segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

MEMÓRIAS (MUITO) CURTAS!

Fotografia de Ian Britton

Os despedimentos têm-se sucedido nos últimos tempos, com a desculpa de "ai, é a crise, é a crise!", num coro que já chateia. Num ou noutro sector mais afectado ainda é possível acreditar, mas tudo indica que o patronato pouco escrupuloso se está a aproveitar da situação, para fazer vista grossa às leis laborais, onde elas (ainda) existem para defender os trabalhadores!

Nem é preciso conjugar o verbo saber de cor e salteado, para todos percebermos que estes despedimentos em massa se perfilam num quadro há muito identificado: patrões não querem empregados com direitos, só com deveres, obrigações, subserviência, polivalência, se possível, só com o instinto de sobrevivência. Em Portugal, como em todo o mundo!

Consegue-se lutar contra o capitalismo exacerbado e o "venha a mim"? Creio que sim! Já houve tempos em que as lutas contra a guerra e a injustiça social levaram a sua avante, em cantares que nos ficaram no ouvido como ténue recordação. E essas é bom não esquecer, mesmo que as vozes e o vento as soprem cada vez mais distantes...



Blowin' in the wind
(a canção original, escrita, musicada e tocada por Bob Dylan, aliás Robert Zimmerman à nascença, aos 21 anos. obteve o apoio de outros músicos da época, tal como Joan Baez, Peter, Paul & Mary e os Freedom Singers, como podem verificar aqui, em 1963)

24 comentários:

  1. Eu acho é que o egoísmo impera.
    As pessoas cada vez querem mais e esquecem que para o ter também existe dever.
    Pelo que oiço de 45 mulheres com quem trabalho é só venha a nós o v/reino e se lhe pedem 5 minutos a mais para ficar com um utente é para aquela que foge mais depressa.....sem esquecer, que depois tira ( quando lhe convem) esse tempo que deu a mais.....mas chegar a horas não é com elas.....já a hora de saída essa......e isto aqui não tem patrão, apenas uma direcção e que é a meu ver boa demais.

    E já trabalhei em 2 empresas como tradutora e posso dizer-te que os patrões eram exigentes mas em contrapartida sabiam reconhecer quem trabalhava.
    Aqui não. È tudo medido pelo mesmo quer trabalhes ou não.....é para aquele que fica mais caladinho e sorri mais á direcção.

    Por isso Tété se as pessoas pensassem que a produzir o país teria mais riqueza e daí virem mais regalias e melhores condições...
    Mas não o povo é brando....pouco ou quase nada os satisfaz...

    Enfim isto teria pano para mangas...ahahhaha
    Mas numa coisa tem razão " a crise " paga as favas disto tudo.

    Beijokitas e boa semaninha

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  2. a palavra PATRÃO deriva etimologicamente da palavra latina para PAI... talvez estivéssemos no momento propício para começar a respeitar as palavras.

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  3. Olá Teté

    Já há uns tempos que não ouvia esta música. Isto está para quem se sabe insinuar e o mercado de trabalho só obedece a uma regra, a dos patrões, que é a mentalidade da maioria dos empresários cá em Portugal. E o Estado está a dar o exemplo, funcionários a submeterem-se a todo o tipo de trabalho para garantirem os míseros tostões que trazem no final do mês. Os chefes o que fazem? Discursos de blá-blá para garantirem o deles e querem lá saber de serem justos. Os subalternos têm é de mostrar polivalência!

    Já só resta abanar os ombros.

    Beijinhos
    Isabel

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  4. não creio que isso vá acontecer!
    a sociedade é demasiado anti-social!

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  5. O capitalismo não será eterno. Eu vivo com essa esperança.

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  6. Não estava a falar em casos específicos, PARISIENSE, mesmo assim tendo em consideração que os patrões que conheci não se acanhavam nada em despedir pessoal. No sector privado, obviamente.
    Bajulações sempre houve, mas isso é só para quem quer!
    Pano para mangas dava, mas só escrevi um post, não um livro em vários volumes... :)
    Beijocas, nina!

    "Patre", MOYLITO, só tive um, não preciso de substituição. Mas reconheço em alguns patrões a mesma figura paternal, especialmente no que toca a castigar, que elogiar é raro, muito, raro... ;)

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  7. Olá Téte
    Passei para lhe agradecer muito as suas felicitações. Sabe sempre bem recebê-las.
    Um beijinho e boa semana
    Licas

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  8. Não concordo com esse encolher de ombros, ISABEL, quanto a tudo resto absolutamente de acordo.
    Até entendo que alguns não possam revoltar-se mais, por falta de alternativas. Mas tudo caladinho como se fosse um coro de ópera, quando só se abre a boca quando a batuta do maestro autoriza? Faz sentido na ópera, não na vida real de pessoas supostamente livres...
    Beijinhos!

    O "umbigo" é rei hoje em dia, VÍCIO, mas nem por isso a ondulação deixa de sentir o sabor do vento... ;)

    Somos dois, PREDATADO! :D

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  9. Nada a agradecer, LICAS! Foi só sincero!

    Beijinhos e feliz dia por aí! :)*

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  10. Não sejas assim, Teté!
    Os patrões estão à rasca e dou-te um exemplo:
    Já me chegou aos ouvidos que o Amorim nem dinheiro tem para as carcaças, quanto mais...

    ;)

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  11. nem preciso comentar porque ali a Parisiense já disse mais ou menos tudo o que eu teria para dizer.

    sem dúvida que há muito patrão a aproveitar-se da crise mas... convenhamos que também há muito empregado que se limita a ser empregado e de trabalhador nada tem.

    das canções... recordo tantas :) e dos tempos... também... :(

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  12. Bem, de facto a parisiense disse tudo. Esta situação estende-se a vários sectores de emprego nos dias de hoje...a as coisas correspondem a este perfil, infelizmente...

    É o cinzento social do nosso dia-a-dia...
    Olha, estou curiosa como é que vais responder ao desafio da Kátia. Não te desafiei poqreu sei que foste desafiada!

    ;)

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  13. Cada vez me parece mais que a memória sofre um processo do desaparecimento proporcional à capacidade de raciocinio e sensibilidade humana.
    Infelizmente :/

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  14. sou burro mas concordo com o que aqui se disse.

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  15. O ian Britton tem de começar a pagar-te. Com tanta publicidade às suas fotos!!!

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  16. sabes Teté, eu não pretendia falar numa substituição, era mais na parte do respeito e assistência mútuos aquilo a que me estava a referir. a consciência de que sem patrões não há empregados e sem empregados os patrões não ganham dinheiro. deviam ser mais como uma família nesse aspecto, até porque é uma situação em que os dois lados só têm a ganhar.

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  17. Eu também sou dessa opinião. Cá para mim, há muita gente que anda a encher o bandulho às custas da crise. Cuja, não passa do bode respiratório para muito do que tem acontecido.

    Beijinhos!

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  18. Tété,
    E sabes porque é que despedem facilmente??????
    Porque o estado ainda ajuda......além de ser o primeiro a fazê-lo.....
    Aliás é só olhar e ver como trata a maioria dos seus funcionários...
    Beijokitas

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  19. Ainda ando por cá, apesar da crise! Beijo nina

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  20. Deve ser, CAPITÂO! Ó pra mim, cheia de peninha do Amorim... :)))

    Ah, ESCALATE.DUE, bem sei que também há muito empregado molenga e calaceiro.
    Mas patrões despóticos conheci uns poucos, e vários muito tontos pelo poderio do dinheiro!
    Já os tempos (e as músicas) estão a mudar... ;)

    Como deves calcular, SU, estou longe de defender quem se "encosta". Mas concordo com o cinzento social, que se propaga a vários sectores...
    Quanto ao desafio já respondi! :)

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  21. Infelizmente, tenho de concordar contigo, PAX!
    A sensibilidade desaparece mesmo, quando os cifrões estão em causa... :S

    Bem-vindo, BURRO!
    Hummm... e vieste aqui dar-me nas orelhas? :)

    Ná, RODERICK, adoro as fotos dele, que aliás têm servido de fonte de inspiração, mas a "troca" é gratuita... ;)

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  22. Perfeitamente de acordo, MOYLITO! Dar as mãos, vestir a camisola e força aí, em respeito mútuo! Contudo, não me parece que o rumo seguido seja esse! Ainda pensei em dar uns (maus) exemplos, talvez um dia destes esteja com mais vontade de pôr a boca no trombone... ;)

    Tem sido bode para tudo, MATCHBOX32! Não diria tanto como "encher o bandulho", mas os mesmos de sempre a dizer que também estão a fazer grandes sacrifícios e que o pessoal é ingrato?! Pois... ;)
    Beijinhos!

    Suponho que trabalhas numa empresa estatal, PARISIENSE, que nem sempre são bons empregadores ou sequer justos.
    Como já referi atrás, não quis dar exemplos de empresas privadas, que conheci pessoalmente ou do que me contam as pessoas pelas quais ponho a mão no fogo, sem receio de me queimar. Volto ao assunto, para explicar melhor, um dia destes.
    Beijocas, amiga! :)*

    És uma resistente, INÊS!!! :D
    Jinhos, nina!

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  23. Oh bolas, estou de lágrima ao canto do olho com essa música. Se me permites, vou-te roubar a ideia, mas na versão do Bob, que a oiço melhor. ;-)

    É triste, esta crise. Mais triste pelos que se aproveitam dela...

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  24. Oh, VAN, então não havias de estar à-vontadex??? Se está no You Tube, é para a malta se servir... :)))

    Nem me fales de aproveitanços, que fico possessa! :S

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)