o seu verdadeiro apelido (e não alcunha), apresentando-se a toda a gente com os seus nomes próprios. Acontece que outro colega da empresa respondia pelos mesmos nomes e, por vezes, telefonavam-lhe à procura do seu homónimo:
- Zé Manel?
- Sim!
- O Esperto?
- Não, eu sou o parvo! (o que até podia ser, mas sentido de humor não lhe faltava...)

Dentro em breve até a paisagem no piso superior - onde fica a piscina comum a todos os residentes ou veraneantes - vai ser alterada... como já se nota! Fazer o quê contra vizinhos insensatos (é sabido que as árvores crescem, né?), que algum dia podem levar com um esperto pela frente?


domingo, 12 de agosto de 2012

LAGOA DOS SALGADOS

O passeio estava programado já há alguns anos, quando a Ana (aka Vani) relatou que a fauna e flora da lagoa dos Salgados estava em perigo, devido às obras de construção que a circundavam. Constantemente adiado por isto ou por aquilo, mais recentemente a Luisa mostrou algumas fotografias no seu blogue e decidi que deste ano não passava...

O problema ambiental de então está sanado (as obras por acabar estão paradas, devido à falência da empresa e/ou empresário), tal como já perspetivara pelas últimas fotos que vira. E para evitar adianços sucessivos, foi logo no primeiro domingo de férias que nos pusemos a caminho. Ao fim da tarde, com uma enorme caloraça... o que não foi grande ideia!

O passeio começa (e acaba) naquela ponte, mesmo em frente à praia com o mesmo nome. Logo de início avistámos uma série de aves, que nos pareciam patos, mas com um bico branco e mais pontiagudo, que afinal são galeirões-comuns (segundo a net).

E dezenas de cágados, aqui numa breve amostra.

À medida que íamos caminhando pelo passadiço, fomos encontrando outras aves, mas a uma distância considerável. Primeiro erro, não levávamos binóculos. Segundo, a máquina fotográfica não tem zoom capaz de fotografar a tal distância. Terceiro, nem levávamos chapéu na cabeça, nem uma garrafinha de água. 

Resumindo: o passeio foi mais ou menos um fiasco. Mas teve a vantagem de para a próxima já sabermos como é que é...

Aves existiam realmente muitas - até tem um observatório pelo meio para os indivíduos que se dedicam ao birdwatching (nessa tarde, completamente votado ao abandono!) - mas para quem não entende nada de ornitologia, nem com o bicharoco à frente do nariz... pois, o resultado não podia ser brilhante! 

Nem é que o passeio fosse muito longo (diz que o trilho tem cerca de 5 km, o que para o tempo que demorámos até acho muito),  mas às tantas a sensação era a da travessia do deserto, tal o calor apertava.

Quais fotografias, qual carapuça? Toca é a marchar na direção da praia, para ver se comprávamos umas garrafinhas de água num qualquer quiosque, o que realmente aconteceu. E juntámos um geladinho, enquanto arrefecíamos os pés à beira-mar. Ufa!

Mesmo assim, quando chegámos a casa a famelga ainda se fartou de gozar comigo, pois parecia ter andado à chapada, de tão afogueada que ainda estava...


sábado, 11 de agosto de 2012

NOTÍCIAS DO FB!

"Little Boy" e "Fat Man", o nome de código porque foram designadas as bombas atómicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, a 6 e 9 de agosto de 1945 respetivamente, foram relembrados esta semana no facebook... e não só! O cartoon já tem algum tempo (como bem se nota!), mas escarafuncha com o dedo numa ferida antiga...

Os Jogos Olímpicos também foram notícia amplamente divulgada por todos os amantes do desporto e em várias modalidades, dando azo a várias discussões sobre a participação portuguesa - que uns consideram ter ficado aquém das (suas) esperanças e outros incentivam para lá dos resultados - mas é assunto que praticamente desconheço, nem me interessa por aí além. No entanto, achei um piadão a este cartaz, sobre outra discussão ainda mais anedótica e comparativa, que diz bastante sobre o sentido de humor que continua a existir por estas bandas! 

Finalmente, e mais de um mês depois de certas notícias serem conhecidas por cá, algumas já chegaram a Marte. Ai, ai...

Imagens do facebook.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

TUDO BEM?

Sempre que vou ao Algarve passo por aquela esplanada, dirigida por duas irmãs. Se de princípio só me sentava e fazia o pedido, a "convivência" de tantos anos, atualmente, permite-me perguntar se está tudo bem com elas. Obviamente, sem qualquer pretensão de invadir a sua privacidade - não estou à espera que me debitem o rol de felicidades ou de desgraças que lhes aconteceram entretanto, nem elas estão, quando me veem e perguntam o mesmo!

Passando essa primeira apresentação, por  vezes, a conversa prolonga-se. Estas férias, uma delas contava-me:
- Tenho aqui uma cliente antiga, que ficou chateada comigo! 
- Então porquê?
- Chegou e perguntou como eu estava e respondi "tudo bem!". Voltou uns dias depois, fez a mesma pergunta e respondi "fantástica!". Aborreceu-se, porque não era possível que estivesse sempre bem-disposta e sem problemas...
- Mas a mulher estava à espera de quê? - indaguei.
- Não sei! Só lhe disse que os meus problemas ficam ali à porta, porque os meus clientes não têm culpa nenhuma...

Ainda nos rimos! Aguentar uma "boa nova" destas deve ser difícil... para os pessimistas do costume:


UM FANTÁSTICO FIM DE SEMANA PARA TODOS!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SÓ PARA (RE)LEMBRAR!

Prometi não chatear muito quando lancei o passatempo "onda fotográfica", mas convém sempre (re)lembrar os mais esquecidos ou distraídos. Especialmente, quando a participação ainda é fraca... 

O prazo, propositadamente dilatado para não coincidir com as férias da maioria (porque, excetuando os professores e algumas profissões liberais, raramente ultrapassa os 15 dias, em agosto), está longe de acabar - 31/08/2012, até às 23 horas e 59 minutos - mas guardar para o fim... também não costuma ser grande ideia!

Já estou a ouvir aí uns cliques?

Imagem do facebook (de autor desconhecido).

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

VINDIMA

Vai uma pessoa carregada de livros para férias, para depois ler só unzinho. Por sinal, o único  romance de Miguel Torga -"Vindima" - sendo ele mais pródigo em contos, poesia, teatro, ensaios e possuindo uma vasta coleção de diários. Do escritor já tinha lido em tempos três dos seus cinco livros de contos, que tenho para ler (e reler) numa coletânea completa. Big calhamaço, portanto! 

Escrito em 1945, o próprio Torga escreveria em 1988 sobre este romance: "Cingido à realidade humana do momento, romanceei um Doiro atribulado, de classes, injustiças, suor e misérias. E esse Doiro, felizmente, está em vias de mudar."

Seara, o feitor da Cavadinha, contrata quarenta homens, mulheres e crianças em Penaguião, para vindimarem as vinhas da propriedade do senhor Lopes. A roga (conjunto das pessoas contratadas para as vindimas) faz uma longa caminhada a pé pelas montanhas, enquanto a família do patrão temporário se desloca do Porto para a quinta de comboio. Uma família estranha, que uma empregada descreverá desta maneira mais adiante: "Com bom e sensato tino de lavradeira, considerava os Lopes, que já servia há anos, uma corja de ordinários. Ele, um burgesso sem alma; a D. Maria Jorge uma beata falsa; e Guiomar a presumida das presumidas. Salvava deste inventário severo a nobreza e a bondade de Alberto, por quem tinha desvelos particulares."

O Lopes de antanho lembra algumas personagens dos nossos dias: só vê cifrões à frente! Nascido entre o povoléu mas decidido a vencer, a sua ascensão social foi conquistada a pulso sem se saber bem como e um casamento por interesse fez o resto. Com jeito para negociatas em que fica sempre a ganhar, trata os seus trabalhadores como escravos e tem planos de alargar a sua influência na região, ambicionando casar ambos os filhos com os descendentes dos nobres Menezes, proprietários da Junceda, uma das quintas mais tradicionais da zona. Infelizmente, Alberto está longe de conquistar o coração da poetisa Catarina e Guiomar parece interessar-se mais por um médico de Lisboa, o dr. Bruno, que de momento se encontra de visita à brasonada família.

Por seu turno a roga trabalha de sol a sol, cortando os cachos de uvas das cepas, carregando-as em grandes cestos para o lagar, onde são pisadas pelos homens, em troca de ordenados de miséria, uma alimentação parca e uma cardenha com o chão coberto de palha - "dividida em dois por uma meia parede que teias de aranha prolongavam até ao telhado", para manter homens e mulheres separados - onde repousa o corpo cansado ao fim da jornada. Mas nem por isso os amores deixam de vencer entre os vindimadores, nem os problemas de surgir... 

Apesar de algumas dificuldades com o vocabulário próprio das vindimas (possivelmente também regional), gostei imenso deste romance. E, tal como Torga, espero bem que estes cenários hoje já não existam! 

Citações:
"A descrição colorida do palco de xisto escamoteava o martírio dos actores. O trato reles, as jornas miseráveis, a promiscuidade eram explicados de todas as maneiras: crises sucessivas nos mercados, pragas terríveis, concorrências desleais e criminosas do sul, anos de colheitas más. Simplesmente tudo isso não justificava uma escravidão de que não havia paralelo em todo o país."

"- Bem vê: em princípio, as serras são para os parolos. O bom que se pode tirar delas vai ter à cidade, até com melhor aspecto. Sem poeira, sem bichos, sem porcaria..." 

"De aí a nada, arregaçados, os homens iam esmagando os cachos, num movimento onde havia qualquer coisa de coito, de quente e sensual violação. Doirados, negros, roxos, amarelos, azuis, os bagos eram acenos de olhos lascivos numa cama de amor. E como falos gigantes, as pernas dos pisadores rasgavam máscula e carinhosamente a virgindade túmida e feminina das uvas."