segunda-feira, 28 de maio de 2012

MORTE NAS RUÍNAS

Já cá faltava o último policial que comprei na Feira do Livro de Lisboa do ano passado, de Ruth Rendell... para ser muito "original"! E isto porque gosto de variar leituras e não ler sempre o mesmo autor de seguida, porque já se sabe que adoro o género e a escritora, digna sucessora de Agatha Christie, no meu modesto entender...

Este não foi exceção! Com o título original de "No More Dying Then", nem se entende muito bem a tradução. O enredo centra-se no desaparecimento de duas crianças, no espaço de poucos meses, no início dos anos 70, quando naquela pequena cidade inglesa de Kingsmarkham (fictícia, segundo a wiki) os catraios ainda brincavam uns com os outros nas ruas ou nos parques, sem a vigilância atenta de nenhum adulto: a primeira, uma rapariga de 12 anos, quando sai de uma aula de equitação e regressa a casa, recusando a boleia de um vizinho, apesar da chuva; o segundo, o pequeno John, de apenas 5 anos, num parque infantil e após um pequeno desentendimento com os seus companheiros de brincadeira. Factos inusitados até então, que envolvem investigações policiais minuciosas e buscas que empenham (quase) toda a população local. Será que os dois casos estão relacionados?

Escrito em 1971, este é mais um livro da série protagonizado pelo inspetor-chefe Reginald Wexford e pelo seu subordinado Mike Burden - quando este último se encontra fragilizado pela recente morte da mulher, com dois filhos para criar, delegando a tarefa na cunhada (que, para tal, prescinde da sua vida profissional e pessoal) e enquanto mantém o primeiro relacionamento "extra-conjugal", precisamente com uma das mulheres ligadas à própria investigação. Logo o antiquado e retrógrado detetive, que parece ter nascido no século XIX... 

Gostei muito, para não variar!

Citações: 
"- Não tenho trabalho nenhum para fazer, infelizmente.
Ele tinha querido dizer trabalho de casa, limpar, arrumar, coser, tarefas que ele considerava, naturalmente, como sendo de mulheres e havia ali muito para fazer, mas não era capaz de lho dizer."

"Uma cena emocional entre dois homens normalmente não emotivos, tem como consequência um profundo e triste embaraço."

"- Mesmo que não se tivesse sido muito feliz - disse ela - não se sente só falta da pessoa, sente-se falta do amor."

24 comentários:

  1. E no fim fica com a cunhada? Beijocas!

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  2. Tenho cá um ou dois livros da Rendell, mas ainda não li. O que tem piada nesse livro é o facto de ter o mesmo título em português que um da Agatha Christie.
    Boas leituras, Teté :)

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  3. Por acaso a Ruth é uma autora que eu gosto :)

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  4. Teté, por causa de ti já tenho uma lista enorme de livros para ler, é que todos os que livros que falas aqui parecem-me muito bem e como adoro policiais este não me vai escapar. Obrigada.

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  5. Gosto muito de policiais mas ultimamente tenho-os deixado um pouco de lado!
    Não consigo ler tudo o que tenho em lista de espera! :-))

    Abraço

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  6. Anónimo5/28/2012

    E este, pelo que conheces de mim e sabendo que poucos policiais me prendem, parece-te que o deveria incluir na lista de compras e leituras?:))
    beijinhos

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  7. Como sabes, Teté, não vou lá muito com policiais, mas um romance da Ruth Rendell, de vez em quando, também gosto.

    Agora vou ver na TV, pela ??? vez,
    o extraordinário Match Point do meu querido Woody.

    Ùltimamente tenho respondido aos teus comentários e esta noite também o fiz.

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  8. acabei de ler um policial também: "Fatherland", de Edward HArris. este tem a particularidade de se passar na Alemanha nazi de 1964. Isso mesmo, numa Europa em que a Alemanha ganhou a 2ª guerra mundial. Tradução terrível, a roçar o miserável, mas que ainda assim não ofuscou um livro interessante e um policial competente. Agora estou na História do Cerco de Lisboa do Saramago e, para já, magistral como só o Saramago :)

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  9. E mais um que vai prá minha lista, pena nunca ter encontrado nada desta autora, nem na feira do livro :(

    Tenho que ir à fnac ou à bertrand, só lá me arranjam o que procuro...

    Beijinho :)

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  10. Era o que todos esperavam dele, mas o livro não é muito explícito, RAUF! Daí fui espreitar o que diz o Google e não, não fica, o homem retrógrado acaba por casar com uma feminista... O que certamente só lhe fará bem! :))

    Beijocas!

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  11. Eu sou fá empedernida, VIC! Depois de já ter lido todos da Agatha Christie, é o que me resta... :))

    Obrigada e se leres algum da Ruth, depois diz-me se gostaste! :)

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  12. Somos dois, VITOR! :D

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  13. É difícil encontrar livros dela, RAINHA, que na Asa estão esgotados há mais de um ano. Estes têm uma péssima qualidade, são de bolso e cheios de gralhas. Mas sendo a única maneira de a ler em português... ;)

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  14. Vou intervalando policiais com outras leituras mais sérias, ROSA! Gosto de ir variando, embora os policiais sejam a minha predileção... :)

    Abraço!

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  15. Como não gostas de policiais, não vale a pena, NINA! Também não leio ficção científica, por exemplo... :))

    Beijocas!

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  16. Boas leituras também para ti, ELVIRA, e um abraço! :)

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  17. É, sabe muito bem para intervalar, EMATEJOCA! :)

    Não foi dos que mais gostei dele, mas acontece-me muitas vezes quando elogiam muito um filme, e depois chego à sala de cinema e estou à espera de mais e melhor... :))

    Já li! :D

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  18. Pois, MOYLITO, Saramago ainda não consegui. Quem sabe um dia?! :)

    Esse de que falas tem muito bom ar. Dizes tu que também é policial ou de espionagem? É que são duas coisas diferentes... :D

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  19. Já aqui tinha explicado que era difícil, comprei esta quantidade toda de livros dela no ano passado, que foi o único sítio onde os encontrei em português, MARIA! Mas a qualidade da revisão e da tradução, as muitas gralhas, etc. deixam muito a desejar. Este por acaso nem foi dos piores, ou então já liguei menos, por já saber o que "a casa gasta"... :)

    Até já comprei um em segunda mão! :D

    Beijocas!

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  20. Anónimo5/29/2012

    Eu não digo! Depois descobre-me o final dos contos...

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  21. Eheheh, CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, foi sem querer... :))

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  22. policial, sem dúvidas :)

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  23. Da Ruth, só pode, MOYLITO! :D

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)