Muitos se lembrarão que a 25 de Janeiro de 2004, durante o jogo Vitória de Guimarães-Benfica transmitido pela televisão, o jogador Miklós Fehér sentiu-se mal, teve uma paragem cardíaca e acabou por morrer, aos 24 anos de idade. Uma situação anómala mas não única, os jornalistas televisivos passaram os dias seguintes a encontrar outros casos, que reportaram até à exaustão.
Nessa época o meu filho tinha 11 anos e o professor de Ciências começara o ano letivo a avisar os alunos que todos iriam morrer (o que sempre considerei muito científico e didático, mas adiante!), mas nem por isso a rapaziada era menos faladora, inquieta e insubordinada - o que originou várias queixas da diretora de turma aos pais dos respetivos rebentos, às quais não escapei. Acontece que os miúdos, perante a morte do jogador "em campo", ficaram absolutamente siderados, durante uma ou duas semanas pouco falaram, muito menos discutiram, risos e sorrisos banidos das suas faces de garotos. Tanto que os professores estranharam o seu comportamento, mas alguns aperceberam-se do que se passava: estavam cheios de dúvidas existenciais! A eles, cujo passatempo prioritário era jogar à bola no recreio, podia-lhes acontecer o mesmo que ao jogador benfiquista? A morte não estava reservada apenas para aqueles velhinhos e doentes, mesmo que da sua família, mas que todos já sabiam que iam partir em breve?
Nessa época o meu filho tinha 11 anos e o professor de Ciências começara o ano letivo a avisar os alunos que todos iriam morrer (o que sempre considerei muito científico e didático, mas adiante!), mas nem por isso a rapaziada era menos faladora, inquieta e insubordinada - o que originou várias queixas da diretora de turma aos pais dos respetivos rebentos, às quais não escapei. Acontece que os miúdos, perante a morte do jogador "em campo", ficaram absolutamente siderados, durante uma ou duas semanas pouco falaram, muito menos discutiram, risos e sorrisos banidos das suas faces de garotos. Tanto que os professores estranharam o seu comportamento, mas alguns aperceberam-se do que se passava: estavam cheios de dúvidas existenciais! A eles, cujo passatempo prioritário era jogar à bola no recreio, podia-lhes acontecer o mesmo que ao jogador benfiquista? A morte não estava reservada apenas para aqueles velhinhos e doentes, mesmo que da sua família, mas que todos já sabiam que iam partir em breve?
Há momentos assim na vida de todos nós, miúdos ou graúdos! E se a tristeza e o desespero são contagiantes, num círculo limitado de catraios, alargados a nível nacional... Pois, é o que mais se tem visto pela blogosfera e facebook, salvo raríssimas exceções. A realidade muitas vezes é dura, mas há que a encarar! Certo é que o pior rei de Portugal não vai ressurgir das brumas de um amanhã para nos salvar, mas os temores que todos temos não nos devem conduzir ao desalento, ao baixar dos braços a chorar fados e esperanças perdidas. Fórmulas secretas não existem aqui, cada um saberá se prefere gritar e reclamar, se esconder os seus receios como se imitasse a avestruz, se cingir-se apenas a uma temática, se..., se... e se... Todas preferíveis ao contágio!
Por mim, vou continuar a tomar os mesmos remédios de sempre... (o livro é que já é outro, enquanto não chegar o próximo do Rauf!) e continuar de cabeça erguida! Reservando o direito a indignar-me, sempre que considerar necessário...
TENHAM UM BOM DIA!.
TENHAM UM BOM DIA!
Chocou-me a observação do colega. Enfim!
ResponderEliminarDeve ser comum aos adolescentes pensarem que a morte é coisa de velhos ou,então, nos jovens, só acontece por acidente de viação.
Sabes que eu própria fiquei aborrecida quando percebi que, aos 40, tinha assuntos de saúde para vigiar para sempre? Pois é. Acho que me convenci que era cedo de mais.:)
Meditemos, façamos contas, mas sorriamos o que ainda podemos sorrir...sem pagar.
beijinhos e um excelente dia!
Fazes bem e nisso estou contigo.
ResponderEliminarCabeça erguida, seguir em frente e usufruir dos pequenos prazeres da vida ´:)
Como o povo costuma dizer "não esperes a morte". Parados e a remoer tristezas não sairemos da cepa torta e um bom dia é genérico para aliviar a pressão.
ResponderEliminarBom dia :)
Tristezas não pagam dívidas.
ResponderEliminarNão tomo medicação, mas espero não ser contagiada...a "doença" é grave :(
Beijinho :)
É raro alguém não morrer!
ResponderEliminarSigamos em frente.
Um abraço.
todos morrem mas nem todos vivem. parece um daqueles chavões de auto-ajuda mas... mas nada, é mesmo um chavão :)
ResponderEliminarOs meus olhos viram esse filme em directo. Jámais esquecerei e pelos vistos o teu filho também.
ResponderEliminar>dos outrso temores já nem falo tão certos eles são.
Beijinho Tété
KIM
Se te chocou a observação do professor, imagina aos miúdos, NINA! Sei que a maioria dos professores são medianamente bons, alguns são ótimos, outros são maus. Mas ainda há uma "classe" à parte, a daqueles a quem nunca devia ter sido permitido dar aulas... Não serão muitos, mas são marcantes para os alunos! :P
ResponderEliminarTambém acho que nunca estamos preparados para as nossas fragilidades físicas, qualquer que seja a idade! Mas na cabeça dos miúdos piora um pouco... 8-o
Claro que temos de continuar a sorrir! Sempre! :)
Beijocas!
LOPESCA, como diz o povo: "quanto mais te agachas, mais mostras as cuecas"! Há que erguer a cabeça, sim! :)
ResponderEliminarPois, esperar sentado a remoer tristezas, não se vai a lado nenhum, PAULOFSKI! ;)
ResponderEliminarBoa noite para ti! :)
Ah, isso de certeza que não pagam, MARIA! :n
ResponderEliminarEstes contágios alastram mais que os da gripá! :P
Beijocas! :)
Tão raro, que segundo consta só Jesus Cristo ressuscitou, CARLOS! :))
ResponderEliminarAbraço!
Chavão ou não, MOYLITO, há muita gente que morre antes de morrer. Ou seja, vegeta à espera da morte... ;)
ResponderEliminarFoi impossível não ver, KIM, porque as televisões passaram as imagens vezes sem conta. Que impressionaram muita gente, como é lógico, mas para o meu filhote e amigos foi a perceção que não eram imortais até serem velhotes... ;)
ResponderEliminarMedos e temores é o que temos sempre mais certo na vida! Não há como negar, mas há que ultrapassar... :)
Beijocas!
Estou de acordo, Teté, mas a catarse também ajuda a aliviar a dor e talvez por isso eu ande tão monocórdico lá no CR. Mas já estou melhor :-)))
ResponderEliminarSobre a morte, gosto de me lembrar do que me disse um amigo japonês: morremos todas as noites, quando adormecemos. Mas, invariavelmente, nascemos de novo todas as manhãs :) ;)
ResponderEliminarNão tinha lido aquele teu post de 2007. Lindo e verdadeiro!
Mas o seu blogue versa uma temática política, CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, ia falar de quê? Do Outono e dos passarinhos? Penso que todos que o seguem esperavam que falasse do que se passava, concordando ou não com as suas opiniões e pontos de vista... E sim, também serve de catarse! Para si e para os seus comentadores! :)
ResponderEliminarGostei dessa maneira de encarar a morte (e a vida) do teu amigo japonês, MANUEL: assim renascemos todos os dias! :D
ResponderEliminarO facto de compensarmos as irritações e as desilusões com o que nos dá prazer, não faz de nós gente alheada da realidade. Há que as ultrapassar, até para depois podermos analisar as questões mais racionalmente! ;)
Eu prefiro não pensar na morte, e levo muito a sério a letra de uma canção, que diz mais ou menos isto "não tenho medo de morrer, simplesmente não me apetece". Beijoca!
ResponderEliminarE fazes muito bem, RAUF! Pensamentos tenebrosos não faltam por aí... :e
ResponderEliminarBeijocas!