Estas fotografias têm cerca de 100 anos, a qualidade não será a melhor. Mas revelam a infelicidade de uma criancinha, que todos os anos era mascarada pela mãe e tias, pavoneada nas ruas e nos salões burgueses, sem faltar a ida ao fotógrafo.
Bom, mas se aquela criancinha odiava o Carnaval, eu e a minha irmã delirávamos! Para infelicidade nossa, nunca nos mascararam, portanto não podíamos participar nos concursos de máscaras nos teatros ou cinemas onde íamos sempre na época. Mesmo assim divertíamos-nos à brava, que as sessões eram prolongadas, com filmes ou peças de teatro, entrecortados com os ditos concursos em que podíamos votar (aí já havia democracia, eheheh!), às vezes números circenses ou de magia, com grandes intervalos pelo meio, cheios de serpentinas, papelinhos no ar e saquinhos de serradura, para acertar no toutiço de alguém. Hoje, a ASAE não iria permitir esse "deboche" pouco-higiénico, mas pronto, felizmente ainda não existia!
"A vida são dois dias e o Carnaval são três!", segundo o ditado, que soa sempre mal aos puristas da língua lusófona - sujeito e verbo não condizem - mas sabe tão bem aos ouvidos e outros sentidos de quem aprecia cada momento que vive...
"A vida são dois dias e o Carnaval são três!", segundo o ditado, que soa sempre mal aos puristas da língua lusófona - sujeito e verbo não condizem - mas sabe tão bem aos ouvidos e outros sentidos de quem aprecia cada momento que vive...
BOM CARNAVAL E DIVIRTAM-SE!!!
Espero que te divirtas e que o teu carnaval seja excelente.
ResponderEliminarEu cá não acho piada nenhuma.....nunca achei mesmo em pequenita e que se faziam grandes desfiles em Angola.
Ainda assim o carnaval que eu "agora" ainda aprecio é o de Veneza. Gosto daquelas mascarás, daquelas roupas....
Bom fim de semana e bom carnaval.
Beijokitas
Não suporto o Carnaval!
ResponderEliminarBom fim-de-semana
Eram outros tempos em que a época de carnaval tinha uma certa irreverência. Eram as partidas com aqueles horríveis peidinhos engarrafados, as estúpidas pistolas de água e as perigosas bombinhas que se compravam à surrapa na drogaria da rua. Mais tarde na adolescência eram as festas com amigos, sobretudo para o "galanço". Na noite de Carnaval se não me mascarasse então não ia a lado algum, simplesmente porque não é uma noite vulgar. E quase sempre só decidia a fantasia em cima da hora, recorrendo a roupas velhas e muito improviso, adereços de outros carnavais, ou em casos difícieis um ou outro retoque de maquilhagem. Na realidade, há muito tempo que não visto a máscara e saio prá noitada ao som do "... mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar..."; "cidade maravilhosa, cheio de encantos mil... eiiiii meu amigo Charlie... Brigitte Bardot Bardot..." e "... dizem que cachaça é àgua, cachaça não é àgua não..."...
ResponderEliminarE o que interssa é isso mesmo, diversão. Bora lá...
(O da foto deve ser algum neto do Pedro Alvares Cabral)
ResponderEliminarBom Carnaval para ti também! :)
Agora o carnaval está mais popularucho com os ministros mascarados de pau para toda a obra...
ResponderEliminarQuando era criança achava piada ao Carnaval. Agoar não penso omesmo. e tenho muita pena das meninas meio despidas que "rapam" um frio de morte. O nosso Carnaval está quse morte. Agora importámos o brasileiro e perdemos a nossa identidade.
ResponderEliminarBeijinho Tété
Sempre gostei do Carnaval, PARISIENSE, a malta agora está mais mortiça nem faz nada, que antigamente não faltavam festas! (a da minha/nossa geração, note-se, que os putos vão à discoteca como em qualquer outro dia do ano, os velhotes nem querem saber...) ;)
ResponderEliminarE gosto das máscaras de Veneza, sim, mas parecem-me mais obras artísticas do que provenientes de um espírito folião! :)
Beijokitas!
Em 1993 já trabalhavas, CAPITÃO? Se sim, nem deves ter ficado arreliado com a medida cavaquista... :D
Igualmente para ti!
Ui, nem me fales, PAULOFSKI, que as "bombinhas" de mau cheiro eram horriveis (cheiro mais pestilento!), as de "rabiar" queimaram a mão de um amigo meu, em criança. Que depois teve medo de levar uns estalos da mãe, eu e a mana é que lhe fizemos o "curativo", mas aquilo deu raia... nem se livrou das ditas palmadas! ;)
Já de samba nem gosto muito, mas nesses dias dançava qualquer coisa!!! :D
Mas continuo a gostar de me divertir! :-L
Ná, muito frio, PAX! :D
ResponderEliminarNesses carnavais nem me meto, ROUXINOL, até porque não lhes acho piada nenhuma, antes pelo contrário... :((
Olha que naquele tempo também já existiam meninas semi-despidas, KIM, (por outras razões!) que uma miúda andava mascarada de "escrava da rainha" - toda pintada de preto, apenas com uma túnica, a arrastar uma bola presa por uma correia a um dos pés - o que indignou imenso a minha mãe: "Credo! A miúda ainda apanha uma gripe!!!" Mas fartou-se de ganhar prémios, inclusivé a bicicleta que nós nunca tivemos... :-L
Estas tradições vão mudando consoante os tempos, talvez o samba tenha sido adquirido de outros carnavais, mas faz parte! O espírito do pessoal é que não está muito virado para aí... :)
Beijinhos, amigo!
Quase jurava! (Por causa do bigode...;)
ResponderEliminarEm miudo fartei-me de fazer tropelias, algumas perigosas, como a questão das bombas, onde fazia-mos experiencias atando umas ás outras ( para aumentar a potencia). Nunca me mascarei, em miudo, mas quando cresci e tocava na altura do carnaval, cheguei a actuar em Sines (5 ou 6 vezes) e o resto da banda combinava que os homens vestiam-se de mulher e a única mulher vestia-se de homem. Eu detestava aquilo, tentei de tudo para alterar o esquema, nem que fosse outra mascara qualquer, agora entrar em palco de minisaia com um grande par de mamas e a tentar equilibrar-me em cima de sapatos que surgiam não sei de onde!!!!, só de me lembrar disso fico com calafrios...milhares de pessoas ás gargalhadas!e eu com cara de poucos amigos e a resmungar por dentro. Anos mais tarde, encontrei alguem que me disse....tu tocavas no carnaval de Sines.....sim....e depois! e vestias-te de mulher (grrrrrr) e não gostavas nada! o quê! notava-se,respondi eu admirado!, e não?...a léguas e riamos por causa disso mesmo !!!!!.
ResponderEliminarSe não me lembro mal, o pequeno da fotografia era o teu avô, não é. Já uma vez puseste uma fotografia dele em carnaval (não era esta, mas era parecida, pelo menos no bigode!), com cara de poucos amigos.
ResponderEliminarBom, a máscara é de mosqueteiro, suponho, mas o infeliz mascarado é mesmo o meu avô, PAX! Tal como contei e publiquei outras fotografias no ano passado, só para testar a memória dos que aqui passam... :))
ResponderEliminarEheheh, fartei-me de rir com a tua história, CONDE, afinal não estavam a rir do ridículo da máscara, mas do teu ar de frete! :D
Parabéns pela boa memória, SUN! E sim, já tinha posto outras três fotografias dele, como a mesma cara de mártir em todas... :)
avozinho folião, como se nota pela cara de entusiasmo :D
ResponderEliminarTenho comigo muitas fotos desse tipo (sobre cartão) dos meus avós e não só, também com mais de cem anos. Qualquer dia hei-de digitalizá-las e postar.
ResponderEliminarEra curiosa a maneira de vestir daquela época, mesmo fora do carnaval.
:))
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Nota-se bem o entusiasmo, não é, MOYLITO? Aliás o apelido dele devia ser folião... =))
ResponderEliminarEstas digitalizei para o Carnaval do ano passado, RUI, precisamente devido ao ar chateado-que-nem-um-peru da criancinha, que já velhote ainda contava a chatice que eram aqueles Carnavais para ele... :))
Não costumo pôr aqui as fotografias de familiares, estas foi só pela graça! ;)