terça-feira, 30 de abril de 2013

MOINHOS DE VENTO

De um lado e

o outro, em frente,

são dois moinhos de Lisboa, que se encontram restaurados e a mirar o Tejo numa encosta de Monsanto, tendo como pano de fundo o bairro do Restelo. Mais precisamente no parque recreativo dos Moinhos de Santana. Será que há mais espalhados pela cidade? A resposta surgiu num vídeo do YouTube, embora com cerca de 3 anos e um pouco desatualizado (numa espécie de interlúdio, do canal História):


As portas dos moinhos não estavam abertas ao público, mas o passeio pelo parque em si é bastante agradável, se bem que com vertentes um pouco íngremes. 

Parque infantil e de piqueniques, circuito de manutenção, ringue de patinagem e outros espaços recreativos podem ser motivo de atração para uma visita. Mas realmente do que gostei mais foi dos moinhos. E do lago, parcialmente coberto de nenúfares - sem patos, mas onde também ondulava uma pequena tartaruga (ou seria um cágado?), não visível na foto.


BOM FERIADO!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

FLORES VERMELHAS TAMBÉM TÊM ESPINHOS...

A 29 de abril de 1974 regressei ao liceu, depois de ter passado o dia 25 e 26 de cama com febre, devido a uma otite. Ainda hoje a coincidência de ter adoecido naqueles dias me chateia: o pais em revolução e a totó aqui sem suportar ouvir o mínimo ruído, já que os que lhe latejavam no ouvido pareciam a caminhada de um elefante dentro da tola? Enfim, a minha mãe lá me medicou com os remédios do costume (longe de ser a primeira vez que padecia do mesmo mal), na segunda-feira seguinte voltei às aulas.

Estava entusiasmada com o regresso! A minha irmã já me tinha contado que a malta estava em festa, especialmente porque o horroroso contínuo da PIDE (um tal de Esteves) desaparecera dos pátios, para alívio de todos: já não havia lá ninguém para estraçalhar as bolas de futebol dos putos com o seu canivete, enquanto acompanhava a "façanha" com um risinho sádico estampado no rosto.

Certo é que a alegria continuava a pairar no ar, alguns alunos e professores ainda ostentavam os cravos vermelhos ao peito. Mas como a vida nunca acontece tal como a prevemos, o primeiro impacto não foi o mais agradável - um dos meus colegas de turma, que dava pela bela alcunha de "Salsicha", com um cravo meio murcho dependurado na lapela, atirou-me logo à queima-roupa e perante um grupo de outros curiosos: "Porque é que não vieste às aulas?"  Lá balbuciei que tinha estado doente. E o parvalhão riu-se, acrescentando: "Ah, julgávamos que tinhas fugido para o Brasil, como os fascistas!" A que propósito é que tinha(m) tirado aquela conclusão precipitada, se ainda por cima a minha irmã - que não era da mesma turma, mas tinha aulas no mesmo pavilhão e turno - andara por lá como sempre? Claro que os meus amigos não ligaram nenhuma ao excesso revolucionário do "Salsicha", mas eu detestei aquele preâmbulo.

Contudo, as más surpresas ainda não tinham terminado. Nesse ano calhou-nos em sorte (ou melhor dizendo, azar!) o pior professor de História que tive na vida. Tinha um bigode farfalhudo e os seus trinta e muitos anos, nunca olhava os alunos nos olhos preferindo olhar para o teto e as aulas eram passadas a ler o livro da disciplina. Perguntava no início de cada aula: "Que dia é hoje? 29? Então o nº 29 que comece a ler o livro na página 70." Quando o aluno denotava na voz o cansaço da leitura em voz alta, chamava o 9, depois o 19 e o 39 (sim, éramos cerca de 40 alunos), até soar a campainha. Nesse dia foi diferente: fez um longo discurso sobre "a longa noite fascista", de quem ele próprio tinha sido um feroz adversário e blablablá. E qual não foi o meu espanto quando os meus colegas se levantaram para aplaudir o homem, como se ele fosse o herói que desejava protagonizar. Quer dizer, mesmo que fosse verdade, isso dava direito ao professor não ensinar rigorosamente nada? Como é óbvio, nas aulas seguintes voltou ao seu  "maravilhoso" método, mesmo que a dita "longa noite" já tivesse passado...

Para rir só o facto de, muitos anos volvidos, o dito "Salsicha" comentar na página do liceu do facebook  - num dia 25 de abril - que aderira à revolução desde a primeira hora e que ele e os outros elementos do movimento que integrara (se bem me lembro, não referiu que eram os "camaradas" do MRPP), terem tido um papel fundamental na luta contra fascistas e comunistas. Epá, aos 14/15 anos ainda se percebe aquele súbito entusiasmo revolucionário, agora aos 50 e tais gabar-se desse seu "precioso contributo" raiou o anedótico. Oops... será que na volta até fui uma das suspeitas que confrontou "heroicamente"?

domingo, 28 de abril de 2013

O CLUBE DO IMPERADOR

O professor Hundert (Kevin Kline) lecciona a disciplina de História, num seleto colégio para rapazes, com grande empenho. Uma das matérias que ensina abrange o Império Romano e os feitos de diversos imperadores e, para entusiasmar os alunos, é efectuado um concurso para distinguir o "Julius Cesar" do ano. Sedgwick Bell (Emile Hirsch), filho de um conceituado senador, chega ao colégio com mais vontade de brincar do que de aprender, mas o professor parece conseguir interessá-lo com o concurso e as notas do aluno sobem notoriamente. Quando verifica os resultados dos testes, repara que o aluno ficou apenas a uma curta distância dos três melhores (uma décima do último), de modo que resolve dar-lhe uma oportunidade na final, em detrimento do terceiro classificado. No entanto, ao  mediar a prova oral, com assistência de outros alunos, pais e professores, descobre que Bell está a fazer batota, o que comunica entredentes ao diretor da escola. Que lhe diz para fingir que não nota e evitar o escândalo. O rapaz não vence o concurso.

25 anos depois, agora homem feito e a dirigir um importante grupo empresarial, o mesmo Bell convida os antigos colegas e o professor, para um novo concurso nos mesmos moldes. Será que é desta que ele ganha os louros de César?


Apesar das aparentes semelhanças com "O Clube dos Poetas Mortos", este filme de 2002, realizado por Michael Hoffman, vale só por si, mesmo que a classificação da IMDb não ultrapasse os 6.8/10. Gostei do estilo bastante mais realista e menos poético que esse "antecessor". Melhor ainda, vi no canal Hollywood terça-feira passada, de modo que a sessão de cinema foi gratuita. E também está no YouTube, embora numa versão dobrada em brasileiro.

Imagem de cena do filme, da net.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

TEIMOSIA OU PERSISTÊNCIA?

Normalmente, há sempre duas maneiras de ver a mesma questão. Ou mais. E o mais certo é nós próprios mudarmos de opinião em várias questões, à medida que a vida vai avançando - estranho era se tivéssemos sempre a mentalidade dos 10 ou 15 anos de idade!

Contudo, algumas características são inerentes à própria personalidade e essa raramente muda muito. Se é teimosia ou persistência, não sei ao certo. Empenho, será, mas só para algumas coisas. Mas se não afeta ninguém, who cares? Foi assim que esta primavera tirei 10 mil fotos à mesma árvore, como se não houvesse amanhã. (OK, 10 mil é exagero, que a máquina ainda mal passou das mil fotos e estão longe de ser todas à olaia, mas que piada tem se não exagerar um bocado?)

- Já chega! - exclamei, por fim. E a coitada, que é vaidosa, chorou copiosamente, derramando pétalas cor-de-rosa pelo chão. Abracei-a carinhosamente e prometi voltar. E lá sorriu, satisfeita, num fim de tarde de abril, quando cliquei mais uma foto de despedida...


BOM FIM DE SEMANA! 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

LIBERDADE

Faço minhas as palavras de Sérgio Godinho: só há Liberdade a sério quando houver a Paz, o Pão, Habitação, Saúde, Educação. Para todos. Ideal longe de ser atingido, com os retrocessos dos últimos anos a tornarem o objetivo ainda mais distante.

As comemorações do dia vão ser fraquitas, para além dos discursos entediantes dos políticos "empoleirados" do costume, garantidamente sem assistência do povo: em 2013 até o acesso à AR ou ao palácio de Belém foi interditado. O que diz bastante sobre o rumo que a revolução tomou, 39 anos depois...


VIVA A LIBERDADE!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

DEPOIS DO ADEUS

A série televisiva - não a música, que foi senha para as Forças Armadas avançarem na noite de 24 para 25 de abril de 1974 (que ganhou o festival da canção nacional nesse ano, na voz de Paulo de Carvalho) - tem muito que se lhe diga. As diversas opiniões que li ou ouvi sobre a série são muito díspares, não tanto devido ao conteúdo ficcional, mas mais do ponto de vista histórico...

"Conta-me como foi" retratou o dia a dia de um povo, centrado numa humilde família citadina, entre 1968 e 1974. Segundo creio, a série foi baseada numa congénere espanhola e devidamente adaptada à realidade portuguesa. A melhor série portuguesa que vi nos últimos anos! Já "Depois do adeus" teve de ser escrita de raiz, pois não existe paralelo com Espanha nos anos de 74/75. Ora traçar as linhas gerais da História de um país em pleno processo revolucionário não é tarefa fácil para ninguém, muito menos quando ainda há tanta gente com memórias bem vivas desses dias e de caminho ainda se pretendem realçar uns romances.

Facto é que o país da época não tinha capacidade para acolher o meio milhão de pessoas que regressaram das ex-colónias, nesse curto espaço de tempo. "Descolonização exemplar" não foi de certeza, por muito que alguns políticos insistissem nessa designação - bastava ter olhos para ver a quantidade de gente (homens, mulheres e crianças de todas as idades), que praticamente só com a roupa que trazia no corpo e pouco mais, pernoitou dias a fio no chão dos aeroportos, sem ter para onde ir. Por sinal, cenas bem documentadas e integradas na série. 

Soluções tomadas em cima do joelho, recambiaram parte dessas pessoas para pensões, onde famílias inteiras foram alojadas em quartos exíguos. Provisoriamente, afirmavam as entidades oficiais (mas neste país já todos sabemos que o provisório pode ser muito definitivo). Até aqui está tudo certo, com a percepção que tive desse período.

Contudo, nem todos os ditos retornados eram assim tão coitadinhos, nem os tugas se cingiam a uma cambada de revolucionários de punho em riste ou a uns cobardolas preconceituosos, intriguistas e mesquinhos, sem um pingo de compreensão por todo aquele drama. Acresce a isso outro facto que a série não menciona: muitos dos ex-colonos foram recolocados nas empresas e serviços (congéneres) que ocupavam anteriormente - devido às suas habilitações, experiência ou vínculo laboral (quem contesta?) -, com prioridade sobre os restantes trabalhadores nacionais, o que determinou a perda ou a falta de oportunidade de emprego para os que cá estavam. O que está longe de ser um mero pormenor...  

Assim, o argumento tem falhas no contexto e mentalidade da época (para não dizer que é faccioso!), mas a interpretação das personagens é boa (fora um ou outro over-acting, especialmente em cenas violentas),  os cenários e figurinos de roupa e maquilhagem apropriados e as sequências reais valem a pena (re)lembrar.  Ou seja, apesar de opiniões tão contraditórias, vou seguindo com algum interesse. E as músicas... continuo a gostar de ouvir! Como esta "A Noite Passada", de Sérgio Godinho


Imagem da net.

terça-feira, 23 de abril de 2013

RETRATOS EM AZULEJOS

1. Leiteira

A vida noutros tempos pode parecer fácil para quem não a viveu na pele, mas na verdade essa ideia não passa de um mito: tal como hoje, só era fácil para alguns! As profissões de outrora retratadas neste painel de azulejos - aqui fotografado parcialmente - exemplificam bem quanto era dura a vivência de grande parte da população no século XIX e início (até meados) do XX.

2. Aguadeiro

E que profissões eram estas? Pois, é isso mesmo que se pede neste desafio, em que as legendas foram propositadamente cortadas (daí as diferentes dimensões): identificar os profissionais.

3. Galinheira

Com recurso à net é simples, sem ele temos de puxar pela memória ou por leituras que descrevem essas vivências sobrecarregadas com trabalhos pesados e duros.

4. Vendedor de fruta

A pergunta seguinte é: onde está este painel? E essa ainda é mais difícil para quem não o conhece ao vivo, porque tenho a certeza que quem já o viu com-olhos-de-ver não o esquece. Pelo menos para aqueles que apreciam a azulejaria tradicional portuguesa...

5. Lavadeira

A opção do recurso à net é vossa, logicamente, mas a maior curiosidade é a de saber se alguém se lembra(va) realmente destes aspetos do quotidiano, de uma era em que não bastava clicar numa tecla. As devidas legendas serão acrescentadas amanhã.

Adenda a 24 de abril de 2013 - As legendas a azul. O painel encontra-se junto à igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Benfica, e foi pintado em 1997 por Eva Nunes e José Luis Campino, tal como podem verificar na seguinte colagem:


Agradeço a todos a participação, onde quase toda a gente acertou. Ou andou lá muito perto, senão do local, pelo menos das profissões de antigamente, onde apenas houve alguma hesitação entre vendedor de fruta e almocreve, o que vem quase a dar no mesmo.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

CINCO QUARTOS DE LARANJA

"Quando a minha mãe morreu, deixou a quinta ao meu irmão Cassis, a fortuna da adega à minha irmã Reine-Claude, e a mim, a filha mais nova, deixou-me o álbum e um jarro de dois litros contendo uma trufa negra. [...] Uma distribuição de riqueza um pouco desigual, mas a mãe foi sempre uma força da Natureza, concedendo os seus favores como lhe apetecia, não deixando transparecer os trâmites da sua lógica peculiar."

É assim que Joanne Harris inicia este romance, que à partida pode causar alguma estranheza, por tão evidente falta de equidade. Mas à medida que vamos avançando nas suas 320 páginas, a narradora Framboise Dartingen - uma sexagenária a viver na aldeia de Les Valeuses, próximo de Angers e junto ao rio Loire - vai relatando o seu dia a dia no pequeno restaurante que abriu, valendo-se das receitas culinárias que a mãe escreveu no dito álbum e que fazem grande sucesso. Tanto, que um crítico gastronómico de Paris as elogia acaloradamente numa publicação nacional, o que traz alguns problemas a Framboise. Por um lado, o seu sobrinho e a mulher que também dirigem um restaurante noutra localidade querem que ela lhes forneça as receitas, para igualmente as utilizarem nas suas ementas. Por outro, porque esconde um segredo: nasceu e cresceu naquele local durante a II Guerra Mundial e a ocupação nazi, mas quase no final da guerra a família teve de abandonar a aldeia. Porquê? É isso mesmo que vai explicando enquanto recorda a sua infância, as suas brincadeiras e estratagemas para conseguir alcançar os seus objetivos infantis, nem sempre isentos de crueldade...

Tal como é habitual na escritora, as sensações sensoriais estão sempre presentes no aroma das laranjas ou das frutas a apodrecerem nos pomares, na música (proibida nas rádios) esporadicamente ouvida num bar das redondezas que não tinham autorização de visitar, nos chocolates que conseguiam saborear numa época de escassez, nos "tesouros" enterrados e escondidos no leito do rio que conseguem reaver através do tato,  nas pedras, campos e arvoredos que vislumbram diariamente e reconhecem ao ínfimo pormenor. Ou nas cenas de pesca a que a pequena Framboise se dedica com afinco, na busca incessante de pescar o Velho lúcio, que a tradição popular acreditava acarretar uma maldição.

Tudo temperado com a violência da guerra num país ocupado, a aparente frieza de uma mãe que não consegue demonstrar aos filhos o seu amor, oportunismos variados no passado e no presente e um romance improvável. Muito, muito bom. Adorei!

Citações:
"[...] comida é simplesmente comida, um prazer para os sentidos, uma cuidadosa construção efémera, como o fogo-de-artifício, que às vezes dá trabalho, mas que não deve levar-se muito a sério." 

"- Judeus - disse. - Sabem como fazer dinheiro. Cobra uma fortuna por um pedaço de seda que a ela não lhe custou um tostão. - Disse aquilo sem qualquer inveja, num tom quase admirativo. Quando lhe perguntei o que é que os judeus faziam, encolheu os ombros e percebi que não sabia bem." 

"Não arranjo desculpas. Quis magoá-la. O velho cliché é verdadeiro: as crianças são cruéis. Quando enfiam a faca, vão bem mais fundo do que qualquer adulto, e nós éramos coisinhas ferozes, impiedosos se detectávamos sinais de fraqueza." 

domingo, 21 de abril de 2013

OUTROS JOGOS...

Fotografia de Ian Britton.

Hoje há jogo de futebol entre as duas equipas da 2ª circular, mas esse está longe de ser o destaque da semana - o denominado "derby lisboeta" realiza-se todos os anos, com maior ou menor interesse para os resultados do campeonato nacional.

O destaque é devido a uma interrogação da Joana Lopes - num post publicado no seu blogue e intitulado "As multidões gostam de vencedores" - que é dúvida que partilho e aconselho a ler. Nem sempre o que parece é... já dizia o Parménides

sábado, 20 de abril de 2013

COMPRAS!

Quer se goste muito, pouco ou nada, há dias em que é inevitável dar umas voltas para se fazerem umas compras. Ontem foi um desses dias! Andei de um lado para o outro a pé e de autocarro (com a "velha amiga" sempre pronta a clicar), conversando com este e aquele nas paragens do percurso. Certo é que vi muito mais caras alegres e bem dispostas do que o habitual. Como o governo ainda não se demitiu, a conclusão óbvia é que o estado do tempo tem influência na disposição da generalidade das pessoas... e dos animais!

A florista tinha o quiosque pejado de flores, já com cravos vermelhos aos molhos. Segundo ela, como os portugueses andam descontentes, este ano prevê-se um acréscimo na venda de cravos e o preço vai subir na próxima semana. Num outro estabelecimento, duas mulheres desconhecidas trocaram impressões sobre a felicidade que é ter netos. Numa espécie de alfarrabista (que em tempos já foi livraria), uma jovem acariciava um gato cor de mel. 

No supermercado, ainda com a "farda" do fato e gravata do emprego, um homem empurrava um carrinho de compras, enquanto assobiava baixinho o que me pareceu ser esta música (aqui na voz de Alanis Morissette, "Let's do it"):  


A chilreada dos pássaros também me chamou a atenção, embora não conseguisse vê-los realmente. Mas pombos, eram aos magotes!

Cheguei a casa cansada, mas satisfeita. Todavia, com tanta distração, quando tirei as compras da mochila... trazia mais do que tinha comprado! E então, onde arranjei uma garrafinha de água fresca e uma embalagem de gelatinas coloridas? Lá tive de fazer o percurso inverso mentalmente, até descobrir onde poderia ter agarrado um saco que não me pertencia. Vá que já apanhei boleia de carrinho, para ir devolver à loja os dois artigos. (nota mental: para a próxima ida às compras, em vez de andar "pasmada" a olhar para tudo e para todos, a fotografar de permeio, é melhor prestar mais atenção aos sacos que são meus... e aos que não são!)

UM FELIZ FIM DE SEMANA PRIMAVERIL PARA TODOS!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

HOLLYWOOD (desafio do Rui da Bica)



O desafio do Rui foi este e, entre outras questões, pedia para dizer quantos atores e atrizes de Hollywood identificávamos. À partida, pareceu-me reconhecer 28, depois 31. Aqui seguem os meus palpites:

 1 - Jeff Chandler (canto superior esquerdo);
 2 - Foto da mãe da autora da montagem (ao lado), por esta ser grande fã de Jeff Chandler - enganou a todos!;
 3 - Joan Crawford;
 4 - Gary Cooper;
 5 - xxx
 6 - Teresa Wright (sem certezas);
 7 - Buster Keaton;
 8 - Marlon Brando;
 9 - Errol Flynn;

Todos na vertical esquerda e de cima para baixo. Seguindo a mesma ordem e partindo da foto ao lado do D de Hollywood:

10 - Vivien Leigh;
11 - xxx (que julgava ser o ator à esquerda de James Dean)
12 - James Dean;
13 - Tyrone Power;
14 - xxx
15 - Paul Newman;
16 - Prof João Paulo;
17 - Gene Tierney;
18 - Rita Hayworth;

Voltando acima, as manas são garantidas:
19 - Olivia de Havilland;
20 - Joan Fontaine;
(o palpite foi dado antes de rever esta foto, vista em tempos, daí a incerteza!)

21 - James Stewart (oops, será que era à esquerda do ator e não na foto?);
22 - Natalie Wood;
23 - Charlie Chaplin;
24 - Orson Welles;
25 - Elizabeth Taylor;
26 - Montgomery Clift;

Regressando ao topo, outra atriz em que tinha dúvidas era nesta:
27 - Louise Brooks (mas analisando melhor a foto, não restaram!);

28 - Cary Grant (ao lado), embora inicialmente hesitasse se não seria Rock Hudson; (e é Cary e não Gary)
29 - Marlene Dietrich;
30 - Betty Davis;
31 - Ava Gardner;
32 - Donald O'Connor (ai, ai, sem a dica do Rui não me lembrava do nome ator, que publiquei num sketch vídeo já este ano, na sequência de uma visita à exposição do "Riso", no museu da Eletricidade);
33 - Marilyn Monroe;

Nos últimos cinco, ficaram duas atrizes por identificar. Recomeçando de cima para baixo:
34 - Clark Gable;
35 - xxx;
36 - Lawrence Olivier;
37 - David Niven;
38 - xxx

Claro que é possível ter-me enganado nas minhas certezas (podem contradizer ou acrescentar, evidentemente!), mas fica para ajudar o Rui na identificação de todas as estrelas de outras eras, que gentilmente me enviou a foto inicial, antes de ser realizada a montagem e que é esta:

Como podem verificar, nem Jeff Chandler nem a mãe da autora da fotomontagem constam, e no lugar do Prof João Paulo e de Gene Tierney está outra diva sobejamente conhecida: Greta Garbo!

Obrigada, Rui: adorei o desafio!

A primeira imagem é a que o Rui publicou no seu blogue "Coisas da Fonte", a última a que me enviou ontem e as restantes são da net.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

AS MULHERZINHAS

"Little Women" é o título do livro escrito por Louisa May Alcott em 1868, que já deu azo a várias versões cinematográficas e televisivas. O que ainda hoje acho uma aberração, é o facto dos filmes americanos terem o mesmo título e cá inovarem (que é como quem diz, inventarem!) a cada tradução. Assim, o filme de 1933, com Katherine Hepburn no papel de Jo, foi intitulado "As Quatro Irmãs", ao passo que ao de 1949 interpretado por June Allyson e Elizabeth Taylor deram o de "Mulherzinhas" e a este de 1994 o de "As Mulherzinhas". Este último título, não sei porquê, parece ter uma conotação algo depreciativa. (ou será só esquisitice minha?!?)

Certo é que não vi esta versão no grande écrã - e as outras também não, por razões óbvias! - até porque assistir a filmes que já conhecemos o argumento de "cor e salteado", retira parte do encanto mágico que envolve uma tarde ou noite de cinema. Mas se passa na TV já canta outro galo, logicamente! Foi exibido dia 15 à tarde no AXN White e gravei - fica a informação, para quem ainda quiser aproveitar.

As "surpresas" na família March não foram muitas, mas a realizadora Gillian Armstrong conseguiu um belíssimo enquadramento para um elenco de luxo, encabeçado por Winona Ryder (Jo), Susan Sarandon (Marmee) e Daniel Byrne (professor Friederich), dando também azo a Christian Bale (Laurie), Kirsten Dunst (a pequena Amy) ou Claire Danes (Beth) brilharem em Hollywood. Eis o trailer:


Se a história é igual ao livro? Não sei! Nos traços principais é a que recordo - durante a guerra civil americana a mãe e as quatro filhas passam algumas dificuldades, tanto com o pai ausente em combate como com as tolices da mais nova e a fragilidade de Beth, mas Jo anima a "tropa" familiar com as suas histórias criativas, que pretende publicar quando for "grande"...

Segundo a wiki, o romance é parcialmente auto-biográfico, em que a protagonista Jo seria a própria Louisa May Alcott, uma abolicionista e feminista da segunda metade do século XIX. Está claro... gostei!

Imagem de cena do filme, da net.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

SMACK! ♥


Imagem do facebook, segundo a banda desenhada "Peanuts", de Charles Schulz.

terça-feira, 16 de abril de 2013

A IMPORTÂNCIA DE SE CHAMAR... VIRGOLINO?

Justino, Fabiano ou Ercílio? Como herança já todos temos os apelidos de família, nem sempre muito simpáticos e agradáveis, ou que se prestam a confusões e chistes variados. Essa herança é garantida, então para quê ainda castigar a criancinha à nascença com um nome próprio que lhe fica para a vida, porque uma tia-avó, uma madrinha ou qualquer outro familiar insiste que é lindo, além de uma homenagem a um ente querido, normalmente já velhote ou falecido?

Julgava que essas tradições de outrora já estivessem mortas e enterradas, quando um dia destes e em conversa com algumas amigas, cada uma tinha uma ou mais histórias recentes para contar de recém-nascidos batizados com nomes estapafúrdios. Fartámo-nos de rir, mas provavelmente a tal Oscarina vai achar menos graça às piadolas que se adivinham nos colegas de escola...

E nestes momentos vem sempre à baila uma outra amiga, que há cerca de 20 anos aceitou, contrafeita, que o filho mantivesse o nome do pai, do avô, do bisavô, sabe-se lá de que mais antepassados. Contava ela, desanimada: "É que nem no pediatra passa despercebido. Estamos na sala de espera e começam a chamar o menino Carlinhos, o menino Paulinho e o menino Luisinho. E por fim anunciam - que entre o senhor Virgolino!" 

Faz hoje 21 anos que o meu filho nasceu, mas os nomes dele foram escolhidos com antecedência e de acordo com o maridão: mais ninguém deu palpites! Ele nunca se queixou, por serem nomes comuns. A originalidade, se quiser marcar a diferença, será devida à sua própria personalidade...


Bob Dylan - aqui num programa televisivo quando tinha cerca de 22 anos de idade - na canção "Blowing in the wind", que foi referência para uma geração inteira! E não é que o filhote até gosta?

Imagem da net.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

UMA VILA PORTUGUESA...

... com certeza! Onde não falta um coreto,

ruelas com roupa estendida no varais, 

um pelourinho,

um ilustre antepassado ali nascido,

a par de uma igreja com vários séculos de existência, entre tantos outros motivos de interesse. Numa tarde de domingo em que o povo saiu à rua, aproveitando os almejados raios de Sol primaveril. Um passeio muito agradável, sem dúvida! Onde? Com tantas pistas, é bem fácil descobrir...

As fotos são minhas e (ainda) não estão na net, mas encontram lá algumas muito semelhantes.

ADENDA a 16 de abril de 2013: Como quase todos "adivinharam", trata-se de Alcochete, vila junto ao estuário do Tejo, onde nasceu o rei D. Manuel I (a 1 de Junho de 1469) e onde está instalada a Igreja Matriz de São João Baptista, construída no século XV, e classificada como monumento nacional desde 1910. E o miradouro Amália Rodrigues? Pois cá está ele:

Obrigada a todos pela participação!

sábado, 13 de abril de 2013

ONDE É QUE JÁ VI ISTO?

OK, não resisti ao deparar com este cartoon de Quino, no facebook, um fiel "retrato" do que vai na cabeça de muitos portugueses neste momento...

Como destaque da semana, desta vez positivo, o belíssimo documentário "Mondego" realizado por Daniel Pinheiro, como projecto final de mestrado na universidade de Salford, no Reino Unido, que encontrei no blogue de Pedro Coimbra. São 15 minutos de filme, mas que valem bem a pena, aqui na versão portuguesa:


Ora aí está um jovem que não deverá ter dificuldades em trabalhar para qualquer televisão. Ou não?!?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

É À NOITE...

"É à noite que é belo acreditar na luz."
Edmond Rostand

Os meteorologistas garantem que vem aí um fim de semana de Sol, seguido de uma semana igualmente soalheira. Oxalá não se enganem. Para, pelo menos durante uns instantes, esquecermos o pântano das politiquices nacionais e voltarmos a ter a sensação que a vida pode ser maravilhosa, como nesta canção "Vitoriosa", de Ivan Lins:


UM MARAVILHOSO FIM DE SEMANA PARA TODOS!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

PERNAS DE PERU ASSADAS NO FORNO

Nunca gostei muito de peru, possivelmente por rescaldo de outras eras, em que ele comparecia anual e pontualmente à mesa do almoço do dia de Natal, para repasto dos poucos convivas familiares - a família que residia em Lisboa era reduzida. E o peru grande. E recheado com castanhas ou outros ingredientes e temperos. Em suma, sobrava sempre imenso e a semana seguinte era passada a comer os "restos" do bicho, de várias formas e feitios, mas mesmo assim de no final já não suportarmos o seu paladar, por mais disfarçado que fosse. 

À exceção de uns bifinhos de peru panados, comprados no "pronto-a-comer" em dias que escasseava tempo para cozinhar, nunca mais o bicho entrou cá em casa. Mas mais recentemente provei e gostei de um bom pernil, resolvi experimentar. A minha amiga não tinha a receita - a empregada é que costuma temperar - mas o facto não acanha ninguém que esteja habituado a cozinhar. Ainda por cima quando os livros de culinária abundam e a "maior enciclopédia do mundo" está à distância de um clique. Mas cá vai a receita experimental, à la Teté:

Ingredientes (3 pessoas):
2 pernas de peru (com cerca de 450 gramas cada)
1 cebola grande
3 dentes de alho
1 chávena de chá de vinho branco
1 folha de louro
Azeite, sal, pimenta, colorau e piri-piri em pó q.b.

Lavam-se as pernas de peru e faz-se uma vinha d'alho com vinho branco, alhos, sal, pimenta, colorau e  piri-piri, barrando-as bem de ambos os lados e deixando-as marinar um bocado.
Cortam-se as cebolas em tiras de meia-lua e forra-se o fundo de um pirex (ou tabuleiro) de ir ao forno. Depositam-se as pernas nessa "cama" de cebola, dá-se-lhes um corte (esqueci-me, mas emendei posteriormente), regando com a vinha d'alho e com o azeite, juntando a folha de louro.
Vai ao forno a 200º. Ir espreitando, mas virar as pernocas uns 25/30 minutos depois. Se necessário, juntar um pouco mais de vinho e/ou água, para o molho não secar. Deverão estar prontas a comer cerca de uma hora depois, dependendo de se preferir a carne mais cozinhada ou mais rosada. O acompanhamento é à vontade do freguês - arroz, esparguete, esparregado, legumes, batatas fritas, cozidas, assadas ou whatever.

Fácil, barato e uma delícia para o paladar! Bom apetite... para o jantar!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

NO REINO DA PATADA!

O dia não estava lá essas coisas, mas pelo menos não chovia e estava desejosa de afinfar a lente no reino da patada, predileção antiga e tantas vezes gorada: já se sabe que muitos patos são avessos a fotografias, quiçá por não distinguirem a maquineta do cano de uma espingarda?

Mas enfim, a personalidade dos marrecos varia muito - enquanto alguns circulavam e nadavam pelo local impantes e vaidosos da sua penugem...

... outros mantinham a habitual obstinação de nem sequer exibir o bico. Talvez por timidez. Ou uma garganta sequisosa. Quem entender de psicologia de patos que o diga.

Reinava a calma nas águas do lago e nos relvados, independentemente da personalidade mais ou menos exibicionista de cada um.

Até que uns grasnidos mais sonoros ecoaram nos ares e a atenção recaiu nesta pataria zangada e à bicada. Como é que se resolvem conflitos entre patos? 

Hummm... Ah!... Bem, afinal não era exatamente um conflito, apesar das bicadas não parecerem especialmente carinhosas. Mas o que é que andavam aqueles mirones a cirandar ali em redor? Resposta simples, depois do triunfante e ufano conquistador se afastar, a agitar freneticamente as asas: também queriam "festa"! Mas não tiveram sorte nenhuma, que a pata já tinha a sua dose de bicadas e conseguiu escapulir-se para as águas do lago...

Uns mergulhos e um agitar de asas depois, já grasnava serenamente com os seus companheiros lacustres, que prosseguiam com os seus impetuosos e fogosos grasnidos.

Para ser franca, não percebi uma única palavrinha na sequência do grasnar, mas difícil era não entender aquela dança da patada, quando os machos perseguiam com os bicos a passagem das fêmeas - só lhes faltava assobiar! 


Enfim, se há coisa que não muda muito, a mãe Natureza é uma delas! 

terça-feira, 9 de abril de 2013

A CONFISSÃO

John Grisham é um dos escritores atuais mais lidos em todo o mundo, muitos dos seus livros já foram transpostos para o grande e pequeno écrã. Contudo, nunca tinha lido nada do autor, calhou agora "A Confissão", cuja primeira edição original é de 2010.

Donté Drumm encontra-se no corredor da morte de uma penitenciária do Texas, enquanto o seu advogado Robbie Flak tenta a todo o custo protelar a data da execução, que terá lugar dentro de quatro dias. O advogado tem a certeza da inocência do seu jovem cliente negro, compelido a confessar o crime de homicídio de uma sua colega do liceu de Slone, pelo astuto e manhoso detetive Kerber e ao fim de quinze horas de interrogatório, insultos e coações várias.

Entretanto, Travis Boyette, um ex-presidiário, dirige-se a uma igreja luterana de Topeka, no Kansas, onde confessa ao reverendo que tem uma doença terminal e pouco tempo de vida, pelo que está hesitante se deve ou não confessar o homicídio da rapariga, garantindo que o sentenciado está inocente. Sem saber como auxiliar o injustamente condenado, o reverendo contacta telefonicamente a equipa do advogado de defesa, mas dada a mediatização do caso em vésperas de execução, a sua chamada  é inicialmente negligenciada... 

444 páginas que não se evidenciam pela forma literária, mas por um enredo que põe em debate a pena de morte nos EUA e as vicissitudes do seu sistema penal, bem como os preconceitos raciais e religiosos ainda existentes nos estados sulistas. (e por esse mundo fora, que o "fenómeno" não é local, infelizmente!) Um drama doloroso, violento, comovente e crítico, que não deixa de ser uma leitura que nos prende até ao final. Gostei... que venha o filme! 

Citações:
"A condenação, sem corpo, não era assim tão difícil de obter. [...] E, apesar de isto provocar dúvidas nas mentes de alguns observadores, nada fez para afrouxar as convicções dos responsáveis pela sentença de morte de Donté. Após anos a verem a realidade com palas nos olhos e com tanto em jogo, tinham a certeza absoluta que o verdadeiro assassino fora apanhado. Tinham investido demasiado para duvidar das suas próprias teorias e ações." 

"O corredor da morte é um pesadelo para os assassinos em série e homicidas violentos. Para um homem inocente, é uma vida de tortura psicológica para que o espírito humano não está equipado." 

"Muitos dos condenados tinham maus advogados cá fora, ou nem sequer eram representados. Os seus recursos tinham terminado, o sistema já não queria saber deles. Ninguém os defendia." 

"Quando o bramido se tornou demasiado alto para continuar, Newton ficou de pé e sorriu com afetação para a multidão, um homem com poder face a face com os que não têm qualquer poder. Acenou, reconhecendo o ódio deles." 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O FUNGAGÁ DA LIXARADA


Tanto quanto sei a medida camarária ainda não foi implementada em toda a cidade e destina-se primordialmente a "ensinar" a malta a dividir o lixo para a recolha e reciclagem. O que não deixa de ser uma ideia meritória, quando pensamos que só temos um planeta e os seus recursos não não inesgotáveis. Mas a questão que tenho é simples: será que resulta?

Dos três sacos da foto, que foram de grande utilidade durante alguns aninhos, só resta um: dois desapareceram "em combate"! Continuavam a dar jeito, é certo, mas quando nos ausentámos num fim de semana prolongado no verão passado e a casa ficou por conta do rapaz, ele aproveitou para reunir malta amiga em uma ou mais jantaradas. Com a condição prévia de estar tudo limpo e nos seus devidos lugares quando regressássemos. E estava. Faltavam os sacos amarelo e azul, porque os amigos encarregues de despejar o lixo (nem perguntei onde, para não me chatear!), nem sabiam para o que serviam e toca de os deitar fora também.

Sem entrar em fundamentalismos ecologistas ou afins, percebo perfeitamente que algumas pessoas não tenham ou tivessem grande disponibilidade de dividir o lixo e ir colocá-lo nos respetivos contentores de ecoponto, por razões várias, desde a distância do local até à maior dificuldade de locomoção e/ou carregar os sacos de lixo. Já não considero plausível é a despreocupação de alguns que, ao domingo, iam (e vão?)  lampeiros depositar o lixo doméstico junto aos ecopontos ou no canteiro da árvore mais próxima, possivelmente para se livrarem dos maus cheiros em casa - que observei pessoalmente, mais do que uma vez e em várias zonas da cidade..

Pior ainda, numa breve conversa com um dos homens encarregues dessa recolha especializada, ele estava absolutamente indignado com as porcarias que eram atiradas para dentro e fora dos contentores, o que em nada facilitava a reciclagem.

Volvidos mais de três meses desde que a medida camarária entrou em vigor, o que é que observo diariamente no meu prédio? Em dias de lixo doméstico, um ou mais sacos. Nos outros... nada! Comprovado pela própria porteira, que no caso é ela que recolhe os sacos, portanto basta cada um colocá-los à porta da sua própria casa. Custa assim tanto ou o planeta e as gerações vindouras não merecem?

domingo, 7 de abril de 2013

FOI NUM DOMINGO...

... que passei por Palmela, mais propriamente pelo castelo. "E como é que se 'passa' por Palmela, se a ideia não é visitar a zona e quando se reside em Lisboa?" - perguntarão os mais curiosos. Simples: distração! A ideia era realmente ir até à "outra banda", mas para a zona de Alcochete - a que uma amiga chama com graça a "Côte d'Azur portuguesa" -  mas conversa puxa conversa, demos por nós em cima da ponte sobre o Tejo. A primeira, aquela construída quando ainda não se sonhava com a Vasco da Gama.

O GPS, como (quase) sempre, muito bem arrumadinho numa gaveta de casa, o que dá um enorme jeitão! Passadas que estavam as primeiras saídas para a Costa ou o Monte da Caparica e Almada, dar a volta onde? Talvez tivessem arranjado alguma entretanto, antes das de Sesimbra e Seixal, mas não. E aí a solução foi deixar Alcochete para uma próxima oportunidade e seguir adiante, o castelo depressa surgiria no horizonte. De longe, uma inquietante nebulosidade pairava em cima e em redor, mas já que alí estávamos, impunha-se um breve passeio...

... para apreciar a paisagem.

De vários ângulos,

feitios,

formas ou

correntezas.

Sem esquecer alguns pormenores do interior,

entre candeeiros,

escadarias e grades,

já a Lua espreitava no céu há algum tempo, à vontade das nuvens que por ali cirandavam em constantes mutações.

A hora do regresso a casa aproximava-se, a bateria da máquina fotográfica pediu carregamento, mas como mulher prevenida tem uma "fiel amiga" sempre à mão, foi só dar mais um clique de despedida...

Em suma: um fim de tarde bem passado!