sábado, 1 de dezembro de 2007

ESPANHÓIS, NÓS?!

Não tenho nada contra o povo espanhol actual: simpático com turistas, mais alegre e comunicativo que a maioria dos nossos conterrâneos; melhor elucidado nas escolhas políticas, sem dar votos e benesses aos aldrabões; com uma economia mais sólida, uma qualidade de vida superior (estatisticamente, porque lá como cá existem pessoas a viver miseravelmente), uma comunicação social que não perdoa erros de ninguém...

Mas lá por isso quero ser espanhola? NÃO!!! A iletracia reina por este “jardim à beira-mar plantado” há anos demais, por vontade dos próprios governantes, já vai para cerca de... 80 anos! Quando um intectual, ou intelectualóide - em jeito de “piada” – diz ou escreve que o nosso País começou mal, com o D. Afonso Henriques a bater na mãe e que o D. João IV devia ter ficado sossegado a caçar lá na sua coutada alentejana, aparecem inúmeros bacocos a aplaudir! O desconhecimento generalizado da nossa História, aliado ao cinismo desta “prata da casa”, fere-me os ouvidos e os sentidos!

Mesmo passando o “bater na mãe” do nosso primeiro rei (exércitos contra exércitos, não um contacto físico para ser tomado à letra), a dinastia Filipina – de 1580 a 1640, para quem não se recordar das datas – teve passos irreversíveis no descalabro que se seguiu:
1º As nossas naus naufragaram com a “Invencível Armada” espanhola, frente à frota inglesa;
2º Depois da derrota, tanto as nossas zonas costeiras, como as dos territórios onde desenvolviamos o nosso comércio foram saqueadas ou tomadas por outros países, nomeadamente Inglaterra e Holanda;
3º Aumento de impostos;
4º Inquisição, Index (os textos cuja leitura era proibida pela Igreja) e anti-judaísmo;
5º Vários surtos de peste, tifo e fome;
6º Revoltas populares em vários locais do país;
7º Recrutamento para as guerras em que a monarquia espanhola se envolvia;
Será que o domínio espanhol foi bom? Cá por mim, dispenso!!!

E agora, o que podemos fazer contra este “sem rei nem roque” nacional?

Temos o 5º poder nas mãos, ou melhor dizendo, no nosso teclado. Que é o puro e simples poder de nos indignarmos, perante as muitas injustiças e notícias que (o)correm diariamente, num país que ainda é nosso...

29 comentários:

  1. Há dias estava eu ler um livro de história Espanhol por motivo lúdicos e de maneira a ver os contrastes com a nossa história. Reparei em algo interessante, por altura da unificação dos reinos que formam hoje Espanha, Portugal foi convidado a juntar-se. Portugal não só recusou por motivos de "orgulho nacional", pois eles eram vistos como inimigos. Hoje me dia, pergunto-me se isso foi uma escolha acertada, se fossemos um reino, certamente seriamos um potência Europeia, assim somos um pedaço de terra, onde a Europa gosta de apanhar sol.

    Não é falta de orgulho nacional é simplesmente a minha visão empresarial. Unificação de Portugal com os reinos vizinhos, não formariam necessáriamente Espanha, formariam outra coisa qualquer que seria decidida por todos os reis da altura.

    Mas, nessa altura tinhamos tudo... hoje...

    ResponderEliminar
  2. E já fomos 'donos de metade do mundo'. Na actualidade seria impensável haver tal unificação, a acontecer teria que ser no passado. Teria sido melhor? Talvez... Mas também não teríamos a nossa cultura, os nossos costumes, a genuidade que tem o povo português. E não tenho nada contra os Espanhóis, desde que continuem em Espanha. Tenho muito orgulho em ser português, ainda que menos de viver em Portugal.

    ResponderEliminar
  3. Temos um potencial imenso, basta ver que demos mundos ao mundo, embarcando em casquinhas de noz. Infelizmente, estamos a ser comprados aos poucos, e contra isso nada há a fazer. Agora a nossa identidade cultural, essa será sempre nossa.

    Beijo, minha cara Teté Lusitana!

    ResponderEliminar
  4. e o quinto império ??? também já está aí para vir? era só descobrirmos petroleo aqui na nossa costa... se calhar era isso que o bandarra queria dizer...

    abraço

    ResponderEliminar
  5. Fazes bem em defender a sua história.Seja ela boa ou má.Mania que os outros tem de se acharem superiores!
    Uma pena,porém,é que a insatisfação política administrativa por aí também reina.
    Beijos Soteropolitanos!

    ResponderEliminar
  6. Tenho a mesma perspectiva que crestfallen...aos poucos e poucos, com acordos disto e daquilo, oportunidades de imigração e afins, há muita coisa que se está a perder, a olhos vistos, quase sem nos darmos conta...Será que vale a pena, a custa de um orgulho nacional que vive à custa de glórias perdidas passadas, cair do que me parece ser um pouco abismo nos dias que correm?!
    É um assunto muito delicado que exige muita reflexão mas que, em princípio, nunca será necessário ponderar.

    Bom fim-de-semana.

    ResponderEliminar
  7. He lá he lá, tema que dá pano para muitas mangas! Ok, eu de nacionalista não tenho nada. Conheço a nossa História, tenho algum orgulho no passado do Povo Português, mas não deixo de pensar no que o ser "quase dono do mundo" implicou. Implicou estraça-lhar os ditos povos conquistados. Implicou chegar ali e dizer: pessoal, bazem, isto é nosso, se não bazas ou não te convertes, ficas sem cabeça! Basicamente, foi assim que Portugal trouxe o Mundo Novo ao Mundo Velho. Fomos sanguinários, talvez não tanto como os espanhóis, mas fomos. Conquistar terra é ser-se sanguinário...só há uma revolução dos Cravos na nossa História. Mas, é verdade que tb temos de levar em conta a época: naquele tempo aquilo era o pão nosso de cada dia, e não era contestado nem provocava o choque que provocaria hoje. Mas ok, dentro dessa perspectiva, fomos grandes, temos uma grande e "bonita" História de que nos orgulhamos, mas...isso já passou. Vivemos no Hoje, não no ontem. E, apesar de não pensar que o afonso henriques ou dom joão deveriam ter estado quietos (não penso isso, porque seria hipócrita se não admitisse ter orgulho nas suas façanhas, embora as de afonso henriques sejam um pouco questionáveis em termos humanos) e de ter orgulho na História de Portugal, acho que esses tempos já lá vão e que Portugal não passa hoje, como diz o Crest, de um pedaço de terra onde a Europa gosta de apanhar sol...
    A modos que aos poucos me vou tornando defensora da velha ideia (que existe já desde a primeira grande guerra) dos Estados Unidos da Europa. Seria aquilon de que o Crest fala: unificação de portugal com os "reinos" vizinhos. Não seriamos paus mandados só de espanhóis...LOL!
    Os nossos governantes nunca souberam governar. Desde a época mais final dos descobrimentos. Desde que tiveram a brilhante ideia de expulsar os génios da economia de então, o povo judeu (os descobrimentos só foram possiveis porque muitos judeus endinheirados e letrados os financiaram.....). Por mim, unia-me era mas era a Israel, páh!!! Se eles pegaram num pedaço de deserto e tornaram-no num país desenvolvido e próspero em pouco tempo (coisa que Portugal não conseguiu em 80 anos...)...eu queria que pegassem em Portugal e o tornassem um oásis na ponta da Europa...

    Pitrol na costa, não, por favor!!! Para o Bush decidir que o Sócrates é um tirano que tem de ser deposto????

    Por falar em Sócrates, contaram-me esta piada:

    Sócrates = Salazar Outrora Caído Regressa Agora Travestido de Socialista!

    ResponderEliminar
  8. Olá!
    Sou orgulhosamente portuguesa...e
    aceito tudo o que de menos bom isso me acarreta , está nas minhas mãos mudar muitas dessas coisas que menos gosto!!( gosto de pensar simples...
    ihihihihih)
    Beijos

    ResponderEliminar
  9. Será que já se aperceberam, que no dia a dia quando vamos as compras em varios locais são grupos espanhois, ou seja estamos a contribuir para os nuestros hermanos. Podemos ter orgulho de ser Portugueses mas somos quase directa ou indirectamente obrigados a dar capital aos nossos vizinhos.Estamos lixados.

    ResponderEliminar
  10. Crest, depois diz-me o título e o autor do livro que leste. Mas não é novidade para ninguém que os historiadores têm opiniões diferentes, sobre os mesmos factos históricos. Desse "convite" nunca ouvi falar, mas suponho que não há uma data histórica precisa a identificar Espanha, como país, união de vários reinos...

    De qualquer das formas, a "reunificação" com Espanha correu muito mal na época, sendo que os barquinhos foram ao fundo 8 anos depois do filipinho começar a governar (e ele nem foi o pior dos 3!)

    Quanto à parte empresarial de que falas, a UE permite essa mobilidade, não vejo por onde ganhariamos vantagens... Aliás, nem estou a ver as deles (que para se coçarem, já lá têm os etarras)!

    Por outro lado, dizer actualmente que os nossos antepassados (antiguinhos, convenhamos!) erraram nas decisões tomadas na época, não passa de pura fantasia, do tipo: "Se eu soubesse o que sei hoje, aos 10 anos de idade..."

    Bom Domingo para ti!

    ResponderEliminar
  11. Psicho_Mind, pois, actualmente também não estou a ver! Também tenho orgulho em ser portuguesa, se bem que estes "fadunchos" me irritem um bocado... Se tivéssemos feito, se tivéssemos dito ou acontecido... E se todos tivéssemos vivido nessa época, faríamos diferente?

    Rafeirito, põe lusitana na Teté! O potencial pode ser imenso, mas anda tão abandalhado e desprezado, que parte dele vai lá para fora, enquanto outros nos "compram". Um negócio da china, sem raízes... As minhas estão presas a esta terra e à nossa identidade cultural. E dessa, não abdico!

    ResponderEliminar
  12. Bem-vindo, Vsuzano!
    Não, não estou à espera do D. Sebastião... mas ainda me ri com essa do Bandarra! Quanto ao petróleo na nossa costa, hummm... não tenho a certeza que desse bom resultado! Abraço!

    Kátia, considero um erro colocarmos-nos na pele de "antepassados" que viveram há séculos atrás. Claro que seria diferente, com a mentalidade actual... Boa ou má, a história foi como foi, não podemos mudar nenhum dos factos, mesmo que interpretados de diversas maneiras! E sim, a insatisfação também grassa por aqui... Jinhos, nina soteropolitana!

    ResponderEliminar
  13. Querida Su, não estou em glórias perdidas e passadas, mas suponho que não nos podemos arvorar em juízes de homens doutras épocas.

    Que o domínio filipino não correu bem, lá isso tenho a certeza, por tudo o que li...

    Já não é de agora que a malta vai para fora do país, para ter uma vida mais digna no seu trabalho! Quer seja um humilde servente de obra, quer seja um doutorado em filosofia, matemática ou geografia...

    Tenho orgulho em ser portuguesa, não são os espanholitos que atrapalham, agora. A mentalidade vigente é que tem de mudar! E daí o nosso direito à indignação... com governantes, sistemas que correm mal, etc.

    O tema é delicado de certeza, mas cruzar os braços?

    Bom resto de fim de semana para ti também!

    ResponderEliminar
  14. Vanadis, também não tenho nada de nacionalista (pelos vistos, o texto dava essa impressão...)

    Tens razão sobre esses vandalismos dos nossos antepassados longínquos, mas recuso-me a ajuizá-los, agora! Era normal, na época!
    "Paus mandados" já somos da UE, da ONU, da NATO... não precisamos de mais!

    Ah, ficávamos todos muito amigos numa união ibérica? Sim, sim, o primeiro exemplo histórico já ocorreu e não se passou bem dessa maneira...

    Também passo essa ideia de sermos aliados de israelitas/judeus, que sabem fazer do deserto um oásis! Podem saber, mas são perfeitamente facínoras quando se dedicam à guerra... Ná, sou pacífica demais para gostar daquela "combustão espontânea"!

    Quanto ao pitrol já respondi, cá na casa parece-me que somos todos nós que podemos fazer alguma coisa... nem que seja só cascar na cabeça do Sócrates!

    ResponderEliminar
  15. Mjf, também estava a pensar com essa simplicidade toda...
    Jinhos!

    Bem-vindo, Bruno!
    A parte económica da história, ainda é o que me interessa menos... Lixados, estamos sempre pelos políticos cá da praça! (este ou os anteriores, que isto está longe de querer fazer "campanha")!!!

    ResponderEliminar
  16. Tete, o texto não dava nada a impressão de seres nacionalista. Estava apenas comentando que eu não sou nacionalista nem patriótica, LOL. Quando falei na unificação de portugal com os reinos vizinhos, queria referir-me aos estados unidos da europa, não a uma Ibéria. É muito tarde pra isso.
    Concordo com o que dizes, não podemos avaliar os actos dos nossos antepassados com a mesma moral que temos hoje. Eram outros tempos e outras morais. Hoje condenamos, antes era o normal.
    Também não sou apologista de chorar sobre leite derramado, especialmente o leite (e tu nem gostas de leite, LOL) que se derramou há séculos atrás!

    Quanto aos israelitas, é mais pano para muitas mangas! As coisas não são como comunicação social ocidentalizada a pinta, obviamente.
    Do que tenho depreendido, aquelas terras que agora são israel foram compradas pelos judeus aos árabes. Infelizmente, aos árabes errados. Durante alguns anos ninguem se incomodou, mas quando aquilo começou a florescer, os tais de árabes errados tb já deviam estar afastados e os que estavam no poder (digamos, arafat) decidiram que queriam as terras de volta. E começou a traulitada.
    Os israelitas são um exército de guerra poderoso, são. E se quisessem já teriam destruido tudo. E cometeram muitos erros e injustiças para com o povo palestiniano.
    Mas o povo palestiniano também esteve e está na miséria que está porque o seu amado ex-lider arafat andou a engordar os cofres com o dinheiro dado pelas ajudas internacionais!
    Os israelitas, com esta guerra, estão apenas a proteger-se. De terroristas palestinianos. Se condenamos o 11 de setembro, porque não condenamos os terroristas palestinianos? Oprimidos ou não, são terroristas. E estão a impedir o processo de paz.
    Não estou a dizer que os israelitas são peras doces. Não são. Mas que são o povo mais organizado do mundo, são. Na medida do possivel. Em menos de 50 anos conseguiram o que portugal não conseguiu em 100! E portugal é um país velho! Estava somente a admirar-lhes a capacidade de prosperar.
    Quanto aos palestinianos, estão numa situação extremamente injusta, seja pela bruteza israelita, seja pela estupidez e corrupção dos proprios lideres palestinianos. Quem se lixa é o mexilhão, obvio.
    Tenho um pen friend palestiniano cuja familia foi mandada para o libano. Lá, não têm direitos nenhuns! Não têm direito a ter um trabalho, a ter uma casa, a nada. Não existem. Vivem em condições miseráveis. E sem possibilidade de poder voltar para a palestina, por imposições politicas...
    É um problema muito complexo, que não é de agora. Existe há séculos!! Desde há séculos que a humanidade luta pela posse de Jerusalén! São séculos de problemas sem fim à vista...

    ResponderEliminar
  17. Espanhola?...Nem morta!

    Sabes o que é o ego?
    É um pequeno espanhol que existe dentro de nós.

    Outra:
    Um pequeno espanhol diz ao pai
    - Quando fôr crescido quero ser como tu!
    - Ai é,(responde o pai todo babado) e porquê filho?
    - Para ter um filho como eu!

    Acho que resumi o que penso deles,...Eles que se aturem! ;)

    ResponderEliminar
  18. Também não sou apologista de "sermos espanhóis". Não era isso que pretendia dizer. Uma espécie de união que desse origem a algo novo se calhar já enchia as medidas. As coisas que estão mal, realmente, manifestam-se cada vez mais mas também já vêm de trás. E obviamente temos todo o direito (e dever!) de nos manifestarmos sobre esta questão. Mesmo que seja uma antiga questão. Contudo, será sempre uma luta eterna de interesses e ideologias e pequenos orgulhos, numa altura em que muito da nossa identidade nacional está a perder-se aos poucos e poucos.
    O domínio filipino como a própria palavra afirma "domínio" primou por servir os interesses da identidade espanhola. Mas não podemos esquecer que certas culpas como a Inquisição (que se iniciou pouco assumida com a perseguição aos cátaros, em França), as fomes e pestes e as revoltas populares também já vinham de trás, de antes do domínio filipino ( e isto, note-se, sem querer estar a defender ou a justificar este domínio! dele, só beneficiaram os nobres portugueses apoiantes. O povo, como sempre...é o Zé Povinho, sejam governos portugueses ou espanhóis, é que se lixa, ou se lixou, ou vai lixando...esta conjugação do verbo lixar nunca foi usado por mim antes!).

    Bom início de semana. Beijinhos.

    ResponderEliminar
  19. Espanhola NUNCA! mas tb não gosto nada de ser portuguesa de 4ª ou 5ª categoria.

    Tou cansada de ouvir noticiar e de sentir na pele o resultado de tanta asneira que se faz!

    Deixa-me estar neste marasmo mais algumas horas, tá?

    Boa semana

    ResponderEliminar
  20. ou isso ou vamos viver para fora do pais...
    Isto ja deixou de ser um país há alguns anos :(

    ResponderEliminar
  21. Pois, Vanadis, isso era quase chorar sobre leite muito, muito, mas mesmo muito azedo!
    Quanto ao conflito israelo-árabe, francamente, nem consigo dar palpite: há muito que deixei de perceber aquilo que por lá se passa - sei que ambos os lados são muito radicais e terrorismo condeno de onde quer que ele venha! A UE já existe, tem algumas vantagens, nomeadamente podermos recorrer a tribunais europeus, quando a injustiça dos tribunais portugueses é flagrante. Os EU da Europa parece-me assim a modos que... uma ideia utópica!

    Ahklinha, um pouco mais de ego ou auto-estima não nos fazia mal nenhum, como povo! (sim, porque portugueses aí com um EGO enorme, também não faltam por cá!) Cada um na sua casinha, está muito bem! Além de que a malta ia andar toda, novamente, "dançando lambada"...

    ResponderEliminar
  22. Su, essa ideia dos EU da Europa também já a Vanadis aflorou (e apoiou). Mas para ser sincera, acho-a um pouco utópica! É que suponho que não há nenhum europeu que acorde de manhã a "sentir": "sou europeu!" De alguma forma "sentimos" que somos portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, alemães, italianos e por aí fora... E não me parece que ninguém estivesse disposto a abdicar da sua própria identidade cultural/regional. O que provavelmente originaria muita guerra desnecessária...

    Claro que a peste e a fome já existiam anteriormente (será que se agudizaram?), mas a Inquisição tornou-se ainda mais brutal com os Filipes. E claro que todos se lixaram, à excepção dos bajuladores de serviço, que sempre existiram!

    Hoje, resta-nos a indignação perante os (muitos) abusos de poder - não só de políticos e governantes, como de patrões, administradores, um qualquer funcionário a "mostrar eficácia", etc. e tal...

    Bom início de semana para ti também! Jinhos, amiga!

    ResponderEliminar
  23. Pascoalita, de acordo! Nem espanhola, nem portuguesa de 4ª ou 5ª categoria. Devíamos ser todos portugueses de 1ª, desde que cumpridores das nossas obrigações...
    Uma boa semana para ti!

    Fausto, há décadas que é assim, a malta vai para fora por falta de oportunidades no País. A diferença está em que antigamente iam os mais pobres e iletrados, agora vão os que se fartaram de estudar e o único emprego que encontram é como caixa de supermercado, com um horário por turnos e uma remuneração de merdelim. E não devia ser! Mas se o último português "activo" sair e apagar a luz, quem é que cuida dos nossos velhinhos, doentes e crianças desamparadas? Lembras-te daquele ciclone nos States, em que o pessoal deu à soleca, enquanto ficaram para trás os mais fracos? Ná, não quero isso aqui, se bem que compreenda quem sai para tratar da sua vida...

    ResponderEliminar
  24. Percebo que não podem sair todos, mas é como os jogadores de futebol dizem, "eu quero ficar mas, se querem que eu fique, façam por isso."

    Eu, se puder, vou embora na primeira "boa" oportunidade.

    Pode ser que isto um dia melhore.

    ResponderEliminar
  25. este fim de semana ouvi na tv que já passou a 6º poder (mas isso é um pormenor!)
    nesse programa falavam que ao contrário do inglês, em que todos os países que o usam se entendem na perfeição, o português não era bem entendido entre os países lusófonos, incluindo o Brasil em que certos filmes portugueses tinham de ser traduzidos.

    fica aqui a minha pergunta: de quem é a culpa?
    a língua é nossa e se eles a usam que a aprendam como ela é!

    ResponderEliminar
  26. A questão do vício é pertinente, mas pode ser fácilmente respondida.

    Nós optámos por dominar as populações das nossa colónias pela força, é normal eles quererem um distânciamento. Hoje só se fala em Português do Brasil em Portugal, no resto do mundo o Brasileiro é visto como uma língua.

    Os Ingleses, criaram a Comonwealth, e até Moçambique mandou foder a união dos PALOPS e foi para a Comonwealth. O Inglês nas países originais que a formam, foi aprendido com orgulho, pois a Comonwealth submetece à Rainha de Inglaterra, considerando-a soberana, apesar de assegurar a indepêndia do país.

    Se não fossemos tão brutos, exploradores, corruptos e preguiçosos, Portugal poderia hoje ser um país complectamente diferente.

    ResponderEliminar
  27. è uma ideia utópica, sim tete. Mas aos poucos caminhamos para ela sem nos apercebermos...é que, não há nada que façamos que a UE não meta o bedelho. E imaginar que tudo começou como a união do carvão e do aço...

    Concordo com o Crest. Fomos brutos, burros e não soubemos aproveitar as colónias como seres humanos. Mas, isso já passou. É passado! É leite azedo derramado. Agora, é andar para a frente. E dar o nosso melhor.

    No meu caso, vou continuar a ensinar que não se cospe na rua. Isto enquanto não me fartar.

    ResponderEliminar
  28. Pois, Fausto, pode ser...

    Vício, 5º ou 6º tanto faz! Mas na verdade, quando a primeira novela brasileira apareceu, também tinhamos dificuldade em entender a pronúncia (suponho que sertaneja) da dita Gabriela. Com o tempo, habituámo-nos! A culpa suponho que é do pouco caso que os nossos governantes prestam à nossa língua, embora o Crest tenha uma opinião diferente...

    ResponderEliminar
  29. Crestfallen, não concordo muito com essa teoria. Os ingleses e os espanhóis também não foram especialmente "meiguinhos" nas suas colónias. Suponho que se trata mais de um problema de divulgação e daquela mentalidade mesquinha de sermos "poupadinhos" e de não investirmos no ensino. O que é que interessava ao outro que caíu da cadeira "gastar" dinheiro a ensinar português lá a uns gajos que viviam no meio do mato e tinham dialectos tribais? Nada! Já no Brasil a evolução foi diferente, pela ordem natural da própria alteração da língua ao longo de 185 anos. E nem esse contacto com povos da mesma língua foi estimulado! Os brasileiros são 170 milhões e divulgam muito mais o português, na música, no cinema e possivelmente até na literatura.
    Fomos brutinhos? O que é que isso interessa? Volvidos uns largos anos é apenas um mau passo histórico, nada de muito relevante que faça com que esses povos "amuem", resolvendo não falar mais português...

    Pois é passado, morto e enterrado, Vanadis! Não concordo muito com o Crest (já lhe expliquei aqui em cima, não vou repetir), mas pronto é uma opinião.
    O problema é que anda tudo farto disto: dos políticos, dos empregos chungosos e mal pagos, das prepotências patronais, dos putos malcriados e desinteressados...

    ResponderEliminar

Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)