terça-feira, 4 de novembro de 2008

ALGUÉM SABE EXPLICAR O AMOR?

Foto de Ian Britton

OK, o Camões sabia! Na sua forma poética e mágica de usar as palavras e os sentimentos universais, em pleno século XVI. Mas, actualmente, como é? Alguém consegue explicar?

Casamentos? Cada vez menos! Divórcios? Cada vez mais! Parece que os únicos interessados no casório são os gays. Mas, para eles, não é legal nesta terra! Talvez o sabor a "fruto proibido" seja apetecível, mas certamente não se vão dar pior ou melhor do que todos os outros casais!

Um arremedo de legislação nesse sentido, cai o "carmo e a trindade", com a Igreja Católica em polvorosa, que se considera a si própria detentora do poder sobre todos os matrimónios. "Não, esse sacramento só pode existir entre seres de sexo oposto", reitera convicta e hipócrita, esquecendo os inúmeros casos de membros das suas fileiras que trespassaram esses limites. O PR veta, porque tem a sua própria noção de casamento, formal e retrógrada. Assustado, o governo socialista, já perto de novas eleições, enfia o projecto na gaveta até à próxima legislatura - como, aliás, já fez com o socialismo há largos anos!

Mas alguma destas personagens sabe o que é o amor? Se os representantes da Igreja sabem, não deviam saber, dados os seus votos de castidade. O Anibal e a Maria... pois, lá têm as suas convicções! Os chuchalistas, ainda precisam da chucha antes de inovar qualquer coisinha...

O clip explica vagamente, para quem quiser entender:




"Ah, e eu com isso?", podem perguntar. Nada! Mas em tempos conheci um rapaz gay que passou alguns momentos de aflição num hospital, porque o companheiro tinha tido uma apendicite aguda ou coisa e foi operado, não existiam familiares por perto e, a ele, como não passava de um "amigo", não davam informações nem lhe era permitido visitá-lo na UCI. Ninguém merece, né?

21 comentários:

  1. É tété, é isso, eles sabem lá o que é o amor!... E como sempre há um fulano que manda em todos os que estão abaixo dele e quer os outros concordem ou não, está-se a marimbar para escutar a voz do povo, pois eu nem me ralo com isso, querem casar? casem-se! são do memso sexo? óptimo e o que temos a ver com isso? quem sabe darão bons pais de crianças abandonadas que os próprios pais não quiseram criar e são dos dois sexos, enfim, deixem o amor ter a última palavra!...
    A confusão é tanta por este mundo fora, referente a isto que mais vale consentir e acabou-se a balbúrdia!...Beijinho.

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  2. Percebeste perfeitamente o que queria dizer, LAURINHA!
    Alguém tem de se meter na vida alheia? Se são felizes assim, casem, o que é que interessa aos outros?

    E, provavelmente, alguns sabem mais de amor, do que outros que seguem casamentos de conveniência ou "golpes de baú"... :)))

    Beijoca, amiga!

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  3. Tété,
    Não vejo o que o amor entre 2 pessoas tem a haver com um papel passado. Legalização ou não, acho que se eles querem viver juntos já o fazem, não precisam de papel, mas sim de vontade propria.
    O problema está é nos preconceitos que as pessoas tem em vê-los juntos.
    A lei acho que nada altera.Por isso não vejo porquê tanta discusão inutil da parte de uns e outros.

    Conheço este filme e diverti-me imenso a vê-lo, porque justamente inverte os papeis.

    Beijokitas

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  4. acho que tens de te virar para blogues de poesia! eles sabem sempre o que é o amor! (ou não!)
    quanto aos gays... acho que é mais uma forma de afirmação que uma luta de direitos!
    uma pessoa que se sinta pessoa não precisa de provar nada "ao vizinho"!

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  5. PARISIENSE, concordo que o amor não tem nada a ver com o papel passado.

    Mas se eles ficam felizes com o papel, porque raio é que hão-de complicar? (já em relação a direitos, a conversa é outra, que acho horrível serem banidos de todos eles) Afinal de contas, vão dar dinheiro a muita gente, desde o cartório, ao estilista, cabeleireiro, restaurante para o copo d'água, até aos advogados, se algum dia se divorciarem...

    E quando escrevo eles, também podem ser elas!

    O filme é muito engraçado, estava para colocar a voz do Andy Williams a cantar, mas ao encontrar esta nem imaginas o "vaipe"...

    Beijokitas, nina!

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  6. Eu vi esse filme e achei piada. :) mas acho que não achava piada a que me fizessem uma dessas loooooooooool! =D

    Ai o heath... tadito... =(

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  7. O vicio diz algo interessante, que pessoa que se sinta pessoa não tem de provar nada ao vizinho. È bem verdade. No entanto, a sociedade não acha o mesmo e eles lutam mais por um estatuto social que lhes permita poder ver o companheiro doente no hospital do que outra coisa (pelo menos alguns, para outros penso que seja mais como afirmação que outra coisa, mas isso é válido quer se seja hetero quer se seja homo).

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  8. este vídeo é delicioso :) embora na realidade o amor seja duro de sustentar.

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  9. O amor é um chão de madeira e uma palmeira!

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  10. Anónimo11/04/2008

    Tete, de vez em qd, quando tento aceder aos comentarios do teu bloguito, aparece-me uma pagina de publicidade chamada hipergrana... :S

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  11. Hummm... acho que não, VÍCIO! Gosto de poesia, mas com conta, peso e medida. Também prefiro que me ponham a rir ou a pensar...
    Ninguém precisa de provar nada "ao vizinho", mas também não precisa ser marginalizado em questões comezinhas, como visitar o "companheiro" no hospital, né? ;)

    Não sabes nada de quê, CAPITÃO? ;)

    Somos duas, VAN, que também não simpatizo com este tipo de "surpresas"... ;)
    Quando vi o Heath a cantar, nem me lembrava que era ele o actor do filme!
    Sim, porque é que achas que não estava lá ninguém da família? Ainda não tinham digerido muito bem a notícia de ele estar a viver com outro gajo... =)

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  12. Por acaso, FERNANDO, suponho que o amor (não só entre um casal) é um grande sustentáculo na vida das pessoas... :)

    Ai, ai, REI, lá estás tu com as tuas brincalhotices... :)))

    É verdade, VAN, essa porcaria da hipergrana faz-me "surprise parties" quase diariamente. Também me acontece noutros blogs, com outras páginas tipo "O termómetro do amor" ou um não sei quê do Barclays... Não sei porquê, porque tenho o anti-vírus actualizado. Ainda vou ter de chatear alguém para me explicar como posso apagar, é o que é...
    Obrigada pela dica, amiga! :)

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  13. o amor é aquela coisa que toda a gente coisa mas ninguém realmente coiso...

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  14. Pois, se calhar é isso, MOYLITO: toda a gente fala muito, sem dizer nada, e ninguém acerta... :D

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  15. Bolas, não consigo ver o vídeo.

    Sobre o que dizes do rapaz a quem não quiseram dar informações no hospital, eu tenho um caso oposto. Durante umas férias na neve, um amigo meu caiu mal e fracturou a clavicula. Teve de ser operado, e o médico dirigiu-se a mim como se eu fosse mulher dele, a perguntar.me se ele era saudável, e se tinha alergias etc etc etc. Imaginas a minha cara, a tentar explicar ao médico que era mesmo só amiga, e a cara de suspeita dele a ouvir-me.

    Sobre a definição de amor, acho que não existe nenhuma universal. Sobre a explicação do amor, acho que não existe sequer base para começar. Muitos tons de cinzento neste post...
    Pessoalmente, não tenho nada contra o casamento gay, embora tenha algumas reservas sobre a questão da adopção. Mas porque não penso muito nisso,nem muito a sério. TEnho argumentos contra, mas não sei se serão assim tão determinantes. Não tenho argumentos a favor, mas não sei se isso será assim tão importante. O meu lema é vive e deixa viver, e se no processo puderem não me chatear, agradeço.
    Beijocas ensonadas

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  16. Com a Igreja e o nosso PR a debitar as suas noções de casamento, estavas à espera de quê, SAFIRITA? Que fosse colorido?! :)

    Na adopção, parece-me que o problema se põe ao contrário: são as crianças que têm direito a ter pais e um ambiente familiar saudável! Como há mais casais a querer adoptar do que crianças para adopção, obviamente que uma só pessoa ou gays são preteridos na escolha. Isto não quer dizer que não dessem excelentes pais.

    Last but not least, também não me parece existir nenhuma definição de amor "universal", as legalistas não são de certeza e são até um bocado irritantes e desfasadas da actualidade. Mesmo que fosse só um amigo, não havendo familiares por perto, não deveria obter a informação?

    Beijocas, ainda acordadas! ;)

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  17. Gostei da explicação do Moyle!!! =D

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  18. Ah, ah, ah, VAN o Moylito tem sempre umas explicações fantásticas! :)))

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  19. Tanto tempo passei sem vir por cá! Se por uma razão não aguento religiões, de nenhum tipo, é porque tratam de impor aos outros as suas ideias. E depois pedem respeito?!

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  20. Se fossem só as religiões a tentar impor ideias, SUN...

    Porque será que há gente que tem a mania que vai converter os outros aos seus próprios pensamentos? Será que consideram os outros lerdos, que não têm a sua própria cabecinha para pensar???

    Respeito é só para quem o merece, né? (`_´)

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)