"Os homens são mais românticos do que as mulheres. Eles não se querem prender, mas quando encontram a mulher dos seus sonhos não hesitam em casar e constituir a sua família. Já elas, que suspiram por um príncipe encantado, contentam-se em casar com um homem porque tem um bom emprego e não as trata mal." * - desabafa Dean, o protagonista de "Blue Valentine", com um companheiro de trabalho.
É difícil escrever sobre este filme sem desvendar parte do final, pois desenrola duas acções praticamente paralelas: a presente, em que são evidentes os sinais de desconforto e conflito na relação de um casal que tem uma filha de 5 anos de idade, e a do passado, em que cada um relembra o modo como se conheceram e a evolução do seu romance. E é a partir desse confronto entre presente e passado que os espectadores identificarão Dean e Cindy com tantos outros casais desavindos na sociedade contemporânea. Como é possível explicar que alguns anos antes parecessem tão apaixonados e agora qualquer trivialidade seja motivo para acaloradas discussões? A rotina chega como razão para o desencanto que se instala?
Simultaneamente terno e triste, não deixa de nos fazer sorrir em algumas cenas, como podem espreitar no trailer:
Gostei, não só por ser um filme que nos faz pensar na efemeridade das relações actuais, mas também pela música e pelas excelentes interpretações de Ryan Gosling e Michelle Williams - uma das nomeadas para o Oscar de melhor actriz em 2011, precisamente como protagonista desta película realizada por Derek Cianfrance. Apesar disso, é o jovem actor canadiano - que também já vi em "Ruptura" e "Crimes Calculados" ("Fracture" e "Murder by Numbers" nos títulos originais, respectivamente) - que mais sobressai no grande ecrã. Um nome a não esquecer, portanto!
* o sentido da frase é esse, as palavras exactas não, a "citação" segue de cor...
Imagem de cena do filme da net.
Vi o trailer e está seguramente na lista. E não é que gosto da canção que o tipo canta, mesmo com voz "à idiota"?
ResponderEliminarBeijocas!
Não deve ser por acaso que a voz "à idiota" é apelativa, RAFEIRITO! O actor também actua numa banda musical... ~xf
ResponderEliminarBeijocas!
eu vi o mercenários (finalmente) e foi excelente. todos os clichés e lugares comuns dos filmes de acção estavam lá. muito bom :)
ResponderEliminarEsse nunca vi, MOYLITO, e pela descrição passo bem sem... :))
ResponderEliminardaquilo que vejo quando olho à volta, não concordo com essa expressão.
ResponderEliminara maior parte delas prendem-se a um "homem" que dê nas vistas e passado algum tempo dão-se conta que para além das vistas eles também podem dar noutros lados...
SErá???? E eles será que encontram a mulher da vida deles....ou simplesmente a que lhes aparece mais a jeito!!!!!
ResponderEliminarMas irei ver o filme....gosto deste tipo de filme.
Beijokitas
As relações entre os casais são cada vez mais difíceis e o tema dava para escrever um tratado. Ando pouco cinéfilo, por falta de tempo, mas apontei na lista.
ResponderEliminarMuitas vezes me pergunto quantos filmes terás já tu visto!
ResponderEliminarSempre em cima do actual e do que nos alegra os dias.
Beijinho Tété
A "teoria" é da personagem do filme, não minha, VÍCIO! Mas que dava pano para uma fatiota inteira, lá isso dava... :D
ResponderEliminarComo já disse ao Vício, PARISIENSE, a "teoria" não é minha, por ter achado a frase controversa é que a coloquei aqui... :))
ResponderEliminarBeijokitas!
Um tratado ou dois, CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA... Mas é sempre bom sinal ter muito trabalho, nos tempos que correm! :)
ResponderEliminarNem eu sei, KIM! :))
ResponderEliminarMas vejo mais filmes do que aqueles de que falo aqui, tanto no cinema como na TV ou em DVD. É o que dá não ir à bola... :D
Beijinhos!