quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DJANGO LIBERTADO

Tarantino é conhecido por realizar filmes muito violentos e, por isso mesmo, nunca vi nenhum. Até ontem e para aproveitar os vales de dois bilhetes de cinema gratuitos, cujo prazo de validade acaba hoje! Como não sou a única a tê-los, as sessões estavam praticamente esgotadas: nunca vi tanta gente naquelas salas! O que, no mínimo, significa que as pessoas não deixaram de gostar de cinema, provavelmente as "massas" é que são curtas. Adiante!

1858, Texas, dois anos antes da guerra civil americana. Um antigo dentista de ascendência alemã, o dr. King Schultz (Christoph Waltz), conduz a sua carroça em busca de dois irmãos que acabaram de comprar vários escravos num mercado sulista, no intuito de lhes comprar um deles. O que consegue. Esse homem negro chama-se Django (Jamie Foxx), mas ele não está interessado nele como escravo, pois não é apologista da escravatura - precisa que ele identifique outros três irmãos, fugidos à justiça e pelos quais pretende receber a recompensa da captura, "vivos ou mortos". Ou seja, o dentista trocou a sua profissão por "caçador de prémios". Acontece que Django também está mortinho para se vingar dos ditos criminosos, pois foram eles que o separaram da sua mulher, Broomhilda (Kerry Washington), para além de outros castigos corporais que lhes infligiram.  

Alcançado o objetivo, com várias peripécias sangrentas pelo meio, Django é um homem livre com algum dinheiro no bolso, pretendendo apenas reencontrar a sua mulher e comprá-la ao atual "dono. Mas o doutor convence-o a adiar o seu plano até o inverno passar, acompanhando-o na captura de outras "cabeças a prémio", prometendo que depois o ajudará a descobrir o paradeiro de Broomhilda. E realmente descobrem que ela está numa das maiores fazendas sulistas, propriedade do impiedoso esclavagista Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Como é que vão negociar a liberdade dela?

Fica o trailer, para quem ainda não viu:


8.7/10 é a atual pontuação obtida pelo filme na IMDb. É uma grande carnificina? É! Mas como estava preparada para isso, até gostei do filme. Nem foram os sangrentos e ruidosos tiroteios que me fizeram desviar os olhos do ecrã, mas uma ou outra cena no tratamento dado aos escravos, na América de meados do século XIX, conseguiram...

Imagem de cena do filme, da net.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ÁGUA É VIDA!

Há verdades inquestionáveis: sem água, ninguém sobrevive! Não foi em vão que ao longo dos tempos as populações se fixassem junto aos rios e, posteriormente, se canalizassem águas para fontes e chafarizes de modo a abastecer os povos locais. Atualmente - em Portugal e no mundo dito civilizado - praticamente toda a gente tem água canalizada na sua própria casa. Se conquista de abril ou ditame do progresso é difícil avaliar. Certo é que quando falta traduz-se num enorme transtorno!

Os recentes temporais determinaram que milhares de pessoas ficassem sem água (e sem eletricidade) durante vários dias, nomeadamente na região centro. A Graça foi uma das "vítimas", mas não foi a única. Ou seja, qualquer coisa que nos poderia acontecer a todos. "E se fosse comigo?" - matutei.  E tanto pensei que resolvi indagar onde me poderia abastecer de água, caso ela faltasse aqui na zona, sabendo de antemão  que mesmo uma falha de poucas horas resulta num açambarcamento de garrafas e garrafões nos estabelecimentos comerciais...

O panorama revelou-se desolador: no chafariz das Águas Boas ou de Santo António da Convalescença, junto a Sete Rios, os únicos resquícios de água são os da chuva. Na colagem fotográfica acima, a foto a preto e branco é do Arquivo Municipal de Lisboa, de 1968, de Armando Serôdio. Mas já houve tempos em que era assim:

(foto de 1967, gentilmente cedida por Luís Miguel Inês, do blogue LMIfotografia)

O chafariz de Benfica está igualmente seco há muitos anos, não tira a sede a ninguém. Adeus à rapaziada insolente, que se banhava no tanque nos dias quentes de verão, entre risotas dos próprios e reprovação de alguns transeuntes. A foto a preto e branco também é do Arquivo Municipal de Lisboa, de 1947, de Fernando Martinez Pozal.  

E a fonte do Calhariz?

Idem. Sem água e sem os habituais frequentadores, normalmente velhotes, que faziam fila e descansavam nos bancos para encher garrafas a garrafões de uma água proveniente da serra de Monsanto, que acreditavam piamente ser mais pura que a das torneiras e contribuir para melhorar a sua saúde. Crendices à parte, dali não sai nem gota e não é por falta de chuva...

O bebedouro mais próximo? Está assim:

Resultado: a minha pesquisa no terreno não me descansou minimamente e ainda me intriga como é que os sem-abrigo têm acesso ao precioso líquido, vital para a sua sobrevivência.

A preocupação só cresceu após ver este vídeo, bastante longo (7 minutos e 56 segundos), e o que os governantes europeus andam a tramar, para enriquecer ainda mais alguns empresários privados:

  .  

D. Maria I é que era denominada louca, mas fez por levar "agoas livres" à população - o fontanário inicial regista a data de construção em 1817.  Então o que serão estes governantes, completamente alucinados pelos lucros de negócios infalíveis, para si e para os seus amigalhaços? Estejamos atentos...    

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

CAFÉ E CHOCOLATE!

Assentei malas e bagagens naquele café de bairro de Benfica em finais de 1977, decorria então o primeiro ano do famigerado propedêutico, inventado pelo ministro da Educação da época - Sottomayor Cardia - que não servia rigorosamente para nada, para lá de atrasar o ingresso na universidade. As aulas eram leccionadas via televisão, das 9 horas ao meio-dia e picos, os programas das disciplinas ainda estavam a ser engendrados, os "alunos" sabiam apenas que existia uma longa lista de livros para ler a Língua Portuguesa (comum a todos) e dois exames em datas a estipular. De cuja média ponderada com a do liceu daria a nossa nota de acesso à faculdade que pretendíamos frequentar, que a outra novidade inventada pelo ministro era a dos numerus clausus.

Certo é que para evitar preguicites de levantar cedo para ver televisão em casa - com escasso interesse por matérias que eram quase uma recapitulação - combinei com algumas amigas reunirmo-nos todas as manhãs para assistir às aulas: um dia em casa de uma, outro na de outra e assim sucessivamente. Encontrávamo-nos para beber o café lá no estaminé, antes de seguirmos para a frente do televisor. Ou de um baralho de cartas. O que nunca faltava era um reconfortante chá com torradas lá para o final da manhã e muitas conversetas e risotas. Adiante!

Embora o local mais parecesse uma leitaria de bairro, os patrões ostentavam no toldo amarelo os dizeres "Pastelaria fina", a par de um nome comercial igualmente pomposo, mas que mais tarde alcunhámos carinhosamente de "Entulho". Apesar dessa pretensão dos donos, o ambiente era soturno: de um lado a única montra e a porta de entrada, um pequeno balcão alto e metálico logo ali a tapar parcialmente a luz do corredor estreito que se seguia; do outro lado uma vitrine onde se exibiam caixas de bombons, chocolates, caramelos e boiões de rebuçados, a separar as mesas iniciais das restantes onde era permitido estudar; ao fundo e a toda a largura uma espécie de janela junto ao teto, de vidro martelado e num tom lilás, mas que nem a um jogador de basquete permitia ver o exterior; também ao fundo duas casas de banho de um lado e uma porta de acesso a um armazém na cave do outro; e as paredes forradas a linóleo azul acinzentado não contribuíam em nada para a luminosidade do ambiente, as múltiplas manchas acumuladas de infiltrações ou outros pequenos incidentes também não.

Teriam passado talvez uns 11/12 anos desde que me tornara cliente habitual - foi lá que estudei durante todo o curso, mas, acima de tudo, tornou-se ponto de encontro com grupos de amigos (estudantes ou não) dessa época - quando num sábado à tarde cheguei lá e bati com o nariz na porta. Já trabalhava na altura e a assiduidade diminuíra, mas rara era a noite que não passava por lá, daí não entender o desconhecimento da novidade. O que tinha acontecido? Um qualquer antepassado da ASAE visitou o estabelecimento e alvitrou que necessitava de grandes obras para manter o alvará (ou coisa), quando não seria encerrado. E entraram em obras durante largos meses, pelo menos durante todo o verão desse ano, salvo erro só reabriram lá para outubro ou novembro.

Óbvio que não perdi o contacto com os amigos mais próximos, mas de outros fui perdendo o rasto. Até que  o "Entulho" reabriu luminoso como nunca, dada a multiplicidade de luzes, o longo balcão envidraçado (e frigorífico) ao longo de quase todo o corredor, as superfícíes espelhadas na parede detrás dele onde se exibiam garrafas para venda, mesas e cadeiras novas mais confortáveis, quase tudo tinha mudado. Muito mais moderno, mas efetivamente a lembrar um pouco uma árvore de Natal...

O que é não mudou? A dimensão da montra, obviamente, a espécie de janela ao fundo (embora tenha a vaga sensação que os vidros martelados foram substituídos por outros idênticos e sem cor) e a vitrine dos chocolates e companhia, que continuava a dividir as quatro mesas da entrada das restantes agora no lado oposto, mas só lá mais para as dos fundos é que se podia estudar, o número total de mesas reduzira significativamente. Nos meses seguintes continuou a ser ponto de encontro costumeiro, senão diário, pelo menos nas noites de sexta-feira e sábado, mais convidativas para novas borgas ou noitadas.

Numa dessas noites, apareceu lá um cliente desconhecido, a querer apresentar uma reclamação no livro: comprara uns chocolates na semana anterior, para oferecer aos filhos de um amigo que morava ali perto e o convidara para jantar, para descobrir, estupefacto, que as tabletes estavam bichosas! O patrão de serviço demorou a acalmar a irritação do cliente, a nós só dava para rir: raramente abriam aquela vitrine, antes ou depois das obras, facto é que apesar do investimento avultado na renovação da decoração, o stock da chocolataria devia ser o mesmo de sempre...

Igualmente e como é hábito neste país, o tal ano propedêutico de outrora - inútil em termos de conhecimentos - mantém-se até hoje. Só mudou de nome para 12º ano de escolaridade!

NOTA - Este foi o texto com que participei na amena cavaqueira domingueira "Rua dos Cafés", publicado no domingo passado no blogue "crónicas on the rocks" do Carlos Barbosa de Oliveira. Fica para quem não leu, sugerindo a todos que queiram participar que sigam os links


Imagem da net.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DE CARETAS?

A primeira pergunta que se impõe é: de quem é que me lembrei ao deparar com esta colagem fotográfica no facebook? Se se lembrarem de "água" - e da muita que já lá meti a tentar adivinhar personalidades ou lugares, entre tantos outros desafios - depressa descobrirão...

E o que se me apraz referir, perante estes 18 retratos de cientistas de todos os tempos? Pois, é que assim de caretas e sem necessidade de pesquisa nenhuma só identificava 4. E de nomes só conheço prái uns 7, vá lá 8, já que o de um me é familiar à conta de um gato...

Tal é a minha ignorância sobre as diferentes áreas científicas e todos aqueles que tanto fizeram por elas. E por aí, há quem saiba quem foram eles (já para não falar dela, que é evidente que todos conhecem)?

Certo é que o objetivo foi atingido: eles morreram, mas a sua obra ficou nos anais da História da Ciência! E nós, humildes mortais, só temos de lhes agradecer a sabedoria com que iluminaram o mundo!

ADENDA a 29 de janeiro de 2013:
A. Identificação dos 18 cientistas:
1. Einstein
2. Charles Darwin
3. James Clerk Maxwell
4. Niels Bohr
5. Louis Pasteur
6. Linus Pauling
7. Galileu
8. Francis Crick
9. Heisenberg
10. Gregor Mendel
11. Mendeleiev
12. Alfred Wegener
13. Robert Koch
14. Freud
15. Anton Van Leeuwenhoek
16. Marie Curie
17. Isaac Newton
18. Erwin Schrodinger (o do gato!)
B. Obrigada a todos pela participação e parabéns à Nina e ao Rui da Bica, que acertaram nos 18 cientistas! Como seria de esperar...

Imagem do facebook.

domingo, 27 de janeiro de 2013

SEIS SESSÕES

Baseado num artigo escrito por Mark O'Brien, poeta e jornalista norte-americano, que ao contrair poliomelite em criança ficou paralizado e ligado a um ventilador para o resto da vida, este filme narra as primeiras experiências sexuais deste homem deficiente, aos 38 anos de idade, com uma terapeuta sexual.

Ao ser solicitado para realizar um artigo sobre a vida sexual dos deficientes, Mark (John Hawkes) entrevista  vários deficientes e decide ele próprio recorrer a uma terapeuta sexual (Helen Hunt), depois de se aconselhar com o padre Brendan (William H. Macy), já que como católico praticante teme que a experiência não seja conforme os ensinamentos bíblicos. Mas, se por um lado se envergonha das suas ejaculações quando está a ser lavado pelas enfermeiras que tratam da sua higiene pessoal e anseia por uma sexualidade mais "normal", por outro receia essas sessões terapêuticas...

O que se pode dizer deste filme? Por muito que o sentido de humor de Mark nos faça rir ou sorrir em determinadas situações, aliviando a carga dramática de algumas cenas, não deixa de ser deprimente e confrangedor perceber como uma deficiência física profunda pode contrastar com tanta lucidez e doçura. De qualquer das formas, também pode contribuir para que pessoas deficientes encarem a sua própria sexualidade de outro modo e, se esse objetivo for alcançado, valeu a pena realizar o filme!

Com argumento e realização de Ben Lewin, angaria 7.4/10 na pontuação da IMDb, mas não é muito aconselhável a pessoas demasiado sensíveis. Espreitem o trailer:


Imagem de cena do filme, da net.

sábado, 26 de janeiro de 2013

AS IDADES DO MAR

Em exibição no museu Calouste Gulbenkian está a exposição temporária de pintura "As Idades do Mar", que termina já amanhã. Uma oportunidade única de apreciar algumas obras de pintores tão diferenciados como Turner, Monet, Signac, Vieira da Silva, Malhoa, Lorrain, Larsen, entre tantos outros e apenas para evidenciar alguns dos mais conhecidos, num total que ronda uma centena de telas. 

Obras que abrangem um período de cerca de quatro séculos, aqui divididas em seis temáticas, que abarcam, por exemplo, os mitos, o poder ou as tormentas associadas ao mar e à navegação europeia.

Para todos aqueles que não tiveram ou tenham hipótese de se deslocar ao museu, vale a pena dar uma vista de olhos no seu site, que exibe alguns dos quadros expostos ou espreitar este curto vídeo


Ao domingo as entradas continuam a ser gratuitas!
   

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

NO REINO DA FALSIDADE...

Os últimos dias têm sido pródigos em falsas notícias de jornal. E nem sequer estou a referir aqueles "jornalistas" que em compadrio com os governantes (ou qualquer dos outros partidos) faz o "jeito" de só noticiar o que lhes é favorável: isso além de não ser jornalismo, na verdadeira aceção da palavra, só revela a (má) qualidade do jornalismo reinante em alguns órgãos de comunicação. Não exclusivamente portugueses, note-se! 

Começou há bastante tempo com a imprensa falsa e pretensamente humorística, que pulula no facebook e que, na prática, só serve para desinformar - há sempre quem não entenda que se trata de um chiste e não de uma verdadeira notícia, e toca de partilhar como se não houvesse amanhã. Também não faltam fotos manipuladas, que se em alguns casos são mera brincadeira (como no exemplo acima), noutros pretendem denegrir a imagem de pessoas ou empresas. Juntam-se umas correntes de pessoas desaparecidas, por vezes também de cães, gatos ou outros animais de estimação, doentes a precisarem de transfusões de sangue ou de medula, uma série de carros roubados e a malta, solidária, não perde tempo a verificar a veracidade da coisa: publica! 

Outro facto que também é curioso é que, se antigamente as notícias partiam das redações jornalísticas e depois eram comentadas (ou não) nas redes sociais, agora muitas vezes acontece o contrário: o que foi "notícia" no facebook passa para os jornais e televisões. Com efeitos perniciosos, no geral, ou em detrimento de notícias realmente relevantes.

Assim, só ontem foi anunciada a morte de Pelé, um suposto ultimato dos jogadores do Real Madrid para despedir o treinador José Mourinho foi desmentido pelo próprio presidente do clube e o jornal "El País" publicou uma fotografia falsa de Hugo Chávez. Não sei a quem interessa a desinformação do público em geral, mas certo é que há gente empenhada e a trabalhar afincadamente nesse sentido...

Entretanto, uma revista de meia tigela divulgou em primeiríssima mão que Louis Armstrong tinha sido recentemente entrevistado pela Oprah, confessando que tinha sido dopado. Igualmente curioso é que foi essa "notícia" - aparentemente verdadeira (conteúdo à parte!), acompanhada da foto da página e mero fruto da ignorância de um qualquer jornalista estagiário - que os big bosses do facebook resolveram censurar. E esta, hein?!? 

BOM FIM DE SEMANA!

Imagem do facebook.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CENAS DE HOLLYWOOD!

Segundo a net, esta ceia hollywoodesca foi pintada pelo pintor italiano Renato Casaro e encontra-se exposta na parede de um restaurante em Hong Kong. Mas desenganem-se desde já se imaginam que o desafio é identificar as 13 celebridades sentadas em redor da mesa: fácil demais! (se bem que às vezes fique surpresa com a quantidade de "nomes debaixo da língua" que são invocados). Bom, neste caso específico só tive dúvidas em relação a um "cowboy", o que também não é para admirar, já que Hollywood nunca foi parca neles. Embora atualmente modere essa tendência...

Na verdade, nem se trata de um desafio, mas sim de uma aposta ou passatempo: a um mês da cerimónia dos Oscar (24 de fevereiro nos EUA, na madrugada de 25 por cá), o que proponho é que cada um dê os seus palpites sobre os eventuais vencedores desta 85ª edição. Obviamente, não é necessário ver todos os filmes e estabelecer comparações de cinéfilo empedernido, o que me parece tarefa inglória, senão impossível - nem sei se todos os filmes nomeados vão ser exibidos nos cinemas nacionais antes da gala. Trata-se apenas de pedir a opinião pessoal (logicamente subjetiva!) de cada um, como mero espetador. Por exemplo: se só viram um filme ou dois, mas gostaram particularmente do desempenho de uma atriz ou ator, da fotografia, do argumento, etc. e tal, podem votar apenas nessas categorias. Ou, por hipótese, se gostaram muito de uma canção ou banda sonora que é candidata, também podem escolhê-la, mesmo sem terem visto o filme em causa. E, claro, para quem prefira seguir os prognósticos dos críticos cinematográficos, também está à vontade!

O objetivo? Verificar quem se aproxima mais das escolhas de Hollywood e, em havendo quórum suficiente, descobrir quem seriam os vencedores, caso os comentadores do Quiproquó fossem chamados a votar... eheheh! 

Para simplificar e não inventar 'práqui' uma série de regras, a votação não tem prazo, exceto o evidente do início da entrega das estatuetas - o gmail é como o algodão: não engana nas horas! E deverá ser efetuada por comentário(s) neste post (que de vez em quando servirá de lembrete!) ou noutro posterior e em vésperas da gala, onde apontarei as minhas próprias opções. Porquê com tanta antecedência? Ora, para não se esquecerem que...

THE RED CARPET IS WAITING YOU!
(esperemos que numa TV por perto...)

Adenda: para facilitar, encontram aqui a lista de todos os nomeados para cada Oscar.

Imagem do facebook. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

OS MISERÁVEIS

O filme está bem feito? Está! Os atores são bons? São! O argumento baseado no livro de Victor Hugo é genial? É! Tem cenários e fotografia fabulosos? Tem! Mas, tal como previa, a cantoria não me seduziu por aí além... Problema meu, certamente, que não aprecio filmes musicais! Ainda menos quando a maioria dos artistas em cena não tem grandes dotes vocais... OK, cantam melhor que eu no duche, no mínimo não desafinam!

Assim, a única vantagem que vislumbro é a de atenuar a carga dramática da história, que só por si é de fazer chorar as pedrinhas da calçada, mas sobejamente conhecida: Jean Valjean (Hugh Jackman) passa 19 anos nas galés, após ter sido preso por um crime menor, mas nem depois de libertado se livra da perseguição do inspetor Javert (Russel Crowe), pelo que decide fugir e desrespeitar a liberdade condicional. Oito anos volvidos reconstruíu a sua vida, graças a uma generosa oferta de um padre, mas novamente Javert se atravessa no seu caminho e tem de abandonar a vida pacata e bem sucedida que conseguiu. Só que desta vez e devido a uma promessa feita a uma prostituta moribunda, Fantine (Anne Hathaway), tem como missão encarregar-se do futuro da pequena Cosette (Amanda Seyfried, na idade adulta), a cargo de um ambicioso casal de estalajadeiros (Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen) que a maltrata, mas que ele resgata para criar como própria filha, sem lhe revelar o seu atribulado passado. Nove anos depois esta apaixona-se por Marius (Eddie Redmayne), um jovem aristocrata revolucionário, que Valjean consegue salvar do massacre nas barricadas populares, onde reencontra Javert, detido por espionagem...

Mas o melhor é verem o trailer:


Acrescento apenas que o filme obtém a pontuação de 8/10 na IMDb, com a qual o realizador Tom Hooper só pode dar pulos de contente: pessoalmente, não lhe atribuía tanto!

Imagem de cena do filme, da net.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

1Q84 - volume 1

É sempre um prazer ler um livro assim! Um começo banal: uma mulher dentro de um táxi no meio do trânsito, ouvindo a "Sinfonietta" de Janacek que toca na rádio, com pressa para um compromisso; no capítulo seguinte, as primeiras recordações de vida de um professor de matemática perturbam uma reunião com o seu editor, enquanto este lhe propõe um trabalho inusitado.

Mas à medida que as vivências de Aomame e Tengo prosseguem em capítulos alternados, sem qualquer contacto aparente, descobrimos que afinal as personagens estão longe de ser banais e que em comum têm mais do que a solidão dos seus dias. Tal como uma aranha vai desenrolando um longo fio até tecer a sua teia, assim Murakami tece laboriosamente as malhas do seu enredo, entrelaçando o que inicialmente parecem pontas soltas sem qualquer relevância, até suspeitarmos que não são mera coincidência: uma música, uma reza, uma menina que dá a mão ao seu colega de escola, o desconhecimento (ou esquecimento?) mútuo sobre um grave tiroteio ocorrido apenas três anos antes e amplamente divulgado nos jornais... 

Como se não bastasse, o interesse simultâneo das personagens principais começa a centrar-se numa sociedade comunitária agrícola designada de "Vanguarda", nascida de um núcleo revolucionário esquerdista, mas agora transformada em organização religiosa. Interesse esse derivado dos relatos fantasiosos (?!?) de duas crianças diferentes, fugidas da dita organização, que dão conta de um mundo paralelo que se cruza com o real, onde coexistem duas luas no céu e povoado por um misterioso Povo Pequeno, que quase ninguém consegue ver! Mas porque é que uma professora de artes marciais - e assassina nas horas vagas - e um professor de matemática que reescreve um livro contra todas as normas de ética editorial (japonesa*) pretendem desvendar o que se passa realmente na "Vanguarda"? 

487 páginas que se leem sofregamente, graças à deliciosa escrita do escritor japonês e a temas tão atuais como o de controversas seitas religiosas, a violência de homens sobre mulheres e crianças ou a justiça  fora da lei. Onde não faltam também múltiplas referências musicais, como é hábito do autor, e algumas literárias, nomeadamente a Orwell, Tchékhov, Dickens ou Shakespeare.

ADOREI! Mas em tratando-se de uma trilogia, o chato é que a continuação da leitura vai ter de aguardar: tanto porque ainda não comprei o volume 2, como porque o próximo livro na "calha" será o do Clube de Leitura, cuja sessão foi adiada para dia 2 de fevereiro.

* Nota - Não me parece que em Portugal escrever um livro ditado por alguém ou reescrito a partir de um rascunho envolva problemas de ética, havendo acordo de parte a parte, como é o caso em "1Q84". Se bem entendi...

Citações:
"As coisas não são assim tão simples no mundo dos mais pequenos - observou ela, com um suspiro. - Só por seres diferente, há sempre quem te ponha de parte e te exclua das brincadeiras.  De resto, passa-se o mesmo no mundo dos adultos, só que no das crianças acontece de uma forma muito mais direta."

"- E roubar a história às pessoas é o mesmo que roubar-lhes parte de si próprias. É um crime." 

"- É como um massacre histórico.
- Massacre?
- Os responsáveis são sempre capazes de racionalizar as suas ações, e chegar mesmo a esquecer o que fizeram. Podem afastar-se de tudo aquilo que não querem ver. Mas as vítimas sobreviventes não podem esquecer, nunca. Não podem afastar-se. As recordações passam de pais para filhos. Feitas as contas, é o mundo: uma interminável batalha de memórias contrastantes." 

"Quanto mais não fosse, à força de devorar quantidades industriais de ficção escrita com os pés, aprendeu, da forma mais eficaz, o que era um romance mal escrito."

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

PINCELADAS E SORRISOS!

Numa exposição de pintura pode-se aprender muito sobre os nossos antepassados...

... sobre a inspiração de grandes pintores...

... ou a perspetiva de cada um.

Uma coisa é certa: até no mundo artístico a concorrência pode ser desleal...

... e certas imagens nunca devem ser usadas, ainda que distraída e involuntariamente, sob pena de escandalizar (até) os mais pios! (esta última "pincelada", embora não assinada, parece-me ter o traço de Quino)

Depois da tempestade... que venham os sorrisos!

Imagens do facebook.

domingo, 20 de janeiro de 2013

DECISÃO DE RISCO

Whip Whitaker (Denzel Washington) é o piloto do avião que ao realizar um voo doméstico entre duas cidades norte-americanas, previsivelmente curto e sem problemas, se depara com uma forte turbulência inicial e, quando tudo parece resolvido, graves avarias técnicas no aparelho determinam uma aterragem de emergência num terreno rural. O experiente piloto consegue inverter a posição do avião para o estabilizar, quando caía a pique, e com essa decisão de risco salvar a vida de 96 das 102 pessoas a bordo. Uma das vítimas do acidente é Katerina Marquez (Nadine Velasquez), hospedeira de bordo, com quem passou uma noite desbragada na véspera, com álcool, drogas e sexo.

No hospital, a recompor-se de algumas escoriações na sequência do acidente, é informado por um amigo do sindicato dos pilotos aéreos (Bruce Greenwood) que vai ser aberto um inquérito, como é comum nestes casos, e quase em simultâneo encontra Nicole (Kelly Reilly), uma jovem toxicodependente que está a recuperar de uma overdose. Mas será que a reputação de herói resiste, quando descobrirem que ele apresentava vestígios de álcool e drogas no sangue? O sindicato contrata o advogado Hugh Lang (Don Cheadle) para o defender...

Eis o trailer:


Realizado por Robert Zemekis, segundo argumento original de John Gatins, este drama  obtém a pontuação de 7.4/10, na IMDb. Por sua vez, John Gatins e Denzel Washington são os únicos dois candidatos na corrida aos Oscar neste filme. E se em relação ao último não restam dúvidas que é merecido, no que concerne ao primeiro já será mais controverso: argumento mais que previsível, imbuído daquele moralismo tipicamente americano. Ou seja, a exibição ainda vai a meio e já adivinhamos como vai acabar...

De realçar também o naipe de atores secundários, onde John Goodman também se destaca, a par de um outro que me escapa o nome, no breve papel de doente cancerígeno, que não prescinde da sua cigarrada fugidia, num vão de escada. 

Em suma: se sem ovos não se fazem omeletes, sem argumentos (realmente) criativos e originais dificilmente qualquer filme passa da mediania, por muitos bons atores que exiba em cartaz! 


Imagem de cena do filme, da net.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

NO INVERNO, AO CREPÚSCULO...

Fotografia de Ian Britton

Algumas canções e músicas têm o condão de me fazer viajar no tempo. Back to the past, não a desbravar o futuro e a intervir de forma a alterar o passado, como naqueles célebres filmes protagonizados por Michael J. Fox. Não são recordações de dias específicos ou relevantes, de alegria ou romance. Apenas de momentos serenos, em que o som da rádio apenas era entrecortado pelo leve tilintar das agulhas de tricot da minha mãe ou o folhear do jornal do meu pai e, eventualmente, o pingar da chuva lá fora. Um pequeno radiador elétrico aquecia a sala, através de dois cilindros que pareciam incandescentes como as achas de uma lareira, nesses finais de tarde num mundo que então parecia perfeito, seguro e do qual não havia nada a temer, onde todos os sonhos ainda eram permitidos. Momentos felizes, mas efémeros! Porque quando escurecia  acendiam-se as luzes, a minha mãe arrumava a malha e iniciava os preparativos para o jantar. 

Mais tarde essa sensação de serena felicidade regressaria - em cenas domésticas semelhantes, com o filhote e o maridão por perto - embora as músicas e canções já fossem outras. A ilusão num mundo perfeito é que  já desaparecera para sempre...

Curiosamente, não são as músicas prediletas que despoletam essas viagens através dos tempos, apenas algumas que oiço raramente e que quase esqueço que existem. Mas quando calha, sabe bem escutá-las de novo e relembrar essa felicidade transbordante... sem qualquer motivo aparente!

Recentemente, o Kok perguntou se me lembrava dos Carpenter. Respondi que sim. Por sinal, até tocavam uma das canções que  têm esse mágico condão - "Yesterday once more":  


UM DOCE E SERENO FIM DE SEMANA PARA TODOS!
(com música, livros, cinema, teatro, família ou amigos... conforme preferirem!)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

QUEM ESCREVEU?

Ainda a meio de um livro volumoso, lembrei-me desta vez de vos apresentar um pequeno desafio literário, se assim se pode dizer. Eis as questões:

1. Neste livro, uma personagem central é professora de artes marciais e também assassina nas horas vagas. Que arma utiliza e quem é o autor?
- Uma espécie de picador de gelo com uma agulha na extremidade. Aomame é personagem de Haruki Murakami, no primeiro volume de "1Q84".

2. "You Are A Hippie" é uma espécie de trocadilho que se pode fazer como o nome de uma banda de rock britânico, que por sua vez se baseia num perverso personagem de um célebre romance. Qual o seu nome, título e autor?
- Uriah Heep, em "David Copperfield", de Charles Dickens.

3. Porventura a menos conhecida destas obras, traz à lembrança um infeliz caso recente, na seguinte passagem:
“Uma mulher tinha-se incendiado junto a um fogão.
Oh, aquele país, exclamavam as pessoas, contentes por caírem nas frases do costume, onde a vida não tinha grande valor, onde os critérios eram variáveis, onde os fogões eram mal fabricados e os saris baratos incendiavam-se tão facilmente...
... como uma mulher que se queria ver morta ou...
... enfim, uma mulher que queria suicidar-se...
... sem uma testemunha, sem um caso...
... tão simples, um singelo movimento com a mão...
... e, para a polícia, um caso tão simples, implicava apenas outro movimento rápido com a mão...
... as rupias faziam um movimento untuoso entre as palmas das mãos...
- Oh, obrigado, meu senhor – disse um agente da polícia.
- Não tem nada que me agradecer – retorquiu o cunhado.
E, num piscar de olhos, tudo isto poderia ter passado despercebido.
O juiz optou por acreditar que foi um acidente.”

Quem escreveu este livro?
- Kiran Desai, em "A Herança do Vazio".

4. Por sua vez, Ariadne Oliver é escritora, muda constantemente de penteado e come compulsivamente. O quê e quem criou esta personagem?
- Maçãs. É uma personagem de Agatha Christie, que entra em vários dos seus livros.

5. "Huck era cordialmente detestado e temido pelas mamãs, por ser vagabundo, rebelde a todas as leis divinas e humanas, malcriado e mau; e por estas qualidades admirado por todos os companheiros. Não obedecia a ninguém. Andava a pescar e a nadar quando e onde e até à hora que queria. Não havia ninguém que o proibisse de lutar com os outros rapazes ou que, a uma hora certa, o mandasse dormir... Não era obrigado a lavar-se, a vestir roupa engomada. Sabia blasfemar e dizer palavrões de uma maneira maravilhosa. Não lhe faltava nada, em suma, de tudo aquilo que torna a vida bela. Assim parecia, pelo menos a todos os rapazes vigiados, cuidados, maçados pelos pais e pelos que os rodeiam. [...] era o rebelde interessante, a figura romântica.”
De que livro foi retirada esta citação e quem é o seu autor?
- "As Aventuras de Tom Sawyer", de Mark Twain.

Boas leituras e... divirtam-se!

ADENDA a 18 de janeiro de 2013 - todas as respostas a rosa escuro. O Rui da Bica acertou em todas, o Vício acertou em duas, a Rosa dos Ventos e a Ematejoca numa. Obrigada a todos pela participação!

Ilustração de Levi Hastings.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

EXALTAÇÕES!

Na semana passada as redes sociais foram palco de duas discussões estéreis e completamente despropositadas (e desproporcionadas): uma campanha publicitária infeliz, em que uma bloguista declarava que um dos seus sonhos para 2013 era comprar com o seu dinheiro uma mala clássica Chanel, que suscitou tanta indignação e exaltação, que determinou que a empresa retirasse a campanha de circulação; e o caso de um cão que matou uma criança de 18 meses e que levou ao rubro posições extremistas, entre supostos defensores dos animais e outros que defendiam o abate do animal, como é norma por lei. Ambos os casos deram azo a insultos de toda a espécie, tanto à rapariga "sonhadora", como até às pessoas que expressaram a sua opinião sobre o destino a dar ao cão, quer contra ou a favor do abate do bicho. Esperem lá, não há assuntos mais importantes nesta terra para discutir?

Numa altura em que praticamente nenhum português sabe ao certo quanto vai receber no fim do mês pelo seu trabalho (para os que ainda têm emprego) ou de pensão (para os reformados), quantos impostos ainda estão a ser congeminados pelos atuais governantes, se os direitos, liberdades e garantias constitucionais continuam a ser violados sistematicamente e se os níveis de desemprego ainda vão rebentar a escala nunca vista, é a mala dos sonhos da outra ou o futuro do cão que interessam? Porque é que, por exemplo, a RTP ou outras empresas nacionais oferecidas de bandeja ou vendidas ao desbarato (sem qualquer transparência nas "negociações") a empresários privados cada vez mais ricos e ambiciosos não motivam a mesma exaltação?

Sem qualquer tipo de simpatia por meninas-armadas-em-dondocas, certo é que cada um pode sonhar com o que bem lhe apetecer! Do mesmo modo - num país em que milhares de animais são maltratados, abandonados ou abatidos diariamente - opinar a favor ou contra o abate de um cão não é crime... 

Culpas? Não existem propriamente, porque campanhas publicitárias mal concebidas e acidentes com animais acontecem, infelizmente! Mas há aqui um padrão: falar, debater e discutir até à exaustão assuntos pouco significativos e esquecer o que é realmente relevante! O facebook cada vez relembra mais o salão dos "dois minutos do ódio" no fabuloso "1984" de Orwell - extravasam-se para lá ódios, frustrações e insultos, à vista de todos, e depois cada um retoma a sua vidinha, mais aliviado...

Olhó passarinho! (o governo agradece, mas depois não se queixem...)


Cartoon de António, no facebook.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

GUIA PARA UM FINAL FELIZ

Pat Solatano (Bradley Cooper) regressa a casa dos pais, após uma crise emocional que o leva a ser internado oito meses numa clínica psiquiátrica, por ordem do tribunal. Na origem dessa crise está a traição da sua mulher, Nikki, que ele pretende reconquistar. Contudo, tanto o pai (Robert De Niro) como a mãe (Jacki Weaver) duvidam que ele consiga salvar o casamento e tentam interessá-lo mais nos jogos da equipa de futebol americano Philadelphia Eagles, da qual o pai é fanático. (Oops, afinal não é só cá!) Pat está determinado a encarar a vida pelo lado positivo e a ser feliz, desconfia que as superstições desportivas do pai não são o melhor meio para atingir os seus objetivos.

Entretanto é convidado para jantar em casa de um amigo e aí encontra Tiffany (Jennifer Lawrence), também ela a atravessar um momento difícil: enviuvou recentemente e perdeu o emprego. E é ela que se oferece para entregar uma carta a Nikki - já que ele tem uma ordem de restrição do tribunal que o impede de se aproximar da mulher ou do seu local de trabalho -, mas em contrapartida deverá participar num concurso de dança com ela...

Eis o trailer:


Classificada com 8.2/10 na IMDb, esta comédia romântica realizada por David O. Russel - baseada no romance de Matthew Quick - consegue ainda o feito inusitado de ser candidata a oito estatuetas douradas nos Oscar 2013: todos os atores mencionados, tanto em principais como em secundários, e também melhor filme, realizador, argumento adaptado e montagem. Jennifer Lawrence venceu o Globo de Ouro na categoria de melhor atriz principal de comédia.

Resumindo: um filme que dispõe bem!

Imagem de cena do filme da net.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

EM (IN)DIRETO!

Tudo a postos para assistir à 70ª cerimónia dos Globos de Ouro via TV, para descobrir tardiamente que este ano não haveria exibição televisiva... rsrsrsrs... à exceção dos vestiditos e jóias envergados pelas vedetas no tapete vermelho, à entrada do hotel Beverly Hilton. Horas a fio e repetitivamente, num canal cabo. 

Não deve ter sido impressão da minha visão perturbada pela irritação que a maior parte do mulherio vestia a condizer com o referido tapete, ou a contrastar nos brancos e pretos da praxe. E com enorme dificuldade em descer meia dúzia de degraus, sem o amparo de gentis braços masculinos, dada a dimensão dos saltos XXXL. Do pouco que vi desse prelúdio, porque logicamente o show das indumentárias faz parte da gala, mas pessoalmente é a que menos me interessa! Adiante!

A sensação da noite - na cerimónia apresentada por Tina Fey e Amy Poehler - deve ter sido a vitória de Ben Affleck como realizador de "Argo", o drama que também venceu o galardão de melhor filme do ano.

Por sua vez, "Os Miseráveis" foi considerado o melhor filme de comédia/musical, tendo também valido a Anne Hathaway o almejado globo dourado para melhor atriz secundária e a Hugh Jackman o de ator principal. "Amor" e "Brave Indomável" venceram nas categorias de melhor filme estrangeiro e de melhor desenho animado, respetivamente. 

Outra surpresa coube a Jennifer Lawrence, que recebeu o globo para melhor atriz de comédia/musical no filme "Guia Para um Final Feliz", enquanto Jessica Chastain ganhou o de drama pelo seu desempenho em "Bestas do Sul Selvagem". Menos surpreendente foi o globo de melhor ator dramático atribuído a Daniel Day-Lewis em "Lincoln" e o já anunciado prémio Cecil B. DeMille entregue a Jodie Foster pela sua carreira cinematográfica.

Ah, vendo bem nem perdi muito, pois assim escusei de assistir à longa e morosa atribuição dos prémios televisivos, dos quais só fixei a vitória de Maggie Smith como melhor atriz secundária na série "Downton Abbey". Que segui religiosamente, mas do qual não tenciono ver mais nenhum episódio, depois do choque do último... 

Imagens da net.

domingo, 13 de janeiro de 2013

SOLUÇÃO DE ENIGMA!

O enigma era antigo e muito mais difícil do que os do Rui da Bica em-dias-de-sacar-personagens-desconhecidas-do-baú. Afirmei logo à partida que não conhecia a solução completa e exata, como podem verificar neste post de 2009.

Consistia em saber quantas destas 100 (?!?) personalidades mundiais identificávamos:

A resposta completa demorou, mas - embora sem os tais 100% de certeza - chegou via Angela Escada,  que o publicou no blogue com o seu nome. Que era para fazer link, mas entretanto... PUFF!... o post desapareceu daqui...

A grelha de partida é esta, para auxiliar a trabalheira das respostas:

"A numeração segue assim:

1 Bill Gates, fundador da Microsoft
2 Homero, poeta grego
3 Cui Jian, cantor chinês
4 Vladimir Lenin, revolucionário russo
5 Pavel Korchagin, artista russo
6 Bill Clinton, o ex-presidente dos EUA
7 Pedro, o Grande, o líder russo
8 Margaret Thatcher, ex-primeiro-ministro britânico
9 Bruce Lee, ator de artes marciais
10 Winston Churchill, antigo primeiro-ministro britânico
11 Henri Matisse, artista francês
12 Gengis Khan, o guerreiro mongol
13 Napoleão Bonaparte, líder militar francês
14 Che Guevara, o revolucionário marxista
15 Fidel Castro, o ex-Primeiro-Ministro e Presidente de Cuba
16 Marlon Brando, o ator
17 Yasser Arafat, ex-líder do Palastine
18 Júlio César, imperador romano
19 Chennault Claire Lee, Segunda Guerra Mundial EUA Tenente
20 Luciano Pavarotti, cantor
21 George W. Bush, o ex-presidente dos EUA
22 Príncipe de Gales
23 Liu Xiang, corredor de barreiras chinesas
24 Kofi Annan, ex-Secretário Geral da ONU
25 Zhang An (o pintor)
26 Mikhail Gorbachev, ex-líder russo
27 Li Tiezi (o pintor)
28 Dante Alighieri, poeta florentino
29 Dai Dudu (o pintor)
30 Pelé, jogador de futebol
31 Guan Yu, guerreiro chinês
32 Ramsés II, faraó egípcio
33 Charles De Gaulle, o general francês
34 Albert Nobel, químico sueco, fundador dos prêmios Nobel
35 Franklin Roosevelt, ex-presidente dos EUA
36 Ernest Hemingway, escritor americano
37 Elvis Presley, cantora norte-americana
38 Robert Oppenheimer, físico norte-americano
39 William Shakespeare, dramaturgo Inglês
40 Wolfgang Amadeus Mozart, compositor austríaco
41 Steven Spielberg, diretor de cinema americano
42 Pablo Picasso, pintor espanhol
43 Marie Curie, físico e pioneiro da radioatividade
44 Zhou Enlai, primeiro premier da República Popular da China
45 Johann Wolfgang Von Goethe, escritor alemão
46 Lao Zi, filósofo chinês
47 Marilyn Monroe, atriz norte-americana
48 Salvador Dali, pintor espanhol
49 Cixi, o antigo governante da China
50 Ariel Sharon, o ex-primeiro-ministro israelita
51 Qi Baishi, pintor chinês
52 Qin Shi Huang, ex-imperador da China
53 Madre Teresa de Calcutá, missionária católica romana
54 Qingling Song, político chinês
55 Rabindranath Tagore, poeta indiano
56 Otto Von Bismarck, estadista alemão
57 Run Run Shaw, magnata da mídia chinesa
58 Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço
59 Audrey Hepburn, a atriz belga-nascido
60 Ludwig Van Beethoven, compositor alemão
61 Adolf Hitler, líder nazista
62 Benito Mussolini, político italiano fascista
63 Saddam Hussein, ex-presidente do Iraque
64 Maxim Gorky, escritor russo
65 Sun Yat-Sen, revolucionário chinês
66 Den Xiaoping, revolucionário chinês
67 Alexander Pushkin, autor russo
68 Lu Xun, o escritor chinês
69 Joseph Stalin, líder da União Soviética
70 Leonardo Da Vinci, pintor italiano
71 Karl Marx, filósofo alemão
72 Friedrich Nietzche, filósofo alemão
73 Abraham Lincoln, antigo presidente dos EUA
74 Mao Zedong, ditador chinês
75 Charlie Chaplin, ator britânico
76 Henry Ford, fundador da Ford Motor Company
77 Lei Feng, soldado chinês
78 Norman Bethune, o médico canadense
79 Sigmund Freud, psiquiatra austríaco
80 Juan Antonio Samaranch, ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional
81 Chiang Kai Shek, general chinês
82 Rainha Elizabeth II, rainha do Reino Unido
83 Leo Tolstoy, romancista russo
84 Li Bai, poeta chinês
85 Corneliu Baba, pintor romeno
86 Auguste Rodin, o artista francês
87 Dwight Eisenhower, ex-presidente dos EUA
88 Michael Jordan, jogador de basquete americano
89 Hideki Tojo, o ex-primeiro-ministro do Japão
90 Michelangelo, pintor italiano da Renascença
91 Yi Sun-Sin, comandante naval da Coreia
92 Mike Tyson, pugilista americano
93 Vladimir Putin, primeiro-ministro russo
94 Hans Christian Andersen, autor dinamarquês
95 Shirley Temple, atriz norte-americana
96 Albert Einstein, físico alemão
97 Moisés, líder religioso hebraico
98 Confúcio, filósofo chinês
99 Gandhi, líder espiritual indiano
100 Vincent Van Gogh, pintor holandês
101 Toulouse Lautrec, pintor francês
102 Marcel Duchamp, artista francês
103 Atrás de George Bush é Osama bin Laden"

E se alguém discordar, faxavor de dizer...

Imagens da net.

sábado, 12 de janeiro de 2013

SE DESCARAMENTO PAGASSE IMPOSTO...

Não sei se é anedota ou caso verídico, recebi por mail (obrigada, Palicha!) e considerei a resposta excelente! De qualquer das formas, muito elucidativo sobre a mentalidade de um certo patronato cá do burgo... 


"Anúncio no jornal:

Somos um restaurante pequeno e causal no centro da cidade e estamos à procura de músicos para tocarem de graça no nosso restaurante, podendo assim promover a sua música e vender os seus CDs. Este não é um emprego diário, e sim para eventos especiais que eventualmente se tornarão eventos diários uma vez que a ...resposta do público seja positiva. 
Preferimos que toquem Jazz, Rock, e outros ritmos mais leves, de todo o mundo e de várias culturas.
Estás interessado em promover o teu trabalho? Então comunique-se connosco o mais rápido possível.

Resposta de um Músico:

Feliz Ano Novo! Eu sou um músico, com uma casa grande, à procura de um dono de restaurante que venha a minha casa promover o seu restaurante ao fazer comida de graça para mim e meus amigos. 
Isto não aconteceria diariamente, mas a princípio em eventos especiais, os quais poderão eventualmente crescer e se tornar algo grande e diário, se a resposta for positiva. Preferimos carne de primeira e refeições exóticas e culturais. Você está interessado em promover o seu restaurante? Então comunique-se connosco urgentemente!"


Imagem da net.