Há acasos estranhos: decidimos ir ao cinema ver "Invictus", mas por engano peguei no "Expresso" da semana passada e quando chegámos ao Londres - uma das nossas salas preferidas, pois não tem mastigadores de pipocas como acompanhamento sonoro, nem o respectivo odor enjoativo - já tinha saído de cartaz. Em alternativa, a exibição de "Precious" ou de "Tudo Pode Dar Certo", com decisão unânime por este último. Ainda faltava bastante tempo para o início, de modo que nos sentámos numa mesa esquecida num canto do snack-bar, que por sinal brilhava por uma grande confusão. Poucos minutos decorridos encontramos um casal amigo, conversa daqui e dali, quase chegávamos atrasados. Mas, no fim, tudo deu certo!
O protagonista dá pelo nome de Boris, um homem perturbado por imensos problemas existenciais, que se auto-considera um génio por entender tanto de física quântica (segundo o próprio menciona até à exaustão, esteve quase a receber um Nobel) como da humanidade em geral, onde apenas vislumbra aspectos negativos. E atira-se da janela! Fracassa no suicídio, mas em compensação consegue um internamento hospitalar prolongado, perder o emprego e, simultaneamente, acabar com o seu casamento e a vidinha privilegiada que levava anteriormente. A amargura persiste, não se cansa de divulgar as suas teorias pessimistas sobre política, religião, sexo e a estupidez do ser humano, embora no círculo mais restrito de uma vizinhança menos culta e elitista, que o toma pelo génio que afirma ser. Um dia depara-se com uma jovem fugitiva à porta de sua casa, que só lhe pede qualquer coisa para comer, mas que acaba por se instalar...
"Tudo Pode Dar Certo" ("Whatever Works", no título original) tem realização e argumento de Woody Allen e conta no elenco com Larry David, Evan Rachel Wood, Patricia Clarkson, Ed Begley Jr., Henry Cavill, entre outros.
Longe de ser fã de Woody Allen, há muito tempo que não ria tanto num filme, ainda por cima no seu estilo mais puro, de permanente conflito da personagem com o mundo! IMPERDÍVEL, para umas boas gargalhadas... (embora seja difícil simpatizar com o protagonista!)
Podem espreitar o trailer aqui ou o site acoli.
Imagem da net.
O protagonista dá pelo nome de Boris, um homem perturbado por imensos problemas existenciais, que se auto-considera um génio por entender tanto de física quântica (segundo o próprio menciona até à exaustão, esteve quase a receber um Nobel) como da humanidade em geral, onde apenas vislumbra aspectos negativos. E atira-se da janela! Fracassa no suicídio, mas em compensação consegue um internamento hospitalar prolongado, perder o emprego e, simultaneamente, acabar com o seu casamento e a vidinha privilegiada que levava anteriormente. A amargura persiste, não se cansa de divulgar as suas teorias pessimistas sobre política, religião, sexo e a estupidez do ser humano, embora no círculo mais restrito de uma vizinhança menos culta e elitista, que o toma pelo génio que afirma ser. Um dia depara-se com uma jovem fugitiva à porta de sua casa, que só lhe pede qualquer coisa para comer, mas que acaba por se instalar...
"Tudo Pode Dar Certo" ("Whatever Works", no título original) tem realização e argumento de Woody Allen e conta no elenco com Larry David, Evan Rachel Wood, Patricia Clarkson, Ed Begley Jr., Henry Cavill, entre outros.
Longe de ser fã de Woody Allen, há muito tempo que não ria tanto num filme, ainda por cima no seu estilo mais puro, de permanente conflito da personagem com o mundo! IMPERDÍVEL, para umas boas gargalhadas... (embora seja difícil simpatizar com o protagonista!)
Podem espreitar o trailer aqui ou o site acoli.
Imagem da net.
Deve ser interessante.
ResponderEliminarEsses são os temas preferidos de Woody Allen que não deixa de ser as obsessões de qualquer pessoa inteligente. No entanto a vida é mais simples.
A vida é muito mais simples, CARLOS, o que até um ex-suicida frustrado e rezingão percebe, embora a insistir na mesma tecla... :D
ResponderEliminarParece-me filme de que vais gostar! :)
fui ver o "men who stare at goats" e vim extremamente contente comigo mesmo por o ter ido ver. não é um filme óbvio mas é um filme com muito(s) nível(is) (digo eu que não percebo ada de cinema)
ResponderEliminarA proposta de abstinência, que escrevi no "ematejoca azul" é a da minha amiga Christa. Como tenho a tensão arterial muito baixa é-me impossível passar sem o meu café da manhã. Há alemães, que renunciam durante a Quaresma a ir ao cinema; como só vou ao cinema uma a duas vezes por ano, não seria nenhum sacrificio para mim renunciar a este filme do meu querido Woody. Já o tinha visto, se não fossem as temperaturas polares, que tiram a vontade de sair de casa. O Woody Allen é um dos meus realizadores preferidos.
ResponderEliminarSabes qual vai ser a minha renúncia deste ano, Teté?
A atitude de renúncia durante a Quaresma não tem a ver com a religião, é sim, um acto para aprofundar o sentido da nossa vida.
Realmente tudo deu certo, para ti,sem as pipocas, nem sabia que havia salas sem pipocas, até perguntei à neide, as pessoas não se incomodam como o barulho que todos fazem a mastigar as ditas? e ela; não, porque todos fazem o mesmo ehhhh...
ResponderEliminarbeijinhos, laura
São poucas as vezes que vou ao cinema.
ResponderEliminarTambém não gosto de Woody Allen e detesto pipocas.
Às vezes até calha bem ver um filme ao acaso.
És uma cinéfila completa.
Beijinhos Tété
A questão não é perceber de cinema, MOYLITO, basta gostar! Adoro cinema, como é óbvio, mas nem todos os filmes me agradam da mesma forma... Este, achei genial! :D
ResponderEliminarO título desse filme é muito sugestivo... :))
Oh, EMATEJOCA, essas renúncias, por religião ou qualquer outra razão, a mim passam-me ao lado! Para aprofundar o sentido da vida não me parece necessário renunciar àquilo que gosto de comer, beber ou fazer...
Agora é evidente que cada um faz o que lhe apetecer, por qualquer motivo que seja, que não tenho nada a ver com isso! :)
Felizmente que há cinemas sem pipocas e coca-colas, LAURINHA, que são os que eu e o maridão preferimos! Mais que o barulho do mastigar e sorver, o cheiro enjoativo incomoda mais... :p
ResponderEliminarBeijinhos, nina!
KIM, eu gosto de pipocas, só não gosto delas nas salas de cinema! O ruído é mau, mas o cheiro ainda é pior!
Felizmente cá em casa somos 3 a adorar cinema, mas já aconteceu eu ir para uma sala e eles irem para outra ao lado, pois os gostos divergem... :))
Beijinhos, amigo!
Vou anotar este para ir em quanto o dêem numa sala perto de mim ;)
ResponderEliminarainda bem que os teus amigos não te fizeram perder o filme
ResponderEliminargosto dele mas custa-me ver os filmes na tv, só em cine... pois aí é para ver até ao fim...
bom cine... sem pipocas
yaya
abrazo serrano
Já vi e adorei!!
ResponderEliminarSuponho que vais gostar, SUNZINHA! :))
ResponderEliminarBom, MIXTU, ver até ao fim no cinema tem os seus limites, que já várias vezes me apeteceu vir embora, sem ser por causa das pipocas... :D
Abrazo citadino para ti!
Bem me parecia que ias gostar deste, TERESA DURÃES! :)
Esse e o Homens que matam cabras com o olhar já estão na minha mira eheheheh! =)
ResponderEliminarAs pessoas que geralmente se auto-descrevem como génios são na realidade atormentadas por uma enorme insegurança e complexo de inferioridade, tanto que necessitam de ser admiradas...conheço alguns assim, que se dão maioritariamente com pessoal menos culto ou fora da área deles, precisamente por precisarem da admiração e adulação. Acabam por ser mais uns pobres desgraçados que caem na depressão e culpam todos pelo seu infortunio. E nem reparam que os unicos culpados são eles mesmos...claro que isto é pessoal eheheh...
Ah, estás à vontade, VANI, que o personagem do filme é mesmo um cromo! :D
ResponderEliminarMas aposto que deste vais gostar!!! Há lá coisa mais patética do que um suicída frustrado?! :))