Nunca gostei de andar de avião! Escusam de me dizer que fui influenciada por livros ou filmes, que a primeira vez que andei tinha 4 anos de idade, nem medo do "bicharoco" tinha, mas os ouvidos começaram-me a estalar como se estivesse uma espanhola a tocar castanholas dentro deles e a sensação não me agradou. Mais tarde, para além das castanholas, até os dentes pareciam estar a ser apertados por um torniquete. Desagradável, é o mínimo que se pode dizer sobre essas viagens!
E claro, depois veio o medo, que juntamente à claustrofobia de estar num local sem poder sair quando apetece, também não ajudou nada. Contudo, nunca deixei de viajar à conta desse receio (eufemismo, é evidente!). Não quero ver as nuvens ou as estrelas da janela, depois da descolagem, com os olhos arregalados de pânico q.b. e a mascar pastilha elástica furiosamente, concentro-me a fazer palavras cruzadas, desafios lógicos, sudokus ou coisa do género, sem quase levantar os olhos do papel. Nas tintas para quem me chame de pacóvia ou outros mimos. Quando chega a fase da aterragem, fico novamente tensa, empanicada, nhac, nhac, nhac na pastilha, nada preocupada que os restantes passageiros observem uma face semi-tresloucada.
Têm sido sempre assim, as minhas viagens de avião. Excepto uma vez! A ida era ao Brasil, em trabalho, mas também com uma componente de lazer muito agradável. Como o vôo demora várias horas, para além da má pala inicial, ninguém deve ter notado nada de anómalo no meu comportamento sossegado e quietinho, se bem que umas garinas ainda se tivessem chegado perto com frases do género "adoro andar de avião!" ou "é tão bom viajar...". Entendi o gozo, mas não liguei. Entretanto, o vizinho sentado ao lado meteu conversa, acabámos a falar de calvície, e ele começou a relatar:
- Um amigo meu foi fazer um implante de cabelo, mas não correu muito bem!
- Então porquê? - perguntei, mesmo que simultaneamente tivesse apertado o cinto, conforme a indicação da hospedeira.
- Não sei exactamente o que sucedeu. A cirurgia é morosa e dolorosa, ele quis uma anestesia geral.
Acenei com a cabeça em sinal de compreensão e o homem continuou:
- Depois vieram os enfermeiros preparar o paciente, têm de colocar um pano no local da intervenção, para o cirurgião saber onde deve operar...
- ...
- O pano descaíu...
- E?
- O meu amigo acordou com cabelo na testa!
O ataque de riso foi tão grande, que nem dei pelo avião aterrar...*
*******
* Note-se que não sei se é anedota, caso verídico ou uma invenção momentânea.
E claro, depois veio o medo, que juntamente à claustrofobia de estar num local sem poder sair quando apetece, também não ajudou nada. Contudo, nunca deixei de viajar à conta desse receio (eufemismo, é evidente!). Não quero ver as nuvens ou as estrelas da janela, depois da descolagem, com os olhos arregalados de pânico q.b. e a mascar pastilha elástica furiosamente, concentro-me a fazer palavras cruzadas, desafios lógicos, sudokus ou coisa do género, sem quase levantar os olhos do papel. Nas tintas para quem me chame de pacóvia ou outros mimos. Quando chega a fase da aterragem, fico novamente tensa, empanicada, nhac, nhac, nhac na pastilha, nada preocupada que os restantes passageiros observem uma face semi-tresloucada.
Têm sido sempre assim, as minhas viagens de avião. Excepto uma vez! A ida era ao Brasil, em trabalho, mas também com uma componente de lazer muito agradável. Como o vôo demora várias horas, para além da má pala inicial, ninguém deve ter notado nada de anómalo no meu comportamento sossegado e quietinho, se bem que umas garinas ainda se tivessem chegado perto com frases do género "adoro andar de avião!" ou "é tão bom viajar...". Entendi o gozo, mas não liguei. Entretanto, o vizinho sentado ao lado meteu conversa, acabámos a falar de calvície, e ele começou a relatar:
- Um amigo meu foi fazer um implante de cabelo, mas não correu muito bem!
- Então porquê? - perguntei, mesmo que simultaneamente tivesse apertado o cinto, conforme a indicação da hospedeira.
- Não sei exactamente o que sucedeu. A cirurgia é morosa e dolorosa, ele quis uma anestesia geral.
Acenei com a cabeça em sinal de compreensão e o homem continuou:
- Depois vieram os enfermeiros preparar o paciente, têm de colocar um pano no local da intervenção, para o cirurgião saber onde deve operar...
- ...
- O pano descaíu...
- E?
- O meu amigo acordou com cabelo na testa!
O ataque de riso foi tão grande, que nem dei pelo avião aterrar...*
*******
* Note-se que não sei se é anedota, caso verídico ou uma invenção momentânea.
Há gente amável em tudo lado, seguramente notou os teus nervos...
ResponderEliminarAh, ah, ah... Lá que resultou, resultou!
ResponderEliminarSinceramente, nunca andei de avião. E diga-se, em abono da verdade, que não é das coisas que tenho grande vontade de fazer... gosto muito dos pézinhos firmes... Lol!
Beijinhos
Ahahahahahah....eu tambem tive um amigo que foi fazer um implante de cabelo ao Brasil....mas nunca vi que ele tivesse cabelo na testa....ahahahahhhah
ResponderEliminarEu gosto de andar de avião, só não gosto mesmo é de voar sobre o oceano......tenho medo do avião cair e eu ser comida por um tubarão......que queres cada louco sua mania......(eu bem sei que se o avião cair eu nem dou conta.....mas...hihihihi...)
Beijokitas
Nunca andei de avião nem efectuei qualquer implante capilar.
ResponderEliminarMas um implante cerebral dar-me-ia jeito...
dê por onde der, o senhor tentou distrair-te :)))
ResponderEliminarai, nem digas nada que eu tenho um pavor terrivel de aviões...na passagem de ano vou ter de me meter num (eu queria ir de carro...=D)...arght...e logo eu que não tenho paciencia pó sudoku...=DDDD
Há muita gente que não compreende todos esses receios de andar de avião. Andei uma vez e...chega! Nunca precisei de fazer implantes.
ResponderEliminarBoa semana.
a minha relação com os aviões é semlhante, se não for pior. com parceiro do lado assim não está nada mal.
ResponderEliminarmas na última vez que andei de avião cheguei a uma conclusão interessante. a dormir a coisa faz-se bem. só tinha dormido uma horita ou duas antes do voo e quando dei por mim já estavamos a mais de meio da viagem, sem seque dar conta do avião levantar, e acordei tão estremunhado (fartou-se se rir a hospedeira porque eu não percebia a simples pergunta de "sumo ou café?") que o resto da viagem nem dei por ela.
na próxima já sei, directa na véspera e aterrar antes do avião levantar é a solução.
comigo nunca aconteceu isso num avião!
ResponderEliminarmas espero andar pela primeira vez qualquer dia!
Ora que boa estopada para saires doutra, o senhor foi um amor e o medo diluiu-se um tico...mas relamente cagaço tem-se sempre um pouco do levantar e aterrar, mas habituei-me às nuvens metediças que fazem o avião oscilar, trombar ehhh e já nem ligo...quando fomos para a áfrica do sul, passados uns anos vinhamos cá quase todos os anos e virou rotina...mas é preciso mascar pastilha elástica sim senhor apara não dar aquelas dores e os ouvidos rebentarem de dor...quem não a tiver que abra e feche os maxilares e pronto...Há-de passar nina esse receiozinho que tens, mas é normal muitos disfarçam bem mas sentem-se inseguros também..beijinho da laura..
ResponderEliminarahhh essa do implante ser feito na etsta ehhh so havia uma solução, depilar tudo e deixar apenas nas sobrancelhas ehhhhhh...ji.
ResponderEliminarO homem era simpatiquíssimo mesmo, CONDADO! Desconfio que sim, que a conversa foi mais para me distrair... (`_^)
ResponderEliminarMATCHBOX31, também prefiro andar com os pezinhos no chão, mas daqui ao Brasil é impossível: ou no ar, ou no mar... Mas resultou, sim! :)))
Jinho!
Ah, ah, ah, PARISIENSE, são os tubarões todos do oceano a seguir os aviões, não vá dali sair petisco... :)))
Ainda me fartei de rir com essa!
Quanto à cirurgia, como disse, não sei se a história é verídica ou não...
Beijocas!
Está pronta, a janta?
ResponderEliminar;)
Qualquer coisa vale para nos distrair do facto de estarmnos feeechadas dentro de um avião. Antigamente nem dava por isso, mas agora ganhei uma certa fobia, e, na verdade, sou claustrof´+obica mesmo. Mas, para além disso, ganhei tb medo, e escusam de vir dizer que é o meio de transporte mais seguro... who cares???
ResponderEliminarpercebo-te perfeitamente..
bsj
Se tu precisasses de um implante desses, CAPITÃO, nem sei o que os nossos governantes precisariam... :)))
ResponderEliminarPois é uma pena, VAN, mas nem para todo o sítio se pode ir de carro... ;) Quanto ao resto, sempre tens as palavras cruzadas! :D
Há gente que se diz muito afoita, CARLOS, o que nem sempre corresponde à verdade... :)
Ainda bem que nunca precisaste de nenhum!
E quem é que consegue adormecer em pânico, MOYLE?
ResponderEliminarUma vez tomei dois comprimidos para dormir (nunca tomo nada dessas coisas) e mesmo assim não preguei olho... ;)
Ah, ah, ah, assim é fácil, VÍCIO! :D
Olá, CARLA! Obrigada! :)
LAURINHA, há muitos que afirmam não ter medo nenhum, etc. e tal, mas às vezes é mais da boca para fora que outra coisa qualquer. Como nunca tive a mania de me armar em valente, digo que não gosto e pronto.
ResponderEliminarSe a história foi verdadeira, o homem quando acordou deve ter apanhado um susto... eh, eh, eh! :D
Jinhos, nina!
Pronta e já em fase de digestão, CAPITÃO! :D
Essa conversa é sempre a mesma, LEONOR! Mesmo que seja o meio de transporte mais seguro, quando há problemas, não sobra ninguém para contar... estão a tentar enganar quem?!
Beijoca!
1ºAté parece que estás a descrever a minha figurinha dentro de um avião!
ResponderEliminarJá cheguei a chorar e a gritar pela virgem santíssima e tudo...quero lá saber do que pensam!!!
2ºCá para mim o teu "vizinho" ainda estava com mais medo do que tu e recorreu ao humor para disfarçar!!
beijocas
Olha que surpresa, GATINHA! E eu que te imaginava calma e destemida, a andar de avião, eh, eh, eh?!
ResponderEliminarNão, o vizinho estava calmo, acho que estava apenas a tentar distrair-me... e conseguiu! :)))
Beijocas!
Não percebi ponta dum corno. Devo de estar espessa. Ou é o alemão que está a dar cabo dos meus neurónios. He!
ResponderEliminarÉ capaz de ser o alemão, SUN!
ResponderEliminarOu as castanholas das espanholas? Ou o procedimento cirúrgico?
Fiquei sem entender o que não percebias... (`_´)
A minha irmã poderá atestar a excitaçãoque é viajar comigo de avião, especialmente em turbulência. Não sei se ainda terá as minhas unhas marcadas no braço...
ResponderEliminarLas Palmas, never again!!!
Também tenho um medo que me pelo dos bicharocos, e vejo-os mesmo como um mal necessário...MEDO!!!!
Beijinhos
A sorte da malta que viaja comigo, é que não tenho unhas (ou só raramente), SAFIRITA! :)))
ResponderEliminarMas é mesmo um mal necessário, se não queremos ficar cingidas a este cantinho à beira mar plantado... ;)
Jinho!