Há muito muito tempo, era eu uma criança, li num livro que ninguém devia assinar no final de um papel em branco, pois havia o perigo de alguém acrescentar umas frases no topo, que pareceriam escritas pelo próprio assinante. E que mesmo que este negasse o conteúdo da mensagem, esta seria válida como expressão da sua vontade.
Rapariguinha imaginativa q.b., toca de usar a informação em proveito próprio. E de que maneira? Pois, o alvo teria de ser a minha irmã - mais nova e pouco dada a leituras - e fazer com que ela assinasse uma folha arrancada de um caderno, a qual preencheria posteriormente à minha vontade. Ela, toda satisfeita com o julgava ser um pedido inocente, até treinou a assinatura, antes de a postar lá...
O resto foi fácil, bastou escrever uma declaração deste género: "A partir de hoje e para sempre, passo a limpar a loiça toda do jantar!" Hummm... não estão a ver o alcance da minha brilhante ideia? Passo a explicar: lá em casa, assim que acabávamos de jantar, a minha mãe ia para a cozinha lavar a loiça, para nos chamar pouco depois para a limparmos, que ela não ia em modernices de a deixar a escorrer até ao dia seguinte, a cozinha tinha de ficar num brinquinho; assim, enquanto eu limpava pratos, copos e plásticos, a minha irmã ocupava-se de tachos, panelas e talheres. O que era um grande frete (para ambas, está claro, já que a "fada do lar" encarava a tarefa como obrigação)!
Infelizmente, os meus pais não acolheram bem a legalidade de um documento tão importante para a minha felicidade futura e ainda pregaram dois raspanetes às duas: a mim, por me armar em esperta; à minha irmã, por ser tão totó ingénua...
Imagem da net.
ehehehehe! A chico-espertice sai cara! Pelo menos, com os teus pais, que, e muito bem, não te deixaram pôr o pé em ramo verde!
ResponderEliminardevias ter usado papel timbrado :D
ResponderEliminareheheheheh tadinha da mana, sua chica esperta :p
ResponderEliminarEste post fez-me recuar no tempo e sentir muitas saudades :)))
Tenho duas irmãs, para dizer a verdade tenho três, mas a mais nova era muito pequena na altura dos acontecimentos...também tinhamos tarefas diárias, cada uma fazia uma coisa, uma levantava a loiça da mesa e trazia prá cozinha, a segunda limpava a loiça que a mãe lavava e a terceira arrumava-a nos armários...nenhuma de nós gostávamos do trabalho que nos cabia e achávamos que o da outra era sempre mais fácil, se bem que todas concordávamos que o mais fácil era levantar a mesa porque era a primeira coisa a ser feita, logo ficávamos despachadas mais depressa e não tínhamos que esperar por ninguém...para não haver guerras, foi feita uma lista de tarefas semanal que era rotativa...como um mês tem 4 semanas e nós éramos 3, a última semana era tirada à sorte, fazíamos uns papelinhos onde escrevíamos o trabalho a fazer e depois cada uma tirava um papelinho...papelinhos que eram feitos por nós e onde eu uma vez fiz um pequenino truque para que me calhasse o "levantar a mesa", na minha casa a espertinha era eu e as minhas irmãs as totós, tão totós que acreditavam piamente no que eu dizia e achavam que eu tinha muita sorte eheh...só que a minha mãe, tal como a tua, também sabia tudo e como já me conhecia muito bem, passou ela a fazer os papelinhos e também nos ralhou, a mim por ter a mania que era esperta, a elas por serem totós ehehe
Mães iguais, filhas iguais, tarefas parecidas e a mesma "chicaespertice" :p
Giro é que ainda hoje quando estamos juntas, e já todas com idade para terem juízo, ainda perguntamos em que semana do mê estamos eheheh
Beijinho :)
*txiii que testamento, ainda bem que não assinei por baixo, não fosses tu acrescentar mais qualquer coisa (assobiando)
Fuiiiiiiiiiiiiiii...
ahahahahhah. a totosice é só uma das faces de uma moeda. a outra é a xico-espertice. bem feito. eheheheheheh
ResponderEliminarSe fosse a tua mãe até achava piada ter uma filha tão esperta e, desculpava a burrice da mais nova.
ResponderEliminarComo nunca tive irmãs (nem irmãos) como também nunca precisei de fazer qualquer tarefa doméstica em casa dos meus pais; (razão porque ainda hoje sou a pior dona-de-casa do mundo ou pelo menos da Alemanha), por isso não sei se teria a tua esperteza, sei sim, que odeio as lidas domésticas, e nos dias de hoje é impossível ter uma empregada como a minha mãe tinha, mas felizmente há máquinas para quase tudo... e já agora vou arrumar a minha máquina de lavar pratos.
Ehehe Tenho uma parecida com os meus irmãos. O final também deu castigo para os três. ;) Artimanhas de crianças. Eheheh
ResponderEliminarBeijinhos
Ah, afinal também tens uma costela de Zé do Cão!
ResponderEliminarTás perdoada!
Se não tivesse havido esse pequeno quid pro quo, o que terias hoje para contar?
Beijinho Tété
A chico-espertice raramente compensa, ANA! :))
ResponderEliminarNão tinha folha de 35 linhas ali à mão, VÍCIO! =))
ResponderEliminarEheheh, afinal não fui a única chica-esperta, MARIA, havia outras que tais... e manas crédulas também! :)))
ResponderEliminarAs mães (e pais), obviamente, tinham propensão para desconfiar de "sortes" dessas... Sabe-se lá porquê! A minha mãe costumava dizer que tinha um dedo que adivinhava e ambas acreditávamos nisso! Pudera, quando andávamos à asneirar estávamos as duas caladinhas que nem ratos, quando não a algazarra era uma constante... =))
Beijocas!
ps - fiquei com a ideia que tinhas uma mana com o mesmo nome da minha. Será? :D
Para dizer a verdade, MOYLITO, não vejo grande diferença entre a totosice e o chico-espertismo, sendo que estes últimos costumam ter mais a mania e, consequentemente, atraírem menos simpatias... :))
ResponderEliminarVale que foi só uma fase passageira, a mania que era esperta passou-me com a idade! :D
Lá em casa a situação era muito clara, EMATEJOCA - os meus pais é que mandavam, não havia esperteza saloia ou credulidade que nos safasse! :D
ResponderEliminarA minha mãe também tinha ajuda doméstica, mas só durante o dia! Daí a questão só se pôr ao jantar... :)
E és só tu que odeias as lides domèsticas?! Nananinaná! Pessoalmente só gosto de cozinhar... tudo o resto é uma grandiosa seca! ;)
E quem nunca foi criança e não arranjou artimanhas destas, que atire a primeira pedra, TONS DE AZUL! :D
ResponderEliminarBeijocas!
Uma costela pequenina, sim, KIM, mas quem nunca teve?! :D
ResponderEliminarE histórias para contar há sempre, quando se está atento, haja disposição para as escrever!
Beijocas!
Eu fui uma menina bem comportadinha. Apenas contava aos meus pais – sem muitas delongas – as traquinices do meu irmão! : )
ResponderEliminarVês porque disse "mães iguais, filhas iguais"?
ResponderEliminarE nem me lembrei dessa do dedo que adivinha, a minha mãe também tinha um...muito espertinhas as mães ehehe
Tenho mesmo uma mana com o nome da tua...e não só Teté, também há alguém que tem o teu nome (assobiando)
Muito engraçada a coincidência :))
Beijinho :)
Cá para mim devias ter ido ver um advogado e alegar que o documento era válido :P
ResponderEliminarComo não tenho irmãos foi o primo mais novo (que sempre conviveu muito de perto comigo) que se sujeitou a tentativas (parecidas) de escravidão ehehe
Algumas até resultaram lol
Eheheh, CATARINA, nós aí éramos muito solidárias: se alguma fazia asneira, não contávamos nada aos nossos pais! A não ser que a "guerra" fosse uma contra a outra, está claro... :))
ResponderEliminarPois, pelo menos há uma enorme coincidência, MARIA, entre as nossas mães: o gosto pelos mesmos nomes!!! =))
ResponderEliminarE de dedos que adivinham... :D
Beijocas!
ps - tinha-me parecido, devido a um comentário teu no blogue do Rui... ;)
Um primo escravo também servia, FAUSTO, desde que também limpasse a loiça... :))
ResponderEliminarMas todos tivemos fases dessas, creio! :)