Desafio do Fausto, de Cenas e Coisas: escrever 500 palavras de non-sense, sem falar de coisas sérias, cenas políticas, bola, religião, tempo, nem acontecimentos reais. Aqui estão elas:
Um dia acordei virada do avesso, e disse NÃO! Não foi um NÃO embaraçado, tímido, agradável de se ouvir numa manhã aparentemente calma. Segundo me relataram posteriormente, o meu “grito do Ipiranga” (não se pode falar disto, que é um facto supostamente real e histórico?) fez ruir vários prédios nas redondezas, sem que me tivesse apercebido...
Odeio, detesto, abomino leite, porque raio é que me dão aquela beberagem horrível ao pequeno almoço? Nada impressionada com o meu NÃO, a minha mãe não se demoveu do seu intuito de me obrigar a beber aquela zurrapa, nem com as ruínas dos edifícios dos arredores. Achocolatado, para não ter um sabor tão mau, mas mesmo assim saí para a rua alucinada. A resmungar, que leitinho devia ser para vitelos e não para gente depois dos seis meses de idade... ‘Tá, o meu pai chupou nas tetas da mãe até aos 3 anos, mas isso foi noutros tempos, de vacas magras (ainda não vi o das gordas, mas pronto!)
Bom, estava eu alucinada no meio da rua – isto para ninguém perder o fio à meada – e tal como a carochinha comecei a perguntar se alguém queria casar comigo. A lengalenga era um pouco diferente: “Quem quer casar com uma menina que odeia leite e para se safar da prepotência da mãezinha, troca uma vida sem grandes preocupações, por um trabalho árduo de doméstica a 100%?” As respostas não foram grandiosas: um velhote deu-me umas bengaladas nas costas, com receio que lhe quisesse roubar a “mariconaire”; um puto estava quase a solidarizar-se (e amigar-se) comigo, quando o pressuroso pai, lhe fez ver que era uma idiotice, que era velha demais para ele, que lhe comprava a PS3, pedia o Sport TV à TV Cabo (também não?!), aumentava a mesada, xauzinho do rapaz, mesmo que o dito paizinho me mirasse da cabeça aos pés com olhares libidinosos, mas como percebeu que antipatizava com a bigodaça farfalhuda e as unhas negras, só desculpáveis num cavador de batatas, murmurou entredentes: “sua... pedófila!”; debaixo de um calhau de um prédio que ruira parcialmente, encontrei um gajo bem jeitoso, com cerca de 40 anos, esforcei-me imensamente para o livrar daquele suplício sem o magoar, começa ele a benzer-se e a rezar ó Deus que o salvou e a gritar pela sua Alzira, que ocupadíssima a estender a roupa no terraço, nem tinha dado pelo desmoronar da sua casa, mas ainda apareceu de alguidar à ilharga, para acalmar o seu homem... que tinha caído com a varanda, enquanto estava a fumar um charro, aproveitando a ausência da mulher, que levava a mal essas modernices.
“Estou feita!” – pensei, desanimada. Baldei-me às aulas e fui jogar matraquilhos, para evidenciar o meu carácter rebelde! E foi no salão de jogos que encontrei o Sebastião José - que não era marquês, embora a mãe fosse monárquica, à conta de ler tantas Holas – que de momento estava entre empregos, mas tinha um futuro promissor como biscateiro.
Casámos e foi bom, até porque NUNCA MAIS BEBI LEITE!
Um dia acordei virada do avesso, e disse NÃO! Não foi um NÃO embaraçado, tímido, agradável de se ouvir numa manhã aparentemente calma. Segundo me relataram posteriormente, o meu “grito do Ipiranga” (não se pode falar disto, que é um facto supostamente real e histórico?) fez ruir vários prédios nas redondezas, sem que me tivesse apercebido...
Odeio, detesto, abomino leite, porque raio é que me dão aquela beberagem horrível ao pequeno almoço? Nada impressionada com o meu NÃO, a minha mãe não se demoveu do seu intuito de me obrigar a beber aquela zurrapa, nem com as ruínas dos edifícios dos arredores. Achocolatado, para não ter um sabor tão mau, mas mesmo assim saí para a rua alucinada. A resmungar, que leitinho devia ser para vitelos e não para gente depois dos seis meses de idade... ‘Tá, o meu pai chupou nas tetas da mãe até aos 3 anos, mas isso foi noutros tempos, de vacas magras (ainda não vi o das gordas, mas pronto!)
Bom, estava eu alucinada no meio da rua – isto para ninguém perder o fio à meada – e tal como a carochinha comecei a perguntar se alguém queria casar comigo. A lengalenga era um pouco diferente: “Quem quer casar com uma menina que odeia leite e para se safar da prepotência da mãezinha, troca uma vida sem grandes preocupações, por um trabalho árduo de doméstica a 100%?” As respostas não foram grandiosas: um velhote deu-me umas bengaladas nas costas, com receio que lhe quisesse roubar a “mariconaire”; um puto estava quase a solidarizar-se (e amigar-se) comigo, quando o pressuroso pai, lhe fez ver que era uma idiotice, que era velha demais para ele, que lhe comprava a PS3, pedia o Sport TV à TV Cabo (também não?!), aumentava a mesada, xauzinho do rapaz, mesmo que o dito paizinho me mirasse da cabeça aos pés com olhares libidinosos, mas como percebeu que antipatizava com a bigodaça farfalhuda e as unhas negras, só desculpáveis num cavador de batatas, murmurou entredentes: “sua... pedófila!”; debaixo de um calhau de um prédio que ruira parcialmente, encontrei um gajo bem jeitoso, com cerca de 40 anos, esforcei-me imensamente para o livrar daquele suplício sem o magoar, começa ele a benzer-se e a rezar ó Deus que o salvou e a gritar pela sua Alzira, que ocupadíssima a estender a roupa no terraço, nem tinha dado pelo desmoronar da sua casa, mas ainda apareceu de alguidar à ilharga, para acalmar o seu homem... que tinha caído com a varanda, enquanto estava a fumar um charro, aproveitando a ausência da mulher, que levava a mal essas modernices.
“Estou feita!” – pensei, desanimada. Baldei-me às aulas e fui jogar matraquilhos, para evidenciar o meu carácter rebelde! E foi no salão de jogos que encontrei o Sebastião José - que não era marquês, embora a mãe fosse monárquica, à conta de ler tantas Holas – que de momento estava entre empregos, mas tinha um futuro promissor como biscateiro.
Casámos e foi bom, até porque NUNCA MAIS BEBI LEITE!
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL LOOOOOOOOOOOOOOOOOL tete, clap, clap, clap, clap!!!!!!! A-D-O-R-E-IIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarEu, que até gosto de leite (com café ou com chocolate, nunca sem nada)!!!!!!!!!!!!!!
Ainda não fiz o meu textão...estou sem inspiração... :-(
Mas tu, rapariga!!!!!!!! maravilha!!!!!!!!!!! Fausto, saca pra cá a medalha, é prá tete!!!! (há medalha?)
LOLOOOOOOLOLOLOLOL
ResponderEliminarestá excelente!!! se os outros forem todos assim não sei não. vai ser complicado de ajuizar :)
Muitos parabéns menina teté
**
Ehehehehe!
ResponderEliminarO leite é que pagou as favas...
Leitinho com chocolate... ui ca bom !
ResponderEliminarObjectivo atingido.
ResponderEliminarPor acaso gosto de leite (mas sem nada!).
Gostos...
Non sense?
ResponderEliminarIsso é cá comigo...
Sou filho do non e afilhado do sense, pá!
"Travesseiro Surrealista"
ResponderEliminarO meu primo Elias perguntou-me porque deixei de escrever textos para "fitas". Respondi que não gostava de chá com torradas à moda do Porto, desde aquela vez que o Papa me confidenciou através de mensagem codificada que se preparava para exportar as varejeiras da cozinha do Vaticano para os Estados Unidos, muito embora não soubesse tocar pífaro, não tinha qualquer percentagem no deslocamento daquelas, pelo simples facto de não ser casado pela igreja. Disse ao meu primo, que às vezes é meu cunhado, quando quero dizer mal dele e sem qualquer jactância, que estava numa fase de crescimento intelectual,pois já domino as línguas latinas e até já sei filosofar sobre assuntos de grande alcance, tal como "A Importância do Vinco das Calças do Homem Português".
Sou agora um homem recolhido desde que descobri um fóssil de uma aranha pré-histórica na minha cas-de-banho, sem que me dessem qualquer explicação.
Já sei fazer soufflé depois de ler em 15 minutos o "Código da Vinci", mas principalmente pela minha amiga Lolita que me deixou de massajar as costas - diz ela porque tenho as costas largas - tendo deixado de andar na rua de mão dada - só para casais inocentos, tipo-inglês-a-passar-férias-no Algarve.
Gosto muito da Lolita. Podíamos ter casado, se não fosse o facto dela ter sido chamada recentemente para a tropa.
Baseado num texto que escrevi no fórum sapo, sem qualquer interferência das picadas das varejeiras em 2004.
Espero ganhar o prémio.
Vejo aqui duas falhas ao regulamento:
ResponderEliminar- Política, uma vez que falas de prédios em ruínas, cosnequência duma política mal executada de ordenamento
- Bola, uma vez que foste jogar matrecos
Tirando isso, está excelente!
LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL! Ah, ganda fausto, ganda tete, que excelente idea que saiu daqui. Ganda carlos II!!! Demais!!!
ResponderEliminarEu ainda nem comecei a afiar o lápis, mas se juntar toda a parvoeira dos ultimos tempos, arranjo qq coisa. Mas a pressão, páh, a pressão dá cabo de mim...
LOLOLOLOLOL Carlos II está muito bom!!!
ResponderEliminarEstou a ver que é coisa com pernas para andar :)
obrigado a todos eheh
Bom, Vanadis, tu até deves conseguir um textão de mil palavras, só com as parvoeiras lá da tua coordenadora (tens de adaptar um pouco para não ser real, mas isso é canja para ti!)
ResponderEliminarFausto já li o da Nieh e também está muito engraçado. Eu fartei-me de rir com a história que do bacalhau ninguém tinha pena...
Capitão, aqui que ninguém nos ouve, essa parte é verídica: odeio leite!
Psycho_Mind, prefiro o chocolate de leite ao leite com chocolate. Paladares!
ResponderEliminarNá, Inês, leite é coisa que não bebo mesmo. Ops, já me descaí a dizer que essa parte é verídica...
Rei da Lã, então se é contigo, toca lá a escrever 500 palavrinhas de non-sense! Sabes como estes desafios são, passam de mão em mão... quer dizer, no caso é mais de teclado em teclado!
Excelente texto, Carlos II! A cumprir o seu dever de puro non-sense! Mas o Fausto também já agradeceu pela tua (bem-vinda)participação! Que este desafio é dele!
ResponderEliminarRafeirito, política de ordenamento? Ná, não me parece! E sim, os matrecos têm uma bolinha pequenina, mas não me parece que fosse esse o sentido da "proibição"...
Vindo de ti, considero esse um grande elogio!!! E claro, se quiseres aceitar o desafio, estás sempre à vontade...
Pois é Vanadis, estamos à espera do teu "afiar do lápis"... E a piada destes desafios também é surgir mais gente a aderir. O Carlos II fez um belíssimo texto, dentro do tema.
ResponderEliminarCuida dessa pressão, rapariga!
Fausto, também achei! Tem pernas para andar?! Pouca terra, pouca terra, o comboio já está em movimento...
se tu dizes que são 500 palavras, eu acredito!
ResponderEliminaro teu pai, passados alguns anos trocou a mão dele pela tua! certo?
Odeias leite?!
ResponderEliminarEstás como a minha mãe!
Vício, acredito no Word Count, que não as contei!
ResponderEliminarTirando a parte de eu odiar leite, todo o resto da história é ficcional, tal como pedido... E já agora, se quiseres, aproveita o desafio!
Sim, Capitão! A tua mãe deve ter bom paladar...
Eu gosto de leite mas tem de ser com sabor a uva!
ResponderEliminarehhh, mas que ganda pinta nina...
ResponderEliminarEstá delicioso o suflé de palavras sem politiquices agudas...
Continua és uma mente very inteligente...
beijinhos a ti...
Beeemmm...Acho que estou meio baralhada, volto amanhã de cabeça fresca para encontrar o fio à meada, isto é...O non-sense tem ponta?
ResponderEliminarDois textos (inclui o do Carlos) incríveis, sou fã de non-sense, gosto do desconcertante :))
Rei da Lã, gostas de batidos de uva? Eh, eh, eh!
ResponderEliminarLaurinha, se tivesse politiquices agudas, o suflé não crescia, eh, eh, eh! Jinhos, nina!
Ahkla, suponho que não tem ponta por onde se pegue. O non-sense, quer dizer...
ResponderEliminarEntão e as tuas mini-férias já acabaram?
Muito,muito,muito bom mesmo!!!
ResponderEliminarJá vi que gostas de desafios e que pode ser considerada uma mulher retada!!!!Lol
Parabéns Teté!
P.S: Tou meio baralhada com coisas desse lado e o tempo escasso para visitar meus blogs,mas o seu tenho sempre que vir pois há sempre algo novo pra se ver.Obrigada!!!!
Sim, Kátia, gosto destes desafios assim de escrita, de joguinhos, de pergunta resposta. Mas aquelas americanices de ver quem consegue comer mais cachorros ou pizzas, por exemplo, enojam-me!
ResponderEliminarOnde está a parte em que acordas? :p
ResponderEliminarEssa fica para outro dia, [Just me]!
ResponderEliminar:D
Quero ver isso :D
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