terça-feira, 31 de março de 2015

ALDEIA NOVA

Este é um livro (de bolso) de contos de Manuel da Fonseca, que conta apenas com umas modestas 159 páginas. No prefácio explica como o livro foi publicado, enquanto mofava numa pilha de livros de escritores novatos, esquecida lá num canto da editora. Aquelas coincidências que contribuíram para que saísse do anonimato, quando a probabilidade, ontem como hoje, era que apodrecesse lá naquele canto juntamente com os restantes.

Os 12 contos que se seguem foram escritos entre finais dos anos 20 e finais dos anos 30 - do século passado, obviamente. São histórias (aqui apetece escrever estórias, com a distinção que os brasileiros usam comummente) singelas do dia a dia do povo que habitava algumas aldeias e vilas alentejanas da época. Mas não deixam de denotar uma certa crueza ao relatar as vidas duras de trabalho de Sol a Sol, as doenças e mortes incompreendidas de novos e velhos, as intrigas e mexericos locais, a arrogância de uns, a boçalidade de outros, enfim um povo manifestamente humano, com todas as suas alegrias, tristezas e sofrimentos. Apesar dessas vivências maioritariamente pouco felizes, ressalta da escrita do autor uma certa forma poética, diria quase nostálgica.

"Todos os anos, mulheres que vivem lá para o sul, ao pé do mar, atravessam as serras e espalham-se pelas planícies, para a monda e para o trabalho dos arrozais. Trazem cantigas alegres e falas rumorosas, e o povo das vilas junta-se nos largos para as ver passar a caminho das herdades. Nos primeiros dias da faina, à hora em que o manajeiro tem as palavras mais desejadas para os que andam curvados entre as espigas ou enterrados no lodo das várzeas, quando o sol desaparece e cigarras e ralos arrastam um traquinar que se perde pelos longes, as mulheres de ao pé do mar cantam coisas novas e coloridas."
Início do conto "Maria Altinha", página 137.

Manuel da Fonseca só escreveu dois romances (e só li um!), mas tem vários livros de contos e de poesia. Quando a 85ª Feira do Livro assentar arraiais no parque Eduardo VII - este ano com data marcada de 28 de maio a 14 de junho - vou ver se encontro algumas dessas obras em prosa, pois gosto bastante da sua escrita.

domingo, 29 de março de 2015

CROCHÉ

E se uma árvore de repente nos surpreender ao vestir-se de rosetas de croché? Ora, não é impulso nenhum, mas apenas uma forma... de saudar a primavera! 

(que o digam os vizinhos e companheiros de Campo de Ourique)

sexta-feira, 27 de março de 2015

LIÇÃO SUPER-RÁPIDA!

De pintura (cóf... cóf... como de algumas outras artes) percebo muito pouco, mas ontem tive uma lição ultra-rápida, via facebook, que me virá a ser muito útil no futuro, quando quiser aparentar grandes conhecimentos na área... Ei-la, caso estejam igualmente interessados:

1 - se o plano de fundo do quadro for escuro e todo o mundo está com cara de tortura, é de TICIANO;

2 -  se todo o mundo tem rabo grande é de RUBENS;

3 - se todos os homens têm olhos de vaca  e parecem donas de casa é de CARAVAGGIO;

4 - se tem um monte de gente no quadro, mas elas parecem normais, é de PIETER BRUEGEL;

5 - se todo o mundo parece um mendigo iluminado por um poste, é REMBRANDT;

6 - se no quadro tem cupidos ou ovelhas, ou se você considerar que cupidos ou ovelhas poderiam estar no quadro, é BOUCHER;

7 - se todos forem bonitos, estiverem semi-nus e empilhados ou apertados, é MICHELANGELO;

8 - se tem bailarina, é DEGAS;

9 - se tudo é pontiagudo, tiver contraste e os homens tiverem barba num rosto magro, é EL GRECO;

10 - se todo o mundo parece Vladimir Putin, o presidente da Rússia, é VAN EYCK;

Digam lá que não ficaram todos muito mais elucidados depois de uma lição rápida destas? OK, não é o mesmo que tirar um curso de artes, mas é quase, quase... Ah, e claro, foi feito por quem percebia da poda... de pintura, que como já referi não é o caso da je (limitei-me a adaptar do fb).

BOM FIM DE SEMANA!

segunda-feira, 23 de março de 2015

POLICIAL DE PACOTILHA

Que Agatha Christie foi "a escritora policial mais aclamada de todos os tempos", não restam dúvidas. Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence, Ariadne Olivier, entre tantas outras, foram algumas das principais personagens criadas por ela e que que deram origem a inúmeros filmes e séries, ao longo de várias décadas e até aos nossos dias.

Que uma editora esteja interessada em repetir o sucesso da escritora britânica, até se pode compreender. Que a família autorize que outra autora use uma das suas personagens mais emblemáticas - Hercule Poirot - já considero menos aceitável. Agora que alguém, no seu juizo perfeito, se queira sujeitar à comparação, parece-me inacreditável. Mas certo é que Sophie Hannah aceitou a incumbência. "Ah e tal, se calhar a mulher tem dificuldade em vender os seus livros e tem contas para pagar, não teve outro remédio", pensei com os meus botões. Não podia estar mais enganada: segundo a wikipédia, a mulher escreve poesia e ficção policial há mais de uma década e já tem uma invejável coleção de títulos publicados. E em Inglaterra, ao contrário de cá (e salvo honrosas exceções), consegue-se viver da escrita (não jornalística).

E agora perguntam vocês: mas tu foste comprar um livro, sabendo de antemão que a escritora tinha usado Poirot como personagem, o que certamente faria com que Agatha Christie desse várias voltas na tumba, caso houvesse outra vida para além desta? A resposta é não. Tanto por respeito pela grande mestra, como por à partida adivinhar que o Poirot de Sophie dificilmente me ia agradar. Como de facto aconteceu. Mas o livro foi-me oferecido por quem sabe que sou grande fã da escritora original (já repararam no pormenor da capa, em que o nome de Sophie aparece mais pequeno e quase tipo rodapé?) e um dia comecei a lê-lo, sem ter a certeza de chegar ao final.

Lá para a página 30, decidi fazer de conta que a personagem era outra e que por coincidência também se chamava Poirot. Até tinha alguns dos seus tiques habituais, mas levados a um extremo caricatural, em que o homem parecia tolo, exibicionista e muitíssimo malcriado. O livro não está mal escrito, de modo que segui em frente, se bem que o enredo me parecesse um pouco confuso, cheio de voltas e reviravoltas. O que é suposto num policial, note-se, mas era difícil acreditar em cada uma das versões, porque nada batia certo: todos mentiam. Tudo levava a crer tratar-se de um pacto de suicídio, mas não cabe no perfil de uma coscuvilheira nata suicidar-se... por coscuvilhar. OK, como é que Sophie descalçou esta bota? 

AVISO / SPOILER: quem quiser ler o livro deve parar por aqui, pois vou revelar um dos "truques" finais: num quarto de hotel estão 3 pessoas a conversar e um empregado vai levar um lanche aos 3; mais tarde serve de testemunha que se encontravam todos de boa saúde e consegue reproduzir parte da conversa, se bem que não tenha prestado muita atenção. E não é que o homem era tão distraído que nem reparou que uma das pessoas já estava morta, embora as outras duas falassem com ela como se estivesse viva? "Oh-balha-me-Deus", como diria o Diácono Remédios, "não habia nexexidade". Nem desta espécie de Poirot, nem deste final para totós...

Sophie, Sophie, escreve lá a tua poesia ou ficção, mas não te metas em comparações destas, pois não chegas nem aos calcanhares da grande Agatha!

sexta-feira, 20 de março de 2015

JANELAS PARA O MUNDO

Há largos anos, quando uma amiga comprou a sua primeira casa - um T1 muito acolhedor nos arredores de Lisboa - teve uma ideia brilhante: como o dinheiro era curto e não chegava para comprar quadros para as paredes, pegou numa máquina fotográfica e andou por aí a fotografar janelas. Que posteriormente emoldurou com um vidro e molas metálicas, et voilá!, as paredes da sua casa ganharam vida! 

Ora se há coisa que não falta em terra nenhuma são janelas: grandes, pequenas, abertas, fechadas, novas, velhas, com ou sem varanda, floridas ou em ruínas, com alguém a espreitar ou muito bem trancadas, com cortinas ou nuas, enfim, de todas as maneiras e feitios.

Assim, o passatempo que vos proponho é algo semelhante à ideia da minha amiga: enviem-me uma fotografia de uma janela (ou de um conjunto delas, por exemplo, no mesmo edifício) para o meu e-mail (quiproquo.tete@gmail.com), até às 23 horas e 59 minutos do dia 5 de abril (sim, é domingo de Páscoa), fotos essas que serão publicadas dia 6 de abril; o objetivo é adivinhar quem fotografou cada janela, o que, como já vimos em passatempos anteriores, não é tarefa fácil; evidentemente, a foto pode ser retirada de um álbum antigo ou podem começar já a clicar até obterem a imagem pretendida - tem é de ser da vossa autoria, logicamente; posteriormente, todas as fotografias serão devidamente identificadas - dependendo do número de participantes e dos acertos, creio que 2 ou 3 dias após a publicação, portanto a 8 ou 9 de abril, o mais tardar.

Tudo (e todos) a postos?

UMA FELIZ PRIMAVERA PARA TODOS E... TOCA A CLICAR! 

Imagem da net.

quarta-feira, 18 de março de 2015

O MEU AMOR É VERDE

Há nomes muito bem escolhidos e o desta loja de plantas captou a nossa atenção. A tal ponto que o maridão me deu de presente este lindo e pequenino cato, para juntar à reduzida "coleção" deste ano - ainda não plantei nem a salsa, nem os coentros da praxe, mas está para breve. Para compensar, já floriu timidamente uma primeira orquídea, mas os botões existentes prometem muitas mais. 

O espaço onde fica a loja de "O Meu Amor É Verde" (não, não se trata de nenhuma clubite aguda num estádio de futebol), foi outra agradável surpresa, onde já não punha o pé desde os meus tempos de esbórnia - ou seja, vai para cerca de 30 anos. Remodelado e adaptado aos novos tempos: a praça da Ribeira.

Da velha tradição do cacau - que, diga-se em abono da verdade, nunca bebi - aos chefes e restaurantes de gabarito vai um grande passo, mas foi essa a opção para o local. E não me parece que ninguém se possa queixar, alguns dos melhores e mais famosos paladares da gastronomia nacional estão ali representados, além da sofisticação de alguns pratos gourmet.

A multidão pode ser um incómodo, pessoalmente visitámos sempre "fora de horas" - tanto quanto percebemos o serviço é "non stop" - portanto nunca tivemos problema em sentar, que o espaço é bastante amplo. Ainda longe de termos provado todos os pitéus, os que mais nos surpreenderam pela positiva foram:

as bochechas de porco preto, com puré de batata, couve lombarda e bacon, no restaurante de Henrique Sá Pessoa;

e o pudim de Abade de Priscos da chefe Marlene, que assim à primeira vista pode parecer uma porção diminuta, mas é tão docinho que chega perfeitamente.

Cacau para quê... se nem gosto de leite?!? 

segunda-feira, 16 de março de 2015

VISITAS GUIADAS

A arte urbana lisboeta merecia, a plataforma Underdogs organizou. Assim, todos os sábados terão lugar visitas guiadas a graffitis situados em várias zonas da cidade, com uma duração aproximada de 3 horas, tal como foi noticiado no Público

Os preços é que são uma desagradável surpresa, portanto literalmente para inglês turista ver. Cá por mim já me fui adiantando - mesmo sem mapa e explicações - e tirando umas fotos de caminho...

O outro lado do mesmo edifício, situado no Jardim do Tabaco - que de jardim só tem o nome, pois trata-se de um parque de estacionamento e de um cais, que serve de ancoradouro a navios de cruzeiro (suponho, porque não vi lá nenhum "estacionado").

PixelPancho assina os três graffitis, o primeiro conjuntamente com Vhils. Não há nada como fazermos os TPC adiantados, para pouparmos umas lecas!

quarta-feira, 11 de março de 2015

OLHOS GRANDES

Margaret (Amy Adams) é divorciada, mãe de uma menina com 8/10 anos de idade e tenta ganhar a vida como pintora - além dos seus quadros, também faz retratos em feiras. Nos finais dos anos 50 do século passado estava longe de ser o modo de vida mais usual para uma mulher. Precisamente numa feira conhece Walter Keane (Christoph Waltz), que alegadamente estudou pintura em Paris e que vende quadros das paisagens que pintou por lá. Os dois iniciam um ligeiro romance, mas quando o ex-marido de Margaret exige a custódia da filha por a mãe não lhe dar condições de vida "adequadas", Walter surpreende-a com um pedido de casamento, resolução de todos os problemas - ele é um bem sucedido vendedor imobiliário. Durante cerca de 3 anos o casamento parece decorrer sem grandes problemas, o novo marido da pintora é até bastante empenhado em vender os quadros dela, que têm uma característica especial - todas as crianças são retratadas com uns olhos excessivamente grandes, desproporcionais. Mas como não há bela sem senão, um dia Margaret descobre que o marido se faz passar pelo pintor dos quadros dela: dono de uma grande lábia e vendedor exímio, consegue preços fabulosos e faz negócio até com posters, postais, etc.

Tímida e ingénua, inicialmente ela deixa-se levar, até porque conseguem uma vida bastante mais confortável, para não dizer luxuosa. Mas o marido impede-a de contactar ou de dizer a verdade a quem quer que seja, de modo que ela é quase uma prisioneira na própria casa. Quando ele acrescenta ameaças, ela acaba por fugir com a filha para outro país, mas entretanto já passaram quase 10 anos. Bom e então, o que é a história tem de mais? Ora, foi baseada num caso verídico que deu grande celeuma na época e é sempre bom que as jovens que hoje arrebitam o nariz e com ar enjoado afirmam não ser feministas, saibam como as mulheres eram tratadas há 50/60 anos. E que se não fossem elas lutarem pelos direitos de todas nós - ainda longe de serem iguais, como já referi no post anterior, mas a anos-luz destas discriminações - bem que as mulheres atuais ainda estariam a sujeitar-se a maridos prepotentes em toda a linha.

O filme de Tim Burton obtém um modesto 7/10 na IMDb, mas vale a pena tanto pelas atuações dos dois excelentes atores, como pela caricata história em si. Às vezes a realidade suplanta a ficção mais imaginativa...

Imagem de cena do filme da net.

domingo, 8 de março de 2015

NÓS, AS MULHERES...

... temos um dia no calendário - 8 de março. Um pouco por toda a parte, maridos, namorados, filhos, pais, amigos e até comerciantes nos enchem de flores, bombons, quiçá até algum presente mais significativo. Mas depois, quando se vai ver, a igualdade de direitos ainda é uma miragem: profissional ou politicamente, é preciso trabalhar o dobro ou o triplo do que eles costumam, para se chegar ao topo de carreira. Isto se não houver um outro workaholic masculino, que certamente se adiantará a ocupar o cargo. Às vezes, até fazem o "favor" de nos conceder umas quotas, para os lugares nos parlamentos, por exemplo, não serem exclusivamente ocupados por machos. Enfim, aqui e ali a representação feminina até tem melhorado, mas, pessoalmente, detesto essa "condescendência" das quotas - dá ideia que as mulheres lá estão por especial favor, não pela sua competência, o que está longe de ser verdade.

Pior, ainda há por aí muito macho latino com a veleidade de pensar (estes fulanos pensam?!?) que são donos e senhores das suas mulheres... ou até namoradas. E se elas se desviam do caminho que eles traçaram para elas nas suas mentes conturbadas, a coisa termina invariavelmente à pancada. Infelizmente, as estatísticas demonstram que, em Portugal, os casos mortais devidos a violência doméstica têm vindo a aumentar. Inadmissível, em pleno século XXI, e tendo em conta que o problema afeta a sociedade transversalmente: não são só os pobres e ignorantes que espancam as mulheres, há professores, juízes, polícias, empresários, políticos, etc. e tal. Daí, às vezes admirarmos-nos de ver publicadas nos jornais afirmações descabidas de celsos doutores...

Resumindo: não sendo exatamente um dia para "inglês ver", ainda há um longo caminho a percorrer no sentido da igualdade de género! 

Consta que a canção que se segue - "Woman" - foi uma espécie de pedido de desculpas de John Lennon a Yoko Ono, no seguimento de um desentendimento do casal. Era assim que devia ser sempre, quando o amor existe - uma reconciliação pacífica e (preferencialmente) amorosa:


Bom, mas se hoje é o dia da mulher, também é o dia do meu aniversário. E como primeira prenda da natureza, não podia ter tido melhor: algumas árvores aqui da zona já começaram a florir, dando assim sinal que a primavera está com vontade de chegar mais cedo...

FELIZ DIA DAS MULHERES PARA TODAS AS MINHAS AMIGAS!
[e que também seja feliz, para os homens que (as) sabem amar]

quinta-feira, 5 de março de 2015

O MANIPULADOR

Para variar da pratada de filmes, outro tema muito original: livros! Desta vez com "O Manipulador" de John Grisham, escritor que nunca ganhará um Nobel, mas que tem um ritmo de escrita alucinante, que faz com que o leitor não descanse enquanto não acaba a sua leitura. Como foi o caso.

Malcolm Bannister, um ex-advogado negro, encontra-se a cumprir uma pena de 10 anos de prisão por um crime de "colarinho branco" que não cometeu. Entretanto, um juiz e a sua amante são assassinados e o FBI não tem a mínima pista sobre quem é o criminoso. E aí Bannister pode ajudá-los, pois ele sabe quem é o assassino e qual o seu motivo - mas, em troca, deseja ser posto em liberdade (já cumpriu metade da pena) e num programa de proteção de testemunhas. O FBI desconfia que está a ser manipulado pelo ex-advogado, mas na ânsia de apanhar o homicida concorda com as suas exigências. Será que se trata de um bluff de vingança de Bannister (já que foi o FBI o grande culpado por ele ter sido preso, o que levou ao afastamento da família e à perda da sua licença de advogado), ou será que ele realmente está a par dos meandros do crime?

349 páginas absolutamente imperdíveis, para quem é fã do género! (e muito elucidativo também sobre como funciona a justiça americana) 

Citação:

"Há tantas reviravoltas cruéis numa pena de prisão longa. Uma delas é a sensação de que somos lentamente esquecidos pelo mundo e por aqueles que amamos e de que necessitamos."

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Numa prisão preventiva, cujo fim parece longe de ser anunciado, sem acusação ou julgamento marcado e que pode ter a duração de meses (ou anos?), a crueldade é certamente maior. Pior, pode acontecer a qualquer um de nós, como já se viu pelo "exemplo" do antigo primeiro-ministro português - que não faço ideia se é inocente ou culpado, aqui não vem ao caso. Já as sucessivas humilhações de que tem sido alvo, demonstram bem o espírito mesquinho dos seus adversários. E assim vai a (in)justiça em Portugal, que utiliza pasquins para manipular a opinião pública e adiar o julgamento indefinidamente.

domingo, 1 de março de 2015

GRAFFITI - ANTES E DEPOIS

Uma das grandes vantagens dos graffitis é que se podem alterar ou substituir, com o tempo. Ao contrário da maioria das obras de arte, não têm vocação para a perenidade. O que seria de agradecer também em alguma estatuária lisboeta, mas infelizmente não temos essa sorte...

Voltando aos graffitis, vejam como de repente somos surpreendidos: em lugar da multi-colorida selva africana, surge uma azul-acinzentada representação de uma era espacial. Ambos belíssimos, no meu entender, aqui num recanto de Benfica.


UM FELIZ DOMINGO PARA TODOS!