Sem prestar muita atenção à programação televisiva, ontem escapou-me um programa que gostaria de ter visto de fio a pavio - um Especial da RTP 1 - sobre como o ano de 1968 mudou o Mundo.
Era miúda, na época, de modo que todas as questões políticas e históricas passaram completamente ao lado (exceptuando a queda da cadeira do ditador de serviço, que uns lamentavam e outros festejavam). Mas das músicas lembro-me bem!
Por essa altura, apareceu o primeiro (e único) gira-discos lá em casa. Que foi um sucesso!!! Consistia numa caixa que abria, em que a tampa servia de coluna, ligava-se à electricidade, repousava-se o disco no prato, escolhiam-se as rotações - "modernaço", já só tinha duas (45 e 33, que as de 78 não constavam) - colocava-se a agulha cuidadosamente sobre o vinil, regulava-se o volume de som e aí estava ele a cantarolar. Como ainda não tinhamos discos, só dois, um de contos infantis (pois, está claro!) e o "Obladi-Obladá" dos Beatles, tornava-se cansativo ouvir durante muito tempo. Mas todos deliciados com a inovação do aparelho...
A colecção de singles e LPs começou a aumentar, com muita espanholada e ópera pelo meio (gostos diferentes dos nossos pais), mas um dos primeiros que se seguiu foi este, que eu e a minha irmã adorávamos, sem perceber patavina de inglês:
Era miúda, na época, de modo que todas as questões políticas e históricas passaram completamente ao lado (exceptuando a queda da cadeira do ditador de serviço, que uns lamentavam e outros festejavam). Mas das músicas lembro-me bem!
Por essa altura, apareceu o primeiro (e único) gira-discos lá em casa. Que foi um sucesso!!! Consistia numa caixa que abria, em que a tampa servia de coluna, ligava-se à electricidade, repousava-se o disco no prato, escolhiam-se as rotações - "modernaço", já só tinha duas (45 e 33, que as de 78 não constavam) - colocava-se a agulha cuidadosamente sobre o vinil, regulava-se o volume de som e aí estava ele a cantarolar. Como ainda não tinhamos discos, só dois, um de contos infantis (pois, está claro!) e o "Obladi-Obladá" dos Beatles, tornava-se cansativo ouvir durante muito tempo. Mas todos deliciados com a inovação do aparelho...
A colecção de singles e LPs começou a aumentar, com muita espanholada e ópera pelo meio (gostos diferentes dos nossos pais), mas um dos primeiros que se seguiu foi este, que eu e a minha irmã adorávamos, sem perceber patavina de inglês:
MARY HOPKINS - "Those Were the Days My Friend"
Do pouco que vi do Especial, acrescento que considero o Júlio Isidro um dos melhores comunicadores televisivos, nomeadamente na área musical portuguesa, com um enorme contributo para a sua evolução, nem sempre com o devido reconhecimento. Um Senhor em tudo o que fez e faz, com bom gosto, educação e moderação...
Ah e estou à-vontade para dizer isto, porque nunca o conheci pessoalmente, nem mais gordo, nem mais magro, só mais novo e via TV!
Ah e estou à-vontade para dizer isto, porque nunca o conheci pessoalmente, nem mais gordo, nem mais magro, só mais novo e via TV!
Eu tb me lembro dos gira discos e da colecção de LPs e singles dos meus pais! Até tinha direito à minha propria colecção, que incluia o Playback do carlos paiao, o areias da susy paula, a dança dos gatinhos, as pombinhas da catrina, ponha aqui o seu pezinho, ora zumba na caneca... LOOOL! ó zé aperta o laço! :D
ResponderEliminarDepois apareceram os Cds, mas nem por isso eu deixava de ficar fascinada com o gira discos a girar, ;-).
Engraçado, ontem à noite andei a prescrutar no google as musiquetas que me deixavam a a delirar em miuda, e fui dar com a giggliola cinqueti e o seu no ho l'eta, ihihihih, e o toto cutugno com o l'italiano looool, eu adorava as italianices!!
Deduzo que estás prestes a atingir a idade da reforma...
ResponderEliminarA Mary Hopkins foi o primeiro lançamento e descoberta dos Beatles, através da própria editora Apple. Tenho impressão que até foram eles que escreveram esta canção. Depois deste êxito desapareceu, assim como o projecto de lançar novos talentos.
ResponderEliminarQuanto ao programa do Júlio Isidro, não vi. Embora o considere um bom fazedor de programas, acho-o gasto e muito saudosista. No passado foi um bom divulgador da música portuguesa.
Esse também foi o modelo do primeiro gira-discos que tive.
e percebe-se bem o que diz, não é como esta geração actual com uma dicção péssima!
ResponderEliminarHá programas portugueses em que eu gostava que estivessem legendados!
serei a unica?
beijinhos
Por ser a mais nova de cinco irmãs, quando nasci, já havia gira discos lá em casa. Era um móvel enorme com gira-discos de um lado e telefonia do outro, em baixo tinha umas portas de correr onde se guardavam os discos. Por isso as minhas músicas de infância, mais do que as Pombinhas da Catrina, foram os Beatles, os Rolling Stones, Elvis (que era a paixão da minha irmã mais velha e chumbou num exame porque resolveu assinar o teste como Maria João Presley...), Otis Reding, e uma série de franceses que se ouviam bastante na altura.
ResponderEliminarEsta música deixou uma lagriminha no canto do olho pelas memórias que me trouxe, era miúda e andava sempre a cantarolá-la.
Também tive pena de não ter visto esse programa, apanhei-o mesmo no fim!
Quanto ao Júlio Isidro subscrevo o que dizes.
Belas recordações. Lembro-me desta musica como se fosse hoje, mas já há muitos anos que não a ouvia.
ResponderEliminarQuanto ao programa vi um bocado, e não sei porquê surpreendeu-me que houvessem jovens na faculdade que nunca tivessem ouvido falar......será que a culpa é nossa,pais?????
È que eu tambem só tinha meia duzia de anos quando isso aconteceu e estava em Africa, mas já ouvi falar tanto disso, até na televisão, que me espanta mesmo a canalhada dizer que nunca ouviu falar.....
Mas eles até tem razão há tantos programas interessantes na televisão ( 2 h de telejornal, para só amostrar catastrofes e a seguir novelas atras de novelas)!!!!!!!!!!
Eles tem mesmo razão de não saberem...
Beijokitas
Gostos diferentes dos pais.... foi exactamente em tua casa que conheci a Carmina Burana de que tanto gosto!
ResponderEliminarVAN, a Giggliola Cinqueti??? Eh, eh, eh, a minha mãe também gostava muito e do Rafael (antecessor do Julio Iglésias)...
ResponderEliminarNão tivémos muitos discos infantis, só me lembro do "Vamos dormir", para além dos contos que já referi, até porque com a febre dos Beatles e tal queríamos era essas musiquetas "modernas"... :)))
Reforma, MOI??? Engano teu, CAPITÃO... ;)
Pois, CARLITOS, lá esses pormenores sobre a editora e o, lançamento da Mary Hopkins não sabia, até porque não pude prestar muita atenção ao programa.
O Júlio Isidro está gasto??? O que me agasta a mim são os "putos" novos que falam, falam, falam e não dizem nada... de jeito! Saudosista? Provavelmente das músicas do seu tempo... como todos nós, não???
CARVOEIRITA, eh, eh, eh, acho uma piada quando no telejornal põe legendas nas pessoas entrevistadas... É que algumas não se entende mesmo nada do que dizem...
ResponderEliminarQuanto às legendas nos programas, olha, se calhar é melhor não, porque estou em crer que muitos não dizem nada de jeito... :D
Jinhos!
Ah, INÊS, já me fartei de rir com essa da tua irmã assinar Maria João Presley...
A minha tia avó também tinha uma aparelhagem dessas, mas como entretanto enviuvou, decidiu nunca mais ouvir música. Nem sequer gostava que lhe tocássemos... Enfim, mentalidades de outros tempos!
Ah, esta música tocou ontem no programa, que ainda consegui ver ou ouvir algumas partes...
Oh, PARISIENSE, os pais podem tentar ensinar tudo, mas se os putos não se interessam, não vale de muito, que nem sequer lhes entra... Aí tenho sorte, que o filhote é um cusquinha de primeira apanha, quer saber sempre tudo, que é para no fim dizer "Eu sei tudo!"
Telejornais vejo poucos (até pelo que referes de "desgraceira pegada") novelas actualmente nenhuma - chateei-me com as trocas e baldrocas dos horários e desisti de seguir... o que nem me fez mal nenhum!!! :)))
Beijokitas, nina!
Pois é, ANINHAS, o meu pai tinha poucos discos (alguns de ópera e clássicos), mas a Carmina Burana era, de longe, o seu favorito...
ResponderEliminarChegava ao fim e punha a tocar outra vez, eh, eh, eh! Na altura, enjoámos um bocado...
Actualmente, ouço com agrado, até porque me recorda essa mania dele...
os meus pais tambem têm uma coleção de vinis engraçada. chegando mesmo a ter zeca afonso autografado e exitos de outros meninos que tais
ResponderEliminarna minha conta conto com 3 ou 4 vinis de historias infantis e musicas dos onda choc (lol)
o julio isidro é um dos maiores apresentadores que ja passaram pela televisao (o estilo faz-me lembrar o saudoso carlos cruz). Deviam dar-lhe um programazeco ao nivel do passeio dos alegres para ele voltar a aparecer aos sabados à tarde :)
Eu ainda tenho um gira discos em casa da minha mãe e uma colecção enorme de vinil. Essencialmente música francesa, que o meu pai comprou por terras gaulesas, mas também o meu querido e impagável 'Fungagá da Bicharada'(ainda hoje sei as letras todas) e o meu primeiro album dos Bon Jovi, e o meu primeiro (e único) dos Extreme, que também foi a última aquisição.
ResponderEliminarAcho que o vinil tem um charme especial, se calhar por nos fazer pensar que havia menos artifícios. Falo dos discos mais antigos, em que se ouvem as pausas da respiração, em que a voz que ali está está no estado puro.
Quanto ao Júlio...pois muita tarde de domingo passei na sua companhia. Não desgosto do senhor, mas hoje já não tenho muita paciência para esse género de entretenimento. Eu gostava mesmo era do Fialho Gouveia. Um querido. Que saudades da 'Arca de Noé'!... Diz-me Teté, o que foi feito dos programas giros que davam na RTP?? Acabaram com tudo o que era interessante e pedagógico: o TV Rural (eu cá gostava, pá!), a Arca de Noé, os programas de animação do Vasco Granja...agora valha-nos a RTP2 que lá vai tendo o National Geographic e algumas séries giras, mas Deus meu! Ai de mim que me falhe a Tv por cabo, que me dá uma coisinha má!
Beijocas
Também me lembro perfeitamente do gira-discos...e das rotações...e de quando nos enganávamos nas rotações os sons distorcidos que surgiam...eheheheheheh...e daquele ruído tipo batata frita que começava a surgir om o uso frequente de determinados vinis ao gosto.
ResponderEliminarDa emoção que era ir à discoteca comprar um disco. O meu prmeiro vinil foi o meu pai quem mo ofereceu...Beethoven! :)) E depois a minha mãe, mais tarde, ofereceu-me Peter Gabriel! São dos primeiros.
Os programas...Júlio Isidro...e o Vasco Granja?! Idolatrava o homem! Escolhia tão bem os desenhos animados...aqueles japoneses das sombras e os que vinham de Leste todos intelectuais mas muito, muito bonitos.
Vá lá...ainda me lembro de algumas coisas que a questão política, essa, para a idade ficava para trás! ;)
Beijinho bem grande, amiga. Aqui de todos.
Gira discos so tivemos na africa do sul nos anos 70... e o meu mano até que foi esperto, o mais velho, claro...compramos a meias entre os 3 o mais novo e eu...ele ficou de dar a entrada e deu xis e nós parvinhos so tarde demais demos conta que afinal acabamos por dar mais de prestação em seis meses...bah, palermoides mas o gajo já nisso nos aldrabava e a partir dali ja não quisemos mais negócios com ele..ora toma... mas eu gostava encostava o ouvido às colunas e que bom..e o mais novo cantava pra mim..ainda tenho discos de vinil que trouxemos d elá ja não há gira discos e os discos apenas estão ali a lembrar... Beijinhos.
ResponderEliminarmenina grafonolinha eu adorava o Giani Morandi e os filmes dele de amor ah que bueno, a gigliola também e a rita Pavone vive la cha chá chá..o que me fizeste lembrar e ia ver os filmes deles, tinha d eir, aquilo era cá um romance ehhhhhhh.. Beijinhos.
ResponderEliminara Teté já cá estava no Maio de 1968? os sinceros parabéns do Moyle porque não parece nada
ResponderEliminar[isto sem nos conhecermos pessoalmente sequer]
Pois, FAUSTO, os teus pais devem ser "malta" da minha geração... :)))
ResponderEliminarO Júlio Isidro já passou pelos "programas da tarde" da RTP 1 (que são uma coisa sem nível nenhum, a par dos idênticos da SIC e da TVI), em substituição do Malato ou coisa! Aliás os da manhã (de todos os canais) também são para esquecer...
SAFIRITA, ainda tenho dois caixotes de LPs na despensa, mas a maioria até eram da cara metade. Os singles suponho que ficaram em casa da minha mãe...
Também vejo mais canais por cabo, o AXN, a SIC notícias (quando quero saber alguma coisa e um ou outro programa de informação), uma ou outra série que apanhe. Ao Domingo à noite, das 9 às 11 e tal, sigo de seguida a RTP 1: Tio Marcelo, Gatos (e agora Contemporâneos) e "Conta-me como foi".
Concordo que o Fialho Gouveia também era um grande comunicador, e ao vivo era um doce de pessoa, alegre e brincalhão, sem nada de vedetismos (só conversei com ele uma vez, mas era notório)... :)
Jinhos!
Eh, eh, eh, SU, a minha irmã (mais tarde, em adolescente) passava muitas tardes das férias de Verão nas discotecas da R. do Carmo e da R. Nova do Almada, a ouvir discos, sem comprar nenhum... Ainda fui com ela e a Aninhas, algumas vezes, mas quando íamos comprar mesmo um - que achava chato para os empregados estarem a ter trabalho connosco, sem termos cheta para os comprar... :)))
ResponderEliminarE quando o disco ficava riscado? Sempre a mesma frase a acabar num glup e a voltar ao mesmo? Conheci um fulano que até banho dava aos discos, para os livrar do pó...
Vi alguns programas do Vasco Granja ("Cinema de Animação", não era?), mas não ligava muito, que isso era para "miúdos"! Convencida que era uma grande "dama"! E hoje em dia "papo" quase tudo que seja desenho animado, com ou sem companhia infanto-juvenil (embora a variedade seja muito maior e a qualidade muito melhor, actualmente)
Jinhos para todos, amiga!
LAURINHA, ainda tenho um gira-discos cá em casa, que parece que até funciona. Mas esse era do meu marido. Está na despensa, conjuntamente com os discos...
ResponderEliminarMas a alegria do dia em que apareceu lá em casa, não se esquece, não é?
E também me lembro de todos esses cantores italianos que referiste, dos filmes nem por isso... :)))
Jinhos, nina linda!
Ah, MOYLITO, isso é porque a minha idade mental parou de "crescer" por volta dos 20 anos... :D
E não estou nada arrependida!!!
Pois eu já tive oportunidade de lhe apertar o nariz, perdão, a mão!
ResponderEliminarE posso-te dizer que ele é gay, pois espetou-me dois beijos.
(acho que não interessa para nada o facto de, na altura, eu ter 5 anos de idade...)
;o)
Bjocas
Ah, SORRISOS EM ALTA, claro que não interessa nada esse facto... :o)
ResponderEliminarBjocas para ti também!
Viajou na máquina do tempo. Gira-discos; toca-discos, aqui no Brasil; e, esta canção da Mary Hopkins, que já estava quase apagada da minha mente.
ResponderEliminarTenho o canal RTP 1, na minha TV. Se soubesse, teria visto este programa.
Um beijo!
OLIVER, por acaso também já não me lembrava da música, mas quando a ouvi lembrei-me logo do gira-discos... :)))
ResponderEliminarE às vezes viajamos mesmo nessa "máquina do tempo", saudavelmente, sem saudosismos exacerbados!
Beijoca, amigo!
Mas como é que tu te lembras dos nomes das canções ????? ou das cantoras, já agora???
ResponderEliminarVir aqui está a tornar-se uma viagem à minha adolescência...
Primeiro fico a pensar quem será (não me lembro do nome desta, por ex. e o nome da música tb não me disse nada, mas depois fico a cantar - gosto imenso de cantar - em frente ao PC...)
beijinhos, bom fim de semana, já me fizeste começar melhor o dia
pois são :)
ResponderEliminara programaçao da tv é péssima, e mau por mau mais vale estar o melhorzito lol
LEONOR, como digo, de princípio os discos não eram muitos, lembro-me de todos esses primeiros... :)
ResponderEliminarComo diz o Oliver, de vez em quando entro na "máquina do tempo", neste caso, o que despoletou foi assistir a parte deste programa...
Ah e claro, também tenho boa memória!
Jinhos e continuação de bom fim de semana!
Eh, eh, eh, FAUSTO, isso já tinha "adivinhado"... ;)
Pois, do mal o menos...