Fiquei fã de Stieg Larsson após ler o primeiro livro da trilogia (estou a acabar o terceiro, tenham calma que são 715 páginas!), entretanto emprestaram-me o DVD do filme sueco.O cinema europeu não me agrada por aí além - talvez por ser viciada no hollywoodesco - mas há magníficas e honrosas excepções. Este não achei mau de todo, tem a grande vantagem de seguir o enredo quase há risca. Coisa que os americanos ignoram quase completamente, corta-se personagem aqui, cena ali, poupa-se imenso nas filmagens, mas a história passa a ser outra...
Puro e duro como o livro, com o linguajar sueco a fazer alguma confusão, o casting dos actores principais deixa a desejar: mesmo com planos assim e assado, esta Lisbeth cresceu no mínimo 20 centímetros em relação à franzina original; Blomkvist tem 40 e tal anos, não é caso para aparentar ser um grunho que sofreu de acne juvenil e ainda de estrabismo ocasional; a sofisticada Erika nem se nota; e Bjurman está próximo de um sedutor de meia idade. Apesar dos erros na correspondência - sabe-se lá se na Suécia há uma fartura de actores a querer desempenhar estes papéis? - vão bem! E a acção também decorre a um ritmo normal - nada daquelas pacholices de assistir ao estrelar de um ovo na frigideira durante 3 minutos de película, muito comum no cinema europeu - e consistente com o argumento.
A minha única dúvida é a mesma da menina que me emprestou o DVD: será que sem ler o livro ele se entende?
Fica o trailer, para quem quiser espreitar:
Imagem da net.
Comecei apreciar a estética do cinema precisamente com o cinema europeu.
ResponderEliminar"O cinema europeu não me agrada por aí além - talvez por ser viciada no hollyoodesco".
Talvez seja por isso, ou não conheceres o que se fez nos anos sessenta, onde os filmes do neo-realismo italiano, ou a novelle vague francesa eram muito populares em Portugal e muito bons.Para não falar nos filmes de Ingmar Bergman, os meus favoritos.
No entanto acho que o cinema norte-americano - poderosa industria - sempre foi o melhor cinema do mundo.
Quanto a esse escritor desconheço a sua obra.
Por acaso conheço alguma coisinha do italiano dessa época, CARLOS, e até gostava. Para além de comédias francesas já posteriores, principalmente com a Annie Girardot. Ingmar Bergman, do pouco que vi, não entendi patavina (exceptuando um - "O Amante"). Enfim, exceptuando os ingleses e alguns franceses (Jean Jacques Annaud, por exemplo) e mais algumas honrosas excepções, não sou apreciadora.
ResponderEliminarE também achava piada às comédias portuguesas dos anos 40, note-se!
Também é verdade que é difícil competir com a indústria americana, em todos os aspectos!
Quanto ao escritor, não sabes o que perdes (isto se gostares de policiais)! :)
por acaso gostei muito do filme (a língua não me afecta nada, até ajuda na concentração porque, como percebo alguma coisa de inglês, tendo a distrair-me ou a dispersar a atenção nas opções de tradução, etc.) mas admito que sem ler o livro estou em ramo verde. o filme em si é dinâmico sem ser estreboscópico, as perseguições são realistas, os diálogos fluem e as personagens são densas e credíveis :)
ResponderEliminarEu gosto muito de cinema europeu. Mas com respeito ao filme ou a trilogia de que falas, não posso opinar. Devo de ser das poucas pessoas que não viu. Talvez algum dia. Mas acho que gostaria mais do auto de que falas na postagem anterior.
ResponderEliminarBom, pelos vistos tu percebeste o filme sem ler o livro, MOYLITO! E gostei do filme, sim, embora o linguajar sueco me lembre sempre aquele cozinheiro dos Marretas, com palavras terminadas em OM, que ninguém entende!
ResponderEliminarAs más traduções do inglês não me dispersam tanto assim... :)
Sei que gostas de cinema europeu, SUN! Este filme, baseado no livro, é policial. E tem acção e dinamismo q.b.
Nada a ver, portanto, com o livro do post anterior, que é um romance em tom de comédia.
ps - já vi o trailer de "Le Concert", também me pareceu divertido... :D
O problema dos filmes é que raramente chegam aos calcanhares do livro. Há casos em que o filme é uma autêntica desilusão..
ResponderEliminarBeijinho Tété (obrigado mas não é hoje, é amanhã)
Pois eu acho que os filmes europeus tem melhor qualidade que os dos States.....não tem é tanta divulgação nem publicidade.
ResponderEliminarAlém disso na Europa faz-se mais filmes "terra a terra" e isso nem sempre vende.
Falaste no filme " o Amante", mas outros há do mesmo realizador como " O Urso", " Les Uns et les Autres"....et tantos outros que foram sucessos, mas sobretudo que são ainda hoje verdadeiros clássicos do cinema europeu.
Temos excelentes realizadores europeus....
E muitos dos realizadores que trabalham nos States, são Canadianos( James Cameron), Australianos(Peter Weir, Baz Luhrmann).....etc...
Os americanos fazem filmes para vender...e por isso vendem e muito.
Mas este filme parece interessante sim.
Beijokitas
"Os homens que odeiam as mulheres" já passou aqui na Alemanha, mas a crítica foi pouco favorável.
ResponderEliminarTu nem vais acreditar, Teté, mas ontem vi finalmente "The Ghost Writer" no Black Box, para mim um dos melhores filmes de Polanski.
Usedom e Sylt com o tempo chuvoso típico da Alemanha do Norte foram os locais de rodagem que Polański escolheu para a ilha luxuosa Martha´s Vineyard.
A fotografia no "ematejoca azul" é de uma cena filmada em Sylt, precisamente no Lister Ellenbogen.
Nunca estive em Sylt, mas é a ilha preferida dos meus familiares. Tenho imensas fotografias, que é quase como eu a conhecesse.
Bjs
linguajar sueco a fazer confusão... fiquei sem saber o que dizer!
ResponderEliminarEu por acaso tenho esse filme bem como o segundo (a rapariga que gostava de brincar com fósforos e uma lata de gasolina... se não me engano! Lol!) ainda não tive foi tempo de ver...
ResponderEliminarBeijinhos!
Este não foi desilusão, KIM, no sentido que segue o livro à risca. O casting é que me pareceu ter algumas falhas, não por serem maus actores, mas por não corresponderem ao perfil das personagens do livro.
ResponderEliminarDesculpa lá o engano na data. :b
Beijocas e tem um dia muito feliz HOJE!
Bom, vi esse "Amante" de Ingmar Bergman na TV, PARISIENSE, admito que o título esteja errado (que esse é um título de Jean Jacques Annaud, de que aliás vi dois filmes excelentes - "A Guerra do Fogo" e "O Urso"). Já o "Les Uns et Les Autres" é de Claude Lelouch e também é um dos filmes da minha vida. Mas são excepções!
Não é só o caso de mais meios e publicidade do cinema americano, a produção também é muito maior, de modo que em tantos têm mais filmes marcantes (com muito lixo à mistura, também)!
Este tem a grande vantagem de seguir o enredo do livro quase passo a passo! Mas aviso que é policial e violento!
Beijokitas, nina! :)
As críticas são como tudo, EMATEJOCA: há para todos os gostos! Os críticos têm os deles, nem sempre acompanham os da maioria da população... :))
ResponderEliminarAcho que só vi um ou dois filmes de Polansky, bem antiguinhos, não me entusiasmaram por aí além! Mas, claro, são gostos...
Beijocas!
Tu não me puxes pela língua, VÍCIO! :D
O segundo ainda não vi (e sim, é esse o título), MATCHBOX32, a minha dúvida em relação a este é se quem não leu o livro percebe o argumento. Mas experimenta ver e depois diz-me, OK? :)
Beijinhos!
Baralhei tudo....tens razão....a idade não perdoa.....ahahahah
ResponderEliminarParece interessante (ainda não li o livro e cheguei aqui pelo link no blog da Ematejoca).
ResponderEliminarBem-vinda, REDONDA!
ResponderEliminarAdorei a trilogia, do melhor que li de policial nos últimos anos! Tem a desvantagem de serem quase 1900 páginas... :)
E sim, também vi a postagem da Ematejoca, mas nem por isso adivinhei que era a Noomi Rapace, tão diferente que está na fotografia e na película... :D