Alice Vieira apresentou o seu último livro - "Meia Hora Para Mudar a Minha Vida" - na segunda feira passada, pelas 18 horas e 30 minutos, na Academia de Santo Amaro.
A escolha do local relaciona-se com o tema do livro: o teatro de amadores, expressão que a autora prefere a teatro amador, pois designa todos aqueles que amam o Teatro. A ponto de, com muito sacrifício e empenho, depois de um dia de trabalho "lá fora" ainda subirem ao palco à noite, para encarnar outras personagens...
A escolha do local relaciona-se com o tema do livro: o teatro de amadores, expressão que a autora prefere a teatro amador, pois designa todos aqueles que amam o Teatro. A ponto de, com muito sacrifício e empenho, depois de um dia de trabalho "lá fora" ainda subirem ao palco à noite, para encarnar outras personagens...
Mas não só, porque como o próprio editor notou nas palavras escritas, há uma clara alusão àquela Academia:
"A casa ficava no meio de um bairro popular da cidade, no alto de uma colina, mesmo ao lado de um miradouro onde se dizia que, em tempos muito antigos, as mulheres iam dizer adeus aos marinheiros que partiam para as descobertas - e esperar por eles no regresso.
Via-se o Tejo ao fundo e, desde o primeiro espectáculo, a casa caiu nas boas graças da vizinhança, que, a partir daí, sempre se encarregou de encher a sala."
A apresentação propriamente dita ficou a cargo de Virgílio Castelo, que em meia dúzia de palavras, quase poéticas, explanou a convicção inexplicável dos actores, que entre alegrias, angústias e incertezas entendem que, a cada momento, "aconteça o que acontecer, nascemos para isto". Onde acrescentou que "viver na memória dos outros é o único paraíso a que os actores têm acesso".
"A casa ficava no meio de um bairro popular da cidade, no alto de uma colina, mesmo ao lado de um miradouro onde se dizia que, em tempos muito antigos, as mulheres iam dizer adeus aos marinheiros que partiam para as descobertas - e esperar por eles no regresso.
Via-se o Tejo ao fundo e, desde o primeiro espectáculo, a casa caiu nas boas graças da vizinhança, que, a partir daí, sempre se encarregou de encher a sala."
A apresentação propriamente dita ficou a cargo de Virgílio Castelo, que em meia dúzia de palavras, quase poéticas, explanou a convicção inexplicável dos actores, que entre alegrias, angústias e incertezas entendem que, a cada momento, "aconteça o que acontecer, nascemos para isto". Onde acrescentou que "viver na memória dos outros é o único paraíso a que os actores têm acesso".
Sobre o livro, esclareceu: "Se em vez de nome próprio todos tivéssemos alcunhas como as personagens da Alice Vieira, pedidas por empréstimo a Gil Vicente, talvez a organização do mundo desse menos trabalho: ninguém poderia representar um papel que não fosse aquele para o qual tivesse nascido. Não teríamos erros de casting, como tantas vezes nos queixamos, na política, na sociedade, nas empresas, nas instituições, etc."
Não, não foi erro de casting, que ele desempenhou lindamente o seu papel! Pena não lhe ter tirado uma fotografia de jeito, que as da plateia para o palco saíram... impróprias para consumo... (para dizer o mínimo!) As minimamente aceitáveis foram tiradas momentos antes do início do lançamento, no pátio da Academia, enquanto a escritora convivia alegremente com alguns amigos e familiares.
Voltarei a escrever sobre o livro, depois de o ler...
Post-scriptum - na primeira fotografia com Manuel Luís Goucha e Victor de Sousa, na segunda com a filha, Catarina Fonseca.
Não, não foi erro de casting, que ele desempenhou lindamente o seu papel! Pena não lhe ter tirado uma fotografia de jeito, que as da plateia para o palco saíram... impróprias para consumo... (para dizer o mínimo!) As minimamente aceitáveis foram tiradas momentos antes do início do lançamento, no pátio da Academia, enquanto a escritora convivia alegremente com alguns amigos e familiares.
Voltarei a escrever sobre o livro, depois de o ler...
Post-scriptum - na primeira fotografia com Manuel Luís Goucha e Victor de Sousa, na segunda com a filha, Catarina Fonseca.
Esse é um dos motivos da cultura e da mentalidade barrocas: o mundo é um teatro. curiosamente, nunca nos desligámos completamente dessa mundivisão.
ResponderEliminarainda bem que puseste legendas nas imagens porque estava mesmo para perguntar quem eram aquelas duas que a ladeavam na primeira foto :)
(eu disse que estava tudo bem com o moço;))
Ainda não li nada da Alice Vieira. Não tenho perdão, eu sei. :-W
ResponderEliminarEu lembro-me do 'Rosa, minha irmã Rosa' com difusa mas saudosa memória. Depois disso não tenho acompanhado o percurso, mas parece-me um bom tema para um livro. O título é apelativo, e fiquei com curiosidade. Vou esperar pela crítica literária, no sítio do costume ;)
ResponderEliminarBeijocas
não concordo com o "ter alcunhas"! é possível que haja erros de casting mas é porque existe opção de escolha e isso não torna o ser humano num objecto com tarefas pré-definidas...
ResponderEliminar(a filha da Alice está crescida :D)
:) :) :) lindonas! :)
ResponderEliminarum dia vou a correr à livraria: hoje é o dia! LOL
beijinho, tété!!!
Como me parece ser bem interessante. Sempre gostei de ler e acredito que não me arrependerei de adquirir este. Também procuro quando trabalhar na minha área poder dizer que foi para aquilo que nasci. Neste momento tenho algumas reticencias mas acho que é normal. E a Lisbeth como vai?
ResponderEliminarBeijos
E não é um Teatro, MOYLITO?! Desculpa se a minha mundivisão está em sintonia com a do Virgílio (o actor, não o outro...) :))
ResponderEliminarE sim, já me tinhas dito que estava tudo bem com o moço, mas nos entrementes e sem notícias, só nos lembramos de filmes negros! ;x
Hummm... e escolhes os amigos por serem todos muito machos e viris?! :p
Oh, SUN, não há que equivocar: ela escreve essencialmente livros infantis e juvenis e começou a escrever há 30 anos, numa época em que tu e eu já procurávamos outro tipo de literatura... :)
Portanto, não é para admirar! Já li alguns, fora d'época, mas este não é propriamente para crianças e o tema pareceu-me interessante (tem outros, individuais ou em parceria, que também fogem desse público). Destes últimos, gostei de todos! :D
SAFIRITA, a "crítica" literária sairá assim que possível, que ainda ando às voltas com a Lisbeth 2, nem tenho conseguido adiantar muito... Há aquela vida "lá fora", como bem sabes... ;)
Beijocas!
Não me parece que a intenção do Virgílio (Castelo, não o outro) fosse rotular o pessoal, VÍCIO. Mas lá que há muitos erros de 'casting', pois... :p
ResponderEliminarEstá crescidinha, está! =))
Bem me parecia que ias gostar, VANI!!! :) :) :)
E a Feira do Livro de Lisboa já está anunciada para dia 29 deste mês (até 16 de Maio, salvo erro, não queres dar cá um salto?) Elas vão lá estar... :D
Ui, PSIMENTO, a Lisbeth anda um bocado paradinha, mas será a próxima "crítica" a sair aqui. Talvez leia este no intervalo para o terceiro, que espero encontrar já na Feira do Livro de Lisboa... :))
Nunca li nada da Alice Vieira, excepto algumas crónicas na ACTIVA, que costumo ler quando estou no Porto.
ResponderEliminarO Diogo é que tem todos os livros infantis dela - espero não estar a confundi-la com outra autora - mas ela escreve também livros infantis, não é verdade?
Também não sabia, que a Catarina Fonseca era filha dela -pensei sim, que ela era uma solteirona.
Bem, pode-se ser solteira e ter uma data de filhos!!!
E agora vou até à pata...
ahahahahah. eu não escolho os amigos, eles é que se dignam aceitar-me como tal:)
ResponderEliminar[estava com algum receio que a piadola passasse por gralha :)]
É, EMATEJOCA, a maioria dos livros da Alice Vieira são para um público infantil e juvenil. Com excepções, como me parece ser o caso deste, embora também possa ser lido por jovens, logicamente.
ResponderEliminarA Catarina é filha dela sim (há cerca de 40 anos), o apelido herdou do pai... :))
Sei que não costumas ter gralhas nos teus textos ou comentários, MOYLITO, mas uma coisa são anedotas sobre gays, loiras, padres ou afins (algumas têm piada, outras nem por isso), outra é achar que os amigos só podem ter barba rija e ser machões... :p
Mas concordo que a amizade é um sentimento bilateral, embora não me pareça ter nada a ver com as preferências sexuais, religiosas, políticas, etc. e tal de cada um... :D