Saiu de casa cedo, naquela manhã de Sábado. O vento frio chicoteou-lhe a face e, instintivamente, puxou para cima o fecho éclair do blusão e aconchegou melhor o cachecol negro em torno do pescoço.
O longo percurso tinha sido estudado meticulosamente, as nuvens a prometer chuva não convidavam a grandes velocidades. Colocou o capacete e ajustou-o à cara. Alçou da perna e encavalitou-se em cima da sua motorizada. Arrancou silenciosamente, pois não pretendia acordar os vizinhos que ainda dormiam. Ia confiante no sucesso da sua missão, falhar era praticamente impossível.
A viagem decorreu sem incidentes, o plano cumprido à risca. Perto da uma da tarde parou na estação de serviço da Mealhada. Gostaria de se ter dirigido a um dos restaurantes tradicionais para saborear o leitão e o branco espumoso da região, mas não gozava de tempo para tanto, de modo que se contentou com uma refeição ligeira. Jurou a si mesma voltar em breve, para saciar aquele apetite.
Algumas horas depois, ao atravessar a fronteira, recordou os versos cantados por Júlio Iglésias: "un canto à Galicia, ei, terra do meu pae"... Alcançou o local onde o ar dá a volta - Aldea das Carrouchas emergia no horizonte, ao lusco-fusco. Vislumbrou a actividade no ringue de patinagem próximo, iluminado, mas não se atreveu a espreitar...
Tinha de agir rápido! Não foi difícil encontrar a casa: o ladrar dos três cães e a terra remexida do quintal eram o sinal inequívoco que se achava no lugar certo. Subornou-os com salsichas frescas, invadiu aqueles domínios com facilidade e descobriu o item ambicionado. Em menos de 5 minutos voltou a montar na sua mota, depois de afagar os cães, que, não estando drogados, permaneciam naquela modorra que ocorre após um lauto repasto. Pela frente, avizinhavam-se muitos quilómetros de estrada.
Ao regressar ao lar, gelado como ela própria, ligou a escalfeta e o PC. Já passava da meia-noite e as suas mãos readquiriram agilidade no teclado ao escrever:
"Parabéns, SUN IOU MIOU! Conquista o paraíso na terra, admirando (e fotografando) o nascer e o pôr do sol, durante muitos anos e bons!"
O longo percurso tinha sido estudado meticulosamente, as nuvens a prometer chuva não convidavam a grandes velocidades. Colocou o capacete e ajustou-o à cara. Alçou da perna e encavalitou-se em cima da sua motorizada. Arrancou silenciosamente, pois não pretendia acordar os vizinhos que ainda dormiam. Ia confiante no sucesso da sua missão, falhar era praticamente impossível.
A viagem decorreu sem incidentes, o plano cumprido à risca. Perto da uma da tarde parou na estação de serviço da Mealhada. Gostaria de se ter dirigido a um dos restaurantes tradicionais para saborear o leitão e o branco espumoso da região, mas não gozava de tempo para tanto, de modo que se contentou com uma refeição ligeira. Jurou a si mesma voltar em breve, para saciar aquele apetite.
Algumas horas depois, ao atravessar a fronteira, recordou os versos cantados por Júlio Iglésias: "un canto à Galicia, ei, terra do meu pae"... Alcançou o local onde o ar dá a volta - Aldea das Carrouchas emergia no horizonte, ao lusco-fusco. Vislumbrou a actividade no ringue de patinagem próximo, iluminado, mas não se atreveu a espreitar...
Tinha de agir rápido! Não foi difícil encontrar a casa: o ladrar dos três cães e a terra remexida do quintal eram o sinal inequívoco que se achava no lugar certo. Subornou-os com salsichas frescas, invadiu aqueles domínios com facilidade e descobriu o item ambicionado. Em menos de 5 minutos voltou a montar na sua mota, depois de afagar os cães, que, não estando drogados, permaneciam naquela modorra que ocorre após um lauto repasto. Pela frente, avizinhavam-se muitos quilómetros de estrada.
Ao regressar ao lar, gelado como ela própria, ligou a escalfeta e o PC. Já passava da meia-noite e as suas mãos readquiriram agilidade no teclado ao escrever:
"Parabéns, SUN IOU MIOU! Conquista o paraíso na terra, admirando (e fotografando) o nascer e o pôr do sol, durante muitos anos e bons!"
Hihihi! Que bom presente, Teté! (só que agora os cães já são quatro, que está aqui a Lima também a dar os parabéns ao seu jeito: pedindo um mimo.)
ResponderEliminarOops! Bem sabia que me ia enganar em qualquer coisa, SUN. Julgava que a Lima era o terceiro e afinal é o quarto... (*_*)
ResponderEliminarDesculpa a foto "roubada" nesta viagem virtual...
Beijocas e um excelente dia para ti!
Raios, sou uma crente!!
ResponderEliminarAfinal a viagem foi virtual, ainda bem, já te estava a chamar nomes, heheheheh e a pensar em te dar a morada do Inferno, uma surpresa dessas era gira, sem a parte de te escapulires sem eu te por a vista em cima!
enxofre natalino
A foto deixou-me logo bem disposto (embora não faça o meu género).
ResponderEliminarO texto está muito bom (para quem não tem moto) ;)
Beijinhos,
FATifer
Quase que te imagino a cavalgar a estrada na tua moto virtual! =)))
ResponderEliminarPor momentos pensei que o teu mocito queria uma moto no natal ehehehe.
Um beijinho à tete e um beijinho à Sun!! :)))
ps - já agora, tou a morrer de curiosidade e a tentar entrar na tua cabeça... o que é roubaste à sun?? :))))
ResponderEliminarparabéns a toda a gente:)
ResponderEliminarGostava de te ver vestida de motoqueira!!
ResponderEliminarBeijos para ti e para a Sun!!
Bem me parecia que eras uma DIABBA muito crente... :)
ResponderEliminarE que "prendinhas" é que me reservavas no teu inferno? Um encontro imediato com um tridente???
Jinhos enxofrados!
A mota foi só para fazer parceria com a Sun, FATIFER, que ela, sim, é motoqueira! :)))
Obrigada e beijinhos!
Oh, oh, VAN o mocito até podia querer meia dúzia de motas, mas não terá nenhuma com o nosso dinheirito... ;)
Roubei-lhe a foto do pôr de sol que está no texto... :D
Beijinhos!
Gracias, MOYLE!
Hummm... já houve um Carnaval em que me mascarei de motoqueira, GATINHA! Para lá disso, é pouco provável que algum dia vejas... :)))
Beijocas!
Seja cuidadosa, Teté. Roubos virtuais também sujeitam-se a processos judiciais. Mas pelo visto, a "vítima" não se importou. Até achou engraçado.
ResponderEliminarE que sorte, hein? Este quarto cão - o que não foi subornado pelas salsichas, deveria estar dormindo em outro lugar.
Um beijo!
P.S.: Com mil raios! Nem me lembrava que amanhã é dia 8, dia de Nossa Senhora da Conceição. É feriado apenas aqui, em minha cidade, Salvador, que tem esta santa como padroeira.
ResponderEliminarUm beijo!
Hummmm... very nice!
ResponderEliminarBeijinhos
Afinal foi uma viagem virtual, e eu que vi a Teté a fazer essa viagem, na minha fantasia, claro!!!
ResponderEliminarDESAFIO!
Coloquei parte de uma história no "ematejoca azul". Convido a Teté a escrever o final - com ou sem "happy end"!
A ideia veio-me das suas "short stories"!
Saudacoes virtuais, mas sem mota!!!
Ná, OLIVER, foi apenas uma brincadeira, sem qualquer intuito de a prejudicar (nem na autoria, nem nos seus direitos). Mas se ela não gostasse, também retirava do texto...
ResponderEliminarAqui é feriado em todo o país! :)))
Beijoca!
Thank you, MATCHBOX31!
Beijinhos!
Ah, ah, ah, EMATEJOCA, eu de mota só no mundo virtual! :)))
Já pensei no assunto do desafio e acho que encontrei uma solução!
Saudações desmotorizadas (está claro)!
Gostei muito, Teté. E obrigada por ter aceitado o desafio.
ResponderEliminarEstou à espera dos finais de duas leitoras para postar o final da história, conforme está no livro.
Saudacoes de um Düsseldorf cheio de sol, mesmo gélido, a sua luz aquece a minha alma!
Claro, eu non caía, con isa motorizada sen estilo da portada...
ResponderEliminarAh, EMATEJOCA, até acho piada a desafios, já estava era um pouco ensonada...
ResponderEliminarVou aguardar então os outros finais - o verdadeiro e das outras leitoras!
Saudações lisboetas!
Não percebo nada de motas, CONDADO, de modo que coloquei a foto da mota de um amigo, que as da net pareciam-me de corrida. (`_^) Só a acho bonitinha, mas nem à "pendura" andei em cima dela...