sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CENTENÁRIO DO REGICÍDIO

Manuel Buiça e Alfredo Costa alvejaram mortalmente D. Carlos e o príncipe Luis Filipe em pleno Terreiro do Paço, quando a família real regressava a Lisboa, na tarde do dia 1 de Fevereiro de 1908. Há 100 anos!

As versões actuais sobre o acontecimento são tantas, oriundas de sectores republicanos, monárquicos e revolucionários, que me baralhei completamente. Querem ver que afinal não percebo nada da nossa História?

Uma única coisa não mudou até hoje: o processo relativo à investigação do crime desapareceu misteriosamente! Dois anos depois, após a implantação da República...

Premonitório do carnaval que se seguiria e continua?

16 comentários:

  1. O portal IOL fez uma reportagem sobre isso... dá uma olhadela. É meio secante mas como foste tu a puxar a conversa...

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  2. O gajo é como o Elvis. Está vivo e foi raptado por extraterrestres.

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  3. Deixa lá, Teté.
    Seja como for, o assassinato do rei acelerou a queda da monarquia, o que em meu ver foi positivo.
    Constitucional ou não, a monarquia enoja-me!
    Entre os privilégios obtidos pela roubalheira republicana e os obtidos por consanguinidade, tolero muito mais facilmente os primeiros...
    E também me enoja que essa gentinha dos títulos monárquico-parolos ainda hoje conserve propriedades e bens que deveriam pertencer ao Estado!
    E é melhor ficar por aqui...

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  4. Bem-vindo, Pong!

    Na verdade ontem fartei-me de pesquisar (na net e não só) sobre o assunto, ver clips, mas parece que deixou de ser facto histórico, é quase "lenda"... com tantas versões antagónicas! ;)

    Gracias pela dica!

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  5. Fausto, quem? O rei, o princípe, o Buiça ou o Costa (que parece que não acertou em ninguém)?
    Xi pá, fiquei mesmo vesga e baralhada com tudo o que li: as versões são tantas, que parecem histórias diferentes... :/

    Capitão, também prefiro a república à monarquia, até por tudo o que referiste. De qualquer das formas, não deixou de ser crime, e já naquela altura os processos desapareciam... :S

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  6. Não houve assassinato: foi tudo uma farsa montada pelo Bush.

    =D

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  7. Sem dúvida que aquele acontecimento, constituiu uma premonição o que está acontecer hoje.

    Segundo sei, D. Carlos, foi vítima de uma vasta conspiração de monárquicos dissidentes, republicanos e de elementos radicais da Carbonária (organização secreta). Buíça e Alfredo Costa pertenciam aquela organização. Mas a conspiração estendeu-se até a organizações congéneres no estrangeiro (lojas maçonicas).

    Dizes premonitorio e bem porquê. Porque segundo a minha opinião, os republicanos não fizeram melhor. Até deram origem à revolução de 28 de Maio que permitiu 48 anos de ditadura de Salazar.

    Quanto a esta III republica, está tudo definido na nossa actualidade.

    O regime monárquico, ou melhor as raízes da fundação de Portugal, foi abruptamente interrompida por aquele assassinato. Sim, porque não foram os republicanos que fundaram Portugal.

    Quanto à questão se estaríamos hoje melhor sem aquele acontecimento, não sei.
    As tretas dos privilégios que comparados com os privilégios que hoje se vê, não sei quem é que ganha a quem. O que sei, é que nas monarquias modernas, são as sociedades mais modernas, onde existe ética na política e um grande respeito pelas instituições e pelos respectivos monarcas. Logo, respeito pela sequência natural histórica destes países.

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  8. nina; desde sempre as provas do crime desaparecem quando é conveniente...e mais uma vez foi e pronto, os anos já são muitos e nada s epdoe fazer, se investigassem o que fazem agora; isos sim, mas escondem abafam, tapam e...beijinho pra ti.

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  9. Vanadis, farsa, lenda, mito é realmente o que parece. Ninguém se entende sobre factos históricos? Os historiadores não deviam ser isentos??? :/

    Carlos II li isso e muito mais: da Carbonária, da Maçonaria, de monárquicos descontentes, de conluios de vários quadrantes.
    Que foi crime, tenho a certeza! De resto só se chega à conclusão que continuamos todos na mesma giraldinha, de cada um puxar a brasa à sua sardinha e de tentar tapar o sol com a peneira (no que não interessa).
    Um pequeno àparte, que não é muito relevante, mas aqui fica: o regime do Estado Novo durou 48 anos, o Salazar esteve à frente dele durante 40!
    Quanto à monarquia, ná, já não encaro como razoável os filhos dos reis subirem ao trono, sem ninguém poder votar. Cá, como noutros países, existiram muitos facínoras e patetóides, que NUNCA deviam ter lá chegado! E algumas monarquias parecem-me ter os dias contados...

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  10. Ora nem mais, Laurinha! Mas pelos vistos a tradição já vem de longe, de muito longe... Jinhos, linda!

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  11. … ao ler o fim do texto lembrei-me de uma correcção que me fizeram noutro dia: à frase “É o país que temos!” corrigiram-me “… que somos!” … rendi-me…

    Quanto à monarquia, não sou grande amante do conceito, é verdade, mas isso não deve ser confundido com desrespeito à (longa e nobre) História deste país. (aliás costumo dar como exemplo do respeito que devemos ter à nossa História, aquilo que penso da ideia, que alguns defendem, de que devíamos ser espanhóis – por mais que de um ponto de vista prático-económico até possa parecer uma boa ideia, admitir essa hipótese seria desrespeitar todos aqueles que, ao longo da nossa História, deram a vida para evitar que isso acontecesse!)

    Acho que acabei por fugir um pouco ao tema, as minhas desculpas…

    FATifer

    PS – apenas para evitar equívocos (e embora o comentário da Vanadis no post anterior esclareça) é o FATifer ;)

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  12. FATifer, desculpa não saber, mas o teu perfil não estava disponível e nada no teu texto indicava se eras ele ou ela.

    Quanto ao resto, é verdade que é o país que somos. E que país é esse? Um país em que os governantes têm tentado tudo por tudo, há décadas, manter a população na ignorância, amorfo, subjugado ao poder! (o que é um pouco diferente de cumprir as leis)

    Espanhóis, nós?! Ná, estou longe de seguir essa corrente, até já fiz um post sobre isso, no dia 1 de Dezembro do ano passado (a propósito da comemoração da Restauração)!

    Desrespeito pela nossa História considero estas versões... como direi... "interpretativas" de factos, em que numas a monarquia era um encanto e um mar de rosas e noutras desculpa-se um crime (homicídio, ainda é crime, quer a vítima seja o rei ou o Zé Maria dos anzóis), pelo espírito revolucionário e republicano da época!

    Aqui, não são necessárias desculpas... :)

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  13. Cara teté,

    Não consegui conter uma contra resposta à tua reposta ao meu comentário (bem que confusão de respostas mas acho que se percebe)

    Primeiro uma pequena provocação, começas por me pedir desculpa e no fim dizes que não são necessárias desculpas :P (eu sei, é intelectualmente desonesto o que estou fazer mas não resisti à provocação :) ) E estás desculpada, como disse, apenas quis esclarecer para evitar mal entendidos futuros. Quanto ao meu perfil ele não está disponível porque não existe (eu não tenho blog…)

    Em relação à questão da interpretação da História, fazê-lo é sempre algo muito complicado pois, por mais que tentemos, é sempre demasiado fácil cair no erro de julgar outros períodos históricos com os nossos valores actuais. (outra pequena provocação) Não sou um grande perito em História mas na maioria dos casos não vejo melhor forma de acabar uma monarquia sem matar o rei (ok podemos não o matar fisicamente mas temos de o assassinar enquanto rei – tirar-lhe a legitimidade, certo?) é apenas a minha opinião… e como alguém dizia ontem não nos podemos esquecer que na época do regicídio, a morte como arma politica estava na moda (e Portugal tem de estar sempre na moda ;) ).

    FATifer

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  14. FATifer, reparei, sim, na contradição, mas dado o adiantado da hora não me apeteceu apagar e escrever tudo de novo... :P

    Também comecei a responder a blogs muito antes de ter o meu, parece-me não ter nada de especial. Mas desde já te aviso que a "actividade" bloguista é viciante!!! :)))

    Parece-me ridículo interpretar a História com os valores actuais. É como culpar os portugueses de hoje de terem descoberto o Brasil, os alemães de hoje do holocausto e, sei lá, amanhã culparem o meu filho da invasão americana ao Iraque... A História, portuguesa ou mundial, tem de ser enquadrada nos valores da própria época.

    A República portuguesa foi implantada sem matarem o rei (D. Manuel II), não havia "nexexidade" de lhe matarem o pai e o irmão, dois anos antes... O acto em si, é sempre condenável!!!

    Quanto a modas, preferia que Portugal mudasse de estilista... :)

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  15. É um assunto que é daqueles que se fala, comentam dá, estuda e re-estuda na faculdade e depois nas aulas aos alunos...seja como for, um lado interessante...D. Carlos era um excelente pintor...tem quadros lindos...
    E crime não deixa de ser crime...para mim não justifica os fins...e se era para dar nisto que temos agora?!...no coments!

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  16. Su, o que irrita um bocado é a visão facciosa que uns e outros pretendem inculcar nos factos históricos.

    Crime foi de certeza, se bem que os dois executantes também morreram no local (o segundo disparou, mas ao que consta, nem chegou a acertar). Havia mais gente envolvida na conspiração? O príncipe Manuel também seguia no landau (a que antigamente se chamava charrett), ou não? A Carbonária e a Maçonaria contribuiram para armar os regicidas? Enfim, com tanta gente a adulterar factos, só por pontos de vista políticos, 100 anos depois, imagina o que mal contada está a história do nascimento de Cristo, há mais de 2000...

    Vendo bem, os processos misteriosamente desaparecidos não são invenção de agora. Agora que esta pseudo-democracia é uma treta, lá isso...

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)