Comum nesta época - não, não é mais um post sobre Natal - são as festas e jantaradas sucederem-se atrás umas das outras: da escola, do ginásio, da empresa, de familiares e amigos, de antigos colegas e sei lá que mais. (por estas e por outras é que as pessoas, com tendência a engordar, deitam as mãos à cabeça quando se põem em cima da balança, lá pró início de Janeiro... julgavam que era só dos dois dias de festa, não?)
Nestas reuniões, ouvem-se as histórias mais inconcebíveis, que parecem de pura ficção. Uma delas ocorreu mais ou menos assim: ao sair de um centro comercial, três homens atravessam uma passadeira, em fila indiana. Os carros param para os deixar passar, o mais novo vai à frente, os dois octogenários seguem-no. Sem se perceber bem como, o que vai atrás tropeça (ou escorrega?) e cai para cima de um automóvel parado, amolgando-o. Centro comercial ao fim de semana, estão a ver, né? Junta-se logo uma data de gente, a tentar ajudar o velhote que entretanto está estendido no chão, meio azamboado à conta do tombo. E há logo quem comece a espingardar com o motorista, com os mimos utilizados em casos quejandos: "Tiraste a carta na farinha amparo?", "Não tens olhos na cara?!" e outros que não interessa agora aqui reproduzir. Passado o susto que o deixou momentaneamente sem fala, o homem lá confessa que foi ele a atropelar o carro e não vice-versa, alguns acalmam, outros de ânimo menos leve nem o ouvem, a discutir com o automobilista.
O idoso ainda aparenta estar meio atarantado - felizmente não partiu nada, mas não se vai livrar de uns quantos hematomas - ao verificar se não perdeu nenhum dos sacos que transportava, repara que não tem no dedo o seu anel de estimação. Preocupado, não tira os olhos do chão à procura do dito, enquanto a discussão ameaça descambar. Até porque, como se calcula, o condutor que não cometeu nenhum erro ou infracção, que tem a chapa do carro amolgada e ainda por cima é insultado pela malta, não está propriamente na melhor das disposições, nem certamente num dos seus melhores dias. Vale que o genro do homem lá consegue apaziguar os mais exaltados, promete pagar os danos no veículo e o caso acaba ali. Mas já repararam se fosse mais um dos milhentos idosos que deambulam por aí sozinhos, em que complicações se metia o condutor? Pensando bem, este até teve muita sorte, eh, eh, eh!
Ah, pois, a história só terminou mesmo umas centenas de euritos depois, quando chegou a conta do arranjo! Mas salvou-se o anelito, que afinal ficara esquecido em casa...
Nestas reuniões, ouvem-se as histórias mais inconcebíveis, que parecem de pura ficção. Uma delas ocorreu mais ou menos assim: ao sair de um centro comercial, três homens atravessam uma passadeira, em fila indiana. Os carros param para os deixar passar, o mais novo vai à frente, os dois octogenários seguem-no. Sem se perceber bem como, o que vai atrás tropeça (ou escorrega?) e cai para cima de um automóvel parado, amolgando-o. Centro comercial ao fim de semana, estão a ver, né? Junta-se logo uma data de gente, a tentar ajudar o velhote que entretanto está estendido no chão, meio azamboado à conta do tombo. E há logo quem comece a espingardar com o motorista, com os mimos utilizados em casos quejandos: "Tiraste a carta na farinha amparo?", "Não tens olhos na cara?!" e outros que não interessa agora aqui reproduzir. Passado o susto que o deixou momentaneamente sem fala, o homem lá confessa que foi ele a atropelar o carro e não vice-versa, alguns acalmam, outros de ânimo menos leve nem o ouvem, a discutir com o automobilista.
O idoso ainda aparenta estar meio atarantado - felizmente não partiu nada, mas não se vai livrar de uns quantos hematomas - ao verificar se não perdeu nenhum dos sacos que transportava, repara que não tem no dedo o seu anel de estimação. Preocupado, não tira os olhos do chão à procura do dito, enquanto a discussão ameaça descambar. Até porque, como se calcula, o condutor que não cometeu nenhum erro ou infracção, que tem a chapa do carro amolgada e ainda por cima é insultado pela malta, não está propriamente na melhor das disposições, nem certamente num dos seus melhores dias. Vale que o genro do homem lá consegue apaziguar os mais exaltados, promete pagar os danos no veículo e o caso acaba ali. Mas já repararam se fosse mais um dos milhentos idosos que deambulam por aí sozinhos, em que complicações se metia o condutor? Pensando bem, este até teve muita sorte, eh, eh, eh!
Ah, pois, a história só terminou mesmo umas centenas de euritos depois, quando chegou a conta do arranjo! Mas salvou-se o anelito, que afinal ficara esquecido em casa...
A eterna mania de algumas pessoas desatar logo a fazer juizos
ResponderEliminarbeijinhos
teve sorte, o condutor, porque arriscava-se a ter que desembolsar ele o arranjo.
ResponderEliminarse não perdeu as compras nem partiu nenhuma das ancas, também ao correu mal de todo ao velhote.
há que ver o positivo no meio de tudo:)
Na verdade é mais normal ser um carro a atropelar um velhote, do que um velhote a atropelar um carro, né, ESCARLATE.DUE?
ResponderEliminarBeijinhos!
Bom, também, porque por umas centenas de euros não compensava processar o velhote por danos materiais, MOYLE!
Já reparei que (também) tens um espírito muito positivo... :)))
tens muita piada! achas que alguém vai ver um centro comercial ao fim de semana num segunda feira?
ResponderEliminaré para provocar?
se o caso fosse para tribunal ainda iriamos ouvir o advogado de defesa a perguntar "o carro parado circulava em que sentido quando o atropelou?"
Para provocar o quê, VÍCIO? Estás mortinho que chegue o fim de semana, para te enfiares num centro comercial?!
ResponderEliminarQuanto ao advogado, pois, até me parece bem provável... :)))
bom, que história!!!
ResponderEliminarmas tens razão: as pessoas com tendência a engordar, nas quais me incluo, passam muito mal no mês de Dezembro (eu acrescento ainda os anos de um sobrinho, da minha mãe, da minha cunhada e do meu irmão...)
...
não é jus6tyo!!!
LOOOOOOOOOOOL! oh pah, coitado do automobilista pseudo-atropelador... mas se fossem a tribunal ainda se "descobria" que ele estava parado perto demais da passadeira... :D
ResponderEliminarNem me digas nada, que no fds anterior a este ia levando com um carro, na passadeira...não lhe amolguei o coiso porque me contive a tempo...
Parece um filme!!!
ResponderEliminarAnda tudo muito nervoso...
ResponderEliminarTambém foste a Paris???????
ResponderEliminarÈ que o papel aí da foto diz "Joyheux Noel"......ahhahahha
Malandra, vai e não diz nada á gente!!!!!!!!
E o título diz tudo " Festas e Jantaradas".....depois dá nisto.....
Beijokitas
É sempre bom ver que o espírito natalício invadiu os corações das "pessoas"!
ResponderEliminarBeijinhos!
Xi, LEONOR, para ti então é um sempre em festa...
ResponderEliminarNá, este mundo não é justo, mesmo no que toca à balança!!! :)))
Sei lá, VAN, se calhar até com isso implicavam no tribunal!
Mas que é verdade que anda tudo maluco no meio do trânsito e das compras, pois... :)))
Que coiso é que amolgavas?! (pergunta meramente retórica, não precisas responder... :D)
Um filme um pouco surrealista, RODERICK! ;)
É verdade, REI, e não será apenas por causa do Natal... ;)
ResponderEliminarFui, sim, PARISIENSE! Mas já há 23 anos, desculpa se não avisei... :)))
Ah, e claro, o papel não é dessa época...
Beijokitas!
A invasão é mais nos centros comerciais do que no coração, MATCHBOX31! ;)
Jinhos!
Bem; eu já nem me ralo se engordo, estou tão, mas tão, tão gorda que já nem reparo e nem me vou privar das gulodices, só que não faço muitas e assim! acabou-se. Quando vier o Nuno dia 7, faço de novo um bocadinho de tudo que ele adora e eu? idem pois.
ResponderEliminarJá nem subo prá balança, é muito levantamento de perna pra mim, ehhhh.
Tadinho do senhor e tadinho do dono do carro, as pessoas são assim! mas quando há injustiças ou alguém precisa de ajuda...fazem de conta!...
Beijinhos.
Lembras-te daquele post que fiz relativo ao valor do depoimento de algumas testemunhas em tribunal?
ResponderEliminar(http://o-pinoka.blogspot.com/2008/12/reflexo-uma-simples-lei-lgica-que-vira.html)
Aposto que aqui de certeza que haveria alguém que fosse dizer que o condutor vinha em excesso de velocidade ou algo do género. Duvidas?
Beijocas
Já nem alças a pernoca para a balança, LAURINHA? Que exagero!!! :)))
ResponderEliminarPois, quanto a verdadeiras injustiças, há muita gente que não se rala, desde que não toque a si e aos seus...
Jinhos, linda!
Claro que lembro, PINOKA!
E sim, há sempre gente que, por "associação de ideias", é capaz de dizer que viu o que nunca aconteceu... ;)
Beijocas!
Fartei-me de rir com a história, que no fundo... no fundo, nem é para rir.
ResponderEliminarQuanto às jantaradas, aqui, nesta época tenho convites de todo o mundo para as ditas "Festas de Natal". É um pesadelo!!!
Ainda bem, Teté, que leu quase todos os livros da Jane Austen, pois há lá no "ematejoca azul" um desafio.
Nao conheco dela o Catherine. Vou ver se o encontro na biblioteca.
Saudacoes natalícias!
Pois, EMATEJOCA, é mais caricata do que para rir!
ResponderEliminarPois, as festas sucedem-se mesmo, cá como aí!
A Jane Austen morreu relativamente nova, daí não ter escrito muito. Mas o "Catharine" (no meu livrinho é com a mesmo que se escreve) é apenas assim uma espécie de fascículo, que começou a escrever nos primórdios e está incompleto.
Ok, depois vejo o desafio!
Saudações natalícias!
são tantos os velhotes que atravessam a rua fora das passadeiras e sem sequer olhar
ResponderEliminarPois, TERESA DURÃES, às vezes parece que regressaram ao passado, a um tempo em que os carros eram escassos...
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