190 páginas que começam numa prosa claramente poética, capítulos curtos, Lisboa, Nova Iorque, Oceano Atlântico e lugares estranhos, como Sueson Birea ou Eusaor Bines, por exemplo, onde as personagens se movimentam no seu dia a dia. Tudo indica que a leitura será fácil e aprazível...
Depois a interrogação expressa na contracapa: "Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de Nova Iorque a um rapaz misantropo que chega a Lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem?"
As suspeitas que Nuno Camarneiro não envereda pelo romance tradicional avolumam-se, a determinado momento transcritas a preto no branco da página: "Numa boa história há objectivos, tramas e evolução, enquanto deste lado do papel tudo são incertezas e tropeços." Mas porque é que temos a vaga sensação de conhecermos Fernando e Jorge, ainda jovens personagens no dealbar no século XX, nomeadamente sendo espetadores do pânico gerado nas populações - quando o cometa Halley se avistou nos céus da Terra, em 1910 - crédulas que seria o fim do mundo? Ah, à medida que a leitura evolui, descobre-se o "mistério": há poetas escondidos nas entrelinhas e anagramas por decifrar!
Claro que a terceira personagem (Karl) nunca descobriria, sem uma breve pesquisa na net. Gostei. O que lhe falta em enredo de romance, sobra-lhe em estética de escrita! Imagino que os amantes de poesia vão adorar...
BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!
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Terminam hoje:1 - o prazo de votação no 1º concurso de escrita do Quiproquó, mas ainda podem votar neste link;
2 - o prazo de votação na 2ª fase do concurso do blogue "Aventar", onde o Rafeiro Perfumado é um dos finalistas na categoria de "Humor", para os mais distraídos...;
3 - pedinchices!
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Hummm, parece interessante, mas aqui está um livro que o mais certo era ler o título e seguir em frente...
ResponderEliminarSobre as receitas de ontem, fiquei triste por não me fazeres um sapinho, mas pronto...para compensar o jornal correio da manhã vai dar a partir de amanhã livros de receitas económicas...a publicidade tem um fiambre (cor de rosa) em forma de porquinho mealheiro, a dormir em cima de uma salada...uma fofura eheheh
Beijinho e bom fim de semana :)
(sem falar do livro porque leitura não é o meu forte) achei curioso o nome do autor porque na terra natal da minha mãe havia lá uma família com esse apelido e é pouco vulgar...
ResponderEliminarnão sei se ele é de lá mas que nasceu a menos de 20 kms...
gostei do "terminam hoje... pedinchices."
ResponderEliminarahahahah, very nice :)
gostei da descrição deste livro e vou mantê-lo no meu radar. comecei entretanto o V, de Thomas Pynchon, e também, para já, não encaixa no perfil de um romance tradicional. vamos ver se é para manter :)
Bom fim de semana e boas leituras.
ResponderEliminarOlha para já, gostei imenso da capa! Se mete prosa poética é meio caminho para gostar ainda mais. :) E o título é tão engraçado!
ResponderEliminarAgora comecei a ler Toni Morrison, "Be Loved"
Beijinhos e bom fim de semana
Só agora reparei que terminam hoje as pedinchises...óhhhhhhhh, quer dizer que já não posso pedir-te nada? Nadinha? ok... :(
ResponderEliminarBeijinho :)
Eu achei o título tão bonitinho, MARIA! Mas para quem gosta de um bom romance, este livro é capaz de ser um bocado desilusão... ;)
ResponderEliminarNão sei fazer sapinhos... com muita pena minha! :))
As pedinchices que acabaram ontem, foram as minhas! Tu podes pedir tudo o que quiseres! Não é garantido que obtenhas, mas não custa tentar... ~xf (assobiando)
Beijocas!
É, li algures que Nuno Camarneiro nasceu na Figueira da Foz, VÍCIO, não sei se exatamente na cidade se no distrito... :)
ResponderEliminarPois, eu sou um bocado "velha guarda", MOYLITO, gosto de um romance com tudo lá dentro... :)
ResponderEliminarGostei, mas gostaria mais ainda se tivesse um enredo bem estruturado ou tradicional, se preferires! :D
Boas leituras para ti também, CATARINA! :)
ResponderEliminarTambém gostei do título, TONS DE AZUL, só por si já poético... :)
ResponderEliminarEntão fico a aguardar a tua opinião sobre esse livro de que nunca ouvi falar. Quero ver se agora me "atiro" à cotovia, finalmente! :D
Beijocas!
Afinal, Teté, não era discriminação, era sim, uma virose!!!
ResponderEliminarFiquei tão entusiasmada com o que tu dizes sobre este livro que vou pedir que mo mandem do Porto e, o título também me enche as medidas.
Acabei agora de ler os comentários e, as palavras de TONS DE AZUL e de MOYLE podiam ser minhas.
Li Thomas Pynchon durante a minha estadia na Uni Düsseldorf.
Da Toni Morrison (vou escrever sobre ela um post em Fevereiro) também li alguma coisa, mas não, "Be Loved".
Bom fim-de-semana também para ti, o meu vai ser muito agitado.
Achei o livro bastante interessante, principalmente porque me interesso por poesia e combinar esses dois géneros é quase o Paraíso na Terra. Talvez faça umas comprinhas literárias mais cedo!
ResponderEliminarBeijinhos -^^-
Patrícia
Já percebi que sim, que era uma "virose", EMATEJOCA, mas a mim não me "atacou", sempre entrei, comentei e saí sem problemas! :)
ResponderEliminarNunca li nada desses dois autores, fico a aguardar que tu e a Tons de azul deem a vossa opinião... :D
Depois diz-me se gostaste do livro de Camarneiro! ;)
Boa agitação por aí!
Tem pouco de romance no meu entender, PATRÍCIA, mas prosa poética não lhe falta... :)
ResponderEliminarBeijocas!
Xi vais adorar a cotovia, Teté! É que nem tenho dúvida alguma. ;)
ResponderEliminarQuanto a este estou literalmente a devorá-lo. :)
Também tenho quase a certeza que sim, TONS DE AZUL, mesmo com tão altas expetativas... :))
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