quinta-feira, 31 de julho de 2008

O PANDA SONHADOR



Porque é que um panda, alegre, comilão e bem disposto, que auxilia o pai no seu restaurante de sopas - que contêm um ingrediente secreto - não pode sonhar em ser um herói de Kung Fu? Porque é grande, gordo e um pouco (ou bastante) desajeitado? Ah, as aparências iludem!

O macaco, o grou, o louva-a-deus, a serpente ou o tigre, apesar dos muitos anos de treino são melhores do que ele? Falta-lhes qualquer coisinha! Talvez a humildade... que a sábia tartaruga descobre nos olhos do urso sonhador.

Gostei imenso, embora seja suspeita, dado o meu fascínio por desenhos animados...

De caminho, ainda apanhei esta citação, que reza mais ou menos o seguinte:

"Ontem é história, amanhã é mistério, hoje é uma dádiva - por isso se chama presente!"*

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* Yesterday, all my troubles seemed so far away... Oops, sorry, não era bem isto!
"Yesterday is history, tomorrow is mistery, but today is a gift - that's why it's called present!"

quarta-feira, 30 de julho de 2008

ESCULTURAS DE AREIA

Uma sugestão para quem planeie férias pelo litoral algarvio é este 6º Festival Internacional de Escultura em Areia - FIESA 2008 - que este ano se dedica ao tema "Hollywood", retratando cenários e personagens conhecidos por todos os amantes de cinema.

O Festival estará patente ao público até ao dia 22 de Outubro, das 10h às 24h, em Pêra (seguindo as indicações locais, não há que enganar), os bilhetes de entrada custam 7€ por adulto. Com um desconto de 10% de folhetos que se encontram por todo o lado, fica por 6,30€. Mesmo assim um bocado carote, mas o que é que não é carote no Algarve nesta época do ano???

Enfim, dá gosto ver verdadeiras esculturas, mesmo que de areia, em vez dos monos que plantam por todos os cantos do país, afirmando que é arte, "a malta é que não entende nada do assunto", segundo os escultores (des)entendidos...

A foto foi tirada pelo filhote, que também quis realizar a sua reportagem fotográfica, a cena é uma das mais míticas do cinema americano. Aqui, na minha preferida (e das mais românticas) do mesmo filme.

terça-feira, 29 de julho de 2008

DESBUNDA!


Só posso confirmar que foi uma excelente leitura de férias! Policial, situado em paisagens angolanas, com a ironia, o sarcasmo e o espírito crítico de Pepetela* (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos), ri que nem uma maluca em diversas esplanadas algarvias. Por vezes, com frases ou parágrafos, que dão mais azo a pensar ou até chorar!

Jaime Bunda é um jovem recrutado como detective para um serviço policial angolano de elite, por obra e graça de um primo, Director Operativo, que o considerou muito observador e, "evitando as formalidades da praxe", foi admitido com "um abaixo a burocracia que impede o combate eficaz ao crime". O chefe, Chiquinho Vieira, não concordou com a contratação, mas não podendo actuar, deixa o protagonista a estagiar, a estagiar e a estagiar. As características mais notórias de Jaime - para além da enorme bunda que lhe serve de alcunha desde o tempo de escola - são as suas capacidades de comer e de beber desmesuradamente, a sua vontade de se mexer o mínimo e a de obter todas as mordomias a que sente ter direito. Afinal, é um leitor assíduo da literatura policial americana, grande fonte de toda a sua sapiência! Um dia, apresentam-lhe um caso para investigar...

Dos enredos policiais não desvendo os segredos, mas a personagem acaba sempre por se sair bem (uma perna partida, o que é isso?) apesar de disparates atrás de disparates, de um potencial ditador com o espírito mesquinho inerente. E ele nem é o pior...

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* Não precisava de elogiar Pepetela, que recebeu o prémio Camões em 1997 (o deste ano é do brasileiro João Ubaldo Ribeiro), mas se li e amei, porque não dizê-lo?

** A foto é minha, numa "mini-produção" fotográfica. Obviamente, não andei a alancar com os dois livros em simultâneo...

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Para quem nunca tenha lido, para os mais curiosos, etc. e tal, aqui ficam algumas citações dos dois livros:

"Jaime desligou, achando que Pica-Chouriços exagerava um bocado nas queixas e reivindicações, bolas, os soldados servem mesmo para isso, aguentarem a batalha enquanto os oficiais estudam os mapas. Às vezes uns oficiais ficam apenas a jogar às cartas, dizendo que estão a elaborar estratégias enquanto os soldados se deixam massacrar, também acontece, mas este pensamento nem aflorou a sua desorientada mente."

"Foi depois para o estrangeiro, primeiro para Portugal, depois Inglaterra, mas nada conseguiu estudar, o tempo era pouco para a farra. Vivia do dinheiro do pai e ainda assim conseguia arranjar bolsas de estudo, pois já se sabe que o dinheiro chama dinheiro, o que a alguns parecerá flagrante injustiça. Regressou há tempos de Inglaterra, sem mesmo um certificado qualquer de um curso para limpar garagens com mangueira de meia polegada."

"Na televisão, Charlô foi Director das Boas Regras, quer dizer, a pessoa que devia fazer a censura a tudo o que era editado. Por isso se designava a si próprio endireitor, pois endireitava o que os outros escreviam torto."

"Jaime Bunda estava horrorizado. Como podiam detestar tanto quem fazia aqueles fabulosos filmes de acção e escrevia os melhores livros policiais? Ó gentinha ignorante, rancorosa e invejosa. Então não eram os americanos os melhores amigos do mundo, sempre prontos a defender a democracia, mesmo que às custas de uns quantos bombardeamentos selectivos?"

segunda-feira, 28 de julho de 2008

OS PÉS PELAS MÃOS

Já repararam como depois de férias, mesmo que com mil historietas na cabeça, os dedos emperram no teclado?

Então, antes de começar a enfiar os pés pelas mãos, segue apenas um vídeo-clip (que por sinal deu muito trabalho a encontrar, dada a fraca memória para títulos musicais e nomes de bandas), que teria postado entretanto, se as condições fossem outras. Porquê? Porque quando oiço este tema - tanto no original, como nesta voz - lembro-me sempre de um dos bloguistas que sigo há mais tempo, que tinha esta música "ambiente" no seu espaço. E comemorou o seu aniversário num desses dias...



O restante programa segue dentro de momentos...

domingo, 27 de julho de 2008

OUTRA GALÁXIA?

Recém-chegada directamente de outra Galáxia, ou pelo menos assim parece, dado ter permanecido quase incontactável durante os últimos 15 dias, a disposição é boa. Em férias a ideia era mesmo fazer um intervalo nas postagens, mas não ficar em completa hibernação. Involuntária!

Estive na Patagónia, num retiro espiritual, num cruzeiro pelo mediterrâneo? Nada disso! As férias foram em família, a cerca de 250 km de Lisboa, lá para os lados de Albufeira. Faz sentido que em apartamentos publicitados como modernaços, quase não haja rede de Internet e de telelés? Tudo bem, se já contamos com isso! Assim, o desapontamento com a famigerada banda larga da TMN foi maior - na verdade era assim a dar para o estreitíssima, para não dizer anoréctica, quando funcionava...

De resto, as férias foram boas! Praias, piscina, esplanadas, livros, jogos, petisqueiras, tudo o que se pretende num ambiente familiar. Com um ou outro azarito pelo meio, como não podia deixar de ser, a começar logo no primeiro dia, com a sobrinha mais nova a estampar-se de bicicleta. Felizmente os ossinhos ficaram intactos, mas tinha razão para a choradeira que se seguiu, que saiu bastante esfolada do tombo...

Mas esses pormenores ficam para depois: tenho algumas "visitas" a efectuar e uns mails para pôr em dia! :D

BOM DOMINGO PARA TODOS!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

INTERVALO

Foto de Ian Britton

No princípio, era assim: palavras que deliciavam, fantasiavam e fascinavam, em prosa ou poesia, num fio de Teia tecido laboriosa e cuidadosamente.

Tímida
Entusiasmada
Tautológica (eheheh)
Encantada...

... segui os teus passos, Su! De forma diferente, como é evidente! Enredada nesta teia, por puro prazer....

Música? De um filme que não deves ter visto, que provocou grande celeuma na época, não só pelo trajar diferente...

Godspell - Day by Day





PARABÉNS,
AMIGA!


A todos os visitantes e comentadores deste "canto" (na voz da desafinada também bate um coração, né?) informo que estou de partida para férias, mas volto dentro em breve! Se conseguir e puder, ainda vos visito entretanto...

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ADENDA a 12/07/2008:

A aniversariante de hoje é a Tons de Azul, a quem desejo também um dia muito feliz! Como muitos mais pela frente... :)

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Fiquem bem, amig@s!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

ENCONTRO COM O LAMA!

Foto de Ian Britton

A Safira regressou recentemente de férias e, no seu blog, contou várias peripécias da sua viagem à Tunísia. A certa altura refere que num reptilário lá do sítio só havia um escorpião em estado comatoso, uma cobrinha minúscula e, vá lá, um daqueles lagartos granjolas, que normalmente se vêem nos filmes que incluem cenas num deserto.

Aí lembrei-me que, durante vários anos seguidos, fui passar férias a Espanha e um dos locais a que tinhamos de ir obrigatoriamente - por exigência das crianças, está bom de ver - era uma espécie de quintarola onde, para além dos animais habituais, também existiam crocodilos, cobras, lagartos e demais répteis e ainda outros bichos como avestruzes e lamas. Quem quisesse, podia pendurar uma cobrinha ao pescoço e tirar uma foto ou filmar a cena para a posteridade, demonstrando a sua valentia. Por mim, não fiz questão! Outra curiosidade consistia em serem os próprios visitantes a alimentar os animais: davam-nos milho, pão e biberons de leite para alimentar os cordeirinhos pequenos e aí estávamos nós armados em campesinos e a adorar a experiência. Depois de galinhas, patos, perús, porcos, ovelhas e cabras, passaram-nos à sessão seguinte e depositaram-me uma quantidade de pão nos braços. Não estava a ver para quê, que não via ali nenhum animal por perto. Eis que abrem lá um outro portão e vemos uma série de lamas a correr desembestadamente na nossa direcção.

Coragem não é, nem nunca foi, o meu forte! Quanto mais os lamas aceleravam, mais eu me assustava, ainda por cima quando um deles me fixava e corria ao meu encontro. Alguma vez viram uma mulher carregada de pão a correr à frente de um lama??? E o bicho, acham que desistia? Não tivesse encontrado um homem desprevenido no meio da correria, a quem entreguei atabalhoadamente o pão, ainda hoje lá estaria a treinar para Obikwelu...

E claro, o que o lama (recuso-me a chamar-lhe laminha, que ele, não sendo dos maiores, era bem mais alto do que eu!) tinha, era fome! E pronto, as criancinhas continuaram a lá ir passear todos os Verões, os adultos também, infelizmente passei a ter compromissos inadiáveis, precisamente nesses dias e horas! C'est la vie!

terça-feira, 8 de julho de 2008

OS FILHOS DO IMPERADOR

Foto de Ian Britton.

O livro de Claire Messud, "Os Filhos do Imperador", trouxe algum desapontamento aos membros do Clube de Leitura. Não é propriamente um livro chato ou desagradável, está bem escrito, mas falta-lhe aquele laço que cativa o leitor do princípio ao fim, empolgado com o enredo.

A maioria das personagens move-se na elite literária, jornalística e universitária nova-iorquina, quase todos os restantes pretendem entrar nela a todo o custo, deslumbrados com aquele mundo supostamente maravilhoso. Acontece que as aparências iludem, o que há para apreciar são pessoas egocêntricas, altivas e com a mania da superioridade, que enunciam chavões armazenados, quando não descambam mesmo na futilidade, ou se aproveitam do seu status para adquirir mais prestígio ou outras glórias vãs...

Uma autêntica fogueira de vaidades, em que a autora opta por não criticar, dando ao leitor a possibilidade de ajuizar por si próprio as atitudes, muitas vezes perversas, das personagens.

Acrescente-se ainda que Claire começou a escrever o livro no início de 2001, interrompeu a escrita para dar à luz a sua primeira filha (a acreditar na net), mas os acontecimentos de 11 de Setembro desse ano deram um novo rumo ao final do romance.

A próxima sessão foi marcada para o dia 20 de Setembro, com o último título de Mia Couto: "Venenos de Deus, Remédios do Diabo".

segunda-feira, 7 de julho de 2008

UMA VERDADEIRA ARTISTA...

... é aquela que consegue dar às paredes da sua casa um toque de cor! Conheço várias (desculpem o feminino, mas são essencialmente elas), que de umas canetas de feltro e de uma folha de papel almaço, ou de um pano de quadrilé e com meia dúzia de linhas, ou de uma máquina fotográfica conseguem esse efeito, sem que para isso tenham de gastar rios de dinheiro. Ao gosto e sapiência das próprias, sem intuitos de profissionalismo, dedicando-se a estes projectos nas horas vagas.

Ah e tal fica melhor um Dali, um Renoir ou um Warhol exposto na sala, mesmo que em imitações baratuchas? Talvez! Depende da perspectiva.

Claro que a foto é minha, ainda a mastigar a pastilha de como se fotografam imagens destas, sem que o flash seja reflectido directamente. Muito para aprender, evidentemente! E sem querer desperdiçar talentos alheios, com tentativas pouco qualificadas...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

TUDO ISTO É TRISTE, TUDO ISTO É FADO?

Foto de Ian Britton

Não sou apreciadora de fado, não tanto pelos gemidos das suas guitarras, mas pelas letras que dão aquela incómoda sensação de desgraça iminente ou de triste sina de dor pungente e inevitável, que os portugueses tanto parecem gostar. Ou, pelo menos, assumir como sua tradição!

Estando a acabar de ler um livro (força de expressão, mas pronto), a páginas tantas recordei-me de uma BD que li há muitos anos - não me lembro quem era o autor, mas suspeito que francês, pois a acção decorria em Paris - que contava uma história absolutamente contrária a este sentir lusitano. Em traços largos, um homem bem sucedido, com um emprego, uma casa e um carro invejáveis, casado com uma mulher lindíssima, enfim, com tudo aquilo com que quase todos sonham para si, começa a sentir-se deprimido e triste, arrastando-se com problemas existenciais cada vez mais prementes, sem que ninguém lograsse compreender o porquê de tamanha crise. Talvez da meia idade, topam? Assim, aos poucos vai perdendo os amigos, o emprego, a mulher divorcia-se, perde todos os seus bens, às tantas encontra-se sem cheta, sozinho no mundo. E se quer sobreviver, tem de partir da estaca zero, novamente. E lá consegue um emprego bastante inferior ao antigo, onde trabalha mais e ganha menos, uma casinha nos subúrbios, um carrito utilitário e casa com uma fulana que, tendo sido a única a ajudá-lo durante esses tempos conturbados, sem sombra de vestígios da beleza da anterior mulher, possui uma alegria natural contagiante. E acaba feliz, no final!

Digamos que é mais o meu estilo de encarar o mundo. Nem sempre essas vidas aparentemente fascinantes e glamorosas correspondem à felicidade...

Por tudo o que referi sobre o fado, hesitei várias vezes em colocar aqui este vídeo, de que não gosto particularmente - tem a tal faceta dramática -, mas a canção é lindíssima, tendo entrado na banda sonora do filme "A Raiz do Medo" (Primal Fear, 1996), constando que a pedido do próprio Richard Gere, que se encantou com ela. Um grande filme também, por sinal!

Canção do Mar - Dulce Pontes



BOM FIM DE SEMANA!

* PARABÉNS, PELO FIM DO CURSO (VERDADEIRO), FAUSTO! :)))

quinta-feira, 3 de julho de 2008

MOINHOS DE VENTO

A imagem é de Octávio Ocampo, artista mexicano que tem desenvolvido a apelidada arte metamórfica, aqui em "Visões de D. Quixote". Genial!

Bom, mas a imagem (pequena demais para representar a obra? Foi a que consegui na net) vem a propósito do tema de hoje: os nossos idosos! Ná, não vou reiterar o que toda a gente sabe ou já devia saber, que devem ser todos amados, apaparicados, etc. e tal. Aliás, até duvido que todos mereçam esse tratamento, que alguns passaram os dias a infernizar as vidas daqueles que os rodeavam. Adiante!

O caso é que quase todos acatamos essa paciência suplementar para os nossos próprios familiares mais velhotes, mas para os alheios, 'tá quieto! Se não, como se explica o número de vezes em que são engrupidos por serviços que pedem ou, pior ainda, com os vendedores que lhes batem à porta ou lhes telefonam? São tantas que conheço entre os mais próximos, que imagino que os "golpes" não se cingirão apenas aos lisboetas. Mudanças de TV, telefones, net, é só assinar o papelucho e já está, fulanos que montam um ar condicionado em cima de um armário para não terem a chatice de esticar mais uns metros de fio (assim não funciona bem, mas o que é que eles têm a ver com isso?), ciganos a vender um "faqueiro de prata" dos bons, os intrujões não páram de lhes bater "à porta". Choram, comovem-nos com histórias da carochinha que perdem o emprego e têm uma família grande a sustentar, e os coitados, de lagriminha ao canto do olho, assinam, compram e ainda os sentam no sofá da sala durante a converseta!

Tão simpáticos, que num dos casos mais recentes, para haver lugar para a nova enciclopédia, até levaram a anterior! Um reformado, a viver da sua pensão, iria pagar quase 80 euros por mês, durante um ano e tal? Para quê, se não consulta e filhos e netos têm outros meios de pesquisa? Ó, ó, o que esta maltosa gosta de cabeças brancas e de protagonizar um papelão teatral!

Na verdade, também já vi estas técnicas "agressivas" de vendas funcionarem com homens mais novos: apareceram umas miúdas bem "artilhadas" numa empresa onde trabalhei, que eram estudantes universitárias e tal e coisa, que precisavam de pontos (?) para conseguir um prémio não sei das quantas que lhes ia permitir acabar os estudos, e a maioria dos homens, todos derretidos com as meninas, comprou livros para a família inteira. Nenhuma mulher comprou nada, eh, eh, eh!

Mas a pergunta é simples: como se combatem estes moinhos de vento?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

NOVAS OPORTUNIDADES

Uma tarde por semana, vem uma empregada doméstica auxiliar com a limpeza e o engomanço cá em casa. Para além de falar muito, de querer pôr e dispor de todos os tarecos e de ser exímia a partir uns quantos de caminho, não tenho nada contra ela!

A mulher não completou o 6º ano de escolaridade na sua juventude, no ano passado perguntou-me se não me importava de trocar a tarde por outra, porque queria seguir o curso das "Novas Oportunidades" implementado pelo actual governo. Nada contra, como é óbvio! Até incentivei, que estudar faz bem, abre os horizontes, etc. e tal.

Na semana passada, contou tintin por tintin (nada de bocas, OK?) como tinha sido o "júri" do 9º ano, dela e dos colegas. De boca aberta é dizer pouco, embora já suspeitasse que estas novas oportunidades fossem assim um bocado para a treta. Com aulas um dia por semana, para além do portátil que puderam adquirir com as "benesses" do Sócrates e afins (discutível), no final pediram apenas um trabalho à escolha dos alunos, a rondar o umbigo de cada um, com temas tão variáveis como "Um dia na minha terra" ou "Eu e a minha família". E ela muito satisfeita e entusiasmada, a afirmar que tinha sido espectacular!!!

Vai daí, inscreveu-se para fazer o 12º ano.

- Já viu? Mais 8 meses nisto?
- Pois, demorei 3 anos a fazer o mesmo...

Qualquer dia, a mulher tem mais "luzes" que eu!!! Ou "canudos"... :)

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A propósito de luzes, a EDP tem um projecto para aumentar as nossas contas domésticas, para compensar os calotes da empresa. Recebi por mail e também li no Inferno da Diabba onde se pode protestar contra esta medida completamente disparatada! O endereço é consultapublica@erse.pt , para quem tenha preguiça de procurar outras explicações e dispense uma minuta...