Só posso confirmar que foi uma excelente leitura de férias! Policial, situado em paisagens angolanas, com a ironia, o sarcasmo e o espírito crítico de Pepetela* (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos), ri que nem uma maluca em diversas esplanadas algarvias. Por vezes, com frases ou parágrafos, que dão mais azo a pensar ou até chorar!
Jaime Bunda é um jovem recrutado como detective para um serviço policial angolano de elite, por obra e graça de um primo, Director Operativo, que o considerou muito observador e, "evitando as formalidades da praxe", foi admitido com "um abaixo a burocracia que impede o combate eficaz ao crime". O chefe, Chiquinho Vieira, não concordou com a contratação, mas não podendo actuar, deixa o protagonista a estagiar, a estagiar e a estagiar. As características mais notórias de Jaime - para além da enorme bunda que lhe serve de alcunha desde o tempo de escola - são as suas capacidades de comer e de beber desmesuradamente, a sua vontade de se mexer o mínimo e a de obter todas as mordomias a que sente ter direito. Afinal, é um leitor assíduo da literatura policial americana, grande fonte de toda a sua sapiência! Um dia, apresentam-lhe um caso para investigar...
Dos enredos policiais não desvendo os segredos, mas a personagem acaba sempre por se sair bem (uma perna partida, o que é isso?) apesar de disparates atrás de disparates, de um potencial ditador com o espírito mesquinho inerente. E ele nem é o pior...
*******
* Não precisava de elogiar Pepetela, que recebeu o prémio Camões em 1997 (o deste ano é do brasileiro João Ubaldo Ribeiro), mas se li e amei, porque não dizê-lo?
** A foto é minha, numa "mini-produção" fotográfica. Obviamente, não andei a alancar com os dois livros em simultâneo...
*******
Para quem nunca tenha lido, para os mais curiosos, etc. e tal, aqui ficam algumas citações dos dois livros:
"Jaime desligou, achando que Pica-Chouriços exagerava um bocado nas queixas e reivindicações, bolas, os soldados servem mesmo para isso, aguentarem a batalha enquanto os oficiais estudam os mapas. Às vezes uns oficiais ficam apenas a jogar às cartas, dizendo que estão a elaborar estratégias enquanto os soldados se deixam massacrar, também acontece, mas este pensamento nem aflorou a sua desorientada mente."
"Foi depois para o estrangeiro, primeiro para Portugal, depois Inglaterra, mas nada conseguiu estudar, o tempo era pouco para a farra. Vivia do dinheiro do pai e ainda assim conseguia arranjar bolsas de estudo, pois já se sabe que o dinheiro chama dinheiro, o que a alguns parecerá flagrante injustiça. Regressou há tempos de Inglaterra, sem mesmo um certificado qualquer de um curso para limpar garagens com mangueira de meia polegada."
"Na televisão, Charlô foi Director das Boas Regras, quer dizer, a pessoa que devia fazer a censura a tudo o que era editado. Por isso se designava a si próprio endireitor, pois endireitava o que os outros escreviam torto."
"Jaime Bunda estava horrorizado. Como podiam detestar tanto quem fazia aqueles fabulosos filmes de acção e escrevia os melhores livros policiais? Ó gentinha ignorante, rancorosa e invejosa. Então não eram os americanos os melhores amigos do mundo, sempre prontos a defender a democracia, mesmo que às custas de uns quantos bombardeamentos selectivos?"
Jaime Bunda é um jovem recrutado como detective para um serviço policial angolano de elite, por obra e graça de um primo, Director Operativo, que o considerou muito observador e, "evitando as formalidades da praxe", foi admitido com "um abaixo a burocracia que impede o combate eficaz ao crime". O chefe, Chiquinho Vieira, não concordou com a contratação, mas não podendo actuar, deixa o protagonista a estagiar, a estagiar e a estagiar. As características mais notórias de Jaime - para além da enorme bunda que lhe serve de alcunha desde o tempo de escola - são as suas capacidades de comer e de beber desmesuradamente, a sua vontade de se mexer o mínimo e a de obter todas as mordomias a que sente ter direito. Afinal, é um leitor assíduo da literatura policial americana, grande fonte de toda a sua sapiência! Um dia, apresentam-lhe um caso para investigar...
Dos enredos policiais não desvendo os segredos, mas a personagem acaba sempre por se sair bem (uma perna partida, o que é isso?) apesar de disparates atrás de disparates, de um potencial ditador com o espírito mesquinho inerente. E ele nem é o pior...
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* Não precisava de elogiar Pepetela, que recebeu o prémio Camões em 1997 (o deste ano é do brasileiro João Ubaldo Ribeiro), mas se li e amei, porque não dizê-lo?
** A foto é minha, numa "mini-produção" fotográfica. Obviamente, não andei a alancar com os dois livros em simultâneo...
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Para quem nunca tenha lido, para os mais curiosos, etc. e tal, aqui ficam algumas citações dos dois livros:
"Jaime desligou, achando que Pica-Chouriços exagerava um bocado nas queixas e reivindicações, bolas, os soldados servem mesmo para isso, aguentarem a batalha enquanto os oficiais estudam os mapas. Às vezes uns oficiais ficam apenas a jogar às cartas, dizendo que estão a elaborar estratégias enquanto os soldados se deixam massacrar, também acontece, mas este pensamento nem aflorou a sua desorientada mente."
"Foi depois para o estrangeiro, primeiro para Portugal, depois Inglaterra, mas nada conseguiu estudar, o tempo era pouco para a farra. Vivia do dinheiro do pai e ainda assim conseguia arranjar bolsas de estudo, pois já se sabe que o dinheiro chama dinheiro, o que a alguns parecerá flagrante injustiça. Regressou há tempos de Inglaterra, sem mesmo um certificado qualquer de um curso para limpar garagens com mangueira de meia polegada."
"Na televisão, Charlô foi Director das Boas Regras, quer dizer, a pessoa que devia fazer a censura a tudo o que era editado. Por isso se designava a si próprio endireitor, pois endireitava o que os outros escreviam torto."
"Jaime Bunda estava horrorizado. Como podiam detestar tanto quem fazia aqueles fabulosos filmes de acção e escrevia os melhores livros policiais? Ó gentinha ignorante, rancorosa e invejosa. Então não eram os americanos os melhores amigos do mundo, sempre prontos a defender a democracia, mesmo que às custas de uns quantos bombardeamentos selectivos?"
Opa!Vou correndo ver se encontro esse livro na loja.Gostei e ri dos trechos aqui,pelos nomes utilizados.
ResponderEliminarE João Ubaldo Ribeiro---baiano--weeeeeeeeeeee--maravilhoso!Recomendo a leitura de (um)de tantos livros dele intitulado:"Viva o povo brasileiro!",ironia,sarcasmo e também muita graça com o tempero baiano a bailar por sobre as palavras nesse livro que narra as desventuras que é nascer neste país tão diverso em tudo.
Obrigada pela "desbundada"!
Beijo e bons ares por aí!
Gosto mais de "westerns"!
ResponderEliminarevitando as formalidades da praxe?
ResponderEliminarcoisa tão banal para o comum cidadão português!
Li alguma coisa do Pepetela no século passado, já nem lembro o quê. Acho que vou retomar um dia destes. (A foto foi para dares inveja ou para espremeres saudades? (`_^)
ResponderEliminarAhahahahaahah.....é um escritor que tambem gosto muito.....até porque nasceu em Benguela como eu, retrata muito bem aquela cidade o que me faz reviver todos aqueles cantinhos e tem um sentido de humor bem apurado.
ResponderEliminarComo tu diverti-me imenso a ler o dectective Jaime Bunda que só o nome já lhe acenta que nem uma luva.
Mas o livro que até hoje mais me ficou de Pepetela foi sem duvida " A Geração Utopia". Um dia ainda falarei desse livro.
Beijokitas
'Pica Chouriços' é muito bom...ha ha aha aha a
ResponderEliminarAproveito teres falado do prémio Camões para sondar a tua opinião: sou só eu que acho estranho o painel de candidatos serem exclusivamente autores brasileiros e, curiosamente, o presidente do juri também? E, sou só eu que acho curioso isto acontecer quando se acaba de assinar o acordo (blarghm) ortográfico? Ou ando a sonhar com teorias da conspiração?
Não gostei. Feriu o orgulho luso que alguma parte ainda lateja em mim.
Além disso, pelo que percebi, o tal de Ubaldo é um estilo de Henry Miller lusófono, não? Não me parece que o nosso casto poeta apreciasse patrocinar o elogio do deboche, mas enfim...
E, repara, não tenho nada de puritana, só não gostei da cara do tipo. Mas, como não li a obra, fico-me pela impressão, que vale apenas e só como tal.
Beijos para a minha crítica literária preferida! ;)
Errata: reparei num erro de concordância que apenas posso atribuir ao meu extremo cansaço mental, de tão farta que estou de estar neste escritório.
ResponderEliminarPOr favor, onde se lê 'o painel de candidatos serem exclusivamente autores brasileiros ', leia-se
'o painel de candidatos ser exclusivamente composto por autores brasileiros '
Assim tá melhor, né?
Sim, sim, sou preciosista...chatinha, mesmo. ;)
Muito grata, bjs
Não sabia que a Marina Mota se chama Jaime...
ResponderEliminarando com curiosidade de me meter em pepetelices... =D
ResponderEliminarA foto está espectacular, tete!
ResponderEliminarSr.ª Safira:
ResponderEliminarNão ligue a esses factos que anotou com pertinência.
O Brasil é um país enorme que, em termos do meu apreço social, cultural e etc. e tal... cabe-me no bolsito das moedas!
Olha a Grafonola, por aqui...
ResponderEliminarEmprestas-me 50 cêntimos para o bagacito?
KÁTIA, fiquei com curiosidade de conhecer a escrita do João Ubaldo Ribeiro, que já antes do prémio tinha sido aconselhada pela Sun Iou Miou. Ainda será por este Verão, certamente!
ResponderEliminarO Pepetela é mesmo uma leitura de férias divertida! :)
Jinhos, nina soteropolitana!
Quem diria que um CAPITÃO gostava de cobóiadas? ;)
VÍCIO e achas que eles aprenderam com quem??? ;)
SUN, estes são muito divertidos! A foto foi tirada já no último dia (depois de ter lido os livros), para ver se saía qualquer coisa de jeito para colocar aqui - sempre é mais original do que ir "sacar" as capas às editoras... (^_^)
ResponderEliminarPARISIENSE, gostei tanto, que certamente não me vou ficar por estes dois. O primeiro (Agente Secreto) passa-se em Luanda o outro precisamente em Benguela.
Fico a aguardar então que escrevas sobre essa "Geração Utopia"! :)
Jinhos, nina!
Oi. Já li em vários jornais e revistas que o grande Pepetela é mesmo grande Escritor...
ResponderEliminarA foto está bestial e cheia de charme ...estás a aprender umas coisas em fotografia..é assim mesmo...daqui nada tás fotógrafa da moda! quem sabe!...
Beijinho.
Bom, SAFIRITA, tive de ir pesquisar (para este género de coisas a Wikipédia é boa) e o prémio é concedido pelos governos de Portugal e do Brasil, pelo conjunto da obra de autores que tenham contribuído para a divulgação da língua portuguesa, normalmente alternando entre escritores portugueses e brasileiros, desde 1989. Assim, já receberam o prémio 9 portugueses, 8 brasileiros, 1 moçambicano, 1 angolano (Pepetela) e ainda Luandino Vieira, que suponho ter dupla nacionalidade portuguesa e angolana (que o recusou).
ResponderEliminarAssim sendo, não me parece que exista nenhuma teoria da conspiração...
Nunca li o Ubaldo, mas mesmo antes do prémio já a Sun o tinha aconselhado. Curioso ainda é que o autor ficou mais conhecido cá no burgo, porque dois grandes hipermercados resolveram não o pôr à venda, dado o seu conteúdo erótico/escandaloso (ou pelo menos foi a razão que forneceram). E já sabes como é malta: proibido??? toca a comprar!
Ah e essas coisas às vezes acontecem, uma vez escrevi um "explêndido" em comentário, quando vi até corei. Também sou "minhoquinhas" com a minha escrita, não gosto de dar erros, os ortográficos ainda me parecem pior. Os meus, note-se! Porque acho que tenho obrigação de não os dar, o que é uma maluqueira como outra qualquer...
Ah, ah, ah, agora já sei o que responder, quando me perguntarem a profissão: sou crítica literária bloguista!!! :)))
Beijocas!
REI, desculpa lá, mas nunca reparei na bunda da Marina. Era para reparar???
ResponderEliminarQuanto aos restantes comentários, lê o que respondi à Safira (OK, o 1º parágrafo chega!) ;)
VAN, estes dois são mesmo muito divertidos!
A foto, está claro, foi a que resultou melhor de várias tentativas... :)))
LAURINHA, gostei muito mesmo dos livritos! Pepetela não cai naquela crítica chatinha e miserabilista (e pelo que li, fiquei com ideia que a terra que tanto amas tem muito por onde se lhe pegue, nomeadamente a nível de corrupção), efectua-a com um sentido de humor extraordinário.
Hummm... já me contentava em ser uma fotógrafa amadora razoável e é para isso que estou a "treinar"!
Jinhos, nina!
oh...acho mal. Pronto, agora tenho de inventar outra teoria da conspiração qualquer...
ResponderEliminarMas ainda assim, não querendo ser (muito )chata, acho bem que seja alternado, e espero então ver um digno representante de Cabo Verde e de S Tomé e Príncipe em breve, mas parece-me que não considerar mais nenhum autor que não brasileiros no painel é de mau gosto. Embirrei com isto, o que é que queres?...;)
Bom, se a Sun já leu e recomendou, retiro o que disse, por ser sem conhecimento de causa. MAs que o tipo tem cara de tarado...isso tem! ;)
podes crer, tb detesto ser apanhada na curva da ortografia, ...e o expontaneo? É a mesma 'gaita'. Ando sempre a deletar, que me sai o raio do 'x'... espontaneamente ;)
Beijo
PS: posso dar só um alôzinho ao Sr. Rei da Lã que tão simpaticamente defendeu a minha causa? Olá, Sr. Rei da Lã!!! Que a sua bolsa esteja sempre cheia de moedas mas que o seu coração nunca se feche ao irmão brasileiro. Há alguns que são porreiros...não os que me mandam bocas parvas quando passo, mas pronto, imagino que não sejam todos malcriadões e vigaristas.
nunca tive grande curiosidade por escritores africanos, mas a descrição aguça mesmo a curiosidade:)
ResponderEliminarNão te preocupes, SAFIRA, que teorias da conspiração não faltam nesta terra!
ResponderEliminarCá por mim fiquei com curiosidade de ler o Ubaldo, do que não gosto mesmo é de censuras, muito menos se efectuadas lá pelos administradores dos hipermercados... E se não gostar, também digo que não gostei, ou até nem falo no assunto!
Quanto ao teu alô ao Rei da Lã estás à-vontade, mas, tal como tu, não acredito em generalizações: pessoas "mal formadas" há em todo o lado, fácil era se fossem todas da mesma nacionalidade, religião, raça, orientação sexual, etc. e tal... ;)
Jinhos!
(xi pá, isto hoje é com cada post dentro do post!)
MOYLE, também nunca tive grande curiosidade por escritores africanos, até ler o Agualusa (As Mulheres do Meu Pai).
Ando a pôr-me em dia... e estou a gostar bastante! :)
Já li o Agente Secreto e é como tu dizes: humor e ironia numa escrita bem inteligente! Também gostei muito. O outro ainda não conheço mas não deve faltar muito! ;)))
ResponderEliminarPois, SU, então assim em férias, um livro bem humorado, numa escrita inteligente, é uma achado! :)
ResponderEliminarVixe! O caldo virou e a panela derreteu por aqui foi Teté?lol lol
ResponderEliminarVou ter que me meter...
Amiga Safira,de forma alguma vou de contra seu comentário.E sim,é muito natural que o prêmio dado ao João Ubaldo Ribeiro,um brasileiro e baiano tenha ferido seu espírito saudavelmente luso.Mas,faço minhas as palavras da Teté,que explicou belíssimamente como se dá o tal prêmio.Então,realmente não houve nenhuma conspiração.Quanto ao tal acordo,saiba que eu desse lado também o desaprovo.Penso que cada país,deva ter suas peculiaridades respeitadas,mesmo que falem a mesma língua.Quanto ao "deboche" que conferiu ter o autor,eu só digo que sim.A sua escrita tem um sarcasmo fino,debochado e também crítico até a alma.Conforme sugeri a Teté,leia também o livo:"Viva o povo brasileiro".Se ele é erótico e/ou escandaloso então Jorge Amado é o quê???Das duas uma:Ou vai entender que sua escrita tem um deboche pertinente ou vai odiar o Brasil e ainda mais o João.Quanto a cara daquele Senhor ser de tarado...lol,lol...o que eu sei é que ele é um senhor muito bem casado e a cara dele é assim porque gosta muito de tomar uns "gorós",ou melhor é movido a álcool.Mas,não se assuste é uma bela pessoa.Eu o conheço pessoalmente e garanto.
Sr. Rei da Lã...meus respeitos!Mas achei deveras preconceituoso seu comentário.Se eu fosse deitar fora aqui ou em qualquer outro espaço o que sei e/ou ouço falar mal da Europa,em especial da França,Espanha e Portugal e respectivamente de seus povos,eu penso que não teria sentido vir ao espaço da Teté.E assim como a Safira manifestou-se em relação ao prêmio,eu também me manifesto em repúdio a teu comentário feio.
:P
Olha Teté,vou-me embora porque já me intrometi demais!
:)))
Fizeste muito bem em responder, KÁTIA!
ResponderEliminarNo dia em que aparecer aqui alguém a insultar-me a mim ou a qualquer outro comentador, podes ter a certeza que apago o comentário.
Já generalizações, pois, são as palavras que falam pelos preconceitos de cada um. Ou, às vezes, só porque naquele dia se acordou com os pés de fora da cama, com um deles enfiado no penico...
Vou voltar ao tema dos preconceitos, um dia destes!
Beijocas grandes, amiga soteropolitana! :D
Bem...acho que se estão a tirar conclusões precipitadas. Odiar o Brasil??? LOL! Hei-de contar isto aos meus primos do Leblon da próxima vez que falar com eles. É que eu tenho família brasileira, Kátia...três gerações, já.
ResponderEliminarQue fique bem claro que me manifestei apenas e só contra o prémio e a totalidade do painel ser de autores brasileiros. Não contra a Nação Brasileira. Não me faz qualquer sentido, se o prémio comemora a lingua Portuguesa e os povos que nela se expressam. O orgulho luso fica ferido apenas por nenhum autor ser contemplado no painel. Pensaria o mesmo se o painel fosse exclusivamente angolano ou moçambicano. Ou português, atenção. Que isto fique bem claro.
Quanto à minha opinião do autor, revejo-a em alta com a informação de que ele se move a alcool, já que eu também aprecio um copito de vez em quando, embora com moderação ;)
Bom, mais a sério agora, Teté, peço desculpa se de alguma forma o meu comentário ofendeu e deu azo a mal entendidos. Tenho por norma não comentar comentários, a não ser se for para me meter com os bloggers habituais com quem já tenho um patamar de relação diferente, e entrar nos delírios do 'ora mata, ora esfola'. Não emiti opinião sobre o comentário do rei da lã, mas demarquei-me da posição por ele assumida com a elegância possível, uma vez que me vi, involuntariamente associada. Talvez isso tenha passado ao lado, mas está lá. Julgo que ninguém anda aqui para ofender ninguém, e também temos de relativizar um pouco; não se deve levar tudo à letra. Olha se eu me fosse chatear de cada vez que leio que os franceses são snobs, porcos e antipáticos?? Lá haverá uns que são, mas epá, é lá com eles, e se os não franceses pensam que são todos assim, eu limito-me a encolher os ombros e dizer'oh qe tontice'. Também acho que a Kátia fez bem em responder. Mas da sua resposta resultou.me a sensação que me estão a colar às costas um preconceito que, de todo, não existe, e mais, que absolutamente condeno. Só por isso voltei a comentar este texto, e isto após aturada reflexão, e sempre com a confortável rede do teu poder de 'deletagem'. Para esclarecer que não tenho absolutamente nada contra o Brasil e os brasileiros. E que muitas vezes 'ralho' com amigos meus que têm preconceitos estúpidos e que se 'portam' mal ao pé de mim. Incomoda-me, e muito, a xenofobia gratuita. Mas, da mesma forma que há maus portugueses, maus franceses, maus espanhóis, maus americanos, epá, há maus brasileiros. E isto também tem de ser um facto comummente aceite, certo? Não vamos ser sempre politicamente correctos se tivermos efectivas razões de queixa. Ou vamos, a bem de não nos vermos conotados com preconceitos?
Mas bom, já me estou a afastar da questão, isto ficará para o post do preconceito, que fico a aguardar ansiosamente.
Beijo grande e desculpa o 'direito de esclarecimento'
Kátia, um beijinho também, espero que não haja ressentimentos.
Safira:Obrigada pela resposta.Mas,vai cá alguns esclarecimentos.Não colei as tuas costas a tarja de preconceituosa,pelo contrário pontuei a questão do seu desgosto pelo prêmio e compreendo-te perfeitamente.Também me iria indignar se num evento desses só privilegiassem autores de uma nação.Que foi o que você fez e foi compreendido totalmente.
ResponderEliminarO João Ubaldo,mora na Ilha de Itaparica--não sei se já ouviu falar desse lugar aqui na Bahia--e de lá ele passa dias tomando suas cachacinhas e cervejas bem geladas,debaixo do sol escaldante e é muito fácil pegar um barco e atracar por lá e vê-lo tomando umas tantas em botecos da região.Ouvi dizer que esteve proibido de beber por médicos que o acudiram em um de seus ataques edílicos,mas o danado continua a fazer do copo seu amigo e companheiro.Porém,ainda assim é um ser excepcional para conversar e contar uns casos dos bons.E quanto aos seus livros,sou mesmo suspeita para falar,só reitero a minha recomendação.
Tu tens parentes cá e eu também por aí,então nem tenho porque enfatizar ironias em relação ao povo português ou assim.
Aos demais também não tenho o que dizer.Preconceito é algo que vem de dentro e que conhece quem o tem em pequenos pormenores como por exemplo escrever em blogs,seja em comentários,seja postando.Mas,só para deixar claro não a rotulei como tal.
E Teté que já está acostumada comigo pode bem afiançar que ressentimentos não tenho e não os terei.
Receba meu abraço caloroso e amigo e agradeço pela sua presteza,
delicadeza e educação--tão típicos das pessoas que são portuguesas e pelas quais estou acostumada a lidar-- em responder ao meu comentário.
Muito obrigada!
Beijo para as duas**!
SAFIRITA, ná, não te colei às costas preconceito nenhum, que te entendi lindamente.
ResponderEliminarMas fizeste bem em esclarecer! :)))
Jinhos!
KÁTIA, já percebi que também ficaste esclarecida! :)))
Jinhos!