segunda-feira, 25 de agosto de 2008

MASSA DE PÃO

Imagem da Kavewall

Trabalhos manuais nunca foram o meu forte! Lembro-me sempre de uma aula de "escultura" com massa de pão, lá para os meus 10/11 anos de idade. Enquanto foi amassar farinha e água estava a correr tudo pelo melhor, que meter a mão na massa nunca me incomodou. Mas fazer um objecto com aquilo? Lá resolvi esculpir uma tartaruga, que ingenuamente considerei do mais fácil de realizar: uma carapaça, quatro pernocas e uma cabeça! Vá que a carapaça ficava firme, mas nenhum dos restantes apêndices aguentavam, desmoronavam a torto e a direito. Irritada com o insucesso, amassei tudo novamente e fiz dois rolos: um que era a corda e outro que era o laço. Estranhamente, aquilo pegou! Levantei e disse para as minhas colegas: "ora aqui está uma boa corda para as professoras se enforcarem!" Nem me pareceu que houvesse grandes risadas em relação à palhaçada, mas uma das professoras chamou-me à secretária, que queria ver de perto... Ui, antes de ir voltei a juntar tudo, ficou num "bolinho", tipo poia de canito. Ainda se zangou por ter desmanchado a "obra-prima" e eu a inventar, "que nada daquilo colava na minha 'tartaruga'", explicou-me mais uns pormenores.

Hoje passei parte da tarde em trabalhos manuais, que tiveram um efeito terapêutico imenso! Melhor ainda, fiquei contente com o resultado... Longe de profissionalismos, com bastantes defeitos, mas sem tartarugas a desmoronar!

Há dias assim, em que temos de juntar todos os pauzinhos, cordelinhos e imaginação, para não sucumbirmos à emoção: o meu pai morreu precisamente há 24 anos; 4 anos depois, surpreendidas com o incêndio no Chiado, a minha mãe não conseguia controlar as lágrimas e a je estava no mesmo percurso...

Mas surge sempre outro! Tanto tempo volvido, em balanço da participação olímpica portuguesa nos jogos de 2008, o relato do Nelson também dá para rir e/ou chorar! Com conhecimento de causa, que é mais do que se pode dizer de muitos outros opinadores!!!

13 comentários:

  1. Eu também nunca tive mão para manualidades, Teté. Mas continuo a não ter e não me relaxa nada.
    De mortes de pai ou mãe... Jinhos.

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  2. Francamente... estás a ver os fósforos da imagem? era só espetares um (metade para cada lado) na cabeça e patas e depois, zumbaaa espetadela na carapaça e já estava!

    hihihihihihi tenho jeito com as mãos (e modéstia às carradas) hihihihi

    beijo d'enxofre

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  3. xiii tete as coisas que tu vais interligando. =))

    Olha, não tenho jeito nenhunzinho para as manualidades, por isso, não estas sozinha ihihihih. :)

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  4. Jeito opara manualidades? ainda tenho, pois brincava com os meus filhos depois de sobrar massa de rissóis ou de pão, enfarinhavamos a cozinha de alto a baixo, mas era cá um gosto que ainda falam nisso às vezes, quantas vezes eu lhes fazia massa só para brincarem e moldarem a seu gosto..e entretiam-se enquanto eu fazia a vida da casa...Claro que tinham plasticina, mas massa d ebolo era melhor para estender com o rolo...
    Enfim, as saudades amargam, mas ficam dentro de nós e ninguém as tira pois são apensa nossas...Beijinho da laura.

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  5. Pôr a mão na massa sempre foi altamente terapêutico, tendo ou não jeitinho nenhum :-) beijinhos

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  6. sem duvida que por vezes os trabalhos manuais têm um efeito terapêutico!

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  7. Olha que coisa! Agora fizeste-me lacrimejar, Teté. Acho que nunca vi tão intrincado modo de chegar ao tema da saudade. Que baque quando fui avançando no texto...o teu 22 de agosto é o meu 7 de Janeiro, os teus 24 anos foram os meus 26...

    As manualidades são um pequeno conforto, um nascimento...uma coisa que é criada, em oposição a outras coisas que nos foram levadas. Sempre cedo demais...
    Enfim, e que fizeste tu de bonito? Conta lá, que já sabes que o assunto me interessa. ;)

    Beijo

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  8. Tendo também pouco jeito de mãos (especialmente para comentar), deixo aqui apenas um sorriso para um dia que já vi repleto de emoções

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  9. Ah, também continuo a não ter, há que "contornar", SUN. (`_^) Mas enquanto estamos de língua de fora a tentar fazer qualquer coisa, não estamos a pensar no assunto...
    Jinhos!

    Oh DIABBA, para além de jeito de mãos (e de modéstia às carradas), ainda dás excelentes ideias!
    Para os próximos trabalhos manuais, consulto-te! :)
    Beijoca!

    Ah, VAN, sozinha não estou de certeza: os "rapazes" cá de casa ainda têm menos jeito do que eu! E olha que não é fácil! :)))
    Em dias de "más vibrações" as interligações saem um bocado confusas... ;)

    Eh, eh, eh, LAURINHA, massa de bolo é outra coisa, que quando a brincadeira começa a aborrecer... dá para comer! :)
    Tento não entrar muito nessas "ondas" de saudade, mas tem dias que são inevitáveis!
    Beijinhos, nina!

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  10. Eh, eh, eh, ANA, não era dessa massa que estava a falar, mas agora que falas nisso... pois, aí não é necessário jeitinho nenhum! :)))
    Kisses 4U!

    Ahhhh, VÍCIO, LOOOLLL! (demorei a perceber, mas também faz sentido...)
    :D

    SAFIRITA, suponho que todos temos uns dias assim...
    Contente com o resultado era relativo à experiência anterior...
    Mas muito simples, que a finalização não correu tão bem como previa (quem me manda a mim cantar de galo?!) A postagem e respectivas fotos, que ainda tenho de tirar, só dia 14 de Setembro - é conjunta!
    Mas também vou tirar às várias tentativas... ;)
    Beijoca!

    Obrigada pelo sorriso, SORRISOS! :)

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  11. Amiga já somos duas, porque eu em trabalhos manuais sou aquilo a que se pode chamar de desgraça! :)

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  12. Desgraça ou não, TONS DE AZUL, certo é que às vezes faz-me bem... ;)

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  13. se a massa for da verde (falemos de notas de 100 escudos) entao, nao ha nada mais terapeutico! ja da outra massa... bem, depende do objectivo de cada um, ja que sou menino para ficar com mais nervos depois da arte que antes.

    incendio? pois... sei disso plos livros/jornais/televisao

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)