terça-feira, 30 de outubro de 2007

ILUSÕES DE ÓPTICA

“Sei que pareço um ladrão,
Mas há muitos que eu conheço,
Que não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço!”

António Aleixo (1899-1949)

Francamente, imagino que nunca passou pela cabeça deste poeta popular o estranho de caso de um “jovem” que, enfastiado, um dia resolveu ir ao banco pedir um empréstimo de 12,5 milhões de euros. Que mais tarde o papá pagou, mas nem é muito relevante, que o “rapaz” já tinha sido parcial e temporariamente perdoado pela “gaffe”.

Nem que a malta desatasse a ter uma febre consumista de apartamentos de luxo, carros topo de gama, roupas de estilistas famosos, tudo do bom e do melhor. Pagar... pronto... depois logo se vê!

A imagem de marca actual só tem uma regra: é preciso (a)parecer!

E aí temos a televisão sempre pronta a aceitar de braços abertos gente desta laia, para dar as suas “doutas” opiniões sobre tudo e mais alguma coisa. Bem, sobre tudo não será exactamente, porque sem dúvida manifestam um total desconhecimento sobre matemática...

16 comentários:

  1. Ai quem me dera ser uma filhinha do papá e nem ter com que me preocupar, é que nem seria para carros e afins, mas para o dia a dia que seria suavizado, mas assim..o papá perdoava e eu ficava bem, mas, nem tenho papá, nem quem me fizesse esse favorzinho, simplesmente porque sou uma desconhecida e eles só dão a quem nem precisa e tem nome na praça...
    Raios os partam, quando andamos todos à rasca para pagar ao banco e nos comem os olhos da cara com o que nos roubam de juros e...

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  2. Citaste de cor?
    Digo isto porque, se bem me lembro, o 3.º verso é:
    "Que não parecendo aquilo que são,".

    É só um preciosismo para não comentar o "post".
    Os senhores da banca são todos honestos!

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  3. é por isso que eu não empresto dinheiro a ninguém!
    podem descobrir e envergonhar o pobre coitado que estava em dificuldades na altura...

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  4. O Poeta António Aleixo é um senhor louletano! ;-) Quer dizer, segundo o meu avô era só louletano... LOL! Parece que o Aleixinho era uma pessoa muito ruizinha...
    Pessoalmente, nunca o conheci, apenas privei com a neta dele, a Sílvia Aleixo (que faleceu este ano...a tal amiga da família que sofreu horrores com um cancro), um doce de pessoa, um anjo na Terra mesmo. Era professora de Inglês no liceu de Loulé. O irmão, foi presidente da Câmara de Loulé!
    Os filhos, não os conheço lá muito bem, mas pelo que a famelga conta, acho que puxam um bocado ao avô...ai esta má lingua!

    Mas, se querem um bom poeta e escritor louletano (além da Lídia Jorge, ;-p), experimentem a escrita madura do Joaquim Pinto Serra (façam uma googlada para mais informações! ;-) publicidade descarada, LOLOL)...

    Quanto ao tema do poste em si...é como o faxavor dos tremoços já disse:
    Pai - Já falaste com o teu banco?
    Filho - Não, falei com o teu!

    A primeira reacção é de indignação. Mas se formos honestos, pensemos...cá no fundo, no fundo, se fossemos nós o pai, não fariamos o que pudessemos para proteger o rebento?...não sei não...
    Por exemplo, filho de médico nunca paga consultas (coretesia profissional implicita) e tem desconto em muitas cenas, que o não-filho-de-médico não tem (isto só para dar um exemplo). O rebento do médico pode usufruir disso, será justo? O filho do funcionário público pode ter outras regalias? O filho do actor pode ter a entrada nos palcos facilitada?...
    Se estes tachos, cunhas e facilitismos existem desde que o homem é homem e que a costela é mulher (LOLOLOL, sorry, não resisti a fazer a piadinha), porque não há-de o filho do banqueiro usufruir disso também? O que são uns milhõezitos entre famelga????? ;-p LOLOLOL

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  5. Este dinheiro que vos deixo...

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  6. Demonstram acima de tudo, é uma enorme falta de vergonha na cara e nós vamos partilhando este ar conspurcado e decadente, com essa gente supostamente de bem!

    Não lhes empresto nem mais um tostão, pronto!

    eheh!! Aquele abraço infernal!

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  7. Vou chamar o Avelino Ferreira Torres e parto este blogue todo!
    A não ser que me arranjem emprego...

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  8. Se era para perdoar/pagar/whatever que o fizessem sem se saber. Mais valia dizerem que o pai pagou logo de inicio que dizerem que o banco perdoou. Onde está a credibilidade daquela gente agora?

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  9. Laurinha, apesar de todo o dinheiro, acho que não gostava que aquele homem fosse meu pai. Além do mais, machista todos os dias: já não te lembras que não admitia mulheres no banco, porque tinham filhos, tinham de faltar...?

    Capitão, citei de cor sim - esse livro não consta na minha biblioteca - mas fui espreitar ao Google e está assim com pus aqui. De qualquer das formas, de uma maneira ou de outra, não muda o sentido à quadra. E sim, parece que pelo menos estes dois, pai e filho têm a alcunha de Honesto 1 e Honesto 2. Quem sai aos seus...

    Eu também não, Vício! Hummm... digamos que... pela mesma razão, ih, ih, ih!

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  10. Vanadis, ná, ele nasceu em Vila Real de Santo António, embora segundo a Wikipédia vivesse grande parte da vida em Loulé (e também chegou a emigrar para França).
    Bom o Pessoa também tem fama de bêbado, a Espanca de maníaco-depressiva, mas isso no fundo interessa pouco. Tinha mau feitio? Se calhar porque também levou uma vida (abaixo) de cão... Relevante é aquilo que deixaram para a posteridade. Quanto à publicidade, estás à vontade... ah, ah, ah!
    Esse género de benesses decorrentes da profissão de cada um não me fazem confusão. E também não me fazia confusão se o paizinho tivesse oferecido os milhões ao filho. E eu com isso? Agora o banco é que ia ficar a arder, se a história não tivesse vindo a público. Quem é que este gajo pensa que é para cometer "deslizes" destes e ficar impune? Se fosse outro qualquer, iam-lhe aos bens até ficar de tanga...

    Xi, Pelintra, já fizeste testamento? Fico comovida, por te teres lembrado aqui da malta...

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  11. Belzebu, quem é que falou de gente de bem? Um bando de caloteiros da pior espécie, daquela que ainda por cima se gosta de armar aos cucos...

    Rei da Lã: vê lá, tem cuidado com as companhias! Além dessas (ahn?) namoradas, ainda és amigo do Avelino? Já começas a falar em partir o meu blog? Ai, ai, ai, que estou cheia de MEDO, muito MEDO... Ainda por cima hoje é dia das BRUXAS... Sabes lá tu, se não sou uma delas? Eh, eh, eh!

    Fausto, essa pergunta é simples demais: está nas couves!

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  12. António Aleixo...o poeta do povo. O senso comum mas inteligente através de quadras. Muito bom.

    Este caso, mais um caso mediático, serve sempre os apetites dos media, que empolgam ainda mais a situação para depois, imagina-se, abafarem discretamente o caso (quem sabe o que lhes passaram para as mãos para o fazerem?!).
    Estas pessoas não são exemplo para ninguém, não têm nada a ver com a realidade do povo português numa altura em que se fala em percentagens de limiares de pobreza.
    E se fosse um simples e anónimo cidadão que contraísse uma dívida (de certeza bem inferior a esse montante!) de certeza que o banco em questão não aceitaria o perdão de dívidas, como o foi inicialmente.
    Abusos e mais abusos. É uma vergonha.

    Beijinhos, amiga.

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  13. Ná ni na não! Pode ter nascido em Vila Real de Sto Ant, mas viveu a maior parte da vida dele em Loulé. Era compincha do meu avô!! ;-p E a prole dele continua toda em Loulé (os que sobreviveram :-( ).

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  14. Su, abafar discretamente, é força de expressão, que se o caso não tivesse caído na boca do povo, lá o exemplo de "seriedade" nem se tinha visto obrigado a pagar a dívidazinha do filho...
    O que eles não têm é isso mesmo: vergonha!
    Quanto ao poeta popular, pois, gosto, que há quadras que assentam que nem uma luva a situações actuais!

    Vanadis, viva o louletano António Aleixo! Eh, eh, eh!

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  15. Haha,eu não empresto e nem tomo emprestado.Como emprestar o que não tenho e como pedir se não tenho como pagar?Pois,acharia que iria pedir pouco?Nunquinha ;)
    Gostei do post,divertido.
    Beijo!

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  16. Kátia, absolutamente de acordo. Além de que assim se dorme mais descansado na almofada...
    Jinhos, nina!

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)