Uma noite destas fui jantar a um restaurante nepalês, no aniversário de uma amiga. Fui de boleia com outra e fomos das últimas a chegar. Pouco depois chegou outro retardatário, ficámos a um canto da mesa. Já as chamuças estavam a acabar e os restantes convivas tinham feito os seus pedidos. Sem problema!
Como não conheço a cozinha nepalesa e de caril não gosto nem do cheiro, lá escolhi um prato de frango grelhado com arroz e legumes. Não será a melhor opção para quem queira realmente experimentar a gastronomia do Nepal, mas para quem apenas pretende não passar uma barrigada de fome, era mais seguro.
Entretanto, começaram a chegar os pratos dos outros e nós, ignorantes dos sabores locais, lá íamos perguntando no que é que consistiam. Um esclareceu:: "Este é frango inglês!" Na verdade parecia frango, só que de uma cor rosada inusitada. Ao verificar a nossa curiosidade, ele explicou que aquele frango era exposto ao Sol durante três dias e que só depois era cozinhado, daí aquela tonalidade rosada. O três a acenar com a cabeça, com aquele ar entendido de quem percebeu tudo e já aprendeu qualquer coisinha com aquela novidade.
Mas, ao constatar tanta credulidade, o fulano... desmanchou-se:
- Olhem lá, só estou a brincar! É frango grelhado, não faço a menor ideia porque é cor-de-rosa!
Enfim, foi uma barrigada de riso, que para não parecermos tão totós assim, lá vieram à baila o café feito a partir de caganitas de animal, ou os ovos que são enterrados até apodrecer e cozer, servidos posteriormente como grande prato gastronómico (e não, não é para tentar no próprio quintal, que essa "cozedura" tem segredos ainda não revelados!) e mais umas coisinhas, que calharam em conversa. Mas que foi a melhor peta que me pregaram nos últimos anos (e caio em quase todas), não me restam dúvidas...
ps - o frango inglês, a.k.a. frango grelhado, estava bom e o arroz idem!
confirmaste pelo sotaque do frango que ele era mesmo inglês?
ResponderEliminarEsse jantar não foi, por acaso, no dia 1 de abril?
ResponderEliminarBjs
O Empregado tinha sentido de humor:)
ResponderEliminarEspada querida
ResponderEliminarLol!!, ainda bem que era a brincar, porque se fosse verdade que punham o frango ao sol durante 3 dias para ganhar essa cor, eu fugia a 7 pés desse restaurante, lol!!!
ResponderEliminarBeijos:)
Não ficaste com medo depois de ele ter dito que o frango tinha estado ao sol durante três dias?
ResponderEliminareheheh
ResponderEliminarEu também caio que nem uma patinha em tudo o que me dizem, pelo menos em restaurantes onde não conheço a maioria dos pratos, e também tenho um engraçadinho assim...por vezes duvido, mas como ele conhece tudo e mais alguma coisa...
Ah, e também odeio caril...nunca experimentei, mas só o cheiro...bilherkeee
A primeira vez que comi sushi não gostei, mas como o restaurante tinha uns pratinhos para crianças, acabei a comer um bitoque eheheh
Comeste o frango inglês depois de ter estado 3 dias ao sol??? txiiii :p
Beijinho :)
Eu cá acho que não era mentira. O frango esteve a bronzear-se três dias, a gozar as últimas horas de vida ,Teté :)
ResponderEliminarrrsss Eu geralmente nem pergunto para não me assustar
ResponderEliminarUm abraço
E no entanto já vi qualquer coisa sobre isso: de um faisão pendurado durante dias e depois ser cozinhado.
ResponderEliminarNão me recordo onde era, nem se era na Ásia; mas tenho a certeza que é verdade (que vi)!
Caril? GOSTO!!! E faço-o, de lamber os beiços...
Sushi nunca tentei, nem tenho ideia de o fazer.
Não sabia que "frango à inglesa" se tratava de frango grelhado.
Só se for no Nepal!
Beijoka!
Muito bem metida essa história! Eheh
ResponderEliminarE eu que pensava que ia encontrar aqui a receita para cozinhar o dito frango inglês! :p
Beijocas
Imagina, Teté, eu a jejuar há mais de uma semana e, tu escreves uma história sobre um frango inglês.
ResponderEliminarQue grande maldade!
Respondi ao teu comentário, Teté, apesar da fome!!!
ResponderEliminarFrango inglês... precisava ter visto ele vivo para saber o sotaque! rs...rs...rs... Mas a explicação dos três dias ao sol foi ótima! Quem exposto ao sol por três dias não fica rosado? E já grelhado! rs...rs...rs... Acabo de atualizar o Avaliando a Vida e postei lá meu cartão de Páscoa. Bjks e uma santa e abençoada Páscoa! Tetê
ResponderEliminarNunca me passaria pela cabeça pedir frango num restaurante nepalês, Teté. A comida deles ( apesar de não ser tão boa como a indiana) tem belíssimas degustações.
ResponderEliminarIa caindo na treta... e preparava-me para perguntar a marca do bronzeador solar!
ResponderEliminarParecia dar um aspecto espetacular à pele!
Mesmo assim ainda caio que nem um pato, e estico-me aqui a pés juntos confessando a minha ingenuidade.
Por tal sinal, hoje também passei por baixo da mesa, ao almoço.
Muito embora convidado, a ementa já estava escolhida e era dobrada!
Todos acharam que tenho cara de gostar de dobrada (...)que é um prato nacionalizado e muito democratizado!
Por causa da ementa, cheguei a casa para jantar, com uma fome redobrada!
César
Não, VÍCIO! Vê lá tu que, além de inglês, o frango ainda era mudo... =))
ResponderEliminarNão, foi a 2, TERESA! Já ninguém estava à espera... :))
ResponderEliminarBeijocas!
O empregado não, RAINHA, que esse mal arranhava o português! Foi outro conviva, mais 'habitué' do tasco... :D
ResponderEliminar??? ANÓNIMO
ResponderEliminarEpá, CONCHITA, com tanta coisa esquisita, a malta já acredita em tudo o que lhe dizem. Claro que se pára para pensar, depois acaba por perceber que não é nada normal... :))
ResponderEliminarBeijocas!
Não, ANA, na altura pensei que seria uma cena tradicional nepalesa muito curiosa, só isso... :))
ResponderEliminarEpá, MARIA, nunca tinha ido a um nepalês e menos ainda àquela tasca (que por sinal estava cheia de gente, que era baratinha)! Portanto, imagina a minha credulidade... :D
ResponderEliminarA chatice destes restaurantes indianos ou nepaleses é que raramente têm carne de vaca. Eles adoram as bichas, lá naqueles cantos do mundo... =))
Não, o frango não esteve 3 dias ao sol. Era o outro a inventar e a fazer um paralelismo com os "bifes" que levam aqueles escaldões de "alto lá"! O frango... só era grelhado! :))
Beijocas!
E que bela maneira de aproveitar os últimos dias de vida, a celebrar com um escaldão, VIC! :D
ResponderEliminarE se calhar até é o melhor, SÃO, quando a ementa resume o nome dos pratos por baixo, a dizer que é frango grelhado, de caril ou coisa. Como era o caso! :)
ResponderEliminarAbracinho!
Claro que há histórias dessas, KOK, daí termos caído facilmente na esparrela... ;)
ResponderEliminarO frango só era grelhado, "à inglesa" foi apenas a alcunha que o outro encontrou para descrever a sua cor rosada... :D
Sushi já comi, mas passo! Caril, pois, já provei, mas com aquele cheiro... não dá! :)
Beijocas!
Eheheh, hoje não há receita, TONS DE AZUL! Apenas mais uma peta em que caí que nem uma pata... :D
ResponderEliminarBeijocas!
Jejum, EMATEJOCA?! Nem em casa dos meus pais fazia, em casa da minha vovó só à sexta-feira santa é que não se comia carne - só peixe cozido ou grelhado! :P
ResponderEliminarMas pronto, prometo só voltar a falar em comida depois da Páscoa! :D
ps - há fome em Portugal, enquanto puder não faço jejum nenhum por livre e espontânea vontade! E tomara que possa sempre... ;)
Era o frango cooperar e deitar-se em cima de uma grelha enquanto se esticava ao sol, que já não precisava de ir ao lume, TETÊ! :))
ResponderEliminarUma feliz Páscoa para ti!
Acredito que sim, CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, mas como estava com fomeca não quis arriscar muito a pedir um prato desconhecido. E não, não aprecio comida indiana, mais pelo cheiro dos condimentos do que pelo sabor... :)
ResponderEliminarPois, CÉSAR, também caio em todas! Nem precisam de ser muito buriladas, mas então assim num ambiente estranho e desconhecido, é tiro e queda... :D
ResponderEliminarTambém não aprecio dobrada. Mas essa até faço de vez em quando: eles comem a dobrada, eu como o feijão e os enchidos, por vezes até um pouco de entrecosto... :))
Mas é dose, ser convidado e a ementa já estar definida! :)
Abraço!
ABRIL! ABRIL! ABRIL!
ResponderEliminarTodo o mês de Abril sem falar em comida, EMATEJOCA? Tu vê lá, não exageres... :))
ResponderEliminarABRIL! ABRIL! ABRIL!
ResponderEliminarQuer dizer, que o meu jejum foi apenas uma brincadeira!!!
Ah, bom, lá caí eu novamente, EMATEJOCA! Isto só pode ser sina... :D
ResponderEliminarFoi o meu intento!!!
ResponderEliminarContudo, é muito corajosa, somente por estar tão próxima disso tudo,deste emaranhado gastronômico.Beijo de boa sorte na comilança suspeita.:- BYJOTAN.
ResponderEliminarHehehe há sempre um engraçadinho :)
ResponderEliminarMalandra, EMATEJOCA! :))
ResponderEliminarBem-vindo, BYJOTAN! :)
ResponderEliminarNão percebi onde é que está a coragem, mas pronto... :D
Pois, às vezes mais que um, LOPESCA! :D
ResponderEliminarComo se costuma dizer, caíste que nem uma patinha! : ))))
ResponderEliminarO prato mais típico, segundo me disseram quando fui a um restaurante nepalês, é o dal bhat (acho que é assim que se escreve); foi o que escolhi. Gostei embora não tenha por hábito comer comida picante.
Não saíste com uma barrigada de fome, pois não? : )
No caso, mais como uma franguinha, CATARINA! :))
ResponderEliminarTambém não aprecio picantes e/ou comidas muito condimentadas, daí ter escolhido uma refeição que me parecia aceitável e sem perigo de deixar metade no prato. Mas fiquei bem e estava bom! Os nome do prato em nepalês, não faço a menor ideia... :D
conheço uma pessoa que não come chanfana. e não come porque não gosta, bem entendido.
ResponderEliminarmas, da primeira vez que viu o aspecto (na zona do país de onde é proveniente não se faz esse prato) enfiaram-lhe a peta de que a carne do caprino era enterrada 3 dias e quando estava a começar a desligar-se dos ossos era confeccionada. daí a cor negra e separar-se tão facilmente do osso. a credulidade não foi imediata como no nepalês mas também ali houve um momento de dúvida sobre a possibilidade dessa confecção :)
Nunca provei chanfana, mas essa já demoraria a engolir, não só por ser culinária portuguesa, como por saber que a cor escura normalmente advém do uso de vinho tinto nos temperos, MOYLITO! =))
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