sábado, 30 de agosto de 2008

VINGANÇA NA SARDINHA ASSADA

Lisboa, em Agosto, é um descanso! Muito menos gente, estacionamentos mais facilitados, trânsito suportável. E, com uma série de empresas de férias, não costumam existir "picos" de trabalho de assuntos "para ontem"... Evidentemente, desde que não se frequentem os locais turísticos mais famosos, como o Bairro Alto e redondezas, ou aqueles onde os jovens alfacinhas costumam encontrar-se para beber uns copos: Docas, 24 de Julho e afins!

Uma noite destas resolvemos ir comer umas sardinhas assadas. Onde? O percurso característico era o da Feira Popular (mas já fechou, num daqueles imbróglios que nem dá para comentar), os locais referidos impensáveis à conta da multidão. "Oh, para Carnide!" Tá bem 'tá! Muitos restaurantes, alguns com um espaço minúsculo, outros de férias, às 9 da noite ainda estivemos em fila de espera de uma mesa para dois...

Uma amiga, a quem mencionei o episódio, respondeu-me: "Qué que tu queres? A malta que fica em Lisboa vinga-se na sardinha assada!" Ahhh, estamos sempre a aprender!!!

Como não somos nada vingativos (coitadas das sardinhas, né?), resolvemos partir de férias para estas bandas:

FIQUEM BEM!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PARA EMBALAR...

Suponho que até já coloquei aqui um link para isto, mas esta é a tal música que me falhava na memória de título e intérprete. Um antigo desafio, para explicar como algumas canções influenciaram a nossa vivência!

E tem uma explicação: todas as noites, antes de me ir deitar, passava pelo blog da Isa - o primeiro que visitei, até porque já nos conhecíamos há bastantes anos - e a música que tocava era esta...



Acrescente-se que tanto o livro como o filme são daqueles imperdíveis, para qualquer mulher! (e, a talhe de foice, também para todos os homens que as queiram entender, ou tentar...)

PARABÉNS, ISA!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

UMA QUESTÂO DE SIMPATIA...

Saltitando na blogosfera, no bom estilo de elefante a pular de nenúfar em nenúfar, em muitas ondas variadas, às vezes fico pasma com as definições que me aplicam. E simpática é uma delas! 'Tá-se mesmo a ver que não me conhecem ao vivo e a cores!

Assim, hoje tirei a noite para a má-língua e afirmações menos simpáticas:

1º Amo de paixão a cidade onde nasci e vivo, mas a bandalheira em que Lisboa se transformou nos últimos tempos causa-me náuseas! Ando entupida por observar tanto desprezo pela parte de políticos, fregueses e visitantes da capital: não dá post, dá um livro em vários tomos... (a propósito, a foto é de um jardim lisboeta, que pelo menos tinha água no lago!)

2º Há muito tempo que não via um filme tão mau como "Haverá Sangue"! Aquilo foi candidato a vários Oscares? Xi! Também há cunhas em Hollywood???

3º E um chuto no rabiosque do Presidente do Comité Olímpico Português (COP), não era bem dado? Até me candidatava ao cargo (para o pontapé), mas temo que fosse fraquito para o que merece!!!

4º "Salazar, volta que estás perdoado!"? AHN??? Para além da impossibilidade física, alguém, no seu juízo perfeito, comenta uma barbaridade destas??? Vai-se desculpando, pela imaturidade! (que se saiba não é taxista, que por vezes têm umas opiniões similares, mas aos quais também se perdoa, que seriam os primeiros a ir "engaiolados", se se atrevessem a opinar contra os governantes no tal 'antigamente');

5º AVISO: não leio os blogs favoritos todos os dias, o tempo não dá para tanto, mas normalmente visito os mais actualizados. E permito-me discordar, se for caso disso! Ou brincar! Ou até apanhar um tema que dá para pensar (sem plágios, está claro)! Mas raramente alinho em "teorias da conspiração", contra o blog, o bloguista ou opiniões desenvolvidas. O mais certo é terem feito para lá uma qualquer asneirola - acontece a todos! - atirar as culpas para o Blogger facilita... ao ego!

Se, apesar desta breve explicação, ainda me considerarem "simpática", a responsabilidade é exclusivamente vossa! E vá, que estou num dia muito ameno...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

PASSEATAS

Sesimbra

Sábado passado fui a Sesimbra. Uma vila muito simpática, com as casas a treparem por uma das encostas da Serra da Arrábida e viradas para a baía, onde se pode usufruir uma paisagem semelhante a esta. A praia, com este mar chão, convida a alguns mergulhos, mas dizem os veraneantes que a água está gelada. Os restaurantes são famosos pelo bom peixe fresco que apresentam à clientela. Mas, como "não há bela sem senão", nos fins de semana de Agosto e com o tempo agradável, a densidade populacional aumenta muito. MUITÍSSIMO, será até o termo mais correcto! Assim, para ir visitar o Castelo e outros pontos turísticos relevantes é preferível aguardar por dias menos "calientes", ou, pelo menos, não ao fim de semana!

Enquanto esperava que a malta tomasse o duche pós-praia-ou-piscina para seguirmos à janta, embevecida com a magnífica vista, nunca me passou pela cabeça que algures, ali pelas redondezas, houvesse gente pendurada por cabos e arnês (é assim que se diz?) para descer por uma daquelas escarpas, com o intuito de visitar as grutas do Cabo Espichel. Gaita, que há malta mesmo corajosa! Ou doida... (OK, varrida não faz sentido, RAUF!) radical! Mas certo é que havia...

Resta referir que a paisagem à noite ainda é mais mágica, só que os meus dotes fotográficos não chegam a tanto: cada luzinha vinha carregada do seu respectivo "fantasma"...

Para mais um amigo que ultrapassa a barreira do meio século, excelente fotógrafo amador por sinal, numa temática que me agrada bastante, segue o vídeo-clip:



PARABÉNS, MICHEL!

Post-Scriptum - Sim, Safirita, para a próxima combinamos um cafézito (... ou uma imperial)! Desde que não venhas muito "desconchavada" da aventura, está claro... :)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

MASSA DE PÃO

Imagem da Kavewall

Trabalhos manuais nunca foram o meu forte! Lembro-me sempre de uma aula de "escultura" com massa de pão, lá para os meus 10/11 anos de idade. Enquanto foi amassar farinha e água estava a correr tudo pelo melhor, que meter a mão na massa nunca me incomodou. Mas fazer um objecto com aquilo? Lá resolvi esculpir uma tartaruga, que ingenuamente considerei do mais fácil de realizar: uma carapaça, quatro pernocas e uma cabeça! Vá que a carapaça ficava firme, mas nenhum dos restantes apêndices aguentavam, desmoronavam a torto e a direito. Irritada com o insucesso, amassei tudo novamente e fiz dois rolos: um que era a corda e outro que era o laço. Estranhamente, aquilo pegou! Levantei e disse para as minhas colegas: "ora aqui está uma boa corda para as professoras se enforcarem!" Nem me pareceu que houvesse grandes risadas em relação à palhaçada, mas uma das professoras chamou-me à secretária, que queria ver de perto... Ui, antes de ir voltei a juntar tudo, ficou num "bolinho", tipo poia de canito. Ainda se zangou por ter desmanchado a "obra-prima" e eu a inventar, "que nada daquilo colava na minha 'tartaruga'", explicou-me mais uns pormenores.

Hoje passei parte da tarde em trabalhos manuais, que tiveram um efeito terapêutico imenso! Melhor ainda, fiquei contente com o resultado... Longe de profissionalismos, com bastantes defeitos, mas sem tartarugas a desmoronar!

Há dias assim, em que temos de juntar todos os pauzinhos, cordelinhos e imaginação, para não sucumbirmos à emoção: o meu pai morreu precisamente há 24 anos; 4 anos depois, surpreendidas com o incêndio no Chiado, a minha mãe não conseguia controlar as lágrimas e a je estava no mesmo percurso...

Mas surge sempre outro! Tanto tempo volvido, em balanço da participação olímpica portuguesa nos jogos de 2008, o relato do Nelson também dá para rir e/ou chorar! Com conhecimento de causa, que é mais do que se pode dizer de muitos outros opinadores!!!

domingo, 24 de agosto de 2008

A VELHA TIA

As velhas tias também já foram crianças e jovens um dia! Em alguns casos, com o passar dos anos, algumas características do temperamento amenizam-se, especialmente para aquelas que eram donas de todas as certezas e intolerantes para todos que transgredissem as regras da moral vigente.

Era esse o caso de Magdalena, que se opôs terminantemente ao casamento do sobrinho. Primeiro, porque já tinha em mente uma menina da alta sociedade para celebrar uma boda mais ilustre e conveniente, segundo porque a noiva escolhida não lhe parecia adequada. Ah, era uma pobre e humilde mulher do povo, boçal e sem educação? Não! Era filha de um vizinho do mesmo prédio, que conhecera e brincara com o sobrinho desde criança, tendo ambos a mesma idade. Contudo, a menina tinha vários atributos que não a tornavam recomendável: o pai enviuvara quando ela nascera e, escândalo maior, tivera e mantivera uma amante (noutra casa), relação da qual nasceram outros dois filhos "bastardos"; entretanto, a sua irmã mais velha também morrera prematuramente de tuberculose - sabia-se lá se não era doença de família? -, a avó pouco depois e agora acabara por lhe falecer o próprio pai, o que não pressagiava nada de bom quanto à sua situação financeira; acrescia ainda que a irmã do meio casara com um homem do povo, estudado é certo, mas sem qualquer tipo de pergaminhos.

O sobrinho não precisava de autorização de ninguém e casou! A tia, para demonstrar o seu descontentamento e contrariedade não compareceu à boda, cerimónia apenas para alguns familiares mais próximos, dado o luto. Mantendo o contacto com o sobrinho, nunca mais tocou no assunto, como se ele permanecesse um solteirão empedernido. Eventualmente falava ao telefone com a mulher dele, que ou o chamava ou dizia que não estava e então deixava a mensagem que tinha telefonado a tia Magdalena.

Um belo dia toca o telefone e era a tia novamente. Já com 90 anos e a viver num lar. "Ele não está!" E ela, sem lhe falhar a voz, "Eu sei, acabou de sair daqui! Era consigo que queria falar! Acho que já não faz sentido esta 'guerra'..." Tinham passado mais de 40 anos!!!

Assim, ainda tive o privilégio de conhecer e conviver com a celebérrima tia Magdalena, cuja idade amansara e que não era aquela megera que imaginara. Sabia rir e ainda contar histórias engraçadas das suas viagens: desde as férias em que foi de burro para Belém, na infância, até à sua última ida ao Brasil, precisamente pouco antes do dito telefonema. E mais teria feito, se o corpo não começasse a dar sinais de cansaço, que a cabeça funcionava lindamente.

Numa coisa estava redondamente enganada: os meus avós foram o casal mais feliz que já conheci!!! Até que a morte os separou... ao fim de 52 anos de casamento!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

OS LIVROS QUE NÃO LI...

... são bastantes! O que acabei de ler agora intitula-se "O Velho e o Mar", de Ernest Hemingway. Embora seja um clássico - o escritor obteve o Nobel da Literatura em 1954 - reside em apenas 108 páginas, que se lêem de uma penada.

O idoso pescador aventura-se sozinho mais ao largo da costa cubana, para pescar o peixe que lhe concederá a sobrevivência necessária na sua modesta existência, após várias marés de azar. Até onde chegam os limites físicos e temporais do homem? E a sua consciência? E os desafios impostos pela natureza?

"O castigo do anzol não é nada. Mas o da fome, e o de sentir-se contra o que não entende, isso é tudo."

Bom, muito bom, com uma música de fundo a tocar interiormente...

Boas "ondas" para todos!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

AMIGOS PARA SEMPRE?

Marina de Portimão

Tanto a Inês (anja) como a Safira postaram recentemente textos sobre a amizade, que me deram que pensar. Os amigos são para sempre? E a resposta é simples: uns sim, outros não!

Passo a explicar:

1º Numa reunião de convívio com antigas colegas de escola, 20 anos depois ou coisa, uma mulher descobriu que não tinha nada para lhes dizer, nem elas qualquer conversa que lhe interessasse;

2º Uma grande amiga de liceu, resolveu recomeçar a sua carreira profissional no Algarve: até aí, tudo bem!; não deu contactos nenhuns, nem nunca se interessou em telefonar, mandar um postal, nada!; 13 anos depois encontro-a no aniversário de um amigo comum (com o qual nunca perdeu contacto...), faz-me uma grande festa, quase se comove num imenso monólogo sobre os "Amigos de Alex"; AHN???

3º Muitos, para não dizer quase todos, quando casam e têm filhos pequenos, afastam-se dos amigos solteiros ou divorciados, todo e qualquer simples jantar é com outros casais em condições semelhantes, passam a noite a discutir as fraldas dos bebés: um tédio!; isto quando não se confinam apenas ao aconchego do lar...;

4º Em casos de separação, normalmente a coisa refina: elas a afirmarem que o ex era um traste e que andava doente, coitadinha, sem o homem ligar nenhuma; eles a referirem que a mulher era uma putéfia, que não lhe dava a devida "atenção"; quem é que consegue ajuizar isso, se não estava lá para ver o dia a dia?!;

5º Todos os meus amigos têm defeitos e qualidades, se fossem santinhos de altar nem sequer conviviam comigo, que também não sou perfeita! Mas, pessoalmente, existem algumas facetas que não tolero, nomeadamente o (des)interesse, a toleima e a hipocrisia...

Por sinal, também nunca me senti traída numa amizade! Algumas vezes, sim, bastante desiludida!!! C'est la vie!

Fica uma musiquinha para ti, Kátia, desejando-te muito boa sorte no teu novo rumo e um dia muito, mas mesmo muito, FELIZ!!! :)))



(a foto é minha, não é da tua amada Soteropólis, mas só para te dar um cheirinho a mar...)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A FOTO QUE NUNCA TIRAREI!

Foto de Ian Britton

Alguém adivinha porque é que nunca tiraria esta fotografia? (dica: a resposta resume-se a uma palavra)

*******
Post-Scriptum a 21/08/2008:

Denomina-se apifobia: um medo irracional de abelhas, vespas e afins!

Quando encontrei esta foto (quer dizer, andava à procura!), comecei a tentar explicar um episódio caricato durante as férias, de um bicharoco destes que entrou pela janela do carro em andamento e o pânico que se instalou. Mas a cena foi tão, mas tão ridícula, que desisti!

Curioso é que nunca fui picada por nenhuma bicha destas! (o que não deve ser para admirar, uma vez que fujo a sete pés sempre que vejo uma por perto...)

domingo, 17 de agosto de 2008

QUINTA DAS CONCHAS

A Quinta das Conchas e dos Lilases é um dos espaços verdes de Lisboa, o terceiro maior da cidade (depois de Monsanto e da Bela Vista), que desejávamos visitar, depois das obras de requalificação de 2005. Grandes relvados salpicados de arvoredo, com parque infantil, restaurante, esplanadas, instalações sanitárias, em que o mapa refere a existência de um lago. Ele está lá, sim, mas sem água... "Secou" de 2005 até hoje?!

Apesar disso, a zona é agradável e bastante plana para se poder andar de bicicleta ou de patins, levar o carrinho de bebé ou para locomoção em cadeira de rodas. A outra, ao lado, que intitulam de mata, corresponde ao local onde se situava a antiga casa senhorial da quinta e torna-se bastante mais inacessível - os caminhos são íngremes e de gravilha.

Com um fontanário e as ruínas da casa? Há que espreitar...

Hummm... é este o fontanário??? Se calhar até é melhor nem ir ver as ruínas! Mas também só falta mais um bocadinho, a subir (puf! puf!), já agora...
Ah, aqui estão elas! Retratadas na sua faceta mais feérica, no meio do arvoredo e conjugadas com o céu, nem custa acreditar que em tempos idos algumas donzelas suspiravam nas janelas, tentando vislumbrar no horizonte vestígios da chegada dos seus cavaleiros andantes...

Ai, ai, ao nível térreo as janelas e as portas estão entaipadas com tijolos e argamassa, toda a zona circundada com barreiras amovíveis para ninguém trespassar! Resumindo: arruinaram as ruínas! Alguma vez vão reconstruir o edifício se nem dinheiro para a água do lago têm???

Valeu pelo passeio e pelo aroma a eucaliptos e pinheiros que se respira por lá...

sábado, 16 de agosto de 2008

WALL-E

E se a sobrevivência da fauna e da flora mundial fosse posta em perigo devido ao excesso de lixo produzido pelo Homem, incitado a consumir cada vez mais?

Foto de Ian Britton

Este é o ponto de partida do novo filme de Andrew Stanton e da equipa da Pixar - Wall-E: os seres humanos retiraram-se para umas férias de 5 anos no espaço, enquanto no planeta azul, transformado numa enorme lixeira, a empresa de robots Waste Allocation Load Lifter Earth-Class se entrega à gigantesca tarefa de compactar e empilhar o lixo, de modo a tornar a Terra novamente habitável.

700 anos depois, Wall-E é o único robot que continua a funcionar e a exercer incansavelmente a função que lhe destinaram, tendo entretanto desenvolvido uma personalidade curiosa e inventiva, o que o leva a guardar os objectos mais estranhos que encontra: luzes natalícias, bonecos de borracha, um cubo de Rubik, cassetes de vídeo e até uma frágil plantinha. Contudo, pesa-lhe a solidão, pois a sua única companhia e animal de estimação é uma barata. Tudo isso muda quando Eva, uma sonda vinda do espaço, entra na sua vida...

"Luquétedetreiler", aconselharia o Laurodérmio.

Bom, sem pretender estragar o factor surpresa do filme, mais adiante encontramos a nave onde a humanidade reside há 700 anos, numa inércia quase completa (com as consequências daí resultantes), numa vivência pacífica mas extremamente controlada, mecanizada e informatizada. Algo comparável ao mundo descrito por Orwell em "1984", em que qualquer tipo de rebeldia paga um preço caro: "Big Brother is watching you". Numa mensagem mais leve e em tom de comédia porque, no fim de contas, destina-se (também) a um público infantil!

ADOREI!!!

* Ah e tal que passo a vida no cinema? Ná, o filhote partiu ontem para umas férias que só devem acabar quando as aulas recomeçarem, com umas breves passagens por Lisboa para muda de roupa, daí ter querido ir ver este filme antes da abalada. "Sacrifiquei-me" a acompanhá-lo! :)))

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

NÃO SOU PORTUGUESA?!

Recebi este mail sobre "SER PORTUGUÊS É:" (com o qual discordo completamente e passo a explicar)

Levar arroz de frango para a praia.
Água, para mim, sandoscas para a rapaziada. Bjecas, são na esplanada...

Guardar as cuecas velhas para polir o carro.
Lavar o carro na rua, ao domingo.
Nem uma coisa, nem outra! Cuecas velhas são para o lixo... o boguinhas, pois, está a precisar de lavagem! (urgente: não esquecer de o levar à garagem!)

Ter pelo menos duas camisas traficadas da Lacoste e uma da Tommy (de cor amarelo-canário e azul-cueca).
Tráfico de camisas? Nem nunca tinha ouvido falar...

Passar o domingo no shopping.
Ná!!! Uma eventual ida ao cinema e chega!

Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica.
Ca ganda porcaria!!!

Ter bigode.
Também não, felizmente!

Viajar pró cu de Judas e encontrar outro Tuga no restaurante.
Nunca viajei para esse local.

Receber visitas e ir logo mostrar a casa toda.
Não recebo visitas: só familiares e amigos!

Enfeitar as estantes da sala com as prendas do casamento.
Xi, pá, onde é que elas já vão...

Exigir que lhe chamem 'Doutor'.
Exigir que o tratem por Sr. Engenheiro.
Por tu a quem trato por tu, por você a quem trato por você, está de bom tamanho! Familiaridades excessivas, nem por isso.

Axaxinar o Portuguex ao eskrever.
Tento não o axaxinar... (oops!) assassinar!

Gastar 50 mil euros no Mercedes C220 cdi, mas não comprar o kit mãos-livres, porque 'é caro'.
Ó, ó, se tivesse 50 mil euros, tinha mais onde os gastar!

Já ter 'ido à bruxa'.
Fui! E ri-me bastante!

Filhos baptizados e de catecismo na mão, mas nunca pôr os pés na igreja.
Filho baptizado sim (essa história dá meia dúzia de posts), de catecismo na mão ou ir à Igreja não!

Não ser racista, mas abrir uma excepção com os ciganos.
Não abro excepções!

Ir de carro para todo o lado, aconteça o que acontecer, e pelo menos, a 500 metros de casa.
Ai, às vezes dá uma preguicite aguda...

Conduzir sempre pela faixa da esquerda da auto-estrada (a da direita é para os camiões).
Cometer 3 infracções ao código da estrada, por quilómetro percorrido!!!
Também não! Tive uma única multa, de estacionamento...

Ter três telemóveis.
Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista.
Apenas um, dos mais simples e baratos, cuja única particularidade é ter estampado um autocolante oferecido por uma das minhas sobrinhas.
Infelizmente, vou ao dentista frequentemente.

Ir à bola, comprar 'prá geral' e saltar 'prá central'.
NUNCA fui à bola!

Viver em casa dos pais até aos 30 anos ou mais.
Acontece...

Ser mal atendido num serviço, ficar lixado da vida, mas não reclamar por escrito 'porque não se quer aborrecer'.
Não costumo andar aí a reclamar por escrito por "dá cá aquela palha", mas quando foi ou é necessário, também não me acanho...

Falar mal do Governo eleito e esquecer-se que votou nele.
Nananinaná! Já nem me lembro quais foram os últimos governantes eleitos em quem votei...

BOAS ONDAS PARA TODOS!
(portugueses ou estrangeirados, como eu?!)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

OLHO VIVO

É provável que muitos não se lembrem da série televisiva "Olho Vivo" (Get Smart), que a RTP transmitiu lá para finais dos anos 60. Era a minha favorita, em criança, e ria imenso com os disparates do agente 86, Maxwell Smart, e da sua parceira 99, bem como com a "sofisticada" aparelhagem que utilizavam na perseguição dos terríveis agentes do KAOS. Suponho que posteriormente foi reexibida diversas vezes, em vários canais, mas a sua imagem de "marca" era esta (se bem que naquela época, a preto e branco).

Como não podia deixar de ser, fui ver o filme agora em exibição e baseado na criação original (de Mel Brooks e Buck Henry, entre outros argumentistas), embora confesse que ia um pouco desconfiada... até porque o nosso sentido de humor varia bastante ao longo dos anos! Mas achei piada! Uma comédia de espionagem muito fiel ao argumento inicial, limando algumas arestas no que respeita às engenhocas que os espiões usam para defrontar os inimigos, com boas representações. E divertido, que é o que interessa...

Como curiosidade, ainda duas breves participações a referir: Bill Murray, que aparece como agente nº13, camuflado numa árvore oca; e Bernie Koppel, que na série representava o temível Siegfried, também conhecido pelo seu papel de médico no "Barco Amor", que surge numa única cena.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

OCULISTAS...

Oftalmologistas e oculistas sempre me disseram que precisava usar óculos. "Para [te] ver melhor", como explicava o Lobo Mau ao Capuchinho Vermelho...

Durante muitos anos não foi absolutamente necessário - o problema não era assim tão grave - mas a partir de certa altura considerei imprescindível. Ultrapassados os tempos de escola, de amigos e colegas a gritarem freeze sempre que perdiam uma lente de contacto, lá me rendi à evidência: óculos para sempre! (escusam de me expor as vantagens da cirurgia laser, que também não é caso para tanto)

Vai daí, toca de escolher uns mais simpáticos e agradáveis, a pesar menos no nariz, à medida que as graduações se vão alterando. Numa cadeia de lojas muito publicitada mediaticamente, na qual nunca dei pelos (grandes) descontos anunciados. Bom, mas a mais próxima era tradicional, quer dizer, não inserida num centro comercial, o que só augurava vantagens. Da última vez que lá passei para um ligeiro ajuste, reparei que tinham mudado o nome da empresa, os empregados/donos eram os mesmos. E atenderam-me com a habitual simpatia.

Entretanto, as hastes maleáveis entortaram, voltei lá: "Fechado para Férias!" Pois, um jeitaço! Mas ainda tenho os sobresselentes, há que remediar. Por acaso, encarei de frente com uma loja da dita cadeia, entrei e expliquei! E a mulher que me atendeu: "Endireito, mas sem compromisso..." Insisti que foram comprados numa das muitas da empresa, ela sorria descaradamente, enquanto ia debitando um palavreado técnico sobre as ligas metálicas utilizadas na realização de hastes e aros para óculos, variáveis de estaminé para estaminé. Ou, desculpem se estiver a ver mal, pode-se chamar outra coisa a estabelecimentos destes, que prometem descontos e assistência por todo o país e acabam a conceder um serviço tão... fantástico?!

Foto de Ian Britton

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O "NOSSO" LEÃOZINHO

Foto de Ian Britton

Há pessoas assim, que nos acompanham ao longo da vida, em mares turbulentos ou calmos, em águas límpidas, coloridas ou turvas, num reflexo do que fomos e somos. Quando damos por isso, já se passaram 30 anos...

Meio século é difícil?! Ná, chato era não chegar lá!!!

PARABÉNS, CUNHADITO!
(nada de stress, OK?)




Boas ondas para tod@s!
(vou a uma festa e já volto)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

VÁRIAS COLECÇÕES!

Já se passou mais de um ano, desde que iniciei este blog. Anteriormente tinha outro, mas começou a "engasgar": primeiro só uns dias, depois cerca de um mês! No início tinha efectuado algumas experiências pelo blogger e concluí: "se consegui uma vez, porque é que não consigo segunda?" E toca a teclar! Acresce ainda que a casa estava em obras, obrigada a permanecer aqui para abrir a porta aos homens, que estavam a pintar e a executar uma estante à medida para o "escritório" (nome pomposo demais para o espaço que é, mas pronto), entediada q.b. e a identificar-me com uma ilha - rodeada de livros por todos os lados!

Entretanto, aproveitando a bagunça generalizada, o maridão resolveu fazer um ficheiro com os títulos que se iriam instalar na futura estante que, excluindo os do puto, rondavam os 1128 (agora já atingem os 1194; e não, não se consegue dar vazão a tanta leitura, embora alguns sejam de consulta). Curioso é que, sempre que me perguntavam, respondia que não, que não tinha pachorra para colecções... e afinal até tinha!!! A par dela, existia outra complementar - a dos respectivos marcadores! Que se cifram em 87, fora um ou outro que se encontre aí perdido em páginas esquecidas... Ah! E a dos pinchavelhos magnéticos no frigorífico? São prái uns 12, todos de animais, apesar dessa ter tendência a acabar rapidamente, dada a velocidade da compita entre o filhote e a mulher a dias, a ver quem parte mais! E os frasquinhos de perfume na casa de banho?

Como uma pessoa se engana a si própria: sou uma coleccionadora nata e nem sabia?!

Vindo à colecção, também me atribuíram vários prémios "bloguistas" ao longo deste ano e picos, que nem sempre divulgo aqui. Sinto-me lisonjeada, nutro um grande carinho e ternura por muitas das pessoas com quem (com)partilho vivências, indignações, brincadeiras, sensações, desabafos e até textos esporádicos, numa amizade virtual que supunha ser fruto de imaginações prodigiosas. Para mim, já não é! Há bastante tempo...

Mesmo assim, recuso-me a avaliar e a comparar os blogs favoritos, para os distribuir segundo umas regras estranhas e limitativas, inventadas não-me-interessa-por-quem. Este prémio foi-me concedido pela SU e pela KÁTIA, não tem essas "confusões", daí ser com prazer que o passo a TODOS os favoritos, sem excepção! Para quem o queira, está claro!!!




quarta-feira, 6 de agosto de 2008

CHOVER NO MOLHADO...

Foto de Ian Britton

Começou com um "plim", depois outro e mais outro... "plim", "plim", "plim", já vários em simultâneo. A meio da tarde o filhote acordou da sesta com um "Oh mãe, está a cair água do tecto!" Como ele fala durante o sono, supus que estivesse a sonhar... Enganei-me! Choveu mesmo cá em casa!!!

Enfim, nada semelhante à catarata da imagem (foi a que arranjei, assim à pressa), mas com muita água pelo chão, a escorrer pelas paredes e a pingar do tecto. Lá saí a correr escada acima, para bater à porta do vizinho. Já estava a subir mais um lance, para avisar a porteira, quando uma senhora de cabeça toda branca me abriu a porta. Explicou que se tinha esquecido de uma torneira aberta enquanto enchia um balde, porque entretanto o telefone tinha tocado e mais não sei o quê. "Pois, mas está a cair água em minha casa!", repliquei, com bons modos. "Lamento, mas não posso fazer nada...", respondeu ela, enquanto fechava a porta devagarinho. Alguém imagina o flash que me deu? Ná, duvido!

Lembrei-me de um anúncio televisivo dos anos 60/70, com uma historieta absolutamente ao contrário: um homem chega a um guichet para responder a um anúncio de emprego e a fulana responde-lhe qualquer coisa do género "mas o senhor é muito velho e já estamos servidos" e começa a fechar a portinhola de vidro, ele insiste "Desculpe, mas eu só tenho 30 anos!" E ela: "Lamento, mas não parece!" e fecha a janela envidraçada, enquanto ele fica com cara de coitado, por não usar restaurador Olex!

Quando octogenárias meio patetas me dão uma "corrida em osso" deste gabarito, fico sempre a pensar se a maior pateta não sou eu...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

ESTUFA FRIA

Em passeata domingueira resolvemos ir à Estufa Fria, no Parque Eduardo VII, em Lisboa. O bilhete de entrada custa 1,61€ por adulto, as crianças não pagam até aos 12 anos. No Verão fecha às 18 horas, a bilheteira meia hora antes.

Desenganem-se desde já os lisboetas - ou turistas nacionais ou estrangeiros - que em dias de calor de fria só tem o nome. Para não referir a quente, que frequenta o mesmo local. Enfim, existem umas grutinhas meio escondidas, com uma temperatura mais fresquinha!

Bom, o passeio em si é agradável, cheio de vegetação conhecida ou mais exótica, flores, lagos, estátuas e vários animais: peixes, patos, cágados, rãs e até uma faisoa com os seus filhotes (que só se deixou fotografar pelas "traseiras", a fugir de nós a sete pés). A fúria fotográfica estava no auge, convenhamos que as árvores são mais pacientes para permanecer em pose...

Perto de uns repuxos vislumbrámos uma frase lapidar, inscrita numa parede: "Os exércitos e as doenças redefinem-se a todo o momento." Não entendemos o que tinha a ver com o ambiente do jardim, aposto que está lá desde o tempo da Maria Caxuxa.

Quase assim a título de benesse, nem vou falar do homem que, com o filho de um ano e picos ao colo, começou a atirar umas pedras da gravilha do chão à rã, para ele perceber que era um animal, a mulher, ao ver a minha cara de pau, lá lhe disse: "Ó Zé?!" Nem da alentejana (a pronúncia é lixada, não é?), que do alto das suas sandálias de salto alto, andava ali a tentar equilibrar-se na gravilha e nas escadas de pedras irregulares... Oops, descaí-me!

Sofisticado é o esquema de colocarem os visitantes na rua: às 17h30m, um guarda começa a berrar "vai fechar!", imparavelmente. Resulta!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

HOMEM COM H!

Não simpatizo com preconceitos! Quaisquer que eles sejam! Mas há uma parafernália imensa onde toda a gente se pode inscrever, de: religião, nacionalidade, raça, sexo, idade, política, cultura, vários handicaps, tendências sexuais, clubes desportivos e até umas rivalidades norte-sul, ou citadino-rurais. Incentivadas "não se sabe por quem"...

O meu único e exclusivo preconceito é o da estupidez humana!

Como o tema é muito lato, hoje é cingido à homofobia. Na semana passada, um indivíduo foi condenado a 5 anos e meio de prisão efectiva, por tentativa de homicídio de um vizinho homossexual e de ofensas corporais numa vizinha. A história conta-se em três penadas: o gato do sujeito fugiu (sabe-se lá porquê?!) e ele perguntou à vizinha, que estava no pátio do prédio, se não o ajudava a encontrar o bichano; não se percebe bem como, o vizinho gay encontrou o gato e o homem considerou que ele lhe tinha sodomizado o animal; pega numa pistola e atira, mas a mulher é que levou com o balázio, sobreviveu, consta que ficou com uma cicatriz de 23 pontos. A intenção era a de matar o homossexual... Ora aí está um gajo com quem sou preconceituosa: devia era estar internado num hospício!

Ah e tal que os gays são todos uns queridos, preocupados com o gato do vizinho? Lamento informar que não: tive um chefe assumidíssimo, que tinha um enorme prazer em despoletar guerras entre o pessoal. Não lhe valeu de muito, em termos de emprego!

Nesta fita não há bons nem maus, só seres humanos, com as suas qualidades e defeitos...

Mas a pergunta fica: Homossexual é sinónimo de predador? "Come" tudo o que mexe?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

AINDA EM ONDAS...

Praia de Arrifes (ou Três Penecos?), Algarve

Hoje não me apetece entrar em assuntos sérios - é véspera de fim de semana, muita malta parte para férias (que tenham todos um bom e merecido descanso ou muita rebaldaria, conforme o gosto de cada um/a) - nem me parece que alguém esteja prái virado!

Esta prainha, que tem uma paisagem lindíssima em contornos de rochedos espantosos, uma simpática esplanada/restaurante, um acesso relativamente fácil ao pequeno areal, alguns adeptos de caça submarina, tem um ligeiro problema para os distraídos que ficam a observar as gaivotas: sair de lá esfolado, cortado ou arranhado, não é difícil! Com o contributo de todas as rochas, limos e pedregulhos de caminho...

Apesar dessas contrariedades, nunca desistimos de ir lá!

Boas "ondas" para tod@s!

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Post-Scriptum a 2 de Agosto - Ao efectuar umas limpezas de Verão cá na "casa" deparei com algumas dificuldades imprevistas. Nada de stresses, que a actualização ainda não terminou e já 'tou vesga com tanto http://. Assim, só se aceitam reclamações a partir de 2ª feira... :)