É um pequeno livro de contos que se lê numa penada - tem apenas 159 páginas - que o maestro, compositor, escritor, realizador de cinema, etc. e tal assume ter escrito algures no tempo antes do seu primeiro livro, nomeadamente em redacções de liceu. Com revisão actualizada, como é óbvio. Encontradas em "gavetas de esquecimento" razão pela qual António Victorino d'Almeida se alegra de as ver "ressurgir à luz do dia".
Embora algumas das 13 estórias (histórias, para os fundamentalistas do português "puro e vernáculo") demonstrem a capacidade de síntese do escritor - eivada de non sense, como é seu hábito nos livros de ficção, que os outros não li - a que mais gostei foi precisamente a mais longa: "Um caso de bibliofagia"! A pergunta que se impõe é: os homens devoram os livros ou são devorados por eles?
Genial, como sempre, com um sentido de humor refinado, por vezes ingressando no negro!
Citação única (e resumida):
"O Coronel chamou o Professor de parte e concordou em que Leonardo não era, de facto, louco... Era esquisito, apenas isso. E chegou a segredar que, entre todos os irmãos, talvez fosse até o mais esperto.[...] O velho Aristides, o pai, tornara-se mesmo conhecido pela estupidez; contavam-se histórias picarescas, talvez inventadas... Parece que tinha comprado 'electricidade em pó' a um cigano! Introduzira esse pó, cimento, areia, não sabia, numa tomada e constava que ficara electrocutado, embora a família negasse esta versão do falecimento súbito..."
Os únicos livros q me devoraram foram os das Brumas de Avalon eheheh...
ResponderEliminarAo ler o comentário da Vani ( chamo à minha filha Vanessa = Vani), lembrei-me que comecei as "Brumas de Avalon", mas deixei-o a meio, coisa que nunca me acontece! Cada um de nós tem os seus gostos!!!
ResponderEliminarPreferia ler as "gavetas de esquecimento" do António Victorino d'Almeida, que é um pequeno livro de apenas 159 páginas, porque neste momento nem me apetece ler.
Passei os lindos dias de Verão na minha varada com um portátil mini, lendo todos os posts dos meus amigos virtuais ou não, mas quando ía a publicar os meus comentários, não conseguia.
Agora, estou sentada à minha secretária com o meu portátil maxi, e desta vez, devo ter sucesso em ver o meu comentário publicado aqui.
O Verão despediu-se com chuvas torrenciais, e o meu filho levou o portátil mini (ele é que é o dono) para a Espanha.
Bjs
Um bon vivan o mestre Vitorino d'Almeida, e uma leitura interessante. Grato pela dica.
ResponderEliminarAh, VANI, nem sabes a capacidade devoradora deste conto... =))
ResponderEliminarTal como a Vani (que não se chama Vanessa), fiquei vidrada nas Brumas, EMATEJOCA!
ResponderEliminarMas sim, todas temos momentos em que estamos menos viradas para a leitura, que a vida não é só livros! :))
Também prefiro o meu PC a todos os portáteis, que não sei porquê de vez em quando têm umas "travadinhas"... questão de hábito, talvez!
Espero que antes dessas chuvas torrenciais as férias tenham sido boas! :)
Beijinhos!
O mestre é um cidadão do mundo, PAULOFSKI, mas especialmente esse conto tem um piadão... ou, pelo menos, eu achei! :D
ResponderEliminarSei que quero voltar a Vitorino d'Almeida, pois adorei o "Coca Cola Killer", mas não será para breve.
ResponderEliminarEste como é de contos é bom para ler entre os intervalos dos outros! ;)
Confesso o meu pecado: nunca li nada dele. Quem sabe se não será desta?
ResponderEliminarTambém adoro livros de contos, TONS DE AZUL, entre outras razões porque costumam ser bons companheiros quando se tem de esperar em consultórios, filas, cabeleireiro, etc. e tal...
ResponderEliminarE também costumam ser mais leves, nos dois sentidos! :))
Nunca é tarde para experimentar e o sentido de humor dele é fantástico, CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA... :D
ResponderEliminarhummmmm, cheira bem este livro...
ResponderEliminarGosto muito dele como escritor de ficção, acho-lhe imensa piada, MOYLITO! :D
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