domingo, 20 de outubro de 2013

JÁ NÃO HÁ CANÇÕES ROMÂNTICAS?

Há, pois! Embora algumas não tenham o glamour de outrora, nem façam parte de bandas sonoras de filmes míticos, como este "Casablanca". À ordem de Ingrid Bergman - "Play it, Sam!" - Doodley Wilson dá voz a "As Time Goes By":


Claro que o título deste post é de Carlos Barbosa de Oliveira, que o publicou todo o verão recordando antigos sucessos musicais, mas infelizmente não consegui acompanhar todas as suas publicações. Se ele se esqueceu deste, aqui fica, se não, vale sempre a pena voltar a ouvir e relembrar o filme...

Imagem da net.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PONTES PERIGOSAS?

Quando as notícias são tão deprimentes ou ridículas - umas tais de pontes sobre o Tejo que já foram cenário de anúncios publicitários a detergentes e à EDP, almoçaradas, maratonas e sei lá que mais e agora são consideradas perigosas para manifestações - resta-me apenas desejar-vos um...

MARAVILHOSO FIM DE SEMANA!
(e esperar que a silly season fora de época passe...)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O PARECER DE RAP

"Caro Sr. primeiro-ministro, O conjunto de medidas que me enviou para apreciação parece-me extraordinário. Confiscar as pensões dos idosos é muito inteligente. Em 2015, ano das próximas eleições legislativas, muitos velhotes já não estarão cá para votar. Tem-se observado que uma coisa que os idosos fazem muito é falecer. É uma espécie de passatempo, competindo em popularidade com o dominó. E, se lhes cortarmos na pensão, essa tendência agrava-se bastante. Ora, gente defunta não penaliza o governo nas urnas. Essa tem sido uma vantagem da democracia bastante descurada por vários governos, mas não pelo seu. Por outro lado, mesmo que cheguem vivos às eleições, há uma probabilidade forte de os velhotes não se lembrarem de quem lhes cortou o dinheiro da reforma. O grande problema das sociedades modernas são os velhos. Trabalham pouco e gastam demais. Entregam-se a um consumo desenfreado, sobretudo no que toca a drogas. São compradas na farmácia, mas não deixam de ser drogas. A culpa é da medicina, que lhes prolonga a vida muito para além da data da reforma. Chegam a passar dois ou três anos repimpados a desfrutar das suas pensões. A esperança de vida destrói a nossa esperança numa boa vida, uma vez que o dinheiro gasto em pensões poderia estar a ser aplicado onde realmente interessa, como os swaps, as PPP e o BPN. Se me permite, gostaria de acrescentar algumas ideias para ajudar a minimizar o efeito negativo dos velhos na sociedade portuguesa: 1. Aumento da idade de reforma para os 85 anos. Os contestatários do costume dirão que se trata de uma barbaridade, e que acrescentar 20 anos à idade da reforma é muito. Perguntem aos próprios velhos. Estão sempre a queixar-se de que a vida passa a correr e que 20 anos não são nada. É verdade: 20 anos não são nada. Respeitemos a opinião dos idosos, pois é neles que está a sabedoria. 2. Exportação dos velhos. O velho português é típico e pitoresco. Bem promovido, pode ter aceitação lá fora, quer para fazer pequenos trabalhos, quer apenas para enfeitar um alpendre, um jardim. 3. Convencer a artista Joana Vasconcelos a assinar 2.500 velhos e pô-los em exposição no MoMa de Nova Iorque. Creio que são propostas valiosas para o melhoramento da sociedade portuguesa, mantendo o espírito humanista que tem norteado as suas políticas. 
Cordialmente, Nicolau Maquiável"

Como andei um bocado a leste das politiquices nacionais, fui apanhada de surpresa pelo tal de Orçamento de 2014, que não parece augurar nada de bom. Até ver ainda ando a tentar digerir o que me dizem, mas sem acreditar muito em tamanho despudor. Assim, fica um texto humorístico de Ricardo Araújo Pereira, encontrado no facebook... Neste caso, não sei se rir é o melhor remédio! 

Imagem do facebook.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

AVE DE MAU AGOIRO

Na pacata cidade de Tanumshede um acidente de viação é comunicado à polícia - aparentemente, uma mulher alcoolizada espetara o carro contra uma árvore, perdendo a vida.  Patrick vai tomar conta da ocorrência, desta vez acompanhado por Hanna, a nova colega da esquadra. O mais estranho da questão é que a vítima não tocava numa gota de álcool...

Simultaneamente, um programa televisivo tipo Big Brother chega à cidade e com ele a região transforma-se radicalmente, com grupos de fãs por todo o lado. Mas, fatalmente, uma das concorrentes é assassinada e os suspeitos são muitos.

Erica e a sua irmã Anna estão ocupadas com os preparativos de casamento da primeira, dentro de poucos dias, mas o noivo, Patrick, pouco contribui, pois não tem mãos a medir com as investigações das suas mortes, que às tantas lhe parecem relacionadas. Será?

Os policiais da sueca Camilla Lackberg são tão envolventes, que os leitores não descansam enquanto não acabam de ler as suas páginas - 404, neste caso. Contudo, desta vez o desenlace do enredo pode ser um pouco previsível, para os leitores assíduos de romances policiais...

Citações:

"As câmaras já estavam montadas e as filmagens decorriam a todo o gás. Satisfeito., embora um pouco atarantado, Erling observava a reação frenética que a chegada dos concorrentes provocara. Não conseguiu deixar de se interrogar porque ficava a juventude atual tão excitada com tudo aquilo. Como podia aquele bando de miúdos ranhosos despertar tal histeria?"

"O pai nunca dizia não, porque o seu sentimento de culpa o obrigava a continuar a pagar. Continuava a despejar coroas no buraco que Calle tinha no peito, mas o dinheiro esfumava-se simplesmente, sem nunca preencher o vazio."

"Parece uma teia gigantesca, só não fazemos ideia de onde se terá metido a aranha."  



§ - Este foi o terceiro livro que li da autora, mas no momento em que li o segundo não tinha material para escrever ao meu alcance. Mas voltarei a ele, numa próxima ocasião, depois de ter relido e relembrado algumas partes...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

BLUE JASMINE

Francamente, nem sei o que dizer do último filme de Woody Allen. Eu, que nunca fui fã do realizador, mas que gostei da maioria dos seus filmes mais recentes. 

Jasmine é uma mulher da alta sociedade apenas preocupada com o seu umbigo e futilidades, mas quando a vida lhe corre para o torto - que é como quem diz, fica sem cheta - aloja-se de malas Vuiton e restante bagagem em casa da irmã, a quem nunca ligou grande importância. Escusado será dizer que considera a casa um pardieiro, sempre detestou o ex-marido da irmã (e o novo namorado desta também vai pela mesma) e nem conhece os sobrinhos, já com os seus 8/10 anos. Ou seja, a vida modesta e honesta da irmã não é para ela, mas como não tem habilitações decide estudar, enquanto arranja um emprego temporário e catrapisca um marido rico. O que não é propriamente fácil no meio social onde a irmã vive. Como se tudo isso não bastasse bebe excessivamente, tem ataques de ansiedade e mente compulsivamente, impingindo a tudo e todos uma versão romantizada do seu passado...

Cate Blanchett é sem dúvida uma séria candidata ao Oscar por este papelão, bem coadjuvada por Sally Hawkins, Bobby Cannavale e restante elenco (só Alec Baldwin parece estar a fazer o mesmo papel de sempre...), mas isso não chega para o exagerado 7.8/10 de pontuação da IMDb. Dito isto o filme vê-se, mas o argumento não ultrapassa a banalidade.

Fica o trailer, para os eventuais interessados:


Imagem de cena do filme da net.

domingo, 13 de outubro de 2013

SEM ARREPENDIMENTOS!

Fez esta semana 50 anos que Édith Piaf desapareceu, facto que a Luisa (francófona empedernida) não se esqueceu de evidenciar atempadamente.

Em meados (ou finais?) dos anos 80 ouvia muito do seu vasto reportório - interpretado por Mila Ferreira, acompanhada ao piano pelo seu marido - num pequeno bar ali para as Janelas Verdes. Não sei se foi daí que me veio o gosto pelas suas canções. Certo é que tantos anos volvidos ainda a oiço (não a ouvimos todos?) com enorme prazer e possivelmente o seu mito perdurará ainda por várias décadas... ou mais. "Non, je ne regrette rien" deve ser uma das suas canções mais famosas e é também a minha preferida: 


Tenham um bom domingo, sem qualquer espécie de arrependimentos...

Imagem da net.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

HOME SWEET HOME

Por vezes os sonhos são tramados. Anda uma pessoa uma vida inteira a sonhar com uma viagem de alguns dias a Roma, já se visualizando no Coliseo, na Fontana di Trevi ou na Capela Sistina naqueles minutos que antecedem sonos mais profundos, para depois na véspera ir parar ao hospital e acabar internada. Há quem apelide estas "contrariedades" de Grande Galo Universal mas, independentemente da denominação, para pessoas de menor tolerância e paciência (como a je), a vontade de rosnar em vez de falar civilizadamente ataca desde o primeiro instante.

Contudo, não há dúvida que a mente humana se adapta e muda constantemente. E se a vontade rosnar ainda não passou inteiramente - coitados dos que me aturaram, com enorme paciência! - os sonhos sobre Roma depressa desapareceram, para dar lugar a outros mais prosaicos... e repetitivos. Este era um dos mais frequentes:

Desejo esse já satisfeito ontem ao jantar, logo após o regresso a casa de 23 dias de internamento hospitalar. OK, era um sonho mais modesto, mas que o franguinho estava uma delícia, lá isso...

BOM FIM DE SEMANA (E BOM APETITE)!

Imagem da net.

domingo, 6 de outubro de 2013

NUVEM PASSAGEIRA

E porque hoje é domingo, sai mais uma musiquinha de sempre, desta feita de autoria de Hermes Aquino, cantor e compositor brasileiro, que fez grande sucesso com esta "Nuvem passageira" em 1975, quando ela foi integrada na banda sonora da telenovela "O Casarão".


O portátil que me foi emprestado no fim de semana vai voltar para a sua legítima dona, pelo que o meu acesso à net vai ser ocasional, mas não deixarei de espreitar os vossos cantinhos sempre que possível.

Imagem da net.

sábado, 5 de outubro de 2013

A VIDENTE

O que não falta nesta espécie de "retiro" é tempo para ler, pelo que já vou abalançada no terceiro livro, embora nos primeiros dias não tivesse grande concentração para leituras. O último que li é mais um policial da dupla sueca Lars Kepler: desta vez, num abrigo para crianças orfãs e difíceis, uma das jovens internadas e a vigilante morrem espancadas durante a noite. Vicky, uma das outras raparigas que reside no centro Birgitta desaparece nessa mesma noite, pelo que as autoridades policiais se inclinam a culpabilizá-la pelos crimes. Para agravar o caso, e ainda nessa mesma noite, uma mãe solteira pára o carro à beira da estrada devido a uma necessidade fisiológica e qual não é o seu horror quando vê o veículo ser levado, com o filho de 4 anos sentado no banco traseiro - a assaltante parece ser uma jovem mulher, que corresponde à descrição de Vicky.

Mais uma vez Joona Linna não acredita na versão oficial e investiga por sua conta e risco, uma vez que está parcialmente retirado do serviço ativo, devido a uma investigação interna sobre si próprio. E é aí que conhece Flora, uma estranha criatura que diz falar com os mortos...

532 páginas de uma leitura tão viciante e empolgante quanto "O Hipnotista", sobre o qual já aqui escrevi em março deste ano.

CITAÇÕES:

"- Desapareceu, o carro desapareceu... Devia estar aqui, mas não aparece... Fechámos a porcaria das estradas todas que há, mas ele desapareceu, simplesmente..."

"Joona ergue-se e inspeciona os parafusos que fixam a grelha de ventilação. O olhar desliza para o lado e pousa numa das palavras garatujadas na parede: mamã."

"- Fomos obrigados a mandar-te para outro sítio porque tu eras uma grande mentirosa - diz ele. - E agora estás a mentir outra vez."