Há tempos, uma amiga postou no FB a fotografia de um canito e comentou alegremente: "também quero um!" Erro trágico! O post foi um sucesso, com todos os "amigos dos bichos de estimação" a aplaudirem a ideia e a darem dicas, contando entusiasticamente as suas próprias experiências pessoais. Acontece que era um mero desejo (irrealizável de momento), pois ela exerce a sua profissão no estrangeiro, viaja muito, mesmo quando está em Portugal divide o seu tempo entre Lisboa e Porto. Ou seja, por muito que gostasse da ideia - e, mais que provavelmente, de uma maior estabilidade de "poiso" - qualquer cão ou gato que adotasse estaria quase permanentemente a cargo de outras pessoas. Que, a bem dizer, também não estavam muito prái viradas... (pelo menos as que comentaram, algumas até alegando "alergias" desconhecidas até à data!)
Contudo, os tais "amigos dos animais" não deslargam tão facilmente, de vez em quando lá vem a pergunta, mesmo num post sobre o estado do tempo, a viagem que vai fazer ou já fez ou um cartoon humorístico qualquer: "Então, já adotaste o cão?"
Ontem, por ocasião de uma homenagem póstuma a um escritor e jornalista - que por acaso foi bastante chatinha, com o principal orador a papaguear lá um longo discurso em estilo filosófico professoral, onde só se safaram as citações do homenageado, embora isso agora não interesse nada para o caso - encontrei-a e a outras amigas comuns: abraços e beijinhos à entrada, olhares entediados no durante e alguma tagarelice no final.
Aí, estávamos todas na converseta, lá se aproxima uma outra conhecida delas com a inevitável pergunta: "Então, já adotaste o cão?" Ela sorriu, disse que não, mas a fulana ligou o turbo e desatou a relatar as suas maravilhosas alegrias com o seu cão de três meses. E como o educava. E os trocadilhos a que o nome do cachorro se prestava. A debandada do pequeno grupo foi geral (e circunstancial), ficámos ali as duas a ouvi-la, a ver fotografias do bicho no telemóvel (e dela, do cão e do cão e ela!), quando se entusiasmou a descrever os hábitos higiénicos e os cocós do dito nos últimos dias...
Sou uma insensível, tá visto, porque me pirei logo de seguida!
Imagem recebida via mail.
(Obrigada, Gatinha!)
Gosto de animais e lá em casa ( melhor dizendo no quintal) há dois cães, mas estão lá mais por vontade dos restantes membros da família e em particular do meu pai que é quem trata deles. Eu até os alimento, por vezes, mas não tenho grande vocação para tudo o resto ( muito menos apanhar cocós). Como disse gosto muito de animais mas só por mim não teria nenhum porque sei que não tenho grande disponibilidade para eles. Ter animais é como ter filhos. Exige muito. E quem os tem deve dar-lhes todo esse "muito".
ResponderEliminarLOL
ResponderEliminarTambém eu me teria pirado!:))
Há gente chata e nem precisa de ter animais.:)
beijocas e um ótimo dia
Apesar de adorar animais, também tinha zarpado a mil à hora, não há pachorra para blá blá blá chato :)
ResponderEliminarNão és nada, Teté. Um dia destes conto-te a saga que foi quando quis adoptar a minha Pink.
ResponderEliminarHá pessoas que gostam mais dos animais que das outras pessoas, e preocupam-se mais com eles. Não podem ver um cão abandonado, e tentam logo arranjar-lhe um dono (com o que eu concordo). Mas a seguir são capazes de passar por uma criança a pedir na rua, e não lhe ligam nenhuma.
Haja paciência!
Essa tua amiga só tem uma forma de sair airosamente disso, é quando lhe voltarem a perguntar se já adpotou um cão responder "sim, mas tenho de adoptar outro, que este é tão pequeno que não vai chegar para o churrasco". Beijocas!
ResponderEliminarJá tive um rafeiro ribatejano chamado Bingo; era quase todo preto com peito e "pés" e ponta do rabo, brancos.
ResponderEliminarDepois uma gata chamada Nuska, também rafeira e também "a preto e branco".
Depois Cocker "cor de fogo".
Agora tenho uma rafeira alentejana.
Aliás não sei bem se sou eu que a tenho ou se é ela a "dona" do galinheiro, mas isso seria outro comentário.
Não há motivo para todo este discurso, mas como este teu texto é sobre CONVERSAS ENTUSIASMANTES...
Beijokas sorridentes!
³) o coelho da foto ali nas costa dos cachorro...
Como sabes, também acho animais de estimação uma coisa linda… na casa dos outros! ;)
ResponderEliminarBeijinhos,
FATifer
Espero que tenham lido, ou ouvido, um caso [hoje divulgado] de atuação (e autoação) da GNR, multando um cidadão que alimenta cães abandonados.
ResponderEliminarAndo à procura da notícia e, vou a Vila Franca, se for preciso (suponho que é a zona do palco desta intervenção das «forças de segurança»), colher elementos sobre esta triste vergonha nacional que, passará a vergonha internacional se os amigos dos animais forem (e são) unidos.
Está visto... que só podemos (e 'devemos') alimentar os «cães» da governação!...
Neste caso se não estiverem suficientemente de barriga cheia, somos multados por não alimentar 'condignamente' as bestas.
Desculpem a linguagem, mas isto enerva um santo - que é o meu caso.
Eu tenho uma cadelita e gosto muito dela......se um dia me quiseres ouvir falar dela vem até cá acima que eu conto-te...ahahahhahhahh
ResponderEliminarIsso é como os avós a contar sempre as mesmas peripécias que os netinhos fazem...ehehehehehheheh
Beijokitas
Hehehe além dos cocós dos bebés agora é moda falarem dos cocós de cão???
ResponderEliminarLivra :)
Não és nada insensível e se o fores é a conversas da treta, não admira que todas se tenham ido embora...fogo!
ResponderEliminarInsensível é ela que fala pelos cotovelos de um assunto que ninguém quer ouvir, pelo menos repetido até à exaustão...também tenho "amigas" assim, há uma que levava a vida a falar da gata, agora que teve uma criança há pouco tempo, mudou o protagonista, mas a conversa é a mesma...não há pachorra, como se fosse a única a ter gatos ou filhos, pior, como se a gata e o filho dela fossem os únicos no mundo...
Queres que eu te fale do meu tiquinho? Atão senta aí...posso começar? :p
Beijinho :)
Não achei necessário referir que também gosto de animais, LUISA! E concordo contigo: para ter um animal é tratá-lo o melhor que se possa até ele morrer. Que foi o que aconteceu com o meu Nicky, um gato que tive durante 17 anos.
ResponderEliminarAgora eu que nunca tive paciência para aquelas conversas de mamãs babadas sobre os cocós dos seus rebentos, imagina se a ia ter em relação ao cachorro da fulana que também se considera "mãe" do bicho? Não há pachorra, mesmo! :P
Estava desprevenida, NINA, é o que é, que eu até costumo topar estas chatas à distância e piro-me de fininho sem dar muito nas vistas... :))
ResponderEliminarBeijocas e boa noite para ti!
Fico satisfeita em saber que não sou a única a detestar esta malta que se liga à corrente e não pára de falar, RAINHA! E óbvio que o bicho não tem nada a ver, que até era giro! :)
ResponderEliminarOlha, VIC, se a tua saga mete fulanas destas, que se auto-intitulam de "mães" dos bichanos, não sei se vou repetir a dose... :)
ResponderEliminarE claro que acho bem que haja gente a procurar donos para animais abandonados, mas a insistência tem limite! E sim, também há gente que sofre imenso por qualquer bichinho, mas fica indiferente à fome das crianças em África ou a pedir na rua. E isso, garanto que também me custa a entender! :S
Com fulanas daquelas, suponho que era uma resposta bastante perigosa, RAUF! Para sair viva da conversa, quero dizer... :D
ResponderEliminarBeijocas!
Mas eu posso-te responder, KOK: o meu gato era dono de todo o espaço, ai de alguém que não o deixasse ir ou dormir onde ele queria... E comer idem: nada de deixar à mão o nosso jantar, que podia deixar de existir antes da hora da refeição! :))
ResponderEliminarCoelhos, para mim, só no tacho! :D
Beijocas sorridentes!
Não sabia, mas fiquei a saber, FATIFER! :))
ResponderEliminarBeijocas!
Tens toda a razão no que respeita a esse caso, CÉSAR, que vi descrito em vários locais! Mas não tem nada a ver com esta grandiosa seca!
ResponderEliminarSer amigo dos animais é uma coisa, ser chato, insistente e falar ininterruptamente sobre o seu bicho é outra! Tudo tem limites... :P
Aposto que não me davas uma seca tão grande, PARISIENSE! Porque gostar dos animais e fazer uma conversa pontual sobre um bicho de estimação é normal, bem como as mães ou vovós babadas falarem dos seus filhos e netos, agora este autêntico matraquear... foi demais! :))
ResponderEliminarBeijokitas!
Eheheh, LOPESCA, eu que nunca tive paciência para conversas de cocós de bebés - só as necessárias, com a médica e familiares mais próximos, quando algo corria mal - imagina para os dos cães?!?! =))
ResponderEliminarE tu, como mãe recente, prepara-te: há sempre alguém que te vai aconselhar, baseada nos cocós dos seus meninos! :D
Por acaso tenho um bocado alergia a conversas da treta, MARIA, a cães e gatos não! :))
ResponderEliminarHá pessoas assim, que só têm um protagonista das suas histórias, gatos, cães, filhos, netos, maridos, e normalmente são muito chatinhas! Conheci uma que era com a mota e os percursos diários que fazia, em que não faltavam uma série de momentos de perigo e "quase-acidentes"! Xi, não há pachorra mesmo! :S
E podes falar do teu tiquinho à vontade, que sei que não me davas um seca dessas! :D
Beijocas!
Conversas sobre os animais de estimação a quem dizem “come to mommy”, e sobre os filhos que são muito inteligentes, bons estudantes e assim e assado, não tenho paciência. Os cães dos meus pais e avós sempre ficaram no quintal embora passeassem pela casa. Aqui nenhum animal vive no quintal. Nem pensar. Todos dormem em casa. Também com um inverno destes, coitadinhos dos bicharocos...
ResponderEliminarOlha, somos duas, CATARINA! E uma coisa é uma conversa pontual sobre os filhos ou bichos de estimação, outra é este matraquear ininterrupto, sobre todos os aspetos da vida do bichano incluindo os mais nojentos... :P
ResponderEliminarSim, imagino que no Canadá ninguém deixe os bichos ao relento, que no inverno era verdadeira crueldade! ;)
quando tiver casa com logradouro (jardim, quintal, seja lá o que for), certamente adoptarei um canito. para ficar encerrado num 5º andar é melhor não:)
ResponderEliminarMas voltando ao texto, os fundamentalistas, se já de que for, são todos iguais :)
Tens a mesma visão que eu, MOYLITO! Não basta ter um cão, tem de se lhes oferecer condições e espaço para eles poderem correr à vontade, que eles não são para estar trancafiados num apartamento. Já o gatos adaptam-se melhor a viver num apartamento, mesmo que pequeno... :)
ResponderEliminarMas fundamentalistas são todos do piorio! Mesmo... :P