Entrei calma no hospital, acompanhada pelo maridão. Pouco passava do meio-dia e sabia para o que ia: por mais bem instalado que estivesse, estava na hora do bebé nascer. Atrasado, por sinal!
Quando já nos encaminhávamos para o piso indicado, disseram-nos que teria de ir sozinha, para entregar brincos, aliança, fios, tudo o que tivesse comigo ao acompanhante, excepto a roupa que tinha no corpo. Aí, comovi-me e esmoreci um pouco. Mas o caminho só tinha uma saída...
Longas horas de espera, com visitinhas curtas da cara-metade pelo meio (que me trouxe um livro para ler, entretanto) e as das médicas - que essas sim, pareciam-me longas, longas demais, apalpada de todas as maneiras e feitios, a parte mais dolorosa da história. O método parecia não estar a resultar, eu lia e ria, mas não dormia. Uma dorzita de vez em quando, puf, puf, puf, e continuava a ler. "Traga uma muda de roupa para ela amanhã cedo, que ainda não vai ser desta!" ouvi dizer ao maridão. A única outra parturiente que passou por aquele quarto, com o apoio de uma familiar enfermeira, em menos de duas horas entrou na sala de parto. Lá para as 5 da matina decidiram que afinal o rapaz podia nascer, a má ideia foi colocarem um calmante no soro, para eu descansar!
Abreviando: quando entrei na sala de parto, em pânico, a pensar "porque é que me meti neste filme?", assim que me deixaram sossegada uns minutos, durante os preparativos, adormeci! E acordarem-me?! Poupo-vos aos pormenores dos forcéps e de tudo o resto! Nasceu às 9h20m!
Quando já nos encaminhávamos para o piso indicado, disseram-nos que teria de ir sozinha, para entregar brincos, aliança, fios, tudo o que tivesse comigo ao acompanhante, excepto a roupa que tinha no corpo. Aí, comovi-me e esmoreci um pouco. Mas o caminho só tinha uma saída...
Longas horas de espera, com visitinhas curtas da cara-metade pelo meio (que me trouxe um livro para ler, entretanto) e as das médicas - que essas sim, pareciam-me longas, longas demais, apalpada de todas as maneiras e feitios, a parte mais dolorosa da história. O método parecia não estar a resultar, eu lia e ria, mas não dormia. Uma dorzita de vez em quando, puf, puf, puf, e continuava a ler. "Traga uma muda de roupa para ela amanhã cedo, que ainda não vai ser desta!" ouvi dizer ao maridão. A única outra parturiente que passou por aquele quarto, com o apoio de uma familiar enfermeira, em menos de duas horas entrou na sala de parto. Lá para as 5 da matina decidiram que afinal o rapaz podia nascer, a má ideia foi colocarem um calmante no soro, para eu descansar!
Abreviando: quando entrei na sala de parto, em pânico, a pensar "porque é que me meti neste filme?", assim que me deixaram sossegada uns minutos, durante os preparativos, adormeci! E acordarem-me?! Poupo-vos aos pormenores dos forcéps e de tudo o resto! Nasceu às 9h20m!
O sono foi adiado para a noite, que ele chorava e chorava e eu falava com ele nos meus braços, tentando acalmá-lo. Não lhe contei os dedinhos, nem nada dessas coisas. Falei, falei muito, nem me lembro sobre quê. Estava deitada numa marquesa no corredor de um hospital, mas não importava nada. E aí, inesperadamente, ouvi a voz da minha mãe. Não, não foi uma voz do além, ela conseguiu ultrapassar todas as "barreiras" (leia-se seguranças e afins) até nos encontrar no
tal corredor, num hospital enorme! O choro e os soluços do bebé foram acalmando e foi assim, sossegado, que o pai o conheceu...
tal corredor, num hospital enorme! O choro e os soluços do bebé foram acalmando e foi assim, sossegado, que o pai o conheceu...
Faz hoje 17 anos!
PARABÉNS, meu querido!
PARABÉNS, meu querido!
O livro intitulava-se "Adrian Mole na crise da adolescência", de Sue Townsend.
ResponderEliminarDescobri que nunca o acabei de ler, mesmo que a cerca de 30 páginas do fim... :)
Que bonito! Não sei se quero ser, se puder ser protagonista, que não, bebe ou MAI nesta formosa historia... Um dia qualquer conto a minha experiencia desde "o outro lado". Um beijo e parabens
ResponderEliminarParabéns Teté, mãe babada, e feliz aniversário do rapaz! Manda-lhe um abraço do Pre, realmente um amigo virtual.
ResponderEliminarParabens á mamã e ao rebento......são momentos que nunca esquecemos.
ResponderEliminarBeijokitas aos dois.
feliz dia da mãe [esquecemo-nos disso frequentemente mas, na realidade, é todos os dias] :)
ResponderEliminarTu foste ler esse livro antes do parto? Ahahahahahahaha
ResponderEliminarBonita história parabéns ao gaiato e à mãe, é que quando a criança faz anos as pessoas esquecem-se de que a mãe também está de parabéns, muitas vezes até os aniversariantes se esquecem disso :)
17 anos?
ResponderEliminarE ele lê o "blog" desta idosa autora?
:D
Parabéns a ambos!
Bj.
és mesmo viciada pela leitura! :)
ResponderEliminarparabens a vocês!
Parabéns ao filhote,mas dia igualmente importante para a mãe e para o maridão.
ResponderEliminarNão consigo tratar a minha partner por...maridinha.
Felicidades.
Cara teté,
ResponderEliminarMuitos parabéns pelo teu rebento e ao teu rebento!
De facto quando temos um filho o mundo pára não é?
E nesse momento iniciamos a maior aventura da nossa vida :)
Beijinho aos 2 :)
Oh pah, parabéns ao rapagão!!! :)))) e à mãe dele, já agorinha. :)
ResponderEliminarbeijinhos
Lido. Parabens ao teu rapagão e a vocês pais babados.
ResponderEliminarBeijinhos
Parabéns à mamã e ao filhote.
ResponderEliminarSão momentos felizes, que nunca esquecemos... e mesmo para mamãs como eu, que dispensava ter rebentos, estive mais eufórica do que quando recebi todos os meus diplomas.
Beijocas aos dois nesta data feliz!
Primeiro: Parabéns!!
ResponderEliminarAs histórias dos nascimento dos nossos filhos nunca são esquecidas e é um momento lindíssimo quando finalmente nos põem nos braços.
(sim, poder-te tem o tal tracinho lol)
Tão lindo, tão lindoooo, é memsoa ssim..porque te meteste naquele filme? ahhh, essa é boa, o que me ri...todas nos metemos mas sair dele já não sabemos assim tanto...Ser mãe, é belo, é doloroso, mas que importa se depois temos aquele sorriso lindo e os amamos tanto...Que a vida te sorria a ti e a ele sempre...beijinhos.
ResponderEliminarAcho que já disse mas repito aqui, o poder de ser mãe será talvez a única coisa que invejo em vós mulheres.
ResponderEliminarFicam os meus parabéns a ti mãe e ao filho, que possam festejar juntos este dia por muitos e bons anos!
Beijinhos,
FATifer
O "outro lado" também tem o que se lhe diga, CONDADO! ;)
ResponderEliminarObrigada e beijoca!
Acho que nunca fiquei tão babada na vida, PREDATADO! :)
Obrigada!
Ah, não, PARISIENSE, não dá para esquecer!!! :)))
Obrigada e beijokitas para ti, nina!
Da mãe, do filho, do pai, dos avós, etc. e tal, MOYLITO! :)
Sempre foi melhor ler do que "andar" ali à espera das ditas contracções, BRUNO! :D
ResponderEliminarE ainda deu para rir... :)))
Não costuma ler, REI! :D
(mas hoje até leu, que é um "cusca" de primeira apanha...)
E sim, bem notei que me estavas a chamar "cota", de caminho! :)))
Beijoca!
Yaps! Mas não tenho vergonha nenhuma disso, VÍCIO! :)))
Gracias!
Maridinha soa mal mesmo, CARLOS! :) Dependendo do contexto, partner, parceira, companheira ou até mulher(zinha) nem cai mal!
Obrigada e felicidades para ti também!
Nada me fez tão feliz na vida, KA! Quando o tive nos braços e vi a minha mãe aparecer no tal corredor. Nada de confusões com o antes e o durante... :)
ResponderEliminarQuanto ao depois, dá um livro!
Beijinhos e obrigada!
Rapagão mesmo, VANI, que já está mais alto que nós! :)))
Beijinhos!
Obrigada, JC! Estávamos os dois babados mesmo! (mas actualmente não deixamos de lhe "puxar as orelhas", quando achamos necessário)
Beijinhos!
É, não é, EMATEJOCA? Não há canudo que se compare...
Mas também te digo: durante um tempo via uma mulher grávida na rua e pensava "coitada, não sabe para o que vai!"
Beijocas e obrigada!
Também achei o melhor momento da minha vida, TERESA DURÂES! :)
ResponderEliminarObrigada!
(sei que tem, mas também sei que de passagem pode escapar...)
E não pensaste o mesmo, pelo menos na primeira vez, LAURINHA? Não estavas em pânico? Não tenho vergonha nenhuma de dizer que estava!
Compensou, sim! E já assim latagão, ainda lhe vou dando na "tola", para ir limando umas arestas... por amor (e futuro benefício dele, ao longo da vida)! :)))
Beijocas, nina!
Olha que inveja feia, FATIFER! O pai também ficou comovido por o ter nos braços (em segundo lugar, mas pronto), também ficou ansioso, mas não teve aquela ansiedade toda no antes e durante de entranhas em plena revolução (para já não falar da apalpação).
Por acaso, até hoje, só ouvi outro homem a exteriorizar um pensamento idêntico. Desconfio que a maioria passava sem filhos, se fossem eles a parir... :)
Obrigada e beijinhos para ti!
Teté que lindo, fiquei emocionada porque contaste esta tua vivência de uma forma tão leve, mas a sentir-se nas entrelinhas a tua emoção. Foi lindissimo ler este texto.
ResponderEliminarNão tenho filhos, mas já vi alguns nascimentos e choro sempre porque imagino quanta comoção uma mãe deve sentir.
Muitos Parabéns aos dois, Mãe e Filho:)
Beijinhos
Isabel
E ao Pai também, eles coitados ficam sempre de fora, mas tenho a certeza de que deve ser para eles um momento de muita aflição, desajeitados como são.
ResponderEliminarOutro beijinho
Aqui só para nós, ISABEL, também me comovi um pouco ao relembrar e escrever... :)
ResponderEliminarA comoção é grande para todos, mas nunca assisti (mesmo só como espectadora) a outro nascimento!
E o pai parece-me sempre a pessoa mais desnecessária numa sala de parto, o maridão concordou logo à partida. Quem sabe se não desmaiava pelo meio e ainda ia atrapalhar mais? Podia era ter feito companhia durante o tempo de espera, mas as regras hospitalares (públicas) não deixaram...
Obrigada e beijinhos para ti!
Muitos parabéns, mesmo que atrasados...que espectáculo de mãe. Que momento incrível de se ler...e de recordar está-se mesmo a ver! ;)
ResponderEliminarObrigada, SU!
ResponderEliminarMas há momentos que é mesmo impossível esquecer... :)
Parabéns aos dois!
ResponderEliminar(mais vale tarde que nunca ehehehe sorry)
A parte que eu mais gostei foi do livro.. estou a imaginar alguém a ler no intervalo das contracções!tsss
E fizeste-me lembrar do nascimento do meu filho! São momentos únicos.. para sempre, Nossos! :)
Beijocaa e mais uma vez, Parabéns!
Por melhor que seja o livro, nenhum capítulo é tão bonito quanto este que descreveu.
ResponderEliminarVida longa ao rapaz!
Um beijo!
Obrigada, TÁ-SE BEM!!
ResponderEliminarQuase não tinha contracções, daí a ideia de me recambiarem para casa no dia seguinte... e ter aproveitado para ler, no entretanto! :D
Mas são momentos únicos, mesmo!
Beijocas!
O livro é bastante mais divertido, OLIVER!
Valeu que esqueci de tudo no momento que o tive nos braços: do local, das horas, das dores, do esforço e até do sono! :D
Beijo!
ouço dizer que quando se pega na criança se sente um amor avassalador e que tudo muda a partir daí. Fiquei a pensar nisto ao ver a tua escolha musical. A mim aterroriza-me e atrai-me essa responsabilidade enorme que é criar um filho. mantê-lo seguro, quando é pequenino, é relativamente fácil~, imagino. Falo é do terror que me causaria a impotência se lhe acontecesse alguma coisa que eu não controlasse.
ResponderEliminarEnfim, não é hora para reflexões profundas (e parvas)´. Ainda vou a tempo para parabenizar ambos?
Grande beijinho
É uma emoção avassaladora, sim, SAFIRA!
ResponderEliminarA selecção musical é apenas por ser uma música que ele gosta (cantada pelo Dylan, mas pronto). A grande mudança, só se for na preocupação constante que se tem com o crianço daí para a frente e no imenso trabalho que se tem com ele(s). Quer dizer, para os pais/mães que se ralam... que há sempre uns líricos que mitificam um bocado!
Claro que ainda chegas muito a tempo!
Obrigada e beijocas!