"O Jogo da Verdade", o último romance de Sveva Casati Modignani, não me convenceu! A escritora italiana tem livros publicados em vários países do mundo e um sucesso de vendas invejável.
Sem ter nada contra finais felizes, no livro (de fácil leitura) abundam homens a puxar para o joelhito no chão em grandes declarações amorosas ou para o beija-mão às lindas, inteligentes e cultas mulheres por quem se apaixonam perdidamente. Num livro de 2009? 410 páginas de pinga-amor?! Admite-se até meados do século passado, em Corín Tellado ou Barbara Cartland, mas agora? OK, o enredo desenvolve uma longa saga familiar, com algumas nuances psicológicas das personagens (no geral, muito apatetadas!), mas mesmo que perspectivado em várias épocas, a mentalidade dominante é completamente retrógrada.
Deu discussão no Clube de Leitura, porque as que já tinham lido outras obras da autora gostaram (embora concedessem que este não era o seu melhor), as restantes acharam uma lamechice pegada, com D. Juans de meia-tigela a mais e mulheres sem garra a menos, como patente na seguinte citação:
"[...] se tu tivesses vivido o Maio de 68, e tivesses acreditado nos sonhos que contávamos umas às outras e pelos quais nos batemos inutilmente, tiravas esse véu que tens à frente dos olhos e vias a realidade tal como ela é: nós, mulheres, estamos destinadas a sofrer por homens que não querem saber de nós. E não é tudo, quando por desgraça encontras um que te diz sim, o desastre está garantido. Nós procuramos o amor, eles procuram a comodidade. [...]"
Sem ter nada contra finais felizes, no livro (de fácil leitura) abundam homens a puxar para o joelhito no chão em grandes declarações amorosas ou para o beija-mão às lindas, inteligentes e cultas mulheres por quem se apaixonam perdidamente. Num livro de 2009? 410 páginas de pinga-amor?! Admite-se até meados do século passado, em Corín Tellado ou Barbara Cartland, mas agora? OK, o enredo desenvolve uma longa saga familiar, com algumas nuances psicológicas das personagens (no geral, muito apatetadas!), mas mesmo que perspectivado em várias épocas, a mentalidade dominante é completamente retrógrada.
Deu discussão no Clube de Leitura, porque as que já tinham lido outras obras da autora gostaram (embora concedessem que este não era o seu melhor), as restantes acharam uma lamechice pegada, com D. Juans de meia-tigela a mais e mulheres sem garra a menos, como patente na seguinte citação:
"[...] se tu tivesses vivido o Maio de 68, e tivesses acreditado nos sonhos que contávamos umas às outras e pelos quais nos batemos inutilmente, tiravas esse véu que tens à frente dos olhos e vias a realidade tal como ela é: nós, mulheres, estamos destinadas a sofrer por homens que não querem saber de nós. E não é tudo, quando por desgraça encontras um que te diz sim, o desastre está garantido. Nós procuramos o amor, eles procuram a comodidade. [...]"
(uma ex-revolucionária, mesmo que desencantada, encolhe os ombros e afirma a inutilidade da causa em que se empenhou?!)
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A próxima sessão, agendada para dia 6 de Março, vai ser para reler: "A Insustentável Leveza do Ser", de Milan Kundera. Até lá, pode ser que apareça algum livro de riso e esquecimento...
quem sabe se a autora anda a atravessar uma crise sentimental e tenha demonstrado no livro o que ela queria que lhe acontecesse... :e
ResponderEliminarpara lamechices já bastam as declarações de amor que me faço ao espelho todas as manhãs. ass: narciso :D
ResponderEliminarEis um jogo que não existe...
ResponderEliminarNão conheço a autora.
ResponderEliminarMas a "Insustentável Leveza do Ser" para as leitoras do clube de certeza que vai ser um sucesso.
Ahahahah, náo me apanham a ler essa senhora... :D
ResponderEliminarJá li a insustentável leveza do ser...aos 14 anos...não percebi nada e passei o tempo a rogar pragas ao protagonista!!! :-w
Prometi a mim mesma que haveria de voltar a le-lo...mnas o tempo aperta agora...
Esse tipo de livro já cansa, não à uma história consistente, interessante. É sempre a mesma lenga lenga!
ResponderEliminarBesito
Eu já li um livro desta autora creio que era " Uma Chuva de Diamantes" mas não lembro se era bem assim o titulo e para ser franca também não faz o meu género.
ResponderEliminarE agora também não tenho tido muito tempo para leituras.
Beijokitas
Duvido, VÍCIO! É mais para o lado da escritora arranjar uma fórmula que agrade à maioria das mulheres italianas... ou outras! Que resulta, pelos vistos! :p
ResponderEliminarUi, ui, MOYLITO, arranja um espelho de corpo inteiro, senão de joelho no chão não vês a tua bela face... :D
Só nos sonhos (talvez comerciais) desta escritora, REIZÃO! ;;)
Já li o livro há uns 20 e tal anos atrás, CARLOS, não sei se o "feeling" será o mesmo, na altura gostei bastante! :)
ResponderEliminarÉ, VANI, parte da curiosidade que tenho também é essa, que também já li há 20 e tal anos, mas as sensações mudam com o tempo... ;)
Perfeitamente de acordo, BRANQUINHA! No caso, várias das historietas narradas não me pareceram nada consistentes... :)
ResponderEliminarBesitos!
É, ela tem um livro com esse título (ou mais ou menos), PARISIENSE, mas também já não tenho pachorra para paixões assolapadas de ela muito linda e ele muito tonto (ou vice-versa)! :))
Beijokitas, nina!