Já há muito tempo que tínhamos vontade de visitar o museu Arpad Szenes - Vieira da Silva, em plena praça das Amoreiras, junto ao jardim com o mesmo nome, mas nunca tinha calhado. A oportunidade surgiu ontem, num Domingo meio farrusco a prometer chuva, ideal para este género de passeios. Conhecíamos o horário de uma gorada visita anterior - das 10 às 18h, encerrando às terças feiras e feriados - e a exposição temporária "Gabinete de Anatomia" (conjunto de desenhos anatómicos do museu da Medicina), que estará patente até dia 25 de Setembro, também nos pareceu interessante.
As entradas são gratuitas aos Domingos entre as 10 e as 14 horas, como fomos à tarde pagámos 3 euros por bilhete. (castigo por ficar de manhã na cama a preguiçar!) Com calma, em cerca de uma hora as exposições fixa e temporária estavam vistas - claro que em pleno mês de Agosto éramos os únicos visitantes, o que também ajudou à facilidade do visionamento.
Sem qualquer veleidade de conhecimentos sobre pintura, gostámos mais de algumas telas do que de outras, como não poderia deixar de ser. Ficámos também a saber que Vieira da Silva iniciou em Lisboa os seus estudos de desenho e pintura e que os seus primeiros trabalhos conhecidos resultaram de um curso de Anatomia que frequentou entre 1926-1927, leccionado pelo professor Henrique de Vilhena, que exigia que os seus alunos executassem esboços de ossos e músculos do corpo humano. Contudo, no ano seguinte rumou para Paris, para prosseguir os seus estudos artísticos, onde viria a conhecer Arpad Szenes, um pintor húngaro com quem casou em 1930 e foi seu companheiro durante os 55 anos que se seguiram...
À saída restava-nos um passeio pelo agradável jardim das Amoreiras, que já conhecíamos de voltinhas anteriores - embora desta vez não houvesse sinais de água no repuxo no pequeno lago. Mas foi breve, porque a esplanada estava repleta de gente, seguimos para o da Estrela, muito mais amplo, mas mesmo assim movimentado demais para permitir uma leitura sossegada!
A primeira imagem é da net (não se pode tirar fotografias no interior do museu), as restantes são minhas.
Lisboa torna-se cidade fantasma em Agosto?! : )
ResponderEliminarBoa altura de ir a museus e galerias – temos o espaço só para nós embora também se fique com a sensação que os artistas não estão a ser devidamente valorizados e reconhecidos.
Este ano também me sentei num banco do Jardim da Estrela.
Abraço.
Dois pintores, cuja obra muito aprecio. Na minha família chegamos a ter um original de cada um deles !
ResponderEliminarEm tempos postei sobre o Museu:
http://coisas-da-fonte.blogspot.com/2011/02/no-lugar-da-seda.html
.
Plagiando o José Carlos Malato, "já fui muito feliz no Jardim da Estrela". E não vos deu para irem visitar a Basílica? Dá para ir ao terraço e tudo!
ResponderEliminarBeijocas!
Durante a semana o Jardim da Estrela é pacato e, não raras vezes, páro pela esplanada para umas leituras.
ResponderEliminarHá anos que não vou a Lisboa, gostava de lá dar uma saltada em Setembro (estou no Porto) e visitar o MUSEU À SOMBRA DO JARDIM!
ResponderEliminarPlagiando o Malato e o Rafeiro, também eu "já fui muito feliz em Lisboa e na Assafora", mas depois de morrer a minha tia nunca mais lá fui.
Continua a ser difícil publicar comentários no teu e no blogue do Rui.
Bonito local :)
ResponderEliminarFantasma talvez seja exagero, CATARINA, mas tirando as zonas mais turísticas (essas com mais gente do que o costume) nota-se tudo muito mais calmo! Daí gostar tanto de ficar em Lisboa quando tudo parte para férias - é a melhor altura do ano para visitar museus ou dar passeatas por locais habitualmente congestionados! :D
ResponderEliminarO jardim da Estrela é ez-líbris da cidade! :)
* ex-libris!
ResponderEliminarPor acaso fiquei com a ideia que gosto mais do trabalho deles a partir de 1948 ou coisa, RUI! A anterior, por vezes, parece assim um abstracto naif. Mas é como tudo, às tantas também forma melhorando os conhecimentos e técnicas... :))
Já vou lá espreitar! :D
É sempre bom lembrarmos locais onde fomos felizes, RAFEIRITO! :D
ResponderEliminarMas não, à basílica só fui para velórios e funerais, infelizmente! Mas gracias pela dica, que da próxima não escapa... :)
Beijocas!
Imagino que ao dia de semana seja pacato, sim, CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, mas ao domingo nem por isso, mesmo em Agosto. Muitos pais com a criançada e bicicletas e também muitos grupos de adolescentes. Ou então foi azar... :)
ResponderEliminarSuponho que irias gostar do museu, EMATEJOCA, se o visitasses! Mas pronto, depois logo vês se dá para esse "pulinho"... :)
ResponderEliminarLi a tua crónica sobre a Assáfora, nem sabia bem onde ficava, parece que ali para os lados de Sintra. Que por sinal é uma das zonas mais bonitas do distrito! :D
Quanto à dificuldade nos comentários, garanto que não posso fazer nada, são coisas do blogger! :[
Todos eles, à sua maneira, LOPESCA! :D
ResponderEliminaras experiências de Vieira da Silva com o espaço e a perspectiva são muito boas. para quem não gosta de modernismo e pintura abstracta, imagino que seja aborrecido, mas é um boa e importante pintora .
ResponderEliminarNão sou especialmente fã de pintura abstracta, MOYLITO, mas facto é que gosto de jogos de cor e acho piada a ver uma tela que não sendo explícita me parece mesmo uma cidade à beira mar, como na que escolhi para exemplificar o seu trabalho. Ela e Szenes têm alguns assim, que consigo vislumbrar rios e mares e cidades, por exemplo! :D
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