Já há largos anos que não trabalho fora de casa!
Não por escolha própria, mas pela simples razão que os negócios do patrão não estavam a correr pelo melhor, resolveu fechar parte deles - provavelmente os menos lucrativos - saí nessa leva! Ainda tive sorte, que mais tarde ele foi à falência, alguns dos funcionários que permaneceram na empresa não receberam os seus ordenados na totalidade! Quase aos 40 anos, casada e com o filhote ainda pequeno? Pois, levei um susto!
Inscrita no IEFP, calculava que as hipóteses de emprego não seriam muitas. Se mais nova, solteira e sem filho me eram recusados por "excesso de habilitações"?! Exigências, não fiz nenhumas! Obviamente, também não tinha ar de pobre coitada que aceita ir limpar retretes num centro comercial suburbano, com uma remuneração inferior à da mínima nacional. Acrescente-se também que nunca tive de alugar um camião TIR para trazer para casa os proventos do meu trabalho. Longe disso! 22 anos a trabalhar (em várias empresas), 22 a estudar, alguns em simultâneo, para dar nisto?
Por muito que custe, a malta habitua-se a tudo! A bocas foleiras de "tu não queres é fazer nenhum!", a presunções de "já que não tens nada que fazer..." (segue-se um rol de actividades convenientes ao próprio) ou simpáticos conselhos de "aproveita para sair e divertires-te, não fiques enfurnada em casa". Bitolas variadas!
A enorme desvantagem do desemprego é depender dos outros, monetariamente.
A grande vantagem é ter "todo o tempo do mundo" para acompanhar filhos, pais, cônjuge, familiares e amigos, quando eles mais precisam...
O que ainda me custa mais, hoje em dia, é verificar que cada vez mais amigos e conhecidos de 40 ou 50 e tal anos entram nas filas do desemprego, enquanto aos mais jovens também não é fornecida nenhuma alternativa viável, exceptuando a via da emigração!
Assim, não se segue em frente!
Foto daqui
Não por escolha própria, mas pela simples razão que os negócios do patrão não estavam a correr pelo melhor, resolveu fechar parte deles - provavelmente os menos lucrativos - saí nessa leva! Ainda tive sorte, que mais tarde ele foi à falência, alguns dos funcionários que permaneceram na empresa não receberam os seus ordenados na totalidade! Quase aos 40 anos, casada e com o filhote ainda pequeno? Pois, levei um susto!
Inscrita no IEFP, calculava que as hipóteses de emprego não seriam muitas. Se mais nova, solteira e sem filho me eram recusados por "excesso de habilitações"?! Exigências, não fiz nenhumas! Obviamente, também não tinha ar de pobre coitada que aceita ir limpar retretes num centro comercial suburbano, com uma remuneração inferior à da mínima nacional. Acrescente-se também que nunca tive de alugar um camião TIR para trazer para casa os proventos do meu trabalho. Longe disso! 22 anos a trabalhar (em várias empresas), 22 a estudar, alguns em simultâneo, para dar nisto?
Por muito que custe, a malta habitua-se a tudo! A bocas foleiras de "tu não queres é fazer nenhum!", a presunções de "já que não tens nada que fazer..." (segue-se um rol de actividades convenientes ao próprio) ou simpáticos conselhos de "aproveita para sair e divertires-te, não fiques enfurnada em casa". Bitolas variadas!
A enorme desvantagem do desemprego é depender dos outros, monetariamente.
A grande vantagem é ter "todo o tempo do mundo" para acompanhar filhos, pais, cônjuge, familiares e amigos, quando eles mais precisam...
O que ainda me custa mais, hoje em dia, é verificar que cada vez mais amigos e conhecidos de 40 ou 50 e tal anos entram nas filas do desemprego, enquanto aos mais jovens também não é fornecida nenhuma alternativa viável, exceptuando a via da emigração!
Assim, não se segue em frente!
Foto daqui
Dada a actual conjuntura, não me espanta que estejas nessa situação. É algo que me assusta, poder vir a viver algo do género, pelo que me abstenho de te mandar essas bocas foleiras pelo facto de não trabalhares fora de casa, como muito bem ressalvas.
ResponderEliminarBeijocas!
Pois Tété eu já fui emigrante e posso dizer-te que já me arrependi inumeras vezes de ter vindo para aqui, porque pelo mesmo trabalho que fazia em França (num escritorio) aqui ganho hoje três vezes menos do que ganhava em França á 15anos atrás........dá para entender?????Não não dá!!!
ResponderEliminarNão, porque a vida está tão cara aqui como lá e falo nos bens de primeira necessidade e eu sei porque vou lá todos os anos ....
Neste país não se dá valor as pessoas que trabalham mas sim as que tem DR. Eng. ...etc...pouco importa se são patrões, directores ou outra coisa qualquer.
E eu sei o que digo, pois o m/marido teve uma empresa e foi muito criticado pela maneira como lidava com o pessoal por ser como um deles e trabalhar a par com eles.
A diferença é que o meu marido trabalhou em mais de 20 paises em grandes obras(pontes, centrais nucleraes) e em que todos tem de estar unidos para que o trabalho tenha resultado positivo. E tão importante era quem limpava o lixo que eles faziam, como o meu marido director da obra, porque sem os outros empregados ele não fazia a obra sozinho, só por ser director.
E essa mentalidade está ainda muito longe no n/país.
Eh pá já me estiquei.......
Jokitas e aproveita da melhor forma "Todo o tempo que tens".
Como eu me revejo nalgumas das tuas palavras!!
ResponderEliminarBeijinhos :)
e depois há uns que vão engolindo unas "sapitos" durante o mês para não entrar nessa fila interminável! Ter todo o tempo do mundo é bom, não podemos é deixar para trás o nosso!
ResponderEliminarÓ RAFEIRITO, este post não era para ser nenhum "muro de lamentações", mas de facto estou a ficar preocupada, até porque a malta nova que tem curso superior e boas notas, etc., está toda a pirar-se para o estrangeiro, porque cá não lhes dão oportunidades nenhumas, quando muito um estágio não ou mal remunerado, para no final ser substituído por outro estagiário... que assim o patronato vê o serviço feito, sem que ter de desembolsar o devido valor pelo trabalho efectuado.
ResponderEliminarCom esta mentalidade, não se vai a lado nenhum!
Beijoca!
Pois é PARISIENSE, a mentalidade tuga ainda é muito "pato-bravo": eu sou o dono e patrão, pago (muitas vezes mal e porcamente), portanto os meus trabalhadores devem-me obediência cega, além que tenho de os pôr na ordem, para não restarem dúvidas de quem manda cá no tasco.
ResponderEliminarClaro que sozinhos não fazem nada, mas essa ordem de ideias custa-lhes a entender. E de vez em quando ainda protestam, "dizem que há desemprego, mas o que esta malta não quer é trabalhar". Isto quando não encontram UM trabalhador que aceite trabalho escravo pelo preço da uva mijona.
Trabalhei numa empresa de construção civil em que iam buscar os empregados a CASA, à noite ou ao fim de semana, quando surgia um caderno de encargos de última hora... Esta "última hora" normalmente tinha a ver com o engº encarregue do assunto, que andava a fazer não sei o quê até de repente lhe darem as pressas, tipo em cima do prazo...
Se emigrasse, não voltava a não ser para visitar a familia!
Por mim, podes "esticar-te" à vontade! ;)
Jinhos, nina!
Imagino que sim, CONCHITA! Mas não és a única, que encontro outros bloguistas que passaram ou passam pelas mesmas dificuldades.
ResponderEliminarDe qualquer forma, torço para que esse teu novo emprego dê certo, pelo menos até arranjares outro melhor... Jinhos! ;)
Pois olha, INÊS, conheço alguns que mesmo engolindo sapos e tudo não escaparam.
Claro que esse "todo o tempo do mundo" é teórico, por vontade da minha mãe ia quase todos dias lanchar chá e torradas com ela (ou melhor dizendo, quando ela não tivesse outro programa). Nunca fui, a não ser uma vez ou outra esporadicamente. Senão depois virava obrigação... ;)
agora não te safas, com tanto tanto "do mundo" temos que ir aos caracóis...
ResponderEliminarQuando quiseres, INÊS! :)
ResponderEliminarPois... essa ideia que todas as mulheres que não têm emprego são dondocas e que não fazem nenhum está bem enraízada nas mentalidades (e acho que são as mulheres que "criticam" mais ou que mais "bocas" mandam).
ResponderEliminarEu estou na mesma situação há já 3 anos e só há muito pouco tempo é que deixei de ouvir a sogra a perguntar "e o quê que a menina faz para se distrair?"!
Felizmente a situação não nos afecta muito cá em casa (o facto de não termos filhos facilita as coisas) e não me sinto nada "pesada" nem "inútil". Sempre tivemos uma conta só para onde vai todo o dinheiro que entra e foi-me concedida a "pasta de ministra das finanças".
E depois ainda estão pelas altas esferas e falar de que imos trabalhar 65 horas semanais, reformar-nos aos 70 anos... e a considera-lo um logro. Qual logro?! Isto quem o entende? Não sei se ria se chore (para isto não há piscadela).
ResponderEliminarPois eu chego a casa, e tenho tudo e tudo e tudo, feito, ó pra mim "dondoca" trabalhadora!
ResponderEliminarUm xi... grande
Pois, INÊS, por acaso também tenho ideia que as mulheres mandam mais "palpites", tanto as que dizem aos sete ventos "EU, que me esfolo a trabalhar...", como até aquelas que sempre foram "donas de casa" e que deviam saber bem que não significa ficar de pernil estendido o dia inteiro.
ResponderEliminarMas ainda me ri com essa do que é que a "menina faz para se distrair?" Muito típica!
As nossas finanças sempre foram partilhadas também, a pasta que me coube foi a da educação (e dos transportes, de levar e trazer o puto da escola quando era mais pequeno e de vez em quando também as sobrinhas), para além das restantes lides domésticas - a empregada vem uma tarde por semana, para limpar e dar uma eventual ajuda no engomanço, em vez das três vezes que vinha anteriormente. Sem culinária, que de almoços e jantares sempre fui eu a tratar.
Isto para dizer que não me sinto nada "dondoca"... ;)
Estive fora do mercado de trabalho dentro da minha área por uns 2 anos.Mesmo tendo especializações e toda aquela burocracia toda que se pede.Mas,ainda assim a dificuldade desse lado é tão ou mais que aí.É triste ver nossos jovens estudarem e não terem perspectiva.Meu irmão está terminando a faculdade esse ano e até agora nem estágio conseguiu!Já está desesperado tadinho.E diz que vai sair do país...Nossos países não ajudam mesmo a sua gente.Para mim,a coisa também não é maravilhosa,para me sustentar e ter o mínimo de dignidade que eu prezo, eu trabalho--para mim mesma,não tenho patrão-- umas 14 horas e ainda faço outras coisas,para aumentar o orçamento(aí entra a parte musical...)e ainda assim estou pensando em migrar,pois Salvador tá cada vez mais ruim de ter trabalho e ganhar dinheiro.
ResponderEliminarE quem disse que trabalhar em casa é coisa de dondoca,é porque não sabe como é.Vai cuidar de uma casa pra ver.Eu é que sei!Não tenho empregada,só uma pessoa que vem uma vez por semana fazer a faxina geral e eu me viro em mil(Cozinhar,lavar,passar,arrumar,cuidar dos bichos,das coisas da Inês...) pra deixar tudo em ordem.Não é fácil!E ainda tem sempre um pra ainda dizer coisas,é fogo!
Olha Teté,vai aproveitando seus dias com seus livros bons,seus passeios e deixa quem quiser falar.
Beijo e cheiro!
Ah, SUN, ainda no ano passado uma amiga minha ficou desempregada aos 57 anos, ao fim de 32 anos a trabalhar na mesma empresa. Mas o patrão vendeu-a e os novos patrões consideram-na "velha" para secretária...
ResponderEliminarNá, não querem "antiguidades"! Como vão dar a reforma aos 70 anos é que ainda não percebi, uma vez que a malta acaba por ser "corrida" muito antes disso... Põe logro nisso!
"Dondoca" trabalhadora, INÊS? Ná, não me parece!
Claro que se uma pessoa trabalha não sei quantas horas por dia fora de casa, se quiser ter alguma qualidade de vida deve procurar ajuda doméstica, quando não ainda alanca com mais não sei quantas horas de trabalho em casa... Conheço quem o faça, mas reconheço que é duro!
Um ganda xi, para ti também!
KÁTIA, há muito que deixei de me preocupar com opiniões alheias sobre a minha vida "profissional". Quando não, nem tinha feito este post.
ResponderEliminarMas custa-me imenso ver os jovens desesperados à procura do 1º emprego (por sinal, a tacanhez aqui parece-me afectar mais os que têm mais habilitações/estudos) e os de meia idade sempre com o credo na boca com receio de perder o trabalho que têm. Vai continuar assim? Mesmo como optimista nata, não considero que seja grande futuro para o país... e se aí é igual ou pior, também não!
Quanto às "dondocas", pois, é mania de homem (ou mulheres?!) que nunca fez nenhum em casa...
Obrigada pelos beijos e cheiros! Tu és uma krida!!! :)))
Está a chegar uma altura (agora com o final do ano lectivo à porta!) que me estou a rever nessa situação...As aulas acabaram, começaram as reuniões, entretanto tenho vigilâncias de exames, depois jurados de provas orais, depois trabalho de departamento...mas chega Agosto fecha-se o ano lectivo e os professores contratados, como eu, saiem porta fora, com uma mão à frente e outra atrás! Agora é ainda pior...estou à espera de sair a qualquer hora!! Mas nem vou por aí...
ResponderEliminarEspera-se o desemprego...não as férias.
Todos os anos passo momentâneamente por esse estado até obter colocação. E enquanto não obtenho, os comentários das pessoas que não entendem este sistema são do género dos que referiste.
Cada vez mais se assiste a um aumento de desemprego a várias níveis de faixas etárias...a emigração voltou a acentuar-se entr nós...isto deve querer dizer alguma coisa...e só nós é que vemos? Os nossos governantes passeiam os seus sorrisos XPTO elevado a MIL, como se estivessem no País das Maravilhas, completamente anestesiados contra as lamúrias e realidades de quem vive neste país...
...well...well...
E agora vêm falar que baixaram as negativas nos exames nacionais e em termos de estatísticas a Ministra está satisfeita!! Pudera...os exames são tão fáceis, baixaram tanto, mas tanto, o nível de exigência...tudo em prol dos números, estatísticas, imagem na Europa e fazer calar quem tenta falar...
Grande cambada!!!!
Um beijinho bem grande...e aproveita todo o tempo do mundo como se fosse o primeiro dia!!
Nota: Fiz a ligação do teu post com o meu, sem querer! Se fores ver, vais perceber!! ;p
não fazia a minima ideia que haviam filas para o desemprego! será que também passam à frente uns dos outros?
ResponderEliminarnão menosprezando todas as restantes implicações, gravíssimas que são, o pior talvez seja mesmo as "bocas" que se é obrigado a ouvir.
ResponderEliminaro melhor é que mais cedo ou mais tarde todos acabam or engolir o que dizem.
Vê-se que não tens amigos que sejam filhos de pessoas com ligação aos aparelhos partidários!
ResponderEliminarFica bem, Teté!
Vou continuar as férias...
Pois é, SU, a incerteza de haver ou não colocação no próximo ano lectivo, não mata mas mói!
ResponderEliminarE não duvido que existam pessoas a dar palpites desses a professores contratados, mesmo quando o professor não tem culpa nenhuma de estar "encalhado" num sistema destes.
O facilitismo dos actuais exames é escandaloso. Ainda ontem a filha de uma amiga minha estava a contar que tem uma colega que foi sempre passando de ano com negativas a uma série de disciplinas, agora está encalhadíssima no 10º ou 11º, sem perceber porquê...
Mas tens razão, tem de se ir vivendo um dia de cada vez! Como se fosse o primeiro, do resto da nossa vida...
Beijocas grandes, amiga!
VÍCIO, há sim, que os desempregados (que recebem subsídio) têm de se apresentar no IEFP de 15 em 15 dias, para renovar a inscrição...
ResponderEliminarUma amiga minha costuma ir para lá às 8 da manhã, para não ficar de seca a manhã inteira... :S
É verdade, MOYLE, há muita gente a "cuspir" para o ar, que acaba por levar com o próprio cuspo em cima! Não digo, "bem feita", porque ninguém merece! Mas era realmente preferível que tivessem ficado calados, sem juizos "apressados" sobre os outros...
CAPITÃO, nunca tive amigos por interesse... nem quero ter!
Fica bem tu também e continuação de BOAS FÉRIAS! :)
Nem digas nada...tenho assistido a cada caso nas reuniões...de miúdos que passam com 7 negativas e tudo...vão a votação e pronto! Porque o menino anda triste, porque tem problemas em casa, porque se anda a drogar...etc, etc, etc...bolas, então e as outras pessoas, e os outros miúdos, e nós quando eramos miúdos não tínhamos problemas? Esquecem-se que é tudo uma questão de atitude e de personalidade e desculpas forjadas...tens razão, facilita-se demais.
ResponderEliminarSU, o facilitismo parece ser generalizado, coitadinhos dos meninos, sabe-se lá porquê...
ResponderEliminarDepois ficam todos muito espantados, que nunca perceberam que estudar dá trabalho! E assim se cria uma geração de putos habituados a não fazer nenhum, que mais tarde ainda se queixam de ser injustiçados, se não lhes der para pior!
Nas estatísticas pode ficar muito bonito para a ME, na prática só serve para "inglês ver"...
As consequências é que ficam por apurar!
nem me fales de desemprego que daqui a pouco tempo (muito pouco) vou estar desempregado :x
ResponderEliminarsair da escola é um mal necessario mas custa :(
Pois, FAUSTO, é uma nova fase na vida.
ResponderEliminarMas até lá o melhor é ires curtindo as férias, depois tens tempo para te preocupares com isso. Afinal de contas ainda não sabes as tuas notas finais, pois não? ;)