Katherine Watson (Julia Roberts) vai leccionar História de Arte para o conservador Wellesley College e depara-se com uma turma de raparigas que decoram bem a lição, mas a única finalidade que têm na vida é casar. Decorre então o ano de 1953, após um período em que as mulheres lutaram e adquiriram alguma igualdade e liberdade, ao trabalhar lado a lado com os homens no esforço exigido pela II Guerra Mundial, mas as jovens estão dispostas a retroceder no tempo e voltar à sua tradicional função de "fada do lar".
Não se cingindo apenas ao manual escolar conservador, a professora consegue que as alunas comecem a olhar a arte de um ponto de vista mais pessoal, ultrapassando os limites das opiniões veiculadas pelos "conceituados especialistas", debitadas até à exaustão nos trabalhos iniciais. O que, por um lado, lhe granjeia alguma admiração e popularidade entre as alunas, mas, por outro, a desconfiança do restante corpo docente. Porém, mudar mentalidades é mais complicado, especialmente quando todas essas jovens têm um comportamento padrão, onde reina o mimetismo na forma de vestir, pentear, maquilhar, pensar ou até nos comezinhos sonhos de, depois de casar, ter uma máquina de lavar roupa...
Para quem quiser espreitar o trailer:
Este filme de 2003, do realizador Mike Newell não parece ter despertado grande entusiasmo - a meu ver, injustamente criticado por ser uma espécie de "Clube de Poetas Mortos" no feminino - pessoalmente gostei de rever na TV. Tanto pelas interpretações das actrizes, como por retratar a sociedade americana pós-guerra, apesar de tudo mais avançada que a portuguesa da época!
Deixando no ar uma questão sempre actual: Quem define o que é arte? A apreciação refinada e conhecedora dos críticos e mestres do métier, ou o gosto comum dos diversos povos?
Imagem de cena do filme, da net.
Como dizia Duchamp (numa citação que vi algures), a arte é como a emoção. Uma emoção pode ser boa ou ruim... mas não deixa de ser emoção. A arte pode ser avaliada pelo crivo do conhecimento crítico dos mestres e pelo gosto comum dos povos, simplesmente porque para defeinir a arte o principal, penso eu, será o sentimento.
ResponderEliminarEste eu não, mas o Clube dos Poetas Mortos é um dos meus filmes preferidos.
ResponderEliminarNão deixa de ter algumas semelhanças com o Clube dos Poetas Mortos, mas eu gosto dos dois.:)
ResponderEliminarbeijinhos
Vi este filme de 2003 há uma data de anos, e não é uma espécie de "Clube de Poetas Mortos" no feminino, mas sim, um dos filmes mais chatos que vi até hoje, enquanto que o Clube dos Poetas Mortos é um dos meus filmes preferidos.
ResponderEliminarVamos ver se o meu comentário fica.
Esta miúda adora filmes como eu abuso de sardinhas! Fogo, como diz a malta nova!
ResponderEliminarUm dos meus filhos, O Gonçalo, tem umas centenas de mil filmes em DVD. Também é como tu.
Por acaso este não é um dos meus preferidos. Nem o género. Mas como foi na TV, ñão perdeste tudo.
Beijinho Tété
KIM
Pois concordo com esse Duchamp, LUISA! Daí algumas pinturas serem tão do nosso agrado e o vizinho do lado não gostar... Quem diz pintura, diz escultura, dança, música, cinema, teatro, literatura, poesia, por aí fora. As nossas emoções são diferentes, depende de como a obra nos toca, ou não! :)
ResponderEliminarEmbora pense que, sobretudo na arte contemporânea, há um certo exagero em chamar arte a borrões e a formas estranhas... :))
"O Clube dos Poetas Mortos" é inegavelmente um grande filme, acho que aqui nem houve a presunção de se lhe comparar. Mas o facto de se passar numa certa época, dentro de um colégio e com professores excepcionalmente inspiradores, não faz deste uma "cópia" do outro. Quando não todos os filmes de guerra ou de cowboys eram "plágios" uns dos outros. Enfim, alguns de cowboys são mesmo mais do mesmo, mas pronto! :D
ResponderEliminarAs semelhanças limitam-se a serem passados dentro de colégios americanos, mais ou menos na mesma época, em que um professor/a inspira mais os alunos, NINA! Mas cada um à sua maneira retrata a época e os universos masculino e feminino são quase diametralmente opostos, daí também as temáticas abordadas serem diferentes... :)
ResponderEliminar"O Clube" é um grande filme, este é mais modesto, mesmo assim também gostei bastante! Tanto que o revi! :))
Beijocas!
Olha, TERESA/EMATEJOCA, também acho injusta a comparação!
ResponderEliminarE claro que "O Clube..." é um grande filme, mas não achei este nada chato, até o revi! Depende dos olhos de quem vê, certamente... :)
Ao contrário do teu filho, KIM, não tenho muitos DVD, alguns foram passados até de cassetes vídeo. Acontece que quando passa algum filme que nunca vi ou gostaria de rever, gravo no MEO, para ver quando tenho um tempinho livre! Isto quando os apanho no início, porque lá filmes a meio, não obrigada! :D
ResponderEliminarE também gosto muito de sardinhas, infelizmente não como tantas vezes como gostaria! :)
Beijocas para ti!
acho que tenho gravado no MEO mas não me chamou suficientemente a atenção. deve ser por causa da Julia Roberts. enerva-me um bocadinho, a senhora. mas verei, mais cedo ou mais tarde.
ResponderEliminarAh, MOYLITO, acho a Julia Roberts uma grande actriz e versátil em vários géneros. Mas pronto, lá está, são gostos... :))
ResponderEliminarA arte é subjectiva consoante os olhos de quem a vê e a interpreta :))
ResponderEliminarAbsolutamente de acordo, LOPESCA! :)
ResponderEliminarComo é que eu ainda não vi este filme????
ResponderEliminarGosto imenso da Julia Roberts e achava que já tinha visto todos os filmes dela, mas este, sinceramente, não conhecia. Acho que todos os filmes da Julia Roberts, mesmo que não tenham grande argumento ou grande elenco, ganham outro encanto, acabando por ser sempre bons momentos de entretenimento.
Obrigada pela sugestão!
Beijinhos
LOPESCA, :)
ResponderEliminarGostei de rever, KARENB, mas já se sabe que há gostos para tudo. Também acho a Julia Roberts uma actriz fabulosa, o filme, se nos metermos em comparação com o "Clube dos Poetas Mortos" fica a perder. Mas para quê comparar? São dois filmes diferentes, mesmo que desenvolvidos na mesma época e em colégios elitistas, os universos do feminino e do masculino são diametralmente opostos... :D
Beijinhos!
Já assisti esse filme e já utilizei o mesmo em palestras que fiz para professores e afins,devido ao seu alto teor reflexivo.Julia Roberts,indiscutivelmente,além de bonita,faz bem,muito bem seu papel.Recomendo também "rezar,comer e amar" que reproduz o livro de mesmo nome em uma atuação maravilhosa da Julia e demais atores que fizeram com que eu visse a projeção 2 vezes e reforçar que vale a pena.
ResponderEliminar=)
Vi este filme quando saiu em Portugal. Gostei do enredo e dos personagens. E claro da doce Julia Roberts.
ResponderEliminarGostei deste filme, KÁTIA, mas "Comer, Orar, Amar" peca por ser igual ao livro - do qual não gostei particularmente! Pareceu-me assim uma espécie de livro de auto-ajuda, que mete todos os misticismos no mesmo saco. O que Sfa o filme são as musiquinhas brasileiras, a Julia e o Javier... :))
ResponderEliminar* Safa, KÁTIA! ;x
ResponderEliminarTambém gosto da Julia e, de um modo geral, dos filmes que vi com dela, TONS DE AZUL! Este também vi quando saiu... :D
Olha, eu gostei ;) Percebo a comparação com o Clube dos Poetas Mortos, mas a verdade é que não há comparação possível: apesar de agradável, este filme não é o Grande Oh Captain my Captain que tantos de nós inspirou com o seu Carpe Diem.
ResponderEliminarMas não deixa de ser interessante a perspectiva de alguém que ao leccionar acaba por mudar a vida de algumas pessoas.
Pois, se nos metermos em comparações com o "Clube...", óbvio que fica a perder. Mas também não creio que a ambição fosse essa, ANA! :D
ResponderEliminarE penso que, mais do que supõem, os professores são muitas vezes fontes de inspiração. Pode nem se dar logo por ela, naquela "idade do caixote", com as hormonas aos saltos e a paixão pelo Zézinho da turma ao lado, mas alguma coisa fica. 8-/
Também é verdade que também há uns quantos que nos impressionaram e influenciaram pela negativa... aqueles que nunca deveriam ter dado aulas, claro está! :-w