terça-feira, 29 de novembro de 2016

10 ANOS DEPOIS...

Para quem seja atento aos pormenores,o primeiro post deste blogue foi publicado precisamente há 10 anos. Embora, verdade seja dita, só cerca de seis meses depois fiz desta casa o meu poiso habitual, após uma malograda incursão noutros círculos blogosféricos. E desde aí não abandonei, apesar de atualmente estar bastante menos "escrevinhadeira". 

Curioso é que amigos desses primórdios são poucos os que ainda estão no ativo: o Rafeiro Perfumado, a Tons de azul e a Ematejoca são as honrosas exceções à regra. Mas outros vieram, enquanto alguns partiram, que a blogosfera é como a vida, sempre composta de mudança. 

Contudo, é a todos, do mais antigo ao mais recente bloguista, que tenho de agradecer a amizade e o carinho que têm vindo a demonstrar ao longo de todos estes anos pelo meu cantinho e por mim, numa troca de ideias e de opiniões constante, que é o torna a blogosfera um espaço tão interessante - sem esta interatividade e aprendizagem, qual era a graça?

Ao comemorar a década não queria deixar de fazer este agradecimento, porque é graças a TODOS vós que o Quiproquó ainda se mantém em "cartaz".

OBRIGADA E BEM HAJAM!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

VALÊNCIA, CIDADE MODERNA

Se tivesse de explicar em meia dúzia de linhas as minhas impressões sobre Valência, diria o seguinte: uma cidade onde igrejas e monumentos seculares convivem com edifícios e estruturas bastante mais modernas, atravessada por um imenso jardim que já foi rio, "desaguando" em praias mediterrânicas de clima ameno durante todo o ano. A luminosidade que paira no ar, o arvoredo a perder de vista, a grandiosidade dos palácios, tudo contribui para tornar Valência numa cidade muito interessante, que merece ser visitada.

Antigamente o rio Túria atravessava toda a cidade mas, em 1957, as suas águas inundaram Valência, provocando dezenas de mortos, o que determinou a decisão de desviar o curso do rio, de modo a prevenir futuras catástrofes. O espaço foi desde então convertido numa zona lúdico-cultural, onde se conjugam jardins, campos e equipamentos desportivos, salas de exposições e auditórios, bem como as antigas pontes que ligavam as duas margens. Os denominados jardins do Túria terminam sensivelmente na zona mais moderna da cidade, a Cidade das Artes e das Ciências.

O complexo de edifícios que constituem esta "Cidade" foi desenhado pelos arquitetos Santiago Calatrava e Félix Candela e incluem Ópera, salas de cinema, o museu das Ciências, o Oceanário e um pavilhão denominado Agora, onde já decorreram alguns eventos de ténis. A maratona de 2016 começou e acabou na zona exterior do museu das Ciências.

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Muito mais haveria a mostrar sobre esta zona mais moderna da cidade, caso tivesse fotografado exaustivamente cada um destes autênticos monumentos, o que desta vez não foi o caso. Muita gente -só neste dia vi 3 casórios no local - e um plano que, tendo agendados alguns compromissos, não deu azo a visitas mais demoradas.

Sobre Valência, cidade histórica e tradicional, a par de algumas outras curiosidades, escreverei numa próxima oportunidade. Mas que valeu muito a pena, lá isso...

BOM FIM DE SEMANA!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

REALIZAR UM SONHO...

O sonho era do maridão e já contava alguns anos: correr uma maratona! Inicialmente, a corrida surgiu mais ou menos como escape e pela necessidade de fazer algum exercício, já que as modalidades anteriormente praticadas tinham horários quase incompatíveis com  os de trabalho. Dizem os entendidos, que os desportistas precisam de exercício para melhorar o seu estado de espírito. Acredito que tenham razão, se bem que como não-desportista me limite a reproduzir o que oiço  por aí...

Mas voltando ao sonho já antigo, por muitas e variadas razões ele foi sendo adiado. Até que há coisa de um ano e tal o maridão resolveu inscrever-se num grupo desportivo: além de treinos mais programados, existe toda uma equipa que acompanha eventuais problemas de lesões, da massagem à fisioterapia, passando até por exames médicos e nutricionismo. Para lá do grupo de outros maduros (e maduras!) que treina afincadamente e com perseverança, com a mesma finalidade. Foi sem dúvida um grande incentivo.

Assim, talvez há uns 6 meses, o maridão avisou-me que estava a ponderar realizar a sua primeira maratona no dia 20 de Novembro, em Valência. Se queria ir com ele? Não, não estava particularmente interessada, se ele ia correr, o que é que eu fazia? Vai daí, o filhote meteu-se ao barulho: "Disparate, não conheces Valência, vais conhecer. Se quiserem vou com vocês." Claro que aí o caso mudou de figura e decidimos ir os três. Não me arrependi!

Bom, sobre Valência escreverei outro dia - e até há bastante para escrevinhar (vou ter de usar o meu parco poder de síntese) - porque hoje só quero referir o orgulho que senti com a realização do sonho do maridão. Ele acabou a prova em 3 horas e 56 minutos, o que não é nada mau para um novato de 61 anos (ficou mais ou menos a meio do seu escalão). Mas mesmo que não tivesse acabado, sentia esse mesmo orgulho. dada a força de vontade e persistência dos cerca de 4 de meses de treino intensivo, independentemente das circunstâncias atmosféricas ou outras. Há alguma coisa mais importante na vida do que tentar realizar os nossos sonhos?

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PASSEIO DE OUTONO

O outono é uma estação tão boa como outra qualquer para passear. E é isso mesmo que vou fazer por estes dias, portanto escusam de ficar condoídos ou a imaginar doenças estranhas. No regresso contarei  todas as novidades dignas de nota...

Até lá,fiquem com Eric Clapton:


E FIQUEM BEM, CLARO!

domingo, 13 de novembro de 2016

O MAGUSTO QUASE IMPOSSÍVEL

Depois de uma semana absolutamente estranha - a inesperada eleição presidencial de Trump,  a entrega às autoridades de Pedro Dias (depois de 28 dias a "monte" entre Arouca e Aguiar da Beira) e a morte de Leonard Cohen (de quem nunca fui especialmente fã, mas alguns amigos chegados eram e ficaram tristíssimos - o facebook encheu-se de lugares comuns e R.I.Ps. sobre os 3 casos. Não há paciência para esta carneirada...

Mas a algumas conclusões também cheguei: o mundo tornou-se um lugar ainda mais perigoso; apesar das incongruências do suspeito agora preso, a história da morte dos GNR ainda está mal explicada; por muito que custe, os ídolos da música também morrem, vale que a sua obra fica!

Foi com este espírito um pouco triste e irritado, que sexta-feira resolvemos festejar o magusto, com umas castanhinhas e uma jeropiga. Qual não foi o nosso espanto quando andámos seca e meca para encontrar a garrafa de jeropiga - os supermercados de bairro e do "povo" aqui da zona, em cujas prateleiras não faltam garrafas de Moet et Chandon ou de whiskys velhos carrérrimos, não tinham nem uma garrafinha da popular jeropiga para amostra. Onde encontrei? Numa garrafeira do comércio tradicional. E a essa hei de voltar, pois tem um serviço que os ditos supermercados não têm  - aconselhamento pessoal sobre os produtos comercializados.

BOM DOMINGO e BOA SEMANA!
(pelo menos, com menos"irritações"...)

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O HOMEM QUE MATOU GETÚLIO VARGAS

Como certamente muitos saberão, Getúlio Vargas suicidou-se a 24 de Agosto de 1954, pelo que esta prosa da lavra do sempre inspiradíssimo Jô Soares é meramente ficcional. Num enredo surrealista, onde se cruzam algumas das grandes personagens do século XX, tal como Mata Hari ou Madame Curie, Al Capone ou Franklin Delano Roosevelt.

Mas não se pense que elas são as protagonistas destas 250 páginas, cabendo tal papel ao anónimo Dimitri Borja Korozec, cuja vida seguimos desde a tenra infância até aos seus pouco maduros 57 anos - com alguns interregnos pelo meio, é certo. Filho de um anarquista sérvio e de uma artista de circo brasileira (irmã bastarda de Getúlio Vargas), cedo o rapaz segue o exemplo paterno e ingressa numa escola de assassinos jugoslava. Aí ensinam-lhe a manejar armas, bem como estratégia e tática, o que é imprescindível para alguém que está decidido a livrar o mundo de todos os tiranos. 

Infelizmente, nem tudo ocorre conforme os planos de Dimitri e outros assassinos adiantam-se aos seus esquemas tão minuciosamente engendrados. Estranhamente, sem dar pelo facto, também ele tem um assassino na sua cola, o anão Motilah Bakash, o último sobrevivente de uma seita cigana asiática. Para grande sorte do anarquista, o anão é um pouco precipitado nas suas investidas...

Muito bom. para os que apreciam o non-sense bem-humorado do !

Citações: 

"- Não percebes?! - retrucou, furioso, Bouchedefeu. - Este conforto higiénico leva à ociosidade e à decadência. Para mim, o bidé foi o grande responsável pela Revolução Francesa, e, depois, pelo declínio dessa mesma revolução. O próprio Marat morreu apunhalado no bidé."

"Certamente não a quero como cúmplice e entendo que a sua formação religiosa condene a violência, entretanto gostaria de fazê-la entender que a minha vida é dedicada à destruição da tirania, custe o que custar."

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PAREDES QUE "CANTAM"...

Passo naquele largo frequentemente, mas nunca nada me tinha chamado a atenção: um entre tantos do género no país. Desta vez foi diferente... e saí para fotografar:

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Andava nestas andanças fotográficas, quando uma vizinha me avisou: "há outra lá em cima, que não se vê daqui. É o Zeca Afonso e para mim a melhor de todas."

E lá fui bairro acima, à procura da imagem que me faltava na coleção. Mas valeu a pena!

Bem sei que há quem não goste de graffitis - se bem que tenha alguma dificuldade em chamar graffiti a estes  retratos - mas pessoalmente considero que embelezam em muito as ruas das nossas cidades. Como estes, no humilde bairro da Venda Nova, Amadora.

Obrigada,

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!