Alguém sabe realmente o que é?
Então passo a explicar, em termos musicais.
Chico Buarque compôs música e letra de uma canção, intitulada “Tanto Mar”, em 1975. O Brasil ainda vivia em ditadura, a primeira versão da letra foi censurada e rezava o seguinte:
“Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim.
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim.
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar.
Lá faz Primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim.”
Algum tempo depois alterou a letra, que só podia ser tocada e não cantada, em terras brasileiras, numa nova versão:
“Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
‘Inda guardo renitente, um velho cravo para mim.
Já murcharam tua festa, pá
Mas, certamente
Esqueceram alguma semente nalgum canto do jardim.
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também como é preciso, pá
Navegar, navegar.
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim.”
Toparam a diferença?
Nunca fico renitente em usar cravo ao peito contra guerras, ditaduras, violências várias, machismo, terrorismo e todos os males que nos assolam no global. Que começam logo com a tal censura, de não se poder dizer umas quantas verdades, no momento certo...E agora também fiquei com esta música na cabeça!
Então passo a explicar, em termos musicais.
Chico Buarque compôs música e letra de uma canção, intitulada “Tanto Mar”, em 1975. O Brasil ainda vivia em ditadura, a primeira versão da letra foi censurada e rezava o seguinte:
“Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim.
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim.
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar.
Lá faz Primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim.”
Algum tempo depois alterou a letra, que só podia ser tocada e não cantada, em terras brasileiras, numa nova versão:
“Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
‘Inda guardo renitente, um velho cravo para mim.
Já murcharam tua festa, pá
Mas, certamente
Esqueceram alguma semente nalgum canto do jardim.
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também como é preciso, pá
Navegar, navegar.
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim.”
Toparam a diferença?
Nunca fico renitente em usar cravo ao peito contra guerras, ditaduras, violências várias, machismo, terrorismo e todos os males que nos assolam no global. Que começam logo com a tal censura, de não se poder dizer umas quantas verdades, no momento certo...E agora também fiquei com esta música na cabeça!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLinda canção, como todas do Chico. Podíamos adicioná-la ao repertório da 'Pedra Filosofal'...
ResponderEliminarBem linda e reveladora...
ResponderEliminarOh Aninhas, não removi coisíssima nenhuma, aliás recebi os dois em mail.
ResponderEliminarE esta já cá mora no portátil, de modo que quando souber pôr a musiquinha a tocar "cá em casa", ainda a vais ouvir novamente. É capaz é de levar tempo... Ainda tenho de ver se apanho a "Pedra Filosofal"...
'Tás a ver, a gente sempre vai concordando com algumas coisas. Não fora a questão do (anti-)tabagismo, até diria que em bastantes...
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