sexta-feira, 14 de setembro de 2007

NAVEGANDO

Desta vez, não na Net, foi mesmo no Oceanário. É, está certo que já lá tinhamos ido no século passado – assim dito, soa bem não soa? – de modo que achámos que estava na altura de fazer uma nova visita, para aproveitar os últimos dias de férias de “turismo” em Lisboa. Também está em curso uma exposição de monstros marinhos, mas que se encontra temporariamente encerrada, por motivos técnicos.

O edifício, projectado pelo arquitecto norte-americano Peter Chermayeff, tem uma forma quadrada, dando a ilusão de ser uma pequena ilha, rodeada por espelhos de água. A calçada portuguesa de acesso representa motivos da fauna marinha, bem como a azulejaria da entrada, que é simplesmente fabulosa – embora não conseguisse apurar a sua autoria, sabendo que Ivan Chermayeff, irmão do arquitecto, colaborou nesses projectos.

Bom, os bilhetes para adultos custam 10,50 euros, suponho que há descontos para jovens e para os maiores de 65 anos.

Claro que num dia de semana em Setembro de 2007, a confusão já não era a mesma do que em 1998, durante a Expo. E a “excursão” tornou-se fantástica, ficámos extasiados com os ambientes criados de fauna e flora, com o tanque central onde convivem peixes de vários oceanos, com algumas aves provenientes de outros climas. Curioso, é que não éramos só nós entusiasmados, era uma criança a apontar “olha ali o peixe-lua”, uma jovem a descobrir um cavalo marinho entre a vegetação e todos a espreitarem, estrangeiros e idosos a curtirem a brincadeira das lontras, anémonas fluorescentes, dragões marinhos, medusas (mais conhecidas por alforrecas), acreditem, um verdadeiro espectáculo!

Ainda dá direito a perceber o funcionamento daquele mundo aquático, em bastidores, com aquários de berçário para os peixinhos recém-nascidos, das pequenas alforrecas, de algas e corais. Segue-se um filme explicativo da alimentação dos animais e outros aspectos da sua vida, mas esse não chegámos a ver até ao fim, que nos avisaram que o Oceanário estava prestes a fechar.

Ah, e nas paredes, para além de algumas explicações sobre os animais, a soberba poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Passámos lá duas horas e A-D-O-R-E-I cada minutinho! Se puderem, visitem que vale a pena...

22 comentários:

  1. É uma excelente sugestão!;)
    Beijo!

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  2. Por acaso o "Cherne" não andava por lá?

    eheh!! Aquele abraço infernal!

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  3. "Ah, e nas paredes, para além de algumas explicações sobre os animais, a soberba poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen."

    Yup,yup, uma das várias e boas inpirações que os homenzinhos que projectaram o Oceanário tiveram. É um espaço mesmo muito bonito.

    [Um dia, se for pequenino outra vez e sonhar com o que quero ser quando for grande, pedirei para ser domador de tubarões no... Oceanário. Que a Austrália é gira mas não é nacional...]

    :))


    Bom fim-de-semana, Teté.

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  4. Pois...
    Se ficasse mais perto também faria uma visitinha.

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  5. levaste a cana de pesca?

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  6. Sem querer tirar o mérito ao edificio e à visita da tete, hão-de-me explicar porque é que os nossos edificios têm de ser projectados por arquitectos de fora, quando temos tantos talentos ainda por descobrir em Portugal e só à espera de uma oportunidade para o demonstrar...

    Quando for grande quero trabalhar no oceanário. =) aliás, eu até me "alistei" como voluntária no Zoomarine aqui do Algarve, mas nunca me chamaram. De qq maneira, aquilo é uma exploração total dos empregados e dos voluntários. Para além dos bilhetes serem caríssimos. Qual protectores de espécies aquáticas qual quê.

    Adoro tudo o que seja Zoos e bichos!! Quando for grande quero ser tratadora de animais!!!! =)

    Confesso que os peixes não me maravilham. Os golfinhos e as baleias, isso já é outra conversa (sou muito pró-mamíferos LOL). Ah, e os pássaros tipo papagaio, periquito. E os cães, claro.

    Quando for grande quero ser um golfinho!!!!! =)

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  7. Ah, e A-M-O a Sofia. Cresci a ler a fada oriana, a floresta, o cavaleiro da dinamarca, a árvore...ainda os tenho aqui ao meu lado. =)

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  8. Anónimo9/15/2007

    Só fui ao Oceanário há uns meses atrás e fiquei tão facinada como o deve ficar uma criança! Passei ali umas horas em que o stress do dia-a-dia ficou completamente "absolvido"! Ainda lá estava aquela raia gigante, enorme rainha daquele tanque, que entretanto foi "libertada" do seu cativeiro. Foi um momento único que espero repetir em breve...e sim as citações da Sophia estão mesmo bem ali...duas junções magníficas: a beleza da imagem do Oceanário com a poesia.

    xxx

    Amiga, já publiquei lá na Teia o FORA DA PRATELEIRA com a crónica do livro que enviaste: A Sombra do Vento. dei-me à liberdade de acrescentar mais umas três transcrições do mesmo. : ) Mais uma vez, obrigado pela partilha e pelo teu contributo.

    xxx

    Para Vanadis: as obras referidas da Sophia costumam ser um agradável "instrumento" do meu trabalho esão de facto um autêntico mundo encantado que facina as crianças, penso que, para o resto da vida delas! Depois tornamo-nos adultos que têm estas obras sempre "ali ao lado"! ;)

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  9. Kátia, é na verdade lindíssimo.

    Bem sei que a ti não te calha em caminho, mas no dia que vieres visitar Lisboa, arranja-se aí uma nova excursão.

    Jinhos e bom fim-de-semana, soteropolitana!

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  10. Os chernes que andavam por lá tinham melhor cara e menos ambições... Aliás, até o peixe-lua e os tubarões!

    Jinhos e nice week end!

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  11. Eduardo, nem imaginas como os tubarões estão bem domadinhos.

    Qual Spielberg, qual carapuça, os bichos afinal não são tão agressivos assim, vê lá tu que nem comem os outros peixes. Quando têm fome vão comer à vara do tratador (à mão, também era um bocado demais, que eles poderiam errar a pontaria da dentada!)

    A Sophia é eterna!

    Jinhos

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  12. Pelintra, fica para quando aqui passares!

    Também não vives propriamente nos antípodas...

    Jinhos e bom fim-de-semana!

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  13. Ná, Vício, não gosto de pesca! Sem nada contra, para quem é pescador, para ganhar a vida...

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  14. Elora, também eu, não sabia que ia gostar tanto...

    Jinhos

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  15. Pois é Golfinha, quer dizer, Vanadis, há coisas incompreensíveis.

    Ainda ontem ao jantar estava uma amiga minha a dizer, que conhece pelo menos dois casos de jovens arquitectas, que tiveram de ir trabalhar para fora, que em Portugal só conseguiam estágios não remunerados...

    A Sophia é e será sempre uma grande Dama da literatura portuguesa!

    Jinhos e bom fim-de-semana

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  16. Pois, Su, também já não me lembrava bem como aquilo era, ainda por cima na confusão da Expo, há 9 anos...

    Já fui dar uma espreitadela à Teia, fizeste muito bem em acrescentar as citações: como te disse, a dificuldade é escolher só umas poucas.

    Jinhos, amiga!

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  17. E reconheceste algum peixinho desde a ultima vez? "Olha, o Sr. Taínha, era um simples peixito quando o vi pela primeira vez"

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  18. Não rafeirito, não reconheci ninguém desde a última vez...

    Disseram-me depois que as lontras, que são giríssimas, se chamam Amália e Eusébio. Mas como elas não me chegaram a ser apresentadas, limitei-me a sorrir para elas...

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  19. Já não vou lá há algum tempo e pouco me lembro do que vi mas lembro-me que gostei. É pena não aproveitar para passear por Lisboa quando tenho tempo :(

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  20. Mustafa, deves falar muito bem, mas não te endendo!

    Há por aí algum tradutor de turco?

    Fausto, pois é, vivo em Lisboa desde que nasci e muitas vezes também não aproveito para conhecer melhor algumas coisas boas que a cidade tem - não haviam de ser só coisas más, não é?

    Mas quando tiveres aí um tempinho livre, vai ver que vale a pena!

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)