Para descanso de todos, esta professora já se reformou há cerca de seis anos. Ou seja, reformaram-na, quando atingiu o limite de idade. Nem sei se ainda é viva, mas isso não faz com que a história seja menos verídica.
A professora primária leccionava num colégio particular dos mais tradicionais de Lisboa, já de si com uma disciplina mais rígida do que a habitual, mas conseguia ainda ser mais severa: educava os seus alunos à reguada, como nos (bons?) velhos tempos salazaristas. Não havia dúvidas que com ela os alunos sabiam sempre como se deviam comportar, qualquer deslize era motivo de repreensão, tinham de estar todos sentados direitos nas carteiras, sem se distraírem. Ora exigir isto a crianças de 6 anos é uma coisa, consegui-lo é outra... o que provocou queixas de alguns pais à direcção do colégio, pois alguns castigos (físicos e não só) eram nitidamente exagerados.
Os extensos trabalhos de casa que marcava aos miúdos, que, por vezes, só chegavam a casa tardiamente, para jantar, tomar banho, ver televisão e estar um pouco com a família antes de se deitarem, também gerou alguma insatisfação paternal. Para não falar do aborrecimento dos próprios alunos, que sabiam de antemão que sofreriam represálias se não os fizessem atempadamente.
Mas o mais incrível mesmo, era a arrogância (e moralismo?) da referida professora, que numa das primeiras reuniões com os encarregados de educação, avisou-os da sua decisão inabalável de não ensinar dois pontos do programa:
1º O sistema reprodutor;
2º O 25 de Abril de 1974, com o qual ela própria não concordara.
Isto, está claro, em pleno século XXI!
Todos os professores que me desculpem este exemplo (que não o é para ninguém), mas se a mulher tinha os seus pontos de discórdia com o programa escolar, também tenho direito a discordar que pessoas destas dêem aulas...
Sem avaliação - digna e confiável, que a que está em curso parece longe de ser - não é viável afastar "educadores" destes do sistema de ensino!
A professora primária leccionava num colégio particular dos mais tradicionais de Lisboa, já de si com uma disciplina mais rígida do que a habitual, mas conseguia ainda ser mais severa: educava os seus alunos à reguada, como nos (bons?) velhos tempos salazaristas. Não havia dúvidas que com ela os alunos sabiam sempre como se deviam comportar, qualquer deslize era motivo de repreensão, tinham de estar todos sentados direitos nas carteiras, sem se distraírem. Ora exigir isto a crianças de 6 anos é uma coisa, consegui-lo é outra... o que provocou queixas de alguns pais à direcção do colégio, pois alguns castigos (físicos e não só) eram nitidamente exagerados.
Os extensos trabalhos de casa que marcava aos miúdos, que, por vezes, só chegavam a casa tardiamente, para jantar, tomar banho, ver televisão e estar um pouco com a família antes de se deitarem, também gerou alguma insatisfação paternal. Para não falar do aborrecimento dos próprios alunos, que sabiam de antemão que sofreriam represálias se não os fizessem atempadamente.
Mas o mais incrível mesmo, era a arrogância (e moralismo?) da referida professora, que numa das primeiras reuniões com os encarregados de educação, avisou-os da sua decisão inabalável de não ensinar dois pontos do programa:
1º O sistema reprodutor;
2º O 25 de Abril de 1974, com o qual ela própria não concordara.
Isto, está claro, em pleno século XXI!
Todos os professores que me desculpem este exemplo (que não o é para ninguém), mas se a mulher tinha os seus pontos de discórdia com o programa escolar, também tenho direito a discordar que pessoas destas dêem aulas...
Sem avaliação - digna e confiável, que a que está em curso parece longe de ser - não é viável afastar "educadores" destes do sistema de ensino!
Excelente exemplo de que os professores nao teem sempre razao e que podem E DEVEM ser questionados.
ResponderEliminarE mai nada!!! não queria ensinar o sistema reprodutor??? LOOOOOL, só deus saberá porquê...looooooool! Concordo, os professores devem ser avaliados. Mas não com este modelo. E a desculpa de que não há mais nenhum modelo disponivel???!!! LOOOOOOOOL!
ResponderEliminara minha prof primária distribuía às 20 reguadas em cada mão e eu era um dos melhores da escola, olha se não fosse:) há muitos casos semelhantes e, ainda, piores.
ResponderEliminarmas essa velhada começa a ir à vida e isso é uma coisa boa. o problema é a entrada de alguns milhares que não fazem a mínima ideia do que vão fazer e tiraram os cursos sabe-se lá como.
a avaliação é fundamental mas, sinceramente, não s epode estar o dia todo, todos os dias, a trabalhar para a avaliação individual. mas os professores estão lá, ou não, para os alunos?
O que uns têm a mais, têm outros a menos! Isto está cada vez melhor! Lol!
ResponderEliminarBeijinhos
Claro que podem e devem, CREST, que este e outros "exemplos" não dignificam a classe em nada...
ResponderEliminarBem me parecia que ias concordar comigo! :)))
Oh, VAN, devem existir muitas maneiras de fazer uma avaliação séria, essa desculpa é mesmo a mais esfarrapada. Antes do 25A existiam inspectores escolares - que aterrorizavam professores e alunos - também não é necessário entrar nessa onda.
Mas alguém merece ter um professor assim? Suponho que não será caso único, né? Afinal de contas não conheço assim tanta gente, pelo país fora... :)))
De certeza que sim, MOYLE! A minha professora primária também distribuía reguadas, ponteiradas e estaladas à brava! Noutros tempos, está claro!
ResponderEliminarNem fui das mais castigadas, mas ainda me lembro de uma coitada que um dia, às 9 da manhã, levou 56 reguadas, por não ter corrigido os 14 erros que dera no ditado da véspera: 4 vezes o número de erros... (já escrevi sobre essa história, igualmente verídica)
Mas, actualmente, não me parece muito salutar que se usem esse tipo de métodos, que só servem para humilhar os alunos com maiores dificuldades de aprendizagem.
Quanto aos novos professores que não fazem a menor ideia do que é dar uma aula, pois, também conheço casos.
Pelo que li sobre este método de avaliação preconizado pelo governo, também me parece longe de ser adequado. Os professores têm de estar lá essencialmente para ensinar os seus alunos, obviamente não para uma avaliação diária sobre a sua própria prestação.
Visto à lupa ninguém resiste, porque é lógico que todos cometem erros: no ensino, como em qualquer outra profissão... ;)
Esta, felizmente, já não ensina, MATCHBOX31!
ResponderEliminarMas não duvido que existam outros iguais ou piores... e é com esse género de "professores" que os alunos não deveriam ser obrigados a conviver!
Beijinhos!
realmente... muito se fala (e acusa) dos públicos, mas quando se chega aos privados tenho sempre a sensação que a impunidade é muito maior... é só vermos os bancos, por exemplo!!
ResponderEliminarboas castanhas!!
Teté, exemplos desses ainda devem existir por aí.
ResponderEliminarMoralismos, preconceitos, intolerancias e tudo o mais capaz de influenciar negativamente o futuro de várias crianças.
A minha professora da primária era exactamente assim como essa. Eu nunca tive grandes problemas por ser bastante atinada e boa aluna, mas tinha medo dela pelo que a via fazer a outros colegas.
Compreendi apenas mais tarde que o que sentia por ela, apesar da boa preparação que nos dava, não era respeito mas sim medo.
Pessoas assim têm de ser, de alguma forma, impedidas.
Beijos :)
o problema de qualquer função laboral é existir uma avaliação isenta e justa!
ResponderEliminarEssa professora é a Maria de Lurdes Rodrigues?
ResponderEliminarSim, LEONOR, nos privados a impunidade é maior... bancos, inclusivé!
ResponderEliminarBoas castanhas para ti também! :)
Pois, PAX, alguns professores ainda confundem medo com respeito, que são coisas completamente diferentes. Com tanto professor desempregado, não se percebe porque é que professores destes ocupam os cargos. Se não têm vocação, vão fazer outra coisa... :)
Beijoca!
Pois, essa é outra questão, VÍCIO! Mas há ou não há maneiras de se contornarem grande parte dessas falhas de isenção e de justiça? Em querendo, está claro... ;)
Claro que não, REI, que essa sei eu que está viva, embora andem prái muitos professores a rezarem-lhe pela pele... :)
Eu acho que ela também não devia devia saber ensinar o sistema digestivo... claramente o dela tinha o intestino grosso ligado ao cérebro.
ResponderEliminarÉ que sempre ouve professoras que tinhams audade dos tempos da régua, nanja que eu levei algumas e bem doídas, poças e por causa d eum errito ou outro, mas que coisa, deixa lá que quando forem para o outro mundo apanham-nas lá!...beijinhos.
ResponderEliminarProvavelmente também não sabia, POETA_POENTE! O problema ao certo não sei qual era, mas que alguns fusíveis daquele cérebro estavam desligados, lá isso... :)
ResponderEliminarPois, LAURINHA, aí está uma boa coisa em acreditar no outro mundo, que seria mais justo.
Mas como não acredito, acho que este género de professores deve ser impedido de leccionar...
Jinhos, nina!
Existem ovelhas ranhosas em todos os ramos, Teté, essa nitidamente não havia lenço que lhe chegasse. Beijo!
ResponderEliminarEu comecei a primária em 76 e ainda levei com a régua!
ResponderEliminarFelizmente são tempos que já lá vão!!
beijoca
É evidente que sim, RAFEIRITO, mas se noutras profissões os funcionários podem ser sancionados pela sua incompetência/má prestação, porque não podem estes maus professores, que ainda por cima "moldam" as gerações vindouras?
ResponderEliminarBeijoca!
Pois é, GATINHA, mas nessa altura quase todos os professores ainda vinham da "velha escola" do ensino à palmatoada. Quase 30 anos depois é que não faz sentido... ;)
Beijoca!
Nem oito, nem oitenta. Sempre ouvi dizer que no meio está a virtude.
ResponderEliminarNo tempo em estudei, os professores o contacto dos professores com os alunos limitava-se exclusivamente ao programa escolar.
Não me lembro de ter levado reguadas, nem presenciei castigos severos, mas aquilo que então se dizia ser respeito, não passava de puro pânico.
Felizmente os meus filhos nunca tiveram dificuldades na aprendizagem e talvez por sorte não me cruzei com nenhum professor desses.
Mas é óbvio que anda por aí muito imbecil disfarçado de prof eheh
Olha que sorte a tua, PASCOALITA!
ResponderEliminarNa minha escola primária quase ninguém se livrou de levar umas palmatoadas (à mão, com régua ou com ponteiro). Não me parece que nenhuma de nós tivesse ficado traumatizada (éramos só meninas e corria a todas), mas não acho o método aceitável nos tempos que correm.
Confundir respeito com medo era usual. Felizmente, o meu filho também nunca passou por isso, que irrequieto como sempre foi, ia levar poucas... :)
Jinhos, nina!
Pois, pronto, cheguei tarde, está tudo. Vou-me embora deixando um beijo para ti. (`_^)
ResponderEliminarBeijo para ti também, SUN! (`_´)
ResponderEliminartenho uma história menos grave, mas igualmente ilustrativa da 'capacidade' de alguns docentes. A professora da 3ª classe pediu à turma para fazer umas frases em que o substantivo acabasse em 'oz'. Toda a gente falou em arroz, claro. Aqui a miss disse Estremoz. A professora disse que era uma palavra que não existia...sim, isto é real.
ResponderEliminarOutra: aqui a miss regressava às aulas depois de ter perdido o pai. Não conseguiu fazer uma divisão e quando a professora veio ver o exercício disse 'não consigo fazer' e a professora, pedagogicamente, deu-lhe uma réguada, porque era o que tinha feito aos outros.
Portanto, e apesar de ter amigos que leccionam, olho para esta questão toda em tom dubitativo. Acredito que existam coisas que podem ser revistas, cargas burocratica que possa ser aliviada, mas acredito que haja um certo exagero nos protestos. Complica-me com os nervos a posição do 'contra' por sistema, de uma classe que, apesar de sofrer bastante com as colocações, que é o que me parece mais grave, bem vistas as coisas tem uma carga horária que quase parece anedótica quando comparada com um segurança nocturno, por exemplo. E não vejo manifestações do comum anónimo a queixar-se que faz muitas horas, que não tem prémios de avaliação, que tem de preencher papelada, que tem de aturar chefias parvas, que tem de pagar uniformes... Não sei, mas parece-me que há algum exagero no queixume... Digo eu, assaraliada como eles são, que tb tenho queixas do patrão e que remédio tenho eu senão orientar-me e adaptar-me. Se esses professores trabalhassem todos no privado, ai garanto que se manifestavam menos.
Desculpem, mas é mesmo assim.
Beijinhos, Teté!
E como vês, a minha professora nem me ensinou a escrever como deve ser ;) Ler 'assalariada', onde escrevi aquela coisa sem sentido, sff.
ResponderEliminarSAFIRITA, bons e maus professores não é questão do passado, presente ou futuro - vão existir sempre!!!
ResponderEliminarEsse exemplo que contas é quase tétrico, mas a minha professora primária era capaz de fazer o mesmo (excepções não eram com ela).
Quanto à avaliação concordo contigo, tem de existir para professores também, mais que não seja para afastar uns quantos "desmiolados" do ensino.
Se toda a gente é avaliada na sua prestação de trabalho, porque é que os professores, que avaliam os alunos teriam de ficar isentos? O método, em si, é que é ridículo e pouco satisfatório. Alguém precisa de não sei quantas reuniões, observância das aulas, papeladas múltiplas, etc. e tal?
Beijocas!
Eu sou avaliada no meu emprego.
ResponderEliminarLogo os prodessores têm de ser avaliados para bem deles, dos alunos e para essas relíquias serem afastadas assim como os "maus professores".
Bem-vinda, LOPESCA!
ResponderEliminarInteiramente de acordo contigo! Se as outras profissões são avaliadas, porque é que os professores não querem ser? Não contesto que o modelo está errado - pelo que li/vi parece-me que está e muito - há que trabalhar por uma avaliação mais simples e eficaz.
Para de hoje para amanhã professores como esta e outros serem erradicados do ensino. Com tanto professor desempregado, é injusto que estejam maus professores a leccionar. ;)