segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

VAIS CONHECER O HOMEM DOS TEUS SONHOS

Não haverá muito a dizer sobre este último filme de Woody Allen, excepto que é divertido q.b. O que já é bastante, para aqueles, como eu, que não são grandes fãs do realizador/argumentista/actor. Que em "Vais Conhecer o Homem dos teus Sonhos" se limita aos dois primeiros papéis: os actores são outros!
Alfie (Anthony Hopkins) divorcia-se da mulher Helena (Gemma Jones) ao fim de 40 anos de casamento, o que a deixa muito deprimida. Sally (Naomi Watts), a única filha do casal, preocupa-se com a mãe, que após recorrer a vários psiquiatras acaba por "se tratar" com uma vidente (Pauline Collins), obtendo melhores resultados do que com os tratamentos médicos. Por seu turno, o marido de Sally, Roy (Josh Brolin), está a passar por uma fase negativa: apesar de ter publicado um livro, está com dificuldade em terminar o segundo e com receio deste não ser aprovado pela editora. O casamento do casal parece também estar a desmoronar, não só pelas dificuldades monetárias, como pelas frequentes visitas da mãe e sogra deprimida, que lhes tenta impingir as previsões futuristas da vidente e restantes teorias esotéricas, a par de um interesse cada vez maior de Roy pela deslumbrante vizinha da frente (Frieda Pinto) e de Sally pelo charmoso patrão da galeria de arte onde trabalha (Antonio Banderas). Só a vida amorosa de Alfie parece correr de vento em popa, de casamento marcado com uma actriz com metade da sua idade (Lucy Punch), com a qual pretende ter o filho que perdeu há muitos anos, o que também não agrada à filha, que vê na mulher uma prostituta ambiciosa a dar o "golpe do baú"...
Um enredo recheado de amores e desamores comuns, de solidão e da busca do companheiro ideal, dando a noção que raramente se volta para trás e que nem sempre as mudanças são para melhor. Num tom de comédia, o que torna os dramas vividos no ecrã mais leves. Nem por isso menos reais! 
Trailer já a seguir:


Acrescento ainda que gostei da música inicial e final.

Imagem do cartaz promocional do filme, da net.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

OUTRO JARDIM À BEIRA MAR

Adoro passear em jardins! Mas nem todos estão ao nosso alcance, como este, considerado o maior do mundo...

Keukenhof fica próximo de Lisse, na Holanda, a meio caminho entre Amesterdão e Haia. Podem espreitar o site aqui.

Tulipas, como não podia deixar de ser, jacintos, narcisos e lírios florescem anualmente dos sete milhões de bolbos plantados.

Consta que é também dos locais mais fotografados do mundo. E entende-se porquê: muitas flores, num caleidoscópio multicolorido!

Este ano estará aberto de 24 de Março até 20 de Maio e será subordinado ao tema "Alemanha: Terra de Poetas e Filósofos". Para cativar os muitos turistas alemães que costumam visitar o parque. 

Na pesquisa sobre o local ainda li alguém a queixar-se que a entrada custava 14 euros, um desperdício, quando existiam muitos outros jardins lá na terra de onde vinha, que não custavam nada.  Há gente muito tonta e ingrata com a vida, não há?


BOM FIM DE SEMANA E DIVIRTAM-SE!!!

Fotografias da net.
(Obrigada, Michel!)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

OS BONS VELHOS TEMPOS...

A notícia é antiga, mas completamente disparatada: cerca de 46%  dos portugueses inquiridos numa sondagem consideraram que se vivia melhor há 40 anos em Portugal do que actualmente! Mesmo descontando os "velhos do Restelo" e aqueles que nem eram nascidos na altura, mas não se inibem em mandar uns palpites para o ar, a percentagem é demasiado elevada! Memória curta ou ignorância do passado?
Então como era a vida deste país no início dos anos 70? O facto de estar em plena guerra colonial (sem fim à vista), só por si, é esclarecedor: milhares de jovens soldados partiam para aquelas terras distantes, na incerteza se algum dia voltariam ou como, o que naturalmente era um drama para os próprios e também para as suas famílias. Ditadura é ditadura, e nem por ser marcelista em vez de salazarista era mais branda: a PIDE só trocou de nome para DGS, mas os métodos mantiveram-se - vigiar, perseguir, interrogar, prender, torturar ou eventualmente até matar todos os opositores ao regime, ou meros suspeitos. A censura também era feroz nos meios de comunicação social, qualquer crítica vaga (ou tema do desagrado dos governantes) era simplesmente suprimida com o tristemente famoso "lápis azul", sem nunca ser publicada ou divulgada. Portanto, o clima era de medo!
O analfabetismo rondava os 26% da população (nos últimos censos, de 2001, já tinha baixado para 9%). A gente do povo trabalhava de sol a sol em troca de parcos salários, num país ainda imensamente rural, raramente os seus filhos tinham oportunidade de seguir os estudos para além da escola primária, começavam a trabalhar prematuramente para ajudar ao sustento familiar. Para fugir a esse destino fatídico,  muitos emigravam para o estrangeiro ou tentavam a sorte nas grandes cidades. Mas os direitos dos trabalhadores eram inexistentes, o que significava que os patrões conseguiam abusar mais, portanto normalmente tinham de se sujeitar a serviços humildes e mal remunerados, podendo ser despedidos a qualquer momento. Os horários eram prolongados e dia de descanso era só ao Domingo. Embora no funcionalismo público e em algumas grandes empresas já houvesse a "semana à inglesa" - trabalhava-se mais meia hora por dia, para ter a tarde de Sábado livre. Na classe médio-burguesa as regras eram idênticas, mas muitas mulheres ainda não trabalhavam fora de casa, dedicavam-se a tomar conta dos filhos e a ser "fadas do lar", mas também elas sujeitas aos ditames dos maridos - sem se poderem divorciar, que o Estado e a Igreja não permitiam, a velar pela moral e bons costumes. Eventualmente tinham criadas (as tais raparigas da província, que mal sabiam ler ou escrever) para as auxiliar nas tarefas domésticas, dependendo da situação monetária familiar. Luxo e ostentação estavam reservados apenas a meia dúzia de famílias ligadas ao regime e ao poder económico. Como sempre...
Água canalizada, esgotos ou luz não chegavam a todo o território nacional nem à casa dos mais pobres, com graves consequências para a higiene e saúde de toda a população. Consequentemente, televisores ou frigoríficos nem todos possuíam, máquinas de lavar roupa ou louça estavam nos primórdios. Nem vale a pena referir os telefones, quase circunscritos às grandes cidades.
Em relação a  transportes, o número de carros era muito menor, logo também o de ruas e estradas. Daí que fazer Lisboa-Vila Praia de Âncora (no distrito de Viana do Castelo) ou vice-versa num carrito (imagino que em grandes bólides não seria muito diferente), fosse uma aventura para demorar cerca de 7 horas, fora as várias paragens. Lisboa tinha comboio para todas as zonas do país e Espanha, eléctricos amarelos, autocarros verdes (alguns de 2 andares, como em Londres) e uma rede de metropolitano em Y, que terminava nos Anjos, em 1972 prolongada até Alvalade. Este sempre a abarrotar de gente, até porque os eléctricos eram agradáveis para as funções que ainda mantêm hoje, em zonas restritas da cidade: lentos passeios turísticos!
Obviamente que muito mais haveria a acrescentar e nem tudo era mau nessa época! Mas a pergunta é outra: esses 46% de inquiridos têm a vaga noção do que era essa vivência de há 40 anos? Idealizar um passado feérico, que nunca existiu realmente, é um erro - o progresso veio para ficar, felizmente! O mais que podemos tentar, é limar as arestas mais bicudas de um presente tendencialmente consumista e de um capitalismo sem freio...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SÓ PARA CHAT(EAR)?

Por norma, não sou adepta de chats. Dão jeito para um recado, para tirar uma dúvida, até para uma pequena conversa ou desabafo, mas esporadicamente, quando alguma situação o justifica.
Acontece que o facebook também tem chat, mas há mais de um mês que o tenho permanentemente desligado. Aliás, nem percebia porque é que alguns amigos o tinham sempre off quando andavam nitidamente por lá (escreviam, comentavam e tal), mas comecei a entender quando as solicitações começaram a ser maiores: era uma italiana a querer contar a história da vida dela, sem saber falar português ou inglês; era uma a pedir-me não-sei-o-quê para a sua quinta, quando disse que não tinha parecia não acreditar; ainda outra a tentar convencer-me a vender os produtos dela; e por dá cá aquela palha, lá aparecia alguém no chat pronto a chatear. Com 3 pessoas em simultâneo, como chegou a acontecer? E as cenas tornaram-se tão caricatas, ao ponto de um aparecer para dizer olá, que estava a fazer peixe cozido com batatas para o jantar e quando terminou a cozedura despediu-se com um "xau, que agora vou comer". Sem nenhuma outra conversa de permeio, note-se!
Bem sei que há muita gente triste e solitária, que precisa de uns minutinhos de atenção, mas nem sou psicóloga, nem a madre Teresa de Calcutá - embora corra o boato que a mulher não era nenhuma pêra doce, mas pronto. Portanto, resolvi acabar com o chat facebookiano, principalmente para não me stressar com estes cromos, que mal conheço. O que em parte lamento, pois os amigos daqui e pessoais nunca me chatearam, antes pelo contrário.
Revolta mesmo senti no momento em que soube que alguns amigos ficaram com as contas canceladas no FB, por usarem os nicks blogosféricos e não os seus nomes próprios. Mas tem sentido aparecer por lá como Zé Maria dos Pincéis (sem ofensa), quando se é conhecido por um nick? Quem é que sabe? Tá-se mesmo a ver que deve ser um funcionariozinho da treta armado em prepotente (raio de mau hábito), porque o que não faltam por lá são estabelecimentos comerciais, núcleos de partidos políticos, vendedores online ou até pessoas que abrem contas com o nome de outras (o próprio Malato afirmou na TV haver uma página dele no FB em que não tinha metido "nem prego nem estopa") e esses parecem intocáveis. Quer dizer, é esperar para ver se o dito cujo continua nessa "limpeza", que muitos amigos já voltaram, com outro ou o mesmo nick. E fizeram muito bem, porque ideias de jerico são para esquecer...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

EQUIPARAÇÃO?!?

Fotografia de Ian Britton

Desde que foram anunciadas as medidas de combate à crise, com cortes salariais e aumento dos impostos, que o patronato não descansa na constante tentativa de, também ele, obter os seus lucros e benefícios com a famigerada  época de contenção de custos. E o habitual choradinho que as empresas assim não se aguentam no mercado, já deu azo a que alguns até propusessem que os cortes salariais fossem extensivos aos trabalhadores das empresas privadas. Enfim, a costumeira visão para o negócio: ganhava o Estado, ganhavam os patrões (e o Sócrates ainda fazia o papel de mau da fita), quem se lixava eram os mexilhões do costume. Nada de novo, portanto!
Acontece que o governo não caiu nessa esparrela (ou não, totalmente!), mas como sempre se curvou ao poder económico anda a tentar dar um bónus de compensação aos "coitados". E este surgiu agora numa nova proposta do cálculo da indemnização, em caso de despedimento do trabalhador - assim, se até agora era calculada na base de um mês por cada ano de serviço, passa a haver um tecto de 12 meses; ou seja, se um fulano trabalhou 6 anos recebe 6 meses de indemnização, se trabalhou 12, 12, se 30, também 12. A justificação para esta alteração é equiparar a lei portuguesa à de alguns dos outros países europeus...
Claro que esta lei só será aplicável a novos contratos, e até é previsível que no futuro sejam poucos os empregados que se mantenham tantos anos ao serviço de uma única empresa - a tendência é cada vez mais despedir os mais antigos, tanto por ganharem mais, como por se irem desactualizando das novas tecnologias, mas facto é que normalmente eram bons funcionários, quando não já teriam sido demitidos. Mas enquanto trabalharam durante esses tais 20 ou 30 anos também envelheceram, pelo que dificilmente encontram nova colocação no mercado de trabalho. Um presente envenenado para a meia idade dos jovens actuais!
Enfim, estava a ver a notícia na televisão, governo e associações patronais visivelmente concordantes com a medida. E depois foi dada a palavra ao representante do sindicato (UGT), que resumiu a situação mais ou menos desta maneira: "Seria muito bom equiparar as leis laborais portuguesas às europeias, se também equiparassem os ordenados!" E mais não disse, porque deviam ter muitas outras notícias importantes para dar e... cortaram-lhe o pio!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

APANHADOS NA REDE

Em cena até dia 30 de Janeiro no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa, a peça "Apanhados na Rede", de autoria do inglês Ray Cooney e encenada por Fernando Gomes e pelo malogrado actor/encenador António Feio, conta com um naipe de artistas bem conhecidos do grande público: José Pedro Gomes, Jorge Mourato, Cláudia Cadima, Sónia Aragão, João Maria Pinto, Joana Estrela e Eduardo Frazão.
João é um taxista lisboeta com a particularidade de ter duas famílias - Maria e a filha Joana vivem no Dafundo, enquanto Ana e o filho Diogo vivem nos Prazeres. Tudo decorre sem percalços até que os filhos adolescentes se conhecem via facebook e marcam um encontro. Simão Horta, hóspede e amigo de longa data que conhece o seu segredo, está de partida para umas férias na Carrapateira com o pai senil, mas João precisa do seu auxílio para impedir o encontro dos dois jovens. As peripécias e as mentiras sucedem-se a um ritmo alucinante, o que mantém o público atento e na expectativa até ao final: será que as mulheres e os filhos de João vão descobrir o seu segredo? Tchan, tchan, tchan, tchan...
A hilariante comédia promete (e cumpre!) muitas gargalhadas e momentos de boa disposição - Jorge Mourato  faz um papelão, sem desprestígio para os restantes actores - e também subirá aos palcos do Coliseu do Porto, nos dias 23 a 26 de Fevereiro. Não é garantido é que ainda existam bilhetes à venda,  pois fui ver no Sábado passado e a sala estava apinhada de gente, mesmo que a estreia já tivesse sido em Outubro, o que de alguma forma parece ser sinal que os portugueses se estão a reconciliar com o teatro. Certo é que, no final, os actores foram aplaudidos de pé!

Imagem da net.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

CAMPANHA AO RUBRO!

Fotografia de Ian Britton

A campanha das eleições presidenciais do próximo Domingo está ao rubro... ou mais ou menos... OK, bastante chocha, apesar da habitual troca de acusações e insultos e de algumas crispações!
Mas para não dizerem que estou sem motivação para contribuir para este peditório... esta campanha, vou falar-vos do dever cívico de todos nós em eleger os nossos representantes democraticamente e blá blá blá... O quê?! Essa conversa já não pega?
Então mais a sério e resumidamente: desta vez a única razão que tenho para votar é a voz da minha consciência. E uma boa memória dos últimos 20 e tal anos. Portanto, por mais honesto que o actual presidente se afirme, julgo-o pela sua postura e acções (essas foram mais de 100 mil). E tenho de votar "CONTRA o cavaquistão!"
Ah e tal que ando aqui a tentar influenciar o pessoal? Nada disso! Nem vou referir o candidato que vou assinalar no boletim, que essa de botar para lá uns palavrões nunca foi para mim! E escusam também de me afiançar que ele ganha (ou ganhou) de certeza - pode ser, mas SEM o meu voto, para no futuro dormir de consciência tranquila...

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!!!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

DO MELHOR PAPEL SAI A ESCULTURA

Patty e Allen Eckman foram colegas na Art Center College of Design, nos Estados Unidos da América dos anos 70, e daí nasceu uma parceria para a vida, tanto profissional como pessoal- casaram.pouco depois de terminarem os estudos.

Ao longo de 12 anos trabalharam conjuntamente numa agência de publicidade enquanto criavam os três filhos, mas o stress do mundo publicitário não lhes agradava por aí além. Mas como mudar de vida?

Como o mundo dá muitas voltas e por vezes somos bafejados com um golpe de sorte, Allen descobriu que podia produzir um papel diferente de todos aqueles que utilizamos normalmente em diversas ocasiões, com características que permitiam que o modelasse, segundo um método que veio a desenvolver desde 1988.

Assim, desde essa época que o casal se empenhou na modelação e escultura de figuras de papel, dignas de figurar em qualquer museu, como se pode avaliar pelas fotografias.

Ambos fascinados pela vida selvagem, cultura indígena, conquista do Oeste e Guerra Civil americana, desenvolvem o seu trabalho em torno dessas temáticas, sendo que Patty também se inclina para flores e pássaros como motivo de inspiração. Contudo, muitas das suas obras são realizadas e assinadas pelos dois. Convém referir que algumas demoram largos meses até serem finalizadas...
Curioso ainda é que o interesse de Allen pelos povos nativos americanos partiu do momento em que, ainda criança, o avô lhe contou que a família tinha antepassados Cherokee.

O resultado do trabalho destes artistas é o que está à vista nestas esculturas brancas, leves e minuciosamente detalhadas. Mais, se visitarem o site de Patty e Allen Eckman e se desejarem aprender as suas técnicas, eles fornecem os ensinamentos e meios necessários mediante uma certa quantia (que não sei qual é). Evidentemente, atingir esta mestria não será para todos, mesmo que possuam grandes dotes artísticos, eheheh!
 
Imagens da net, provavelmente fotografadas pelos próprios autores.

(Obrigada, Gatinha, mais uma vez!)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ANDAR SOLITÁRIO ENTRE A GENTE...

Fotografia de Ian Britton

Na poesia de Camões era sinal de amor, de fogo que ardia sem se ver. Noutras épocas, tanto podia ser por opção como por exclusão da sociedade, mas agora cada vez mais é uma constante: não são só os telemóveis, os headphones, as consolas, os computadores ou a televisão que impedem de reparar no que se passa em redor, é uma nova era comunicacional que funciona melhor à distância do que na proximidade, mais no virtual do que no real.
Exemplos são muitos, em todas as faixas etárias - quem não conhece ninguém que não saia de casa para ficar postado em frente ao pequeno ecrã ou ao computador? Ou que ande por aí indiferente a tudo, excepto à música privada que toca nos seus ouvidos? Ou que passe horas perdidas em frente a uma PlayStation? Ou que prescinda de conversar, para teclar infindáveis SMS? Fica o alerta:


Independentemente de interesses e hobbies, a que todos temos direito, a única certeza é a de que a Vida só se vive uma vez e raramente se recupera o tempo desperdiçado. Mesmo que as modas sejam passageiras, ou venham para ficar...

CARPE DIEM!

(Obrigada, Gatinha!)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

MARINA

O que de início parece um suave romance juvenil, entre o jovem estudante Óscar Drai e a misteriosa Marina - que reside com o seu velho pai numa mansão antiga onde as velas ainda são a única fonte de iluminação - aos poucos vai-se transformando numa outra história, impregnada de grandiosas personagens do passado de uma Barcelona de outras eras, desaparecidas num incêndio inexplicável. A curiosidade juvenil leva a que ambos tentem seguir o rasto dos amores infelizes entre o grande empresário e a malograda cantora russa, desfigurada no dia do próprio casamento pelo seu vingativo tutor, percorrendo o cemitério e vasculhando as ruínas dos edifícios por onde passaram, encontrando algumas outras personagens sinistras pelo caminho. Até aqui nada de novo, romance que se preze tem a sua dose de mistério!
Embalada na leitura e quase a meio das 260 páginas de uma escrita pontuada por certos laivos poéticos, surge a primeira grande surpresa: numa deambulação nocturna por uma dessas ruínas do passado, os adolescentes começam a ser perseguidos por figuras de madeira, que ganham vida. Eles fogem esbaforidos e a ilusão de estar a ler um livro com pés e cabeça fugiu com eles! A partir daí sucedem-se cenas inspiradas em Frankenstein e Drácula, não desdenhando outros vampiros, monstros ou fantasmas. E pronto, o "suave" romance tornou-se num autêntico livro de terror! Até aparece lá uma Maria Shelley, como quem não quer a coisa...
Não vale a pena acrescentar mais ao enredo, o género fantástico não é para mim, mas para quem gostar fica a indicação. O que também não se entende é o porquê deste título ser classificado como juvenil em Espanha. Ainda por cima é de 1999, portanto anterior aos outros romances de Carlos Ruiz Zafón publicados em Portugal, quando os vampiros-e-companhia ainda não estavam na moda. Talvez daí a decisão editorial de só o publicar agora cá no burgo.
Resumindo: foi o primeiro livro gótico que li - e, certamente, será o último!

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A próxima sessão do Clube de Leitura foi agendada para dia 27 de Fevereiro, para discussão do livro  "Segue o Coração" de Lesley Pearse.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

GLOBOS DE OURO 2011

A 68ª edição dos Globos de Ouro decorreu morna, sem grandes novidades ou emoções, até porque muitos dos filmes ainda não estrearam nas salas de cinema nacionais. Christian Bale e Melissa Leo ganharam na categoria de actor/actriz secundários (ambos no filme "The Fighter") e  Annette Bening e Paul Giamatti na categoria de actriz/actor de comédia  (nos filmes "Os Míúdos Estão Bem" e "Barney's Version", respectivamente). Colin Firth arrebatou o Globo de melhor actor dramático - prémio certamente merecido, dado o nível de interpretações a que já nos habituou - em "The King's Speech".

Por sua vez, o Globo de melhor actriz dramática coube a Natalie Portman em "Black Swan".

"Toy Story 3" venceu o de melhor desenho animado, enquanto o filme dinamarquês "In a Better World" ganhou o de melhor filme estrangeiro.

Sem surpresas, "A Rede Social" foi o grande vencedor da noite, levando para casa alguns dos Globos mais relevantes: melhor filme dramático, melhor realizador (David Fincher), melhor argumento e melhor banda sonora. O que é no mínimo estranho, porque o filme vê-se bem, mas dificilmente nos convence como merecedor de tantos prémios importantes - e note-se que é a imprensa estrangeira (leia-se, não-americana!) que elege os vencedores dos Globos, portanto nem se pode alegar que foram os próprios americanos a "puxar a brasa à sua sardinha". Claro que é necessário ver os outros filmes nomeados para verificar se a atribuição foi justa, segundo a nossa perspectiva pessoal. "Os Miúdos Estão Bem" venceu na categoria de filme de comédia.
Resta agora aguardar que dia 25 de Janeiro sejam divulgadas as nomeações para os Oscar.

Imagens da net.

sábado, 15 de janeiro de 2011

NA MORTE DE VÍTOR ALVES

Alice Vieira escreveu este artigo de opinião, nas páginas do "Jornal de Notícias" de ontem, sobre a morte de Vítor Alves:
"Estava em Viseu, quando um SMS me avisou: "Morreu o Vítor Alves". Infelizmente era uma notícia daquelas que se esperam - mas que, no fundo, nunca se esperam. Porque todos os nossos amigos são eternos e, quando descobrimos que não são, temos muita dificuldade em acreditar. Vítor Alves pertencia àquele grupo de homens a quem devemos viver hoje em liberdade e em democracia. Para as gerações mais novas, isto parece um dado tão adquirido que nem lhes passa pela cabeça que alguma vez pudesse ter sido de outra maneira.
Mas foi. Durante muitos anos.
Até que um dia estes homens decidiram arriscar tudo - vida, liberdade, carreira, saúde, família - em nome de um sonho que, com desvios e loucuras e erros e recuos, ainda é o que hoje nos mantém vivos e actuantes.
Esta é uma dívida que nunca poderemos pagar - nem eles estavam à espera disso.
Mas é muito triste descobrir como as pessoas têm memória curta.
Foi vergonhosa a maneira como a morte de Vítor Alves foi tratada nos meios de comunicação - já para não falar das muitas horas de um velório quase vazio, quando deveria ter estado SEMPRE, em todas as horas, cheio de gente.
Atirada a notícia para o rodapé dos telejornais - que se enchiam do assassínio de Carlos Castro em Nova Iorque, com direito a um rol de jornalistas em directo, e entrevistas a meio mundo.
Reduzida, num jornal dito de referência, no dia a seguir ao enterro, a uma pequena fotografia em que se via a parte de trás do carro funerário e dois homens a ajudar a colocar o retrato junto do caixão - enquanto páginas inteiras continuavam reservadas ao crime passional de Nova Iorque.
Mas Vítor Alves não se meteu em escândalos, não morreu num hotel de luxo em Nova Iorque, não alimentou crónicas cor-de-rosa, nem sequer pertencia ao jet-set.
Pecados por de mais suficientes para o atirar para o limbo dos que não merecem mais do que uma breve evocação. Mas se calhar é aí que ele fica bem - ao lado dos que deram tudo pela pátria, e que a pátria, vergonhosamente, esqueceu."
Subscrevo inteiramente esta opinião, obrigada Alice por escrever o que precisava ser dito. Mas, sobretudo, obrigada a Vítor Alves e aos outros homens corajosos que, como ele, se empenharam pela liberdade e democracia em Portugal.

Imagem da net.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O TURISTA

Conciliando a espionagem com a acção e a comédia romântica, "O Turista" ("The Tourist", no título original) realizado por Florian Henckel von Donnersmarck - que também escreve o argumento em parceria - não tem as características dramáticas que inicialmente lhe pretenderam conferir. OK, há tiros, mortos e perseguições, mas há algum filme de espionagem que os não tenha?
Alexander Pearce, o banqueiro privado de um gangster (Shaw), desaparece misteriosamente com a dinheirama deste, deixando para trás a sua amante Elise. Esta encontra-se em Paris e é vigiada pelos serviços de inspecção de impostos britânicos - pois Pearce também deve 744 milhões de libras de impostos - que acreditam que ela sabe do paradeiro do fugitivo. Ao receber uma missiva do ex-amante, que a convoca para apanhar o comboio para Veneza, ela entra em contacto propositadamente com Frank, um turista americano de estatura semelhante a Pearce, no intuito de despistar os seus perseguidores. Simultaneamente, Shaw, também é informado por um dos seus espiões que o "casal" se dirige a Veneza. E começa a perseguição implacável...
Johnny Depp e Angelina Jolie dão vida às personagens principais no grande ecrã, coadjuvados por Paul Bettany, Timothy Dalton (que nos finais dos anos 80 protagonizou o famoso agente 007), Steven Berkoff e Christian De Sica (o apelido não é coincidência, é mesmo filho de Vittorio), entre outros. Aproveito a oportunidade para avisar as meninas que os gajos vão ficar a babar e não será propriamente pelas magníficas paisagens de Paris ou Veneza... (cóf, cóf)... nunca pensei escrever isto... mas a lambisgóia está super-sexy! O cinema e os seus efeitos especiais, certamente, mas pronto...
O argumento dá várias cambalhotas, algumas sem muito nexo e pouco credíveis, mas o filme dispõe bem. E, no fim de contas, é o que importa! Querem espreitar o trailer? Cá está ele:

UM ÓPTIMO FIM DE SEMANA PARA TODOS!!!

Imagem da net.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ANÚNCIOS ESTRANHOS

"Rapaz de 30 anos, casado, de Setúbal, procura senhora meiga, carinhosa, para um caso amoroso. Sou muito meigo. Fico à espera. Tel: XXX."
Anúncios deste género ainda saem na imprensa portuguesa, mas fico sempre na dúvida se se trata de uma brincadeira (ou vingança?), de uma "prestação de serviços" (do "rapaz" à senhora, note-se!) ou, na remota hipótese de ser apenas um meio de procurar um relacionamento, se alguma mulher lhe responderá...
Nada de confusões, não é uma questão de moralismo pelo facto do "rapaz" afirmar ser casado - o que não faltam por aí são "facadinhas no matrimónio", sem distinção de sexo - mas com esta premeditação? Não havia uma colega, uma vizinha ou qualquer outra fulana vagamente conhecida (mesmo que virtual, tão em voga) que preenchesse os vagos requisitos de carinhosa e meiga? Estranho, no mínimo!
A possibilidade de alguém se querer aproveitar da solidão ou fragilidade alheia também não é de descartar. Não cabe ao jornal ou revista indagar a veracidade do texto, apenas publicar! E como fica a ingénua (só pode) que caia num embuste deste tipo?

Imagem daqui.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CAUSAR EFEITO!


Recebido por e-mail.
(Obrigada, Paulinha!)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PRIVACIDADE, ONDE?

Fotografia de Ian Britton

Todos temos direito à nossa privacidade, certo? Mas convenhamos que nos tempos que correm ela é limitada: são as câmaras de vigilância em vários locais públicos ou privados, as portagens nas auto-estradas (ou os controversos chips),  os movimentos que fazemos no multibanco, os próprios telemóveis e a net, que conseguem identificar a área onde nos encontramos. Tudo em nome da segurança de pessoas e bens!
Recentemente, gerou-se uma nova polémica em torno desse direito à privacidade, consagrado na lei. Segundo parece, à semelhança do que aconteceu noutros países, os EUA pediram que o governo português cedesse os dados individuais que constam no BI dos cidadãos nacionais. Daí até surgir uma página de Facebook, demonstrando a imensa indignação perante a intrusão no nosso direito à privacidade foi um ápice. Da última vez que espreitei já tinha um glorioso séquito de 18.692 seguidores. Hummm... OK, nem é grande coisa, para um país com 10 milhões de portugueses, mas começa-se por algum lado... E os respectivos comentários revelaram-se um autêntico mimo, entre insultos aos actuais governantes e arrogantes declarações de "eu não deixo"!
Certamente que os apoiantes desta causa não vivem no mesmo mundo que eu! Os nossos dados pessoais são constantemente violados, os nossos números de telefone e telemóvel, moradas e endereços de e-mail foram cedidos sabe-se-lá-por-quem a empresas de publicidade, que não se cansam de nos agredir constantemente, tentando impingir-nos produtos ou serviços que não nos interessam e sobre os quais não pedimos qualquer informação. Mesmo se não fosse essa incongruência, se tantos documentos "top secret" americanos foram divulgados pela Wikileaks, que de alguma maneira conseguiu acesso a eles, alguém tem dúvidas que seria bastante mais fácil obter os nossos dados no Arquivo de Identificação? Para já nem falar do cadastro policial, evidentemente. E a ingénua sou eu?!
Assim, para os que desejam uma verdadeira privacidade, resta uma única opção: encontrar uma gruta recôndita e mudar-se para lá com as suas bagagens, sem informar absolutamente ninguém; abandonar carro, telemóvel, computador, todas essas modernices eléctricas e electrónicas e passar uma vida pacata e privada, tal como a dos nossos antepassados da pré-história. Se bem que possa levar uns livrinhos para ler e uma bicicleta para pedalar e assim passar os muitos tempos livres, após a caça, a pesca e a recolha dos frutos nas árvores...

domingo, 9 de janeiro de 2011

QUATRO EM SÉRIE(S)!

A - Angela Lansbury ("Crime, disse ela")
Ambas adivinhadas pela Ematejoca 
Então, assim ao jeito do Rui da Bica e do seu blogue "Coisas da Fonte", hoje é para adivinhar quem são os actores, que entraram em antigas séries televisivas (anos 60/70/80) e qual o respectivo nome destas. Claro que se o Rui vier aqui limpa tudo de uma só penada, já que é perito na matéria, mas até lá têm algumas hipóteses de acertar.

B - Barbara Feldon ("Olho Vivo" - "Get Smart")
Ambas adivinhadas pelo Rui da Bica
Para não ser demasiado fácil, as fotos não correspondem ao "look" que os actores tinham durante as filmagens. Mesmo assim, não estão escondidos atrás de óculos escuros, chapéus ou outros artifícios que lhes escondam as feições, para também não complicar demasiado...

C - Richard Chamberlain ("Dr. Kildare", "Shogun" e "Pássaros Feridos")
Actor e última série adivinhada pela Vani 
Claro que nem todos são apenas conhecidos nos meios televisivos, nem exclusivamente pelas séries que os tornaram famosos, do teatro ao cinema, das passerelles da moda à música, passando pela escrita ou por darem voz aos desenhos animados tudo contribuiu para se tornarem vedetas...

D - Pactrick Duffy ("Dallas" e "O Homem de Atlântida")
Actor adivinhado pela Vani, primeira série pela Parisiense e última série pelo Vício
... de outros tempos, que agora já são "velhotes", mas tanto quanto sei ainda estão todos vivos! E pronto, só vos resta tentar adivinhar... ou não!

Fotografias da net.

REEDIÇÃO A 11 de JANEIRO, com soluções e adivinhadores! :)))

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

AGENDA 2011

A primeira semana do ano está a chegar ao fim e com ela arrumam-se as árvores, presépios, figurinhas e respectivos enfeites, até que lá para Dezembro voltem a sair do armário ou despensa. 
Na agenda começam a ser assentes novas datas - são os aniversários dos amigos, a ida à médica, o Clube de Leitura e outros acontecimentos que não queremos perder. E sim, não prescindo de uma agenda de papel, muito mais fiável que as "modernas" de computador ou telemóvel, que por vezes se "esquecem" de avisar das datas, como era suposto... Chamem-me retrógrada, que não me importo! 
Para os amantes da sétima arte também já está calendarizada a data de entrega dos Globos de Ouro: 16 de Janeiro. Os nomeados já são conhecidos, embora muitos dos filmes ainda não tenham sido exibidos cá no burgo (clicar aqui para ver a lista).
Cerejinha no topo do bolo, também se acabaram as enjoativas músicas natalícias, que causticaram os nossos ouvidos até à exaustão. E por falar em bolo, alguém é servido de uma fatia de bolo-rei? Aproveitem, que este (ou melhor, um seu irmão mais novo ainda por nascer) também só volta lá para o final do ano...

Entretanto, tenham um

FELIZ FIM DE SEMANA!


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

BONECAS DE CARNE E OSSO

Uma amiga minha chamou-me a atenção para um programa televisivo que dá pelo nome de "Toodlers & Tiaras" e que passa num canal americano que nem sabia que existia - Travel & living. Em horário nobre, note-se!
Então o dito programa consiste em concursos de beleza para meninas dos 0 aos 12 anos (sim, leram bem!). Pelo que entendi, existem vários ao nível de cada estado federal ao longo do ano, provavelmente até alguns nacionais. Ao que assisti e que decorreu na Carolina do Norte, a promoção do evento coube a uma empresa de produtos derivados de porco, com a respectiva marca orgulhosamente patente na estatueta de um porco no exterior do edifício. Tudo a ver com concursos de beleza, obviamente!
A curiosidade do programa é a das câmaras televisivas começarem a seguir algumas das concorrentes nos dias anteriores à exibição. E aí as mãezinhas babadas mostram as tiaras e troféus que as filhas já receberam ao longo da sua curta existência, os seus guarda-roupas recheados de vestidos carregados de folhos, brilhantes, lantejoulas e plumas, compridos, curtos ou desportivos, a par dos inúmeros preparativos que fazem a anteceder a apresentação - além do banho de lojas na demanda pelo vestido perfeito, o bronzeamento artificial, o branqueamento dos dentes, o treino a desfilar, sessões de cabeleireiro e maquilhagem, visionamento de outros concursos idênticos. Ou seja, de amador o concurso não tem nada, as concorrentes tornaram-se profissionais, não basta ter uma carinha laroca...
Ah e tal, que devem ser apenas meia dúzia de crianças a andar nessas bolandas? Nada disso, são cerca de 300 mil! Em termos de investimento também não sai barato, uma mãe inclusivamente gabou-se de ter arranjado segundo emprego para o custear - inscrição, vestidos, cabeleireiros, maquilhadores, personal trainers, etc. são caros e bem pagos. E claro que nem todas ganham, lá ficam as crianças no palco com um sorriso amarelo, quando não debulhadas em lágrimas!
Nem é só a imensa futilidade destes concursos que me irrita, nem o desprezo por criaturas que tratam as filhas como autênticas Barbies, quiçá frustradas por não terem brincado com bonecas na própria infância. É essencialmente a diferenciação que fazem na educação dos filhos, inculcando nelas a necessidade de serem lindas e belas a cada momento (mesmo que aparente e artificialmente), e incentivando neles as práticas desportivas... 

Imagem da net.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

GRANDES MOSAICOS!

Saimir Strati  é um pintor e artista albanês que, ao longo dos últimos cinco anos, se tem evidenciado com grandes obras em mosaico de materiais diversificados, que lhe conferiram entrada nas páginas do Guinness Book of Records.  
Se em 2006 reproduziu o auto-retrato de Leonardo da Vinci com pregos (já referi aqui Marcus Levine, que utiliza o mesmo material nos seus mosaicos), no ano seguinte concorreu com este cavalo:


Adivinham de quê? Ná, ou conhecem à partida ou então é pouco provável que acertem: palitos de dentes!

Em 2008, este Romeu em plena serenata foi efectuado com rolhas. Claro que, entretanto já me perdi com o número de pregos, palitos e rolhas necessários para concluir estes mosaicos, mas podem crer que são muitos. Por vezes, até aferidos à tonelada!

Michael Jackson foi realizado com pincéis...

... enquanto a aposta de 2010 recaiu em Homero, desta vez usando parafusos, nesta "moeda de troca" entre artistas. Bom, mas não foram os únicos materiais utilizados, que de cascas de ovos a CDs, de grãos de café a pedaços de espelho ou porcelana, originalidade e criatividade não faltam ao artista. Nem paciência! 
(para os interessados, espreitar aqui!)

Fotografias da net.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

UMA GRANDE MOLHA...

 Fotografia de Ian Britton

... foi a que apanhei no último dia do ano passado! E não, não passei a noite a comemorar ao relento para ver fogos de artifício, que há muito tempo me deixei dessas noitadas rocambolescas.
A historieta é antiga: nos finais de Outubro, numa ida à médica de família, fui atendida por uma assistente que me mandou fazer análises e outros exames de rotina (com umas especificidades quaisquer, que só percebi  posteriormente), marcando ela nova consulta para meados de Novembro, para verificar os resultados. Facto é que não estavam prontos a tempo, telefonei para o Centro de Saúde para justificar à médica a minha falta e remarcar a consulta. A funcionária que me atendeu disse que não conseguia avisar a médica, mas que esta depois via no sistema informático que tinha sido adiada. Pois...
Segundo a referida funcionária, a única marcação possível era na tarde de 31 de Dezembro. Nem antes, nem depois! Não simpatizei com a ideia, insisti um pouco para trocar, mas ela que não, absolutamente impossível. Fazer o quê?
Entretanto, o meu marido também foi à mesma médica e ainda ouviu uma enorme descasca por eu ter faltado à dita consulta. Quer dizer, o tal sistema informático não dá esse tipo de informações automaticamente, também não me parece que ela ou a assistente tenham muita disponibilidade para andar a pesquisar se os pacientes faltosos apenas adiaram a marcação.
Assim, munida dos grandes envelopes que não cabiam na mochila, lá me apresentei dia 31! Com tanto azar, que apanhei uma carga de água pelo caminho (a meu carro está empanado, à espera que o mecânico tenha tempo para resolver o problema), cheguei encharcada ao Centro de Saúde. A surpresa não foi grandiosa, quando descobri que o local estava às moscas e a única funcionária de serviço, nas urgências, me explicava pausadamente que o governo concedeu tolerância de ponto, de modo que teria de voltar noutro dia. Como se eu fosse lerda...
Adivinham quem telefonou logo no dia 1 de manhã, quando ainda estávamos no primeiro ou segundo sono?! Certo! Uma outra funcionária, para remarcar a consulta! Pena que com 24 horas de atraso, porque da molha não me livrei!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SOL DE INVERNO

São muitos dias sem escrever, os dedos ficam parados e entorpecidos em cima das teclas. Ah, sim, os anteriores posts foram escritos com antecedência. À excepção daquele da bloguista e da Ensitel. Por onde começar? Talvez até por aí, porque ao que parece a empresa (que é como quem diz, respectivos dirigentes)  ganhou juízo e retirou o processo contra a bloguista. Mas da enorme publicidade negativa que angariou entretanto não se livra tão depressa. Com o tempo passa, que o povo tem memória curta, o que dificilmente aconteceria se teimasse em processar a mulher: já eram previsíveis bandos de ociosos quezilentos com cartazes à porta do tribunal, a acrescentar mais uns quantos insultos aos muitos já proferidos em todo este caso.
Os múltiplos encontros com familiares e amigos dos últimos dias recordam variadas temáticas de interesse, mas a falta aos treinos da escrita e um cérebro meio a navegar ainda em noitadas e sonos trocados, não ajudam a abordar qualquer um deles com objectividade e clareza. São pontos de vista alheios, que têm o seu valor, mas muitas vezes expressando posições da classe profissional onde cada um se insere. Raramente isentas.
Não vou divagar mais, nem tecer grandiosas intenções! Prefiro ir de vagar, na esperança que os primeiros raios de sol deste Inverno de 2011 me iluminem os pensamentos. A mim e a todos, evidentemente!
Pelo menos, os dedos já começaram a desenferrujar...